sexta-feira, 14 de setembro de 2012


‎"A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras. Sentir-se amado, é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida."
‎Arnaldo Jabor

"Desapeguem-se da necessidade de ter que encurtar o tempo de evolução do outro".

Autor desconhecido



Leveza

Leve é o pássaro:
e a sua sombra voante,
mais leve.


E a cascata aérea
de sua garaganta,
mais leve.

E o que se lembra, ouvindo-se
deslizar seu canto,
mais leve.

E o desejo rápido
desse mais antigo instante,
mais leve.
E a fuga invisível
do amargo passante,
mais leve.


Cecília Meireles

Foto: Leveza 


Leve é o pássaro:
e a sua sombra voante,
mais leve.

E a cascata aérea
de sua garaganta,
mais leve.

E o que se lembra, ouvindo-se
deslizar seu canto,
mais leve.

E o desejo rápido
desse mais antigo instante,
mais leve.
E a fuga invisível
do amargo passante,
mais leve.

*Cecília Meireles

[De um poeta ardente de paixão]

Quero-te. Vem. As carnes palpitantes
A forma nua onde a beleza mora...
És tu. Quero-te assim. Meu corpo implora
A graça que te desce dos contornos...
Trêmulas as mãos e os lábios mornos.

Caldas [1888-1967], poeta potiguar de Assu


Fernando Caldas

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

RIO PIRANHAS/AÇU

Piranhas. O "rio da minha aldeia." - Assu-RN. Nasce na Cerra de Bongá, sertão paraibano, corta o Rio Grande do Norte, desemboca no atlântico, em Macau, interior potiguar. É um dos cartões postais da minha terra natal querida, onde eu vivi a minha infância e juventude prazenteira e feliz. Ah! Velho tempo bom. Vezes há que choro me lembrando a minha meninice e dos banhos que ali tomei. Ah! Velho tempo bom.
Fernando Caldas

Foto: Piranhas. O "rio da minha aldeia." - Assu-RN. Nasce na Cerra de Bongá, sertão paraibano, corta o Rio Grande do Norte, desemboca no atlântico, em Macau, interior potiguar. É um dos cartões postais da minha terra natal querida, onde eu vivi a minha infância e juventude, prazenteira e feliz. Ah! Velho tempo bom.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Poema da emancipação

[A todas as mulheres que são maltratadas!]

Um engano repetido
Cava mais fundo a funda ferida
Não é possível que ames

O rude gesto do carrasco
O fingido egoísmo de quem te prende
A mesquinhez que te maltrata
Liberta-te
E ganha a dignidade de uma ave…
Voa por um instante
Verás como te crescem asas
No espaço em que te fazes livre!

[Emílio Miranda]

Foto: Poema da emancipação 
[A todas as mulheres que são maltratadas!]

Um engano repetido 
Cava mais fundo a funda ferida
Não é possível que ames
O rude gesto do carrasco
O fingido egoísmo de quem te prende
A mesquinhez que te maltrata
Liberta-te
E ganha a dignidade de uma ave…
Voa por um instante
Verás como te crescem asas
No espaço em que te fazes livre!

[Emílio Miranda]

Assu hoje

Igreja Matriz de São João Batista - Largo Maria Eugênia.
DE: Doce Mistério

˚Eu precisei percorrer muito caminho para entender que um dos maiores tesouros da vida humana, talvez o mais precioso, é a capacidade essencial de sentir amor e saber expressá-lo."

Ana Jácomo


terça-feira, 11 de setembro de 2012


NAMORO DE ANTIGAMENTE - 1º CORDEL SOBRE CHICO MARTINS

Um resgate de uma vida feita através da literatura de cordel. É assim que pretendo aos poucos semear as histórias que meu avô Chico Martins contava. Fiz primeiramente através deste cordel, onde é narrada a sua aventura com uma namorada pra lá de doida. Há muitas coisas a serem lembradas.

Boa leitura


 NAMORO DE ANTIGAMENTE
Mané Beradeiro

A primeira namorada
É difícil esquecer
E se for como Amélia
Tudo vem acontecer
Foi assim com um rapaz
Que você vai conhecer.

Seu nome é Chico Martins
Do século que já passou
Lá pros anos vinte e dois
Seu coração se encantou
Com uma moça donzela
Por quem se apaixonou.

Naquele tempo tão longe
Namorar era restrito,
Não tocava, nem beijava,
Que negócio esquisito!
Era assim o costume
Para feio e bonito.
 
Então Chico Martins
Por Amélia se quedou
Tomou banho no açude
A ceroula lá lavou
Quase seca a barragem
Pela água que jorrou.

E dentro daquelas águas
Precavido não sentou
Temendo ser devorado
Por peixe que atacou
Seu compadre Zé Toquinho
Os possuídos levou.

Chegou em casa tão cedo
Que a sua mãe perguntou:
“-O que se assucedeu?”
Chico pouco lhe contou
Tava nervoso o moço
Porque nunca namorou.
 
Conversando com o pai
Uns conselhos quis tomar
Mas diante do silêncio
Resolveu aventurar
E lá foi Chico Martins
Com a moça namorar.

Brilhantina nos cabelos
Pó d’arroz no pescoção
Pois o cabra era alto
Parecendo um mourão
Cada pé que Chico tinha
Lembrava embarcação.

O rapaz embora grande
Temia de encontrar
No caminho do namoro
Com um bicho deparar
Principalmente raposa
Que o fazia chorar.
 
Diz Francisco de Assis
Que o amor tem poder
De fazer algo amargo
Ficar doce e beber
Por isso Chico Martins
Caminhou sem perceber.

Três léguas ele traçou
Com desejo de olhar
O rosto daquela moça
Que não pode lhe tocar
Pois bem pertinho estava
O seu pai a vigiar.

A moça era singela
De beleza singular
Os passos que ela dava
Perfumavam bem o ar
Deixando Chico Martins
Sem palavras pra falar.
 
Estavam os dois ali
Sentados sem se tocar
Entre Chico e Amélia
Parede a separar
Apenas uma janela
Os deixavam vislumbrar.

A conversa era tola
Muitas vezes só olhar
Quando ela cochilava
Chico se punha a pensar
Cutucava a menina
Para ela acordar.

Com os dedos imprensava
A costela da donzela
Gritando: “-Olha a faca!
Acorda, moça tão bela,
Teus olhos são luzeiros
No rosto d’uma gazela”.
 
O sinal pra cair fora
Era o pai bocejar
Aquilo significava
É hora de caminhar
O jovem Chico sabia
E não ia murmurar.

Voltando para seu lar
A noite era escura
Tudo era alcatrão
Seu corpo sem ter bravura
Pedia todos os santos
Não ter nenhuma agrura.

Tudo tava indo bem
Chico andava ligeiro
Quando quebrou do chinelo
A correia no lajeiro
Teve que consertar
Debaixo do juazeiro
 
Se a coisa tava preta
Ficou foi muito pior
Pois o rapaz tendo medo
Não soube fazer o nó
E pra aumentar a dor
Escutou algo maior.

Correu para uma pedra
Nela Chico escorou
Com o chinelo na boca
Ele quieto lá ficou
O bicho era raposa
E de medo se mijou.

Tremia como cipó
Balançado pelo vento
Quando o bicho gritou
Foi grande abobamento
Que em fração de segundo
Chinelo foi alimento.
 
Chegou em casa cansado
E não soube explicar
Como  pode engolir
Chinelo sem mastigar
A mãe então lhe falou:
-Se prepare pra chorar.

Pois agora vai saber
O que é  estrebuchar
Dando luz a um chinelo
Você vai se arrebentar
Tome muito óleo rizo
Pras bregas aguentar.

Três semanas foi o tempo
Pra Chico  recuperar
Quando voltou pra Amélia
Nada disso quis falar
Deu-lhe até um presente
Pó de Arroz pra cheirar.

 O pote tinha três quilos
Dava muito pra usar
Mas depois de várias noites
Chico pôs a perguntar:
-Você não usa o talco
Que lhe dei pra perfumar?

A moça pra responder
Deu risadas de montão
E disse ao namorado
Fiz papa e rubacão
Papai comeu e gostou
Foi grande animação.
-Minha filha, veja bem
O que eu vou lhe falar
Era pra usar na cara
Pra você embelezar.
Onde anda seu juízo
Me diga sem badalar?
 
Passada esta lembrança
Chico Martins se lembrou
De presentear a moça
Com um doce que ganhou
A doida muito depressa
Na cara toda espalhou.

Isso foi a gota d´água
Namoro se acabou.
Chico fez a sua trouxa
Pra Caraúbas zarpou
Onde viu Ana Cristina
Por quem se apaixonou.

Breve voltarei contar
Outros causos de vovô
Que passou por Janduís
Em Patu foi um pivô
Viveu em  Ceará Mirim
Terra que o  adotou.

       Acabou-se!!!!

Parnamirim-RN, 10 de setembro 2012


"O risoto é um prato ótimo para aquela refeição simples mas com um toque de charme. Ele é rápido e fácil de fazer, mas tem uns segredinhos para o ponto ficar perfeito! Quer saber quais são? Este post do Cuecas na Cozinha responde! http://bit.ly/Mf63HB"

Eu deixo aroma até nos meus espinhos
ao longe, o vento vai falando de mim.
E por perder-me é que vão me lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim..·´✿


Cecilia Meireles
(De: Doce Mistério, via Facebook)

"LEMBRETE DA SEMANA"




segunda-feira, 10 de setembro de 2012


Quis roubar-lhe a alma

Quis roubar-lhe a alma
Mas não foi bem-sucedida
O amor é uma chama não uma vaidade vã.

Um homem nasce, vive e morre enquanto é amado
Uma mulher vive diferente sorte.
Qual dos dois é mais forte?

(Simples-mente)
[Emílio Miranda]

Via Facebook
]
Foto: Quis roubar-lhe a alma

Quis roubar-lhe a alma
Mas não foi bem-sucedida
O amor é uma chama não uma vaidade vã.

Um homem nasce, vive e morre enquanto é amado
Uma mulher vive diferente sorte.
Qual dos dois é mais forte?

(Simples-mente)
[Emílio Miranda]

''Voto nulo não anula eleição"


No Céu tem um timão In Memorian



Por Aluízio Lacerda, jornalista, blogueiro do Vale do Açu

Recebi e.mail do contemporâneo, atualmente engenheiro civil "Toinho Cosme" residente há décadas em Macau.

Na sua mensagem me resgatou outros nomes de uma geração de atletas de futebol de salão da cidade dos poetas. Eis a grande recordação do leitor assiduo do blog: "LELETO, MÚCIO e GÃO ( goleiro ), o  grande Mazinho, irmão de Souza, JUNOT, Anchieta, Gallego de Celeste, Wilson, irmão de Leleto, Lambioi dentre outros craques.

Entre os nomes citados pra nossa alegria e felicidade de todos, os nomes em vermelho estão vivos e fazendo parte destas recordações planetárias.

Aproveitamos o ensejo pra lembrar de outros amigos que foram habitar no andar de cima, foram vestir a camisa do time de Deus. Como recordar é viver, em Macau sentimos imensa saudade de: Perneta e Haroldo, faziam o fino da bola ao lado de Paulo Dedinho, Zeca e Ivanildo, nas Pendências como não lembrar de Marquinhos, Toinho Badaxo etc e tal.

Em Afonso Bezerra tivemos o grande desfalque de uma seleção vitoriosa: Assis e Vicente formavam com o blogueiro, Beto e Bombinha uma equipe épica, mas recentemente tivemos a triste noticia da morte de Cabral, um dos reservas da seleção vice campeã interiorana do estado em 1971, o juiz Níldemes Antunes validou um gol irregular, o título  foi entregue ao arqueiro Frazão, capitão do time de Parnamirim.
  
Pra encerrar, temos a convicção de que no céu tem um verdaeiro timão com orígem em outros municipios: Chico de Goaininha, Os irmãos Costas (Itamar, Itaci e Izulamar) de Ceára-Mirim, sem falar dos craques de Mossoró, Campestre, São José de Mipibu, Areia Branca, Pedro Velho, Nova Cruz, Lajes, Angicos, Ipanguaçu, Itajá, Currais Novos, Caicó, Parelhas e outras cidades por onde passamos.



domingo, 9 de setembro de 2012


Dores vão e vem, mas enquanto tiver um sorriso no meio do caminho, um ombro pra encostar, uma piscada pra esquecer, um céu azul, uma janela aberta e um amanhecer de primavera você vai querer se reerguer e ver que quem perdeu não foi você.

Vanessa Leonardi
Foto: ★⋰˚ Dores vão e vem, mas enquanto tiver um sorriso no meio do caminho, um ombro pra encostar, uma piscada pra esquecer, um céu azul, uma janela aberta e um amanhecer de primavera você vai querer se reerguer e ver que quem perdeu não foi você.

Vanessa Leonardi
Dul ★⋰˚

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