sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Veleiro "Cisne Branco" no porto de Natal


Navio-Veleiro “Cisne Branco” atracará no porto de Natal nesta quinta-feira e será aberto à visitação pública.
 
O Navio-Veleiro “Cisne Branco” atracará no Porto de Natal na próxima quinta-feira (16), às 10h, e estará aberto à visitação pública até dia 20 de agosto, nos horários entre 14h e 18h. A entrada é gratuita. A sua missão é representar o Brasil em eventos náuticos nacionais e internacionais, divulgar a mentalidade marítima na sociedade civil e preservar as tradições navais.
 
O “Cisne Branco” é um veleiro de grande porte, construído em Amsterdã, Holanda, pelo Estaleiro Damen. Teve sua quilha batida em 9 de novembro de 1998, tendo sido lançado ao mar e batizado em 4 de agosto de 1999, entregue à Marinha do Brasil em 4 de fevereiro de 2.000 e incorporado à Armada em 9 de março do mesmo ano.
 
Realizou sua viagem inaugural, na travessia comemorativa dos “500 anos de Descobrimento do Brasil”, cruzando o Atlântico da mesma forma que o fez Pedro Álvares Cabral, no ano de 1.500. O projeto do “Cisne Branco” inspira-se nos desenhos dos últimos “Clippers” construídos no final do século XIX.
A construção do navio ocorreu em tempo recorde – um ano e três meses – e teve, como principal propósito, permitir ao Brasil participar com um navio de propulsão à vela da histórica travessia comemorativa dos 500 anos do seu descobrimento.

Características do navio

Tripulação: 60 militares
Comprimento Total: 76,0 m / 249 pés
Boca (largura): 10,5 m / 34,5 pés
Calado: 4,8 m / 15,7 pés
Altura do Mastro Grande: 46,4 m / 152,2 pés
Deslocamento: 1.038 ton
Armação: Galera
Área Vélica (máxima): 2.195 m2
Velas redondas: 15
Velas latinas: 10
Velas auxiliares: 6
Vela de mau tempo: 1
Velocidade máxima à vela: 17,5 nós (32 km/h)
Propulsão Auxiliar: 1 Motor Diesel 1001 hp
Velocidade máxima a motor: 11 nós (20 km/h)
 
CLEBER RIBEIRO DA SILVA
Capitão-de-Fragata (T)
Assessor de Imprensa do Comando do 3º Distrito Nava

Fonte: Natal em foto, por Canindé Soares

REVISTA FORMAS ARQUITETURA POTIGUAR

 

Acesse o link da Revita Formas e confira o espetáculo que está a Edição 140. Voce vai gostar. Confira!!!


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

“Os sonhos são lucidez. As tempestades são alusivas à longevidade, o fogo da fogueira da ave fênix sinaliza vida. E eu vou querer a plenitude das horas duras e suaves e aprender sempre com as pequenas coisas.

O tempo? É paisagem da janela de minha alma. A vida... É força, teimosia e bênção!
O amor? Eu amo!”

Graça Campos, 16/04/2012
CAMPOS, Graça. De Primavera em Primavera

TEMPESTADES


Descansar, repousar, quando lá fora uma tempestade assola o abrigo não são muitos que a enfrentam com serenidade. É necessário grande dose de coragem, de firmeza e de certeza de que tudo está sob controle. Como reparamos na ilustração anexa.

Podemos tirar muitas preciosas lições da história que enviamos nesta semana (Tempestades) para nossa vida. Em todos os setores de nosso dia a dia, seja em família, na profissão, no relacionamento com amigos, em nossa vida íntima, sempre haverá ocasiões que nos desafiam e que se nos deixarmos levar pelo medo, pela insegurança e pela ausência de firmeza, certamente os resultados não serão positivos.

Estamos nós tranquilos e convictos que se vier a borrasca, a turbulência, elas não nos afetarão? Como está nossa vida em família? Qual a nossa situação na vida profissional? E os amigos, parentes, colegas, têm algo de positivo a dizer sobre nós? Nosso íntimo repousa tranquilo sem que nada nos perturbe? E quanto a Deus? Ele nos aprova, tem prazer em estar ao nosso lado, sabe que O buscamos quando Dele necessitamos e se apressa a nos socorrer? Que nota daríamos a nós mesmos nesse quesito?

Nas horas de lazer, de entretenimento, de distração, que passamos em nosso lar e com aquelas pessoas que nos são tão caras e queridas, vislumbramos excelentes oportunidades para que exercitemos essas virtudes e qualidades acima apontadas. Faça dessas ocasiões o seu desafio e se esforce para ser aprovado. Caso encontre dificuldades recorra a Deus, na pessoa do Senhor Jesus Cristo e com segurança uma feliz ajuda fará com que caminhe para o êxito esperado.

Clênio Lins Caldas

Paisagem de Natal

terça-feira, 14 de agosto de 2012

CONVITE MISSA ANTONIO TERCEIRO FELIPE DE MEDEIROS

Clique na imagem.

Revisão dos auxílios pode aumentar a aposentadoria

O segurado que recebeu um auxílio-doença entre 1999 e 2007 e voltou a contribuir para o INSS antes de se aposentar pode ter um aumento em seu benefício com a revisão dos auxílios, que começa a ser paga em 2013.
Esses segurados não têm mais direito a atrasados, que são as diferenças que o INSS deixou de pagar, mas poderão conseguir um reajuste no benefício atual.
Quem ainda não se aposentou, mas recebeu um auxílio com erro, também pode pedir para o INSS corrigir as contribuições para aumentar a média salarial que será usada no cálculo de sua aposentadoria.
A correção é vantajosa para quem ficou um longo período recebendo auxílio-doença e teve um período de contribuições pelo salário mínimo (hoje, R$ 622), seguido por outros sobre o teto, que hoje é de R$ 3.916,20.

Fonte: Bol

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Morremos a cada instante
sem perceber.
Somos impotentes
diante do tempo
mas detemos a condição incontestável
de exercer a vida.
O tempo urge
e ele está decidido em prova-lo
a cada movimento perpétuo seu
cada segundo que passa
não voltará nunca mais.
Morremos a qualquer momento
a toda a hora
em qualquer lugar.
Morremos a cada instante
em que deixamos o silêncio
encher as taças que vazámos
na voracidade do que sentimos.
Morremos vezes sem conta
para depois renascer
e imergir numa nova etapa
num novo ciclo.
E a cada ciclo que se fecha
abre-se uma nova porta
e uma nova história começa.
Morrerei quantas vezes forem preciso
para renascer
cada vez mais forte.

Cristina Costa
  .

HELIOMAR ALVES - VEREADOR DE ASSU


SANTINHO VEREADOR DELZI CAVALCANTE - NATAL

 
Delzi é assuense, candidato a vereador de Natal.

domingo, 12 de agosto de 2012

MEU PAI...MEU HERÓI!


A figura paterna é muito importante e forte para o filho. Muitas vezes o pai torna-se o grande herói e exemplo para seu filho, por isso é fundamental o relacionamento saudável e a imagem presente desse pai, que é um espelho para seus filhos. Bom dia e feliz dia dos pais É PRA VOCÊ MEU HERÓI A GRANDE HOMENAGEM DESTE DIA... figura que vai ser sempre lembrada e pra quem tiro meu chapéu!
 
Juscelino França, blogueiro assuense 

sábado, 11 de agosto de 2012

SEMINÁRIO DE TEORIA DA LITERATURA - ASSU

Celebração em memória da esperança

A passagem dos 91 anos do nascimento de Aluízio Alves é comemorada, hoje, com a tradicional missa em ação de graças na Igreja de Nossa Senhora da Esperança. A celebração, em memória ao líder da Esperança,  que ocorrerá a partir das 19 horas, é realizada desde a inauguração, nos anos 60, daquele que é considerado o primeiro conjunto residencial da América Latina, fundado por Aluízio Alves, em sua gestão como governador do Estado (1961/1966).
DivulgaçãoMemorial tem fotografias históricas no acervo com 5 mil peças 
Memorial tem fotografias históricas no acervo com 5 mil peças

Familiares e amigos do ex-ministro e ex-governador Aluízio Alves (1921-2006) estarão reunidos  na missa que será celebrada pelo padre Agustín Calatayud Salon. A ocasião, disse a coordenadora do Memorial Aluízio Alves, Rosemary Lins Barreto, será marcada por recordações, emoções e amizade. 

Diariamente, conta Rose Barreto, o povo continua a homenageá-lo, seja encaminhando peças para o acervo do Memorial, seja em homenagens póstumas, como a que faz anualmente o potiguar Nicodemos Alves de Almeida, que hoje reside no Mato Grosso do Sul. "O amor, a satisfação em falar dele e contar histórias que foram vividas e que ultrapassam o tempo", disse Rose Barreto, "é o alimento da querida gentinha". Desde 2006, quando foi inaugurado, o Memorial, segundo ela, tem ajudado a tornar viva a memória do líder da Esperança. "Até hoje, Aluízio está sempre no coração de cada um, porque os momentos foram todos de esperança, fé e confiança no amanhã". Aluízio Alves transformou, nos anos 60, não apenas a estrutura administrativa do Estado, mas as condições de vida do povo, à época, precárias.

O projeto "Aliança para o Progresso" está retratado em um mapa iluminado, mostrando os avanços nas áreas de eletrificação, saúde, telecomunicações e estradas. Não é a toa, segundo Nicodemos Almeida, que acompanhou a carreira de Aluízio, a frase histórica dita pelo político potiguar: "Vim para vencer, vim para lutar, vim para ficar".  "Se os políticos de hoje fizerem um pouco do que fez, se seguissem seu exemplo, sua dedicação, fariam muito pelo nosso povo". Um detalhe que ela destaca é que, mesmo ao assumir o poder no Estado, Aluízio continuou o mesmo ritmo de comunicação com o povo, como se ainda estivesse em campanha.

"Ele mantinha constante contato com a massa, aproveitando qualquer ato público para realizar comícios e passeatas e isso cativava o povo", acrescentou Rose Barreto. A mão fechada com o polegar em riste foi seu símbolo, mas as palavras de esperança, aponta Rose Barreto, foram seu maior legado.

No governo, Aluízio Alves modernizou a administração e a infra-estrutura do Estado, ao criar novas entidades e empresas, como a Companhia de Serviços Elétricos do RN (Cosern), a Companhia Telefônica do RN (Telern) e Serviço Cooperativo de Educação (Secern). Na área empresarial, fundou o grupo Cabugi de Comunicação, tendo criado a TRIBUNA DO NORTE em 1950, e em seguida, comprou o controle acionário da atual Rádio Globo Natal. Ainda enveredou pela iniciativa privada, fundando editoras e instalando o grupo têxtil Sperb em São Gonçalo, nos anos 70 e no fim dos anos 80, fundou a emissora de televisão que hoje é a InterTV-Cabugi.

Testemunho de grandiosas realizações

Nicodemos Alves de Almeida, 72 anos, é um sertanejo. Nascido no município de Antônio Martins (RN), sempre foi admirador do ex-ministro e ex-governador, Aluízio Alves. "O Rio Grande do Norte é o que é graças a ele. Está melhor porque ele passou por aqui", afirma, com convicção e emoção. Nicodemos morou 12 anos em Natal. Hoje, vive em Dourados (MS), mas não esquece o amigo, falecido em 2006.

"Aquela criança, que hoje está lá no céu", afirma Nicodemos, "era dez. Na campanha de 60, eu estava saindo do quartel e, vendo aquela euforia toda, me apaixonei, no bom sentido. Era e ainda sou fanático por ele". Ao final das campanhas da qual Aluízio participava, Nicodemos fazia questão de  enviar telegramas. "O meu", recordou, "era sempre o primeiro que ele recebia".

O hábito de homenagear o amigo, não cessou.  Anualmente, Nicodemos encaminha ao Memorial Aluízio Alves uma placa comemorativa que, este ano, tem o título "Em memória à paixão política potiguar". "Aluízio era um operário, que trabalhava para melhorar a vida do povo", observa Nicodemos, que se declara integrante da "gentinha', como eram conhecidos os que acompanhavam Aluízio.

Trajetória de iniciativas memoráveis

O jornalista e ex-ministro Aluízio Alves era o quinto filho do casal Manoel Alves Filho (1894-1986) e a dona-de-casa Maria Fernandes Alves (1891-1975). Ele nasceu em Angicos no dia 11 de agosto de 1921. Aluízio Alves conquistou o primeiro mandato nas eleições de 1945, quando foi eleito para a Assembleia Nacional Constituinte, como o mais jovem deputado, então com 24 anos.

Após a promulgação da Constituição de 1946, o então deputado federal Aluízio Alves foi designado para ser o relator de 86 projetos que modificavam o sistema da Previdência Social. Diante da tarefa, ele decidiu elaborar uma lei orgânica que pretendia corrigir os erros identificados e aproveitar o que havia de melhor sobre o assunto no mundo. Em outubro de 1950 Aluízio Alves reelegeu-se deputado federal, sempre na legenda da UDN.

Durante essa nova legislatura, destacou-se pelo estudo que realizou sobre o mais grave problema a atingir o Nordeste. Em janeiro de 1958, tornou-se vice-líder da UDN e da minoria na Câmara dos Deputados. Candidato a mais uma reeleição, Aluízio Alves obteve a maior votação do Estado no pleito de outubro de 1958, conseguindo mais de 23 mil votos. Em 3 de outubro de 1960,  Aluízio Alves elegeu-se governador do Rio Grande do Norte, com apoio da coligação  PSD-PTB, derrotando o advogado Djalma Marinho.

Em janeiro de 1961, renunciou ao mandato de deputado, tomando posse como governador no dia 31 do mesmo mês. A campanha de 1960 foi memorável. Nela, Aluízio Alves iria imprimir um estilo que o acompanharia pela vida afora. Nos grandes comícios, destacavam-se os lenços verdes, os galhos de árvores e a voz rouca do chamado líder da Esperança. Empreendeu uma peregrinação pelo interior do Estado que ficou conhecida como a "Cruzada da Esperança". Nessa época, em que mal se ouvia falar em marketing político, Aluízio Alves já trabalhava nessa perspectiva, massificando a legenda Cigano Feiticeiro.

Em 1966, elegeu-se de novo deputado federal, tendo o mandato cassado e suspenso seus direitos políticos por dez anos pela ditadura militar. Já em 1982, quando voltou-se a ter eleição direta para os governos estaduais, o ex-governador e ex-ministro, voltar a se candidatar ao governo, depois de 16 anos, perdendo o pleito devido à vinculação do voto. Na época, o eleitor só podia votar nos candidatos de um mesmo partido, de deputado estadual a governador.
Fonte: Tribuna do Norte

sexta-feira, 10 de agosto de 2012


 Foto: NATAL À NOITE TB É LINDA!!!

Natal, 'Noiva do Sol',
cheia de charme. Beleza
da natureza.
Emoldurada pelo rio,
lagoas e mar.

Tem ar puro pra respirar,
gente boa, bonita,
dunas pra passear.
Natal é poesia, balada,
noite agitada.
Lugar bom pra se morar.

Fernando Caldas




Bom dia!!

Se não nascermos de novo, se não tornarmos a olhar a vida com a inocência e o entusiasmo da infância, viver não terá mais sentido.

Paulo Coelho

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

SANTINHO - VEREADOR ARNÓBIO - ASSU

 
Arnóbio 15.222
 NOTA

Sou daqueles da boa convivência, não misturo política com amizade, respeitando aqueles que tomam posições radicais (faz parte da política). Portanto, seja qual for o candidat, independente de partido, pode enviar seu santiho, além da sua proposta, que o editor deste blog postará com imenso prazer, Pois gosto de participar e colaborar com o processo democrático. Eis o meu endereço eletrônico: fernando.calaldas@bol.com.br

Fernando Fanfa Caldas

Morre Ademir Ribeiro, o radialista que marcou época nas rádios de Natal

Morreu ontem, às 20h40 no Hospital da Unimed, em Natal, o radialista Ademir Ribeiro.
Radialista que marcou época, nos tempos áureos da rádio AM, nas rádios Poti e Cabugi.
O corpo de Ademir está sendo velado numa capela do Morada da Paz da rua São José, em Lagoa Seca, e será sepultado às 16 horas, no cemitério de Emaús.
*
Em julho do ano passado, quando Ademir Ribeiro já estava internado, o Blog reproduziu uma entrevista feita pelo jornal Zona Sul.
Entrevista que republico abaixo:


Conhecido como “a voz de ouro do rádio”, o radialista Ademir Ribeiro, que marcou época nas rádios Poti e Cabugi com o programa “Show da Manhã”, está internado há um mês no Hospital da Unimed, em Natal.
O estado é grave e ele já se submeteu, inclusive, a uma traqueostomia.
E o Blog reproduz entrevista concedida por Ademir em 2004, ao jornalista Roberto Homem de Siqueira e seu pai, Nelson Siqueira, e publicada no http://zonasulnatal.blogspot.com
Entrevista, segundo o entrevistador, feita no Bar do Lourival, na avenida Deodoro, e”regada a cachaça, whisky, cerveja e queijo de coalho, servidos por Nicodemos, o secretário Nicó”.
Eis a entrevista:

ZONA SUL – Como começou sua carreira no rádio? Você teve outras profissões ou experiências antes?
ADEMIR
 – Eu participei de um teste para locução, no começo dos anos 60, na Rádio Poti, disputando com outros 20 candidatos. Alguns deles até já atuavam em outras emissoras. Tinha gente da Rádio Rural e também da Cabugi. Ao final das provas, só passou um. Quem? Ademir Ribeiro! Eu nunca tinha visto um microfone à minha frente, antes daquele dia. Eu tremia, o papel tremia nas minhas mãos, mas a voz manteve-se sempre segura, sempre firme. Dei um show. O teste era diferente dos de hoje. Interpretamos crônica, nota de falecimento, lemos nomes de autoridades estrangeiras… Aprovado, queriam que eu fizesse rádio-teatro. Eu disse que não, que gostaria de ser locutor. Este foi meu primeiro emprego. Papai segurou minha barra até os 20 anos, sem que eu precisasse trabalhar pra ninguém. Nunca fui outra coisa na vida a não ser profissional do rádio. Trabalhei até 1988 no mesmo prefixo, na mesma emissora, a Rádio Poti.

ZONA SUL – E depois da Rádio Poti?
ADEMIR – Fui para a Rádio Cabugi. José Wilde (hoje chefe de gabinete do senador Garibaldi Alves Filho, em Brasília) era o diretor artístico da emissora. Sabendo que eu tinha saído da Poti, ele telefonou dizendo que me queria na Cabugi. Pedi 30 dias para pensar, alegando que não seria fácil, para mim, trabalhar em uma rádio de políticos. No 29º dia, meus irmãos me pressionaram: “Ademir, você só quer viver bebendo, não quer trabalhar…”. Eu disse que não queria mesmo não. Mas eles insistiram e acabei concordando. Liguei para Zé Wilde, para dar minha resposta. Ele falou que já estava quase mantendo contato com Milton Duarte, para ocupar a vaga. Fui. Ricardo Alves, filho de José Gobat, acertou um negócio comigo. “Vou lhe pagar 12 horas-extras sem você cumpri-las, apenas para complementar o seu salário”. Mas aí veio o Plano Collor e Ricardo, alegando que a rádio estava em uma situação difícil, cortou minhas horas-extras.

ZONA SUL – No início da carreira você se impôs um desafio: vencer na vida atuando apenas como radialista, já que essa atividade era considerada mais hobby do que profissão. Você acha que conseguiu?
ADEMIR 
– O desafio foi lançado por um diretor da Rádio Poti chamado Rui Ricardo. Ele disse: “Ademir isso aqui jamais será uma profissão, não passará de um bico”. Ele me aconselhou a terminar os estudos. Eu já tinha terminado o científico, mas não quis fazer faculdade. Respondi que provaria que aquele emprego como locutor não seria para mim apenas um bico, mas uma profissão. Disse também que tudo o que eu conquistasse seria a partir da minha voz. Provei que não era um hobby, mas uma profissão. Acho que, à época, fui o maior salário do Norte-Nordeste do Brasil. Estou falando em salário como locutor, dentro do estúdio, entre quatro paredes, sem fazer política, sem fazer gravações fora, sem nada.

ZONA SUL – Por que você não costumava aceitar que sua voz fosse usada também em campanhas políticas?
ADEMIR 
– Eu sempre detestei política. Mas, recentemente recebi uma oferta razoável, em termos financeiros, para trabalhar uma vez por semana, durante dois meses, nessa campanha política. O candidato, que é do interior, me pediu para não dizer o seu nome, e não direi. Vou lá só gravar textos já escritos pela equipe dele. Virá me buscar e me deixar aqui no meu escritório, o Bar de Lourival. Vou só usar a minha voz, a maior ferramenta que Deus me deu. Já fiz trabalhos para Iberê Ferreira de Sousa, para Garibaldi Alves Filho, mas só a voz dentro do estúdio, gravada. Jamais aceitei subir em palanque. Nunca trabalhei ligado a um político para ganhar dinheiro. Hoje a maioria ganha dinheiro de político. Eu nunca trabalhei.

ZONA SUL – O programa Show da Manhã foi sua marca registrada. Fale sobre ele. Quanto tempo durou? Como surgiu?
ADEMIR 
– Surgiu de uma idéia que César Rizzo, então diretor da Rádio Poti, trouxe do Rio de Janeiro. César era narrador de futebol, mas Luís Maria Alves, então diretor dos Diários Associados em Natal, mandou chamá-lo para o cargo. Eu topei apresentar o programa, mas disse que não faria igual ao modelo do Rio. Propus, e aceitaram, um quadro para eu ler poemas meus e de outros autores. Também abri espaço para uma crônica chamada O nome do dia e sugeri ainda tocar músicas do passado. Assim eu fiz. Foi um sucesso absoluto em Natal. Fiz outros programas, entre eles o Peça Bis pelo Telefone e Geléia Geral. Mas o Show da Manhã foi o que marcou minha vida.

ZONA SUL – Além de programas de entretenimento, você apresentou jornais na Rádio Poti e atuou em rádio-novela. Como foram essas experiências? 
ADEMIR – Um dos noticiários que apresentei foi O Galo Informa, com notícias do Brasil e do mundo, fornecidas pela United Press Internacional (UPI) e pela Agência Meridional. Naquela época, Genar Wanderley era doido para que eu fizesse rádio-teatro. E eu queria ser somente locutor. Um dia, quando estava no ar a novela Amargo Silêncio, de Janete Clair, o galã, que era Nilson Freire, adoeceu e Genar pediu para eu substituí-lo. A princípio eu recusei, mas terminei aceitando e dei um verdadeiro show. Depois da exibição daquele capítulo, o telefone não parou de tocar. Dezenas de pessoas queriam saber quem era o novo galã da novela Amargo Silêncio. Fui endeusado pelo povo. Depois dessa experiência, passei a atuar em novela, além de continuar como locutor e redator. Também trabalhei na Televisão Universitária, a TVU, quando ela estava engatinhando. Eu e Liênio Trigueiro apresentávamos um noticiário. Ele ia de bermudas porque a câmera só filmava do peito pra cima. Nem sei se a TVU ainda tem em arquivo alguns destes programas.

ZONA SUL – Com esse vozeirão todo você também canta?
ADEMIR
 – Vou contar uma história bem interessante. Nélson Gonçalves chegou na Rádio Poti para ser entrevistado no meu programa. Depois de alguns instantes conversando, ele comentou: “Ademir, nunca ouvi um grave tão parecido com o meu como esse que você tem… Cante aí um pouquinho”. Aí eu cantei: “Boemia, aqui me tens de regresso…”. Imediatamente, com aquele jeito dele, gaguejando, ele interrompeu: “Ca-cale a boca, Ademir, não can-cante mais não. Você nasceu só pra falar. Nã-não serve pra cantar nada, é desentoado e desafinado”. Eu ri imediatamente, do jeito que estou rindo aqui, agora.

ZONA SUL – Durante a carreira você tomou algum cuidado com a voz? Você mesmo assume que costumava tomar suas cervejas durante as apresentações dos seus programas…
ADEMIR
 – Meu cuidado com a voz sempre foi cerveja, rum, whisky e cigarro. Comecei a fumar com 11 anos de idade, nunca tomei cuidado com a voz. Quando eu vejo Carlos Nascimento, Cid Moreira e William Bonner dizendo “eu não bebo, eu não fumo, faço gargarejo todos os dias…”, eu os considero uns imbecis. Todo dia, embaixo lá do meu birôzinho, eu botava as cervejas que tinha comprado no bar de seu João Furtado, próximo à rádio. Era bebendo e trabalhando. Depois dos 15 anos, nunca parei de beber. Estou com 65, já faz 50 que bebo. Tomei cerveja durante 30 anos, vivia doente, tomei dois anos de whisky, vivia doente também. Um dia cismei e pedi para o garçom me mostrar uma cachaça. Cheirei a Pitu e não gostei. Pensei logo: “essa aqui dá cirrose”. Pedi uma dose de Caranguejo. Passei a beber essa marca. Dois anos depois voltei à médica que me acompanha. Contei pra ela que fazia algum tempo que tinha passado a tomar aguardente. Ela ficou preocupada, achou que eu estivesse com cirrose. Passou uma série de exames. Todos deram resultado normal. Mandou fazer uma ultra-sonografia. A responsável pelo exame comentou comigo, após ver o resultado: “Seu Ademir, o senhor nunca bebeu, não é?”. Eu confessei a quantidade de anos que eu já bebia. Ela disse que não acreditava. Repetiu a ultra-sonografia. O resultado foi igual ao de uma pessoa que nunca bebeu.

ZONA SUL – Você ainda mantém a religiosidade e a paixão pelo América – duas das características que tinha naquele tempo?
ADEMIR 
– Sim. Religiosamente, todas as manhãs, faço cinco orações. Principalmente aquela que eu digo, logo que vou para o sanitário: “obrigado, Senhor, por mais um dia. Que esse dia de hoje seja bem melhor que o de ontem, em todos os sentidos, sob todos os aspectos e em qualquer circunstância”. Essa é a abertura que faço matinalmente. Ainda continuo crendo muito. Tenho aqui a medalha de Nossa Senhora de Fátima, minha Protetora, e a Cruz de Cristo Jesus, meu Pai Celestial. Mas se me perguntar se vou à Missa, responderei que ia quando era menino. Hoje assisto à Santa Missa pela televisão, todos os domingos. Mas não vou à Igreja. A paixão pelo América também é do mesmo jeito. Lembro uma ocasião, o América tinha vencido o ABC, eu fui para a rádio fantasiado como jogador do América: bermuda branca, camisa vermelha, número 9 às costas, que era o usado por Pancinha, o meu ídolo à época. Aí César Rizzo disse: “chefe, vá para casa descansar três dias…”. Eu perguntei se ele estava me suspendendo ou dando uma licença. Ele respondeu que era suspensão. Eu disse: “César, você, por favor vá a ***”. Ele emendou: “você está demitido”. “Me dê essa porcaria para eu assinar”, pedi. Assinei. Na chefia de pessoal, Luis Sena perguntou o que tinha acontecido. Eu expliquei que estava assinando a minha demissão. César Rizzo foi falar com Luís Maria Alves. Chegou lá e contou que estava com uma demissão para seu Luís assinar. Luís Maria Alves perguntou de quem era a demissão. Quando César disse que era a minha, imediatamente ouviu de Luís Maria Alves: “Ademir Ribeiro? Você é quem está demitido. Peça suas contas, vá embora e volte para o Rio de Janeiro!”.

ZONA SUL – Como está a vida de aposentado? Sente saudades dos tempos da ativa?
ADEMIR 
– A vida de aposentado está ótima. Tomo minha Caranguejo todos os dias, fumo minhas quatro carteiras de cigarro… Apesar disso, tenho a voz ainda do mesmo jeito, com 65 anos de idade. Acho a coisa mais maravilhosa do mundo. Hoje vez por outra sou chamado para alguma coisa. Mas como aposentado, acho que se eu voltar a trabalhar estarei tomando o lugar de alguém que precisa mais do que eu. Por isso só aceito uma ou outra oferta. Já tenho o meu. É pouco, mas o suficiente para viver. Fui a maior indenização do Rio Grande do Norte, quando saí da Rádio Poti. Recebi 1,260 bilhão de cruzeiros. Eu compraria o edifício Wimbledon todinho se quisesse, na rua Seridó. Mas botei o dinheiro na poupança. Com os sucessivos planos econômicos, caiu um zero aqui, outro acolá e o montante ficou bem pequenininho. Não sinto saudades do tempo em que trabalhava. Na hora em que deixo um emprego, não chego mais nem perto.

ZONA SUL – Como está seu coração? Está amando?
ADEMIR 
– Não amo mais ninguém. Amei quatro mulheres. Uma, inclusive, casada. Passou 12 anos comigo, sem o marido saber. Mas quando minha mulher, Teresa, morreu, descobri que foi a única a quem realmente amei. Me arrepio todo. Numa sexta-feira, em março, no Carnaval do ano 2000, fui em sua casa. Ela vivia dizendo que estava com medo que eu morresse sozinho na minha casa do Cidade Satélite. Propôs que eu fosse morar com ela e nosso filho, Maxwell, o mais velho. Eles estavam preocupados. Eu respondi que não dava certo, já tinha me acostumado a morar sozinho. Então Teresa pediu que eu levasse um lençol velho, para a sua cachorrinha dormir. Prometi ir domingo, ou segunda-feira. Fui na segunda. Bati na porta, nada. Fui embora. Voltei para o bar, continuei bebendo. Depois fui para minha casa, no Satélite. Peguei uma garrafa, continuei bebendo. Tive um estalo. Meu filho Maxwell tinha ido para a Paraíba com a mulher dele. Minha filha, Irina, para Barra de Cunhaú, com o marido. Iriana, a outra filha, estava em Natal. Liguei para ela e perguntei se Teresa tinha viajado. Ela respondeu que não. Mandei ela ir até a casa da mãe, com seu marido, que é advogado. “Pegue seu marido e vá lá, que sua mãe está morta”. Ela pediu que eu não repetisse aquilo. Fiquei em casa aguardando. Ela morreu sozinha, do jeito que não queria que eu morresse. Fico todo arrepiado… Morreu com o nebulizador ao lado. Ela sofria falta de ar. A partir daí, descobri que Teresa foi a mulher a quem realmente amei, apesar de estarmos separados há tantos anos, quando ela morreu.

ZONA SUL – Qual o segundo melhor locutor que trabalhou em Natal? E o terceiro? Sei que você vai dizer que foi o melhor. E eu não vou discordar… E no Brasil?
ADEMIR 
– O segundo foi Liênio Trigueiro e o terceiro, Nilson Freire, apesar de Nilson ser mais antigo do que eu e Liênio. Os dois tinham muito a ver com a minha voz. O primeiro sempre foi Ademir Ribeiro e não tem para onde correr. E eu não sou modesto não, porque quem é modesto é covarde. Eu não gostava de Cid Moreira, mas gosto de William Bonner, muito bom locutor e apresentador. Cid, que todo mundo endeusa demais, deixou de existir a partir do momento em que passou a ganhar dinheiro vendendo a imagem de Cristo, a Bíblia. Devia dar de graça. E não ganhar dinheiro às custas de Jesus Cristo.

ZONA SUL – Você nunca pensou em prosseguir sua carreira em outro estado?
ADEMIR 
– Fui convidado pela Rádio Globo, do Rio de Janeiro, pela Rádio O Povo, do Ceará. O diretor da O Povo veio aqui e me convidou, não para ser locutor, mas para dirigir a rádio. Eu respondi que amo a minha cidade e que não sairia de jeito nenhum. E também que amava o prefixo onde estava trabalhando, a Rádio Poti, que era a dona do mundo naquela época, em termos de rádio.

ZONA SUL – Como você gostaria de ser lembrado?
ADEMIR
 – Eu? Nem sei… Podia ser Ademir Ribeiro, a voz de ouro do rádio. Porque esta voz eu não ganhei de graça. Foi Deus quem me deu. Pode botar lá no meu túmulo. “Ademir Ribeiro – A voz de ouro do rádio”. Só isso.

Fonte: Blog Thaisa Galvão

Nota do blog:  Conheci Ademir Ribeiro, no ínicío da década de setenta. Ouvi muitas vezes, através da rádio Poti de Natal, as belas crônicas de sua autoria e de outros autores que ele interpretava com aquele seu vozeirão. Salvo engano, Ademiu era natural de Ipanguaçu (conhecida família Ribeiro daquela terra ipanguaçuense). RN.

Fernando Caldas

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Núbia Lafayete, a garota assuense de Carnaubais

 
NúbIa Lafayete ladeada pelo casal Edna e Osman Alves. Núbia era chamada artisticamente pelos apresentadores de emissoras de rádio e televisão, como "a garota asuense". Para o editor deste blog satisfazer o amigo e colega de blog Aluízio Lacerda, eu chamaria a cantora Núbia de "a garota assuense de  Carnaubais". É que Carnaubias fora Distrito de Assu.

Nome de registro de Núbia Lafayete: Idenilde Araújo Alves da Costa. Nasceu no dia 21 de janeiro de 1937, no distrito denominado Saco, porém há informações que teria nascido no Chambá. Faleceu em Niterói, no dia 18 de junho de 2007. Em Assu Núbia viveu apenas trés anos, regressando então ao Rio de Janeiro, acompanhando sua família. Na capital carioca, logo cedo, aos 8 anos de idade, começou a se apresentar em programas de calouros do Rio. Iniciando sua carreira artística no início da década de sessenta. Quando jovem trabalhando como comerciária em loja de tecidos, surgiu no programa de Calouros "A Voz de Ouro", da então TV Tupi, daquela terra então capital federal.

Me lembro, eu era ainda menino, que assisti a sua primeira apresentação na cidade de Assu, em 1962 ou 63, fora no anfiteatro do Colégio Nossa Senhora das Vitórias (Colégio das Freiras), abrindo o seu show interpretando a canção intitulada Devolvi, de Adelino Moreira, que diz assim:

Devolvi o cordão e a medalha de ouro
E tudo, que ela me presenteou

Devolvi suas cartas amorosas
E as juras mentirosas
Com que ela me enganou

Devolvi a aliança e também seu retrato
Para não ver seu sorriso
No silêncio do meu quarto

Nada quis guardar, como lembrança
Pra não aumentar meu padecer
Devolvi tudo, só não pude devolver
A saudade cruciante
Que amargura o meu viver.

Fernando Caldas 


EM DELÍRIO Por que é que nós vivemos tão distantes, Si estamos neste sonho todo incerto: - Eu ao teu lado em pulsações vibrantes, E tu, long...