domingo, 11 de janeiro de 2015

Como eliminar os cupins naturalmente



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http://lar-natural.com.br

Quem tem madeira em casa e do nada começa a perceber montinhos de “pó” nos rodapés, logo abaixo de algum móvel ou mesmo no piso, deve ficar alerta: isto pode ser sinal da presença do temido cupim!
Combater cupins pode ser mais trabalhoso do que você imagina, sendo às vezes inevitável recorrer a empresas especializadas em exterminar esse tipo de praga.
Mas antes de ligar para uma dessas empresas, tente uma receita caseira e natural. Veja aqui como eliminar os cupins naturalmente.

Os cupins podem trazer prejuízos imensos

Há casos de infestação de cupim que comprometem até a estrutura de uma edificação! Por isto o melhor é prevenir: na hora de escolher a madeira que será usada na sua casa, tanto na mobília, como no telhado, piso e forro, consulte profissionais especializados que possam indicar os tipos que não são “do interesse” desses bichinhos desagradáveis! Veja como combater os cupins naturalmente.

Como eliminar os cupins com borato de sódio

Quando os cupins ingerem o borato de sódio perdem a capacidade de digerir os alimentos e acabam morrendo. O borato de sódio pode ser comprado em farmácias em sachês com o produto em pó.

Como fazer

Em um recipiente com tampa, o qual você possa deixar bem fechado, coloque 4 litros de água e 450 g de borato de sódio. Borrife esta mistura na área afetada.
Tenha cuidado para que os animais de estimação não lambam o produto, portanto mantenha-os afastados durante o período de uso desta mistura! Deve ser conservado fora do alcance das crianças e animais de estimação!
Use luvas e óculos de proteção para manipular o produto.

Como eliminar os cupins com óleos essenciais

Os óleos essenciais de lavanda e vetiver podem ser usados para prevenir o surgimento dos cupins, basta misturar algumas gotinhas na água ou em um óleo vegetal como o de coco e aplicar na madeira. Caso seja o piso, coloque algumas gotas em um balde com água e passe um pano umedecido nesta mistura para finalizar a limpeza da casa, o perfume da lavanda ainda será um bônus!
Já o óleo essencial de cravo consegue ser eficaz para combater os casos iniciais de cupim. Basta borrifar este óleo misturado em uma base vegetal (óleo de coco, azeite de oliva, etc.) ou água na área afetada. Para cada 100 ml de água ou base vegetal, coloque 10 gotas de óleo essencial de cravo.

Não sabia o teu nome, nem quem tu eras... E ainda hoje não sei, - Mas para quê saber isso?, se sei,

- O que me és.

__ Luís Santos __

Imagem: © Lita Pratikto


Marta critica Dilma, ataca colegas e afirma: 'Ou o PT muda ou acaba'

Estadão

©
 
Felipe Rau/Estadão
 
Para a senadora Marta Suplicy (SP), que foi deputada, prefeita e duas vezes ministra pelo PT, o partido chegou a uma encruzilhada: “Ou o PT muda, ou acaba”. Em entrevista ao Estado, Marta não assumiu explicitamente, mas deixou evidente que está a um passo de sair do PT: “Cada vez que abro um jornal, mais fico estarrecida com os desmandos. É esse o partido que ajudei a criar?”.
 
Articuladora assumida do “Volta, Lula” em 2014, ela também deixou suficientemente claro que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em alguns momentos, autorizou os movimentos nesse sentido. Quanto ao governo Dilma: “Os desafios são gigantescos. Se ela não respeitar a independência da equipe econômica, vai ser desastroso para o Brasil”.
 
A declaração mais irada foi contra o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que ela julga “inimigo do Lula” e “candidatíssimo” a presidente em 2018, mas “vai ter contra si a arrogância e o autoritarismo”. A seguir, os principais trechos da entrevista:
 
Por que a senhora articulou o movimento “Volta, Lula”?
 
Em meados de 2013, os desmandos aconteciam e a economia ia de mal a pior. Foi aí que disse ao Lula: ‘Presidente, está acontecendo uma coisa muito séria. O que o senhor acha que está acontecendo?’ Conversamos a primeira, a segunda, a terceira, a quarta vez... E ele dizia: ‘É verdade, estou conversando com ela, mas não adianta, ela não ouve’. A coisa foi piorando e, um dia, ele disse: ‘Os empresários estão se desgarrando...’. E perguntou se eu podia ajudar e organizei um jantar na minha casa, já no início de 2014, com os 30 PIBs paulistas. Foi do Lázaro Brandão a quem você quiser imaginar. Eles fizeram muitas críticas à política econômica e ao jeito da presidente. E ele não se fez de rogado, entrou nas críticas, disse que era isso mesmo. Naquele jeito do Lula, né? Quando o jantar acabou, todos estavam satisfeitíssimos com ele.
 
E falaram nele como candidato?
 
Ninguém falou claramente, mas todo mundo saiu dali com a convicção de que ele era, sim, o candidato.
 
Ele admitia que queria ser?
 
Nunca admitiu, mas decepava (sic) ela: ‘Não ouve, não adianta falar.’
 
Ele estava incomodado com Dilma?
 
Extremamente incomodado. E isso é que foi levando ele a achar que tinha de ser o candidato e fui percebendo que a ação dele foi mudando. A verdade é que ele nunca disse, mas sempre quis ser candidato e achou que ia ser.
 
Por isso a senhora trabalhou pela candidatura do Lula?
 
Sim, providenciando os encontros para ele poder se colocar. Foi quando convidei políticos, artistas para um grande encontro político. Convidei a Dilma, o Mercadante e todos os ministros de São Paulo, avisando que o Lula estaria presente. Todos confirmaram, mas, na véspera, todos cancelaram. E ela, Dilma, também não foi. Nessa época, ainda estava confuso quem seria o candidato. Tinha uma disputa. E, depois, quando ela virou candidatésima, ele não falava mais com ela.
 
O Lula deixava uma porta aberta?
 
Quando o Lula escolheu o Fernando Haddad para disputar a Prefeitura, eu avisei a ele que eu ia sair do ministério, porque discordava da política econômica, da condução do País, e ia voltar para o Senado. ‘E vou dizer que o candidato é o senhor. A única que tem coragem de dizer isso publicamente sou eu e vou dizer’. E ele: ‘Não vai, não, de jeito nenhum’. Eu: ‘Por quê?’ Ele: ‘Porque não é hora’. Veja bem, ele não negou, ele disse que não era hora.
 
Depois, como evoluiu?
 
Um dia, eu fui direta: ‘Lula, tem de ir pro pau, tem de ter clareza nisso’. E listei pessoas com quem poderia conversar para dizer que ele tinha interesse, que estava disposto. Aí ele disse que não, que não era para falar com ninguém. O que eu ia fazer? Concordei. Só que, quando eu já estava saindo, perto da porta, ele disse: ‘Pode falar com o Rui (Falcão, presidente do PT)’. Dois dias depois, sentei duas horas e meia com o Rui e disse a ele: ‘A situação está muito difícil eleitoralmente para o PT, mas muito difícil para o País. Porque vai ser muito difícil a Dilma conduzir o País de outro jeito, você já conhece o jeito dela’. Mas ele disse que íamos ganhar e que eu estava falando de coisas que eu não entendia.
 
Acredita que o Lula queria ser (candidato em 2014)?
 
Ele é um grande estadista, mas não quis enfrentar a Dilma. Pode ser da personalidade dele não ir para um enfrentamento direto, ou porque achou que geraria uma tal disputa que os dois iriam perder.
 
E quando o próprio Lula encerrou de vez o assunto?
 
Foi quando ele disse: ‘Marta, acabou. Vamos trabalhar para a Dilma e pronto. Você vai enfiar a camisa e trabalhar de novo’.
 
E a senhora, nunca pensou em ser candidata?
 
A quê?
 
A presidente...
 
Pensei sim. Quando era neófita, tinha clareza de que poderia ser presidente. Depois, isso caiu por terra, até que um dia o Lula, no avião dele, quando era presidente, me disse: ‘Minha sucessora vai ser uma mulher’. E pensei que ou seria eu, ou Marina (Silva) ou Dilma. Logo vi aquela história de ‘mãe do PAC’ e que era a Dilma. Pensei: ‘O que faço?’ Bom, ou ficava contra e não fazia coisa nenhuma, ou ajudava. Mais uma vez, decidi ajudar. Sempre achei que ia acabar ficando meio de fora das coisas, talvez pela origem, talvez por ser loura de olho azul, não sei.
 
Como vê o governo Dilma?
 
Os desafios agora são gigantescos, porque não se engendraram as ações necessárias quando se percebeu o fracasso da política econômica liderada por ela. Em 2013, esse fracasso era mais do que evidente. Era preciso mudar a equipe econômica e o rumo da economia, e sabe por que ela não mudou? Porque isso fortaleceria a candidatura do Lula, o ‘Volta, Lula’.
 
E a nova equipe econômica?
 
É experiente, qualificada. Vai depender de a Dilma respeitar a independência da equipe. Se não respeitar, vai ser desastroso. Agora, é preciso ter humildade e a forma de reconhecer os erros a esta altura é deixar a equipe trabalhar. Mas ela não reconheceu na campanha, não reconheceu no discurso de posse. Como que ela pode fazer agora?
 
Se Dilma não deixar a equipe econômica trabalhar, os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) podem correr para o Lula, pedindo apoio?
 
Você não está entendendo. O Lula está fora, está totalmente fora.
 
Tudo isso criou uma cisão indelével no PT, entre lulistas e dilmistas, como ficou claro na posse, quando o Lula foi frio com o Mercadante?
 
O Mercadante é inimigo, o Rui traiu o partido e o projeto do PT, e o partido se acovardou ao recusar um debate sobre quem era melhor para o País, mesmo sabendo as limitações da Dilma. Já no primeiro dia, vimos um ministério cujo critério foi a exclusão de todos que eram próximos do Lula. O Gilberto Carvalho é o mais óbvio.
 
Qual o efeito disso em 2018?
 
Mercadante mente quando diz que Lula será o candidato. Ele é candidatíssimo e está operando nessa direção desde a campanha, quando houve um complô dele com Rui e João Santana (marqueteiro de Dilma) para barrar Lula.
 
Quais as chances de vitória do PT com o Mercadante?
Ele vai ter contra si sua arrogância, seu autoritarismo, sua capacidade de promover trapalhadas. Mas ele já era o homem forte do governo. Logo, todas as trapalhadas que ocorreram antes ocorrem agora e ocorrerão depois terão a digital dele.
 
Afinal, quais são os desmandos da gestão do Juca Ferreira na Cultura?
Foi uma gestão muito ruim. Enviei para a CGU (Controladoria-Geral da União) tudo sobre desmandos e irregularidades da gestão dele.
 
O que aconteceu com a Petrobrás?
 
Para mim, todo o conselho e diretoria deveriam ter sido trocados. Respeito a Graça (Foster), até gosto dela. Não questiono sua seriedade e honradez. Mas, no momento, o mais importante é salvar a Petrobrás.
 
O PT foi criado com a aura de partido ético. Imaginava que pudesse chegar a esse ponto?
Cada vez que abro um jornal, fico mais estarrecida com os desmandos do que no dia anterior. É esse o partido que ajudei a criar e fundar? Hoje, é um partido que sinto que não tenho mais nada a ver com suas estruturas. É um partido cada vez mais isolado, que luta pela manutenção no poder. E, se for analisar friamente, é um partido no qual estou há muito tempo alijada e cerceada, impossibilitada de disputar e exercer cargos para os quais estou habilitada.
 
Então, a senhora vai sair do PT.
 
A decisão não está tomada ainda, mas passei um mês e meio, dois meses, chorando, com uma tristeza profunda, uma decepção enorme, me sentindo uma idiota. Não tomei a decisão nem de sair, nem para qual partido, mas tenho portas abertas e convites de praticamente todos, exceto do PSDB e do DEM.
 
Para concorrer à Prefeitura?
 
Não será uma decisão em função de uma possível disputa à Prefeitura, por isso é tão dura. É uma decisão duríssima de quem acreditou tanto, de quem engoliu tanto.
 
Tem uma gota d’água?
 
Não, mas na campanha da Dilma e do (Alexandre) Padilha em São Paulo, fui totalmente alijada. Quando Padilha me ligou pedindo para eu gravar, disse: ‘Ô Padilha, entenda. Eu não sou mais objeto utilitário, acabou essa minha função no PT’.
 
Por que Dilma e Padilha foram tão mal em São Paulo?
 
Não foi um voto pró-Aécio (Neves), foi um voto anti-PT, pelos desmandos que o PT tem perpetrado nesses anos todos.
 
O que vai ocorrer com o PT?
 
Ou o PT muda ou acaba.
 
(Eliane passa a escrever colunas (às quartas, sextas e domingos) e reportagens a partir deste domingo, 11. Estará na Rádio Estadão (FM92,9 - AM700) de segunda a sexta, às 9h40)

sábado, 10 de janeiro de 2015

RELEMBRANDO AS ELEIÇÕES PARA VEREADOR DE NATAL: Foi uma eleição que deixou muitas dúvidas. Com o rigor da Lei Eleitoral de hoje, com certeza teria sido anuladas.Naquelas eleições Concorri pela pelo PDS - Partido Democrático Social qie depois veio a ser PFL e atual Democratas, a uma cadeira na câmara municipal daquela capital norte-rio-grandense obtendo em razão do pleito com muitas suspeitas de fraude, 301 votos. Vejamos abaixo cópia de um livro editado pela Índice intitulado A Verdade das Urnas, que eu diria: A Inverdade das Urnas.

Fernando Caldas, editor deste blog







Natal de antigamente. Avenida Hermes da Fonseca, uma das mais importantes da cidade do Natal. Início dos anos setenta!
──────── ღ ೋ Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ ღ ೋ ────────
Há momentos da nossa vida em que necessitamos
nos retirar como as águias.
Renovar a face da alma, a alegria dos olhos.
E só então regressar,num voo de paz e esperança.
A águia é o único pássaro
que voa acima das tempestades.


Cristina Costa.
 ·

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Tim Maia in Concert

Natal (RN) é destino premiado em Aspectos Sociais no turismo



by vivernatal

Ministério do Turismo seleciona e reconhece municípios com maior evolução no Índice de Competitividade do Turismo Nacional

Gustavo Henrique Braga

Natal (RN) foi premiada pelo Ministério do Turismo e o Sebrae, por registrar a maior evolução no quesito Aspectos Sociais do Índice de Competitividade do Turismo Nacional 2014, pesquisa do Ministério do Turismo em parceria com o Sebrae Nacional e a Fundação Getúlio Vargas. A série histórica do levantamento, que começou em 2008, avalia anualmente o nível de desenvolvimento de 65 destinos considerados indutores do turismo regional. A pesquisa mede avanços em 13 critérios relacionados à atividade turística.

A cidade registrou progresso de 12,8 pontos no indicador Aspectos Sociais, ao melhorar a nota de 43,4 para 56,6. Com isso, a capital potiguar é a 43ª colocada da lista neste quesito, cuja média nacional é de 59,7 pontos. A primeira colocada é Balneário Camboriú (SC), com 83,4 pontos. Dentro da dimensão Aspectos Sociais são avaliadas variáveis como acesso à educação, empregos gerados pelo turismo, política de enfrentamento e prevenção à exploração sexual infanto-juvenil, uso de atrativos e equipamentos turísticos pela população, cidadania, sensibilização e participação na atividade turística.

Na avaliação do secretário nacional de Políticas de Turismo do MTur, Vinicius Lummertz, um dos papéis do turismo como atividade econômica é "a criação de oportunidades e diminuição das desigualdades, meta que deve ser perseguida com dedicação pelos destinos, guardados os devidos desafios particulares de cada região".

Entre as ações que levaram a cidade a conquistar o prêmio, destaca-se o projeto Educar para o Turismo, criado para estimular o turismo pedagógico de estudantes da rede municipal por meio da visitação dos pontos turísticos da cidade acompanhados por guias especializados e professores. Também contribuiu para melhorar a pontuação de Natal a aplicação de programa específico de prevenção à exploração sexual de crianças e adolescentes no turismo, que conta com o apoio da iniciativa privada do terceiro setor e do poder público.

O ESTUDO - No índice geral de competitividade, Natal está posicionada em 25º lugar, com 65,1 pontos. As variáveis consideradas pela pesquisa são: Infraestrutura Geral, Acesso, Serviços e Equipamentos

Turísticos, Atrativos Turísticos, Economia Local, Capacidade Empresarial, Aspectos Ambientais, Marketing, Políticas Públicas, Cooperação Regional, Monitoramento, Aspectos Sociais e Aspectos Culturais. O primeiro relatório do Índice de Competitividade do Turismo Nacional foi apresentado em 2008 e a versão de 2014 é a sexta da série histórica.

Fonte: Ministério do Turismo

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

ASSU DOS ANOS 50

Em suas publicações o jornal ATUALIDADE, no ano de 1950, trouxe uma série de fotografias de prédios do Assu que orgulhavam a cidade, à época. Destes quatro imóveis conseguimos identificar apenas três deles: O grupo Escolar Tenente Coronel José Correia (recém construído), a agência dos Correios e Telégrafos (com mureta frontal) e a Praça Getúlio Vargas. Alguém poderia identificar essa casa do canto direito?
 

 
Anjos da Paz, obra de arte de Lúcia Caldas



Se queres ser universal canta a tua aldeia.

Léon Tolstoi

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

É POTIGUAR DO ASSU, O REALIZADOR DA PRIMEIRA CAMPANHA ELEITORAL MARKETIZADA NO BRASIL

 
Foto da Galeria da ABAP - Associação Brasileira de Agentes Publicitários, de João Moacyr residiu em 969.


João Moacyr de Medeiros *25/04/1921 - Assu  +05/10/2008 - Rio de Janeiro  era agente de publicidade no Rio de Janeiro, para onde regressou no início da década de quarenta. Foi o realizador da primeira campanha eleitoral marketizada no Brasil.

João Moacyr de Medeiros ou doutor Medeiros como era mais conhecido nos meios empresariais do sul, centro-oeste e sudeste do Brasil, principalmente no Rio de Janeiro para onde regressou no início da década de cinquenta,  "tem trajetória marcante na propaganda brasileira". Fundou no ano de 1950, a JMM Publicidade (sigla do seu nome) que veio a ser uma das maiores empresas de publicidade do país, nos anos setenta e oitenta, com escritório na Rua Rua Almirante Barroso, centro do Rio, nas proximidades do Largo da Carioca. Cid Pacheco, cuja figura eu tive o prazer de conhecer no escritório da JMM, outro gigante da propaganda moderna, do marketing político eleitoral, era seu parceiro. Pacheco depõe que Medeiros  realizou "a primeira eleição marketing-orientada. Foi a eleição de Celso Azevedo para a prefeitura de Belo Horizonte,executada pelo publicitário João Moacir Medeiros, da JMM. Celso Azevedo era um estreante sem respaldo político. Foi orientado por uma agência de propaganda, sob ótica mercadológica, e só por isso venceu Amintas de Barros, um político profissional e de tradição, com uma sólida biografia. O nosso Marketing tem crescido muito desde então, e já começa inclusive a ser exportado. A pesquisa brasileira também já atingiu um nível alto."

Já o próprio Medeiros numa conferência quando da realização do  Seminário !Voto é Marketing", realizado pela UFRJ, em 1992, depões: "Em 1954, dois candidatos polarizavam a disputa pela prefeitura de Belo Horizonte: Amintas de Barros, pelo PSD e Celso Azevedo, pela UDN. Foi o ano do suicídio de Getúlio Vargas, que estava em plena glória, mas também em pleno combate, um ano marcado por grande comoção política.

Juscelino Kubitschek, na época governador de Minas, também estava em plena glória. Amintas de Barros era tido como imbatível por ser o candidato de Juscelino e de Getúlio.
A UDN resolveu lançar outro candidato. Então, fui chamado pelo Magalhães Pinto, que me fez um pedido com ceticismo: "Veja que propaganda você pode fazer para o Celso não perder muito feio... "Celso Azevedo tinha também o apoio de um pequeno partido, o PDC, Partido Democrático Cristão. A eleição ia acontecer em um prazo de cinco semanas.

Restou-me a improvisação. Eu nunca dispensei a pesquisa porque sempre fui um repórter. Procurei alinhar as informações a respeito do Celso Azevedo. Ele era um jovem engenheiro de 40 anos , nunca havia ocupado cargos públicos e era muito tímido. Sabia fazer as coisas, mas não sabia falar em público. Era um homem de bem, o currículo podia ser resumido nisto. Amintas de Barros era um político populista do velho estilo, gostava de tomar uma "cachacinha" como o povo; uma pinga mineira; orador inflamado; brilhante criminalista e uma figura muito conhecida em Belo Horizonte, principalmente por suas participações nos júris populares. Dizia-se então que Amintas não podia perder. Tinha o apoio de JK e de Getúlio, e tinha também o apoio do PSD mineiro. Talvez um dos partidos mais fortes da história brasileira e do PTB de Vargas. O que podia fazer por Celso Azevedo? Eu perguntava às pessoas um pouco "mineiramente": "Escuta aqui, eu sou de fora, estou de passagem, sou um caixeiro viajante. Estou ouvindo falar da eleição, da campanha... Me fala aí, quem você acha que vai ganhar?" Diziam: "Tem o Amintas Barros, esse é o certo. Tem também um outro para fazer páreo." Depois apareceu um outro candidato, mas não teve importância.
Conseguimos polarizar a eleição entre Amintas de Barros e Celso Azevedo. Descobrimos numa pesquisa, que Belo Horizonte nunca havia tido um prefeito natural da cidade.

Portanto, seria o primeiro filho de Belo Horizonte a governar sua cidade natal. Era o lado que poderia ser explorado do ponto de vista emocional. Nós procuramos tirar partido daí.

Uma pesquisa entre o povo e com os motoristas de táxi e os barbeiros, que eram fontes de informação me levou a seguinte conclusão: a única qualidade do Celso Azevedo que podia ser explorado, era o fato de ele ser um engenheiro. Eu perguntava às pessoas: "Esquecendo o nome, esquecendo o candidato, você escolheria entre um político, que é um advogado brilhante, ou um engenheiro? Quem você acha que pode resolver os problemas da sua rua, do seu bairro, da sua cidade?" A maioria das pessoas respondia que preferia o engenheiro.

Nós chegamos a conclusão que, numa eleição, as pessoas estão interessadas sobretudo na sua rua, no seu bairro, na sua cidade. O aspecto partidário, as ligações ideológicas, nada disso tem importância. Então eu imaginei que as pessoas tinham que decidir entre um engenheiro, que podia resolver os problemas da cidade, os problemas do bairro, e um político. Posso dizer que foi a primeira campanha de posicionamento: o engenheiro de um lado, o político do outro.

A campanha ocorreu em três semanas. Fizemos uma série de anúncios. O primeiro deles dizia: "Os problemas de Belo Horizonte são problemas seus, mas são problemas técnicos.

Confie sua solução a um técnico, a um engenheiro, a um homem capas: Celso Azevedo". Esse era o tema fundamental da campanha. Descobriu-se também que o povo tinha aspirações muito concretas. Então, a nossa proposta ao Celso foi que ele não fizesse promessas muito grandes, que a campanha girasse em torno de algumas propostas, porque elas perdem credibilidade. Ele concentrou sua plataforma em torno de dois itens: o problema de transporte coletivo para os bairros mais distantes e o problema de calçamento de algumas ruas. Com calçamento, o transporte poderia chegar mais longe, mas não era o calçamento de asfalto! Ele ia para os bairros, fazia pequenas reuniões e explicava como calçar aquela rua com pé-de-moleque - um sistema anterior ao paralelepípedo, que os escravos mineiros adotavam no calçamento das velhas cidades. Se o transporte não chegava porque não havia uma ponte, ele fazia uma exposição simples de quantos sacos de cimento, quilos de ferro, vergalhões, e de quanto tempo de trabalho seriam necessários para construir aquela ponte. Ele ganhava credibilidade do eleitor mostrando que sabia fazer as coisas, que sabia resolver os problemas.

O resultado dessa campanha foi realmente inesperado. Ela teve o apoio do rádio com um jingle que se tornou extremamente popular. Ele tinha uma letra criada por mim e musicada pelo Sinval Neto. Dizia assim: "O povo reclama com razão / Minha casa falta água / Minha rua não tem pavimentação / Mas não basta reclamar, meu senhor / É preciso votar no prefeito de valor. Era uma letra simples, mas abordava exatamente uma coisa: que não bastava reclamar, era preciso votar, era preciso fazer uma escolha. Foi feito um programa de informação de rádio, convidamos o povo, não para os grandes comícios, mas para reuniões em que Celso mostrava como resolver os problemas sem discursos. Sem grandes discursos e sem promessas; só aquelas em que o povo pudesse acreditar.

De propósito, nós esquecemos o outro candidato. Achamos que devíamos fazer campanha a favor do Celso Azevedo e não contra o Amintas de Barros. Eu nunca ocupei o nosso tempo e atenção do nosso ouvinte, do nosso eleitor, com histórias sobre o adversário. As histórias sobre o adversário sempre colaboram contra nós. Foi o esquema que deu certo.

Diziam que o Amintas não podia perder porque tinha o apoio de Getúlio Vargas no ano do seu suicídio. A eleição foi em outubro. Em julho, três mesa antes da eleição, Vargas foi a Belo Horizonte e foi fotografado abraçado com o Amintas de Barros. Em agosto, o residente se suicidaria. O PSD mineiro e o PTB exploraram esse fato, lançando um folheto que mostrava a foto com a seguinte legenda: "Um voto no Amintas é uma pétala de rosa no túmulo de Getúlio". Isso era uma exploração sentimental enorme. E nós não podíamos combater Getúlio; ele estava morto!

Para concluir, em três semanas de campanha, Celso Azevedo foi eleito por maioria absoluta. Quando Amintas se deu conta e quis reagir, já era tarde. Esta, em resumo, é a primeira de uma campanha de Marketing eleitoral.

Na minha opinião, o voto é Marketing na medida em que você leva a mensagem do candidato ao conhecimento de muitos. Muitas vezes o candidato é desconhecido de muitos; outras, uma de suas faces ou ideias é desconhecida. Então, é preciso projetar o candidato e tentar fazer com que suas ideias sejam focalizadas. O Marketing tem esse valor."

Eis, portanto, um pouco da trajetõria de João Moacyr de Medeiros que engrandece o Rio Grande do Norte, especialmente o Assu, sua terra natal. Afinal de contas, não é a toa que o Assu, através dos seus filhos ilustres tem tradição de pioneirismo.

Em tempo: Eis um importante depoimento publicado em o Jornal do Brasil, edição de 19 de junho de 2016 da conceituada jornalista e colunista daquele importante jornal chamada Anna Ramalho, que diz assim: "Medeiros foi um gênio da propaganda. O Jornal Nacional foi assim batizado por sua sugestão: na época do seu lançamento, era patrocinado pelo Banco Nacional, da família Magalhães Pinto, principal cliente da agência." Escreve mais ainda aquela jornalista dizendo que Moacyr teve outras invenções como "o tema ponte aérea, criado para a Real Aerovias, ainda na década de sessenta". E aquela ex-funcionária da JMM não dispensa elogios a pessoa do seu ex-patrão afirmando que Medeiros "é um exemplo de pessoa decente, do brasileiro que soube ganhar muito com o seu trabalho, mas sempre de forma digna, sem cambalachos e maracutaias."

E quem não se lembra da propaganda do guarda chuva do Banco Nacional de Minas Gerais já referenciado acima, que abria durante os anos sessenta e setenta, o Jornal Nacional, da TV Globo? Era, portanto, de criatividade, criação da empresa de publicidade daquele ilustre assuense, mistura de potiguar com carioca chamado João Moacyr de Medeiros, cuja figura eu tinha laços de amizade e parentesco próximo pelo lado da família Lins Caldas, de Sacramento/Ipanguaçu e Assu-RN.

Fernando Caldas


Um comentário:
 

Angelo Alexei Castor14 de out de 2009 07:18:00
Valeu Caldas! Como neto do dr Amintas de Barros,se ainda hoje eu pudesse, como vim a saber pelo seu intermédio, era o pescoço deste grande expoente, o senhor Moacyr, que eu deveria apertar! Ora bolas...
    Um grande abraço!

Privatização da Política

O motorista de um dos taxis que tomei estes dias, no Distrito Federal, me falou da lealdade de voto para o governador que lhe havia dado um lote para morar. Pouco antes, uma atendente comercial me disse de sua lealdade ao Presidente que tinha dado um diploma a seu filho,graças ao PROUNI. Estes são dois de dezenas de milhões de votos de uma política privatizada, em que a lealdade é ao político que teria feito um favor, não ao País que precisa de bons dirigentes.

Isto é uma privatização da política.
 

O eleitor ignora seus direitos. O lote recebido pelo taxista não era do governador, aliás, um latifundiário, era do Estado e ele, taxista, tinha direito de receber, (sem esquecer o papel governador em agilizar o direito do cidadão). O diploma do filho da atendente foi conquistado pelo próprio filho, mesmo beneficiado por uma lei feita pelo presidente. E tanto o lote quanto o diploma são fatos de interesses nacionais. Mas não têm sido vistos assim.
 

O programa Ciências sem Fronteiras, claramente de interesse nacional, para criar uma base científica no País, tem sido visto como um programa de interesse privado para o aluno que recebe a bolsa, e não para o País que vai se beneficiar do trabalho do novo cientista. ela interessa ao futuro do País. A bolsa família foi criada para servir ao País, garantindo condições para as crianças pobres irem estudar, no lugar de trabalhar, mas hoje é apresentada como um programa de interesse apenas privado à família que a recebe e fica em débito eleitoral, como o taxista e a atendente e milhões de outros eleitores.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015



PEÇO A DEUS
.
Todos os dias,
peço a Deus
que minha memória
jamais me abandone.
Não suportaria que ela,
levasse consigo,
a chuva que via de minha janela;
o azul de cada manhã;
as brincadeiras de rua;
o jardim no quintal de casa;
meu primeiro amor;
meus amigos de verdade.
Não quero minha morte
despida de nostalgia.
Peço a Deus,
que não me prive desta despedida.
Do último abraço em minhas lembranças.
De um muito obrigado,
à minha infância.
.
__ Bruno de Paula
Pela rua deserta... um violão,
Com arpejos sonoros - procurando
Harmoniza a minha solidão

Renato Caldas

UMA TROVINHA IRREVERENTE DE RENATO CALDAS

Fotografias do blog: paginarsaitesblogs.blogspot.com
Andorinhas sobre a torre da igreja matriz de São João Batista, de Assu/RN. Me faz relembrar uma trovinha do poeta Renato Caldas que um dia, participou de um Concurso Nacional de Trovas, mandou essa trova irreverente para sua desclassificação, que diz assim:

Uma andorinha assustada
Por cima dos capitéis
Pensa em dar uma cagada
Na cabeça dos fieis.



"Ponho-me, às vezes, a olhar para o espelho e a examinar-me,
feição por feição: os olhos, a boca, o modelado da fronte,
a curva das pálpebras, a linha da face ...
E esta amálgama grosseira e feia, grotesca e miserável,
saberia fazer versos? Ah, não! Existe outra coisa ... mas o quê?
Afinal, para que pensar?
Viver é não saber que se vive.
Procurar o sentido da vida, sem mesmo saber se algum sentido
tem, é tarefa de poetas e de neurasténicos. Só uma visão de conjunto
pode aproximar-se da verdade. Examinar em detalhe é criar novos detalhes.
Por debaixo da cor está o desenho firme e só se encontra o que se não procura.
Porque me não esqueço eu de viver ... para viver?"


______ Florbela Espanca 
em "Diário do Último Ano"

 Isabel Almeida

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

CASA DA CARIDADE
No prédio onde atualmente está edificada a unidade educacional Complexo Instituto Padre Ibiapina, no ano de 1864, foi fundada a “Casa da Caridade” (prédio no fundo do canto esquerdo) pelo Padre José Antonio de Maria Ibiapina, cearense de Sobral, onde nasceu em 05 de agosto de 1806, na fazenda Morro do Jaibara. Ordenou-se em 1853 e faleceu em 19.02.1883. 

No Assu, na intenção de amparar crianças órfãs, ele fundou o “Colégio das Irmãs de Caridade”, com 30 recolhidas e irmãs religiosas, mantidas pela confraria do glorioso São João Batista, à custa do seu patrimônio.

Em 1862 Ibiapina esteve pela primeira vez em Assu, em companhia do “irmão” Inácio. Em fevereiro de 1865 voltou e visitou a Casa da Caridade, quando revelou: “tenho simpatia pelas ruínas”. (Silveira, 1995; 111).

Essa Casa funcionou (mesmo que precariamente) até o ano de 1948, quando a Paróquia de São João, numa parceria com a Congregação das Filhas do Amor Divino, transformou-a em educandário com a denominação de Instituto Padre Ibiapina, numa alusão ao idealizador daquele empreendimento educacional e de proteção às crianças desamparadas.
Fonte: Assu dos Janduís ao sesquicentenário - Ivan Pinheiro.

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