segunda-feira, 27 de abril de 2015

Pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, desenvolveram um chocolate que, segundo eles, tem a capacidade de retardar o surgimento de rugas e pele flácida

Chocolate que promete deixar pessoas de 50 anos com aparência de 30 chega ao mercado no próximo mês

Chocolate que promete deixar pessoas de 50 anos com aparência de 30 irá chegar no mercado no próximo mês

Por Redação

O chamado Esthechoc pode, com ingestão de apenas 7,5 gramas, fazer com que uma pessoa na casa dos 50 anos ganhe aparência de 30 anos de idade.
O chocolate aumenta os níveis de antioxidantes e eleva a circulação de sangue, evitando assim o aparecimento das linhas ocasionadas por nossas expressões.
Chocolate Esthechoc promete deixar pessoas de 50 anos com aparência de 30, reduzindo rugas e pele flácida. Novidade chega ao mercado no próximo mês.
Os testes mostraram que após quatro semanas de consumo diário de 7,5 gramas do chocolate, os participantes apresentaram menos evidências de inflamação no sangue e um aumento da circulação para tecidos da pele.
Ivan Petyaev, ex-pesquisador da Universidade de Cambridge (e fundador da Lycotec), que criou a novidade, falou que o método usa os mesmos antioxidantes que fazem “peixes serem dourados e flamingos serem cor de rosa”.
O Esthechoc deve chegar ao mercado em caixas para três semanas de refeição, embaladas individualmente. Ele inicialmente será vendido apenas no Reino Unido.

Fonte: Huffington Post

Confira o artigo original no Portal Metrópole: http://www.portalmetropole.com/2015/04/chocolate-que-promete-deixar-pessoas-de.html#ixzz3YYKoP267

PONTE FELIPE GUERRA PODERÁ RECEBER MELHORAMENTOS

George Soares solicita ações ao DNIT - Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes

Em reunião na tarde desta sexta-feira, 24, o deputado estadual George Soares esteve com o engenheiro, diretor-geral do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Dr. Walter Fernandes.

Na pauta da conversa estavam assuntos como a federalização da Estrada da Castanha, a operação tapa buraco na BR 304 e como vai andamento da duplicação dessa rodovia que percorre o RN. O deputado George também comentou sobre as Passarelas de Igapó que ligam Natal à São Gonçalo do Amarante.

Outro assunto abordado com o engenheiro do DNIT, foi a segunda etapa das obras na ponte Felipe Guerra, na divisa entre os municípios de Assú e Itajá. "A primeira etapa dos pilares e fundação foi concluída 100%, agora vamos enlarguecer e iluminar a ponte" garantiu Walter Fernandes.

O deputado George pediu celeridade nestes projetos, em especial ao da ponte Felipe Guerra por se tratar da única ponte na BR-304 que liga o Vale do Açu e outras regiões do RN à capital do Estado."Esta ponte alargada e iluminada trará mais segurança aos nossos motoristas". Ressaltou o deputado.
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Assessoria de Imprensa do Deputado Estadual George Soares
ALMA FERIDA

Foge de mim; Não quero ver-te. A vida
Que pesada tornaste, hoje despreza.
Do teu amor a dura natureza
Mais não se volva à página volvida...

Sai. Vai para longe...  A alma ferida,
Que fizeste infeliz, te olha surpresa...
Vai para longe de mim, vai... E’ dura a lida
Que aos ombros me puseste n’esta empresa...

Para longe de mim... Vai para longe...
Que eu aqui fique, solitário monge,
Olhando a triste solidão da vida...

Para longe de mim... que me desterro...
Não me faças sofrer dores de ferro...
Não me toques assim n’esta ferida...

João Lins Caldas
Assu, 1909






Capitão Manoel Varella Barca, lá do Assú (I)


João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN, membro do IHGRN e do INRG
Nas minhas pesquisas genealógicas, uma personagem sempre presente, na vida de Assú, foi sem dúvida o capitão Manoel Varella Barca. Entretanto, não encontrei, até agora, maiores referências sobre sua vida por parte de nossos escritores. Está esquecido pelos seus e pelos outros. Faleceu aos dez de setembro de 1850.

Pelos assentamentos de praça, vemos que passou a tenente em 3 de março de 1791 e a capitão em 18 de agosto do mesmo ano. Quando da invasão da Ilha de Manoel Gonçalves, por corsários ingleses, em 1818, foi o capitão Manoel Varella Barca quem recebeu a primeira informação do Comandante do Degredo da Ilha, Alexandre José Pereira.

Foi procurador e administrador das várias fazendas de Cristovão da Rocha Pitta, morador na Bahia, e da viúva Costa, da praça de Pernambuco.

No seu testamento, escreveu que era natural da Vila do Cabo, da Província de Pernambuco, filho de José Varella Barca e Dona Brites Paz Barreto, na época, já falecidos. Cita alguns irmãos, já falecidos, José, Rosa Josefa, Maria, Anna e Brites. Não fala sobre irmãos vivos.

Disse mais que foi casado três vezes. O primeiro casamento foi com Dona Luzia Florência da Silva, da qual teve quatro filhos, a saber: Manoel Varella, Maria Juliana, José Varela e Francisco Varella, todos falecidos; seu segundo casamento foi com Dona Francisca Ferreira Souto, da qual teve seis filhos, a saber: Domingos Varella, Manoel Varella, falecido, Rosa, Maria Beatriz, Maria Francisca, Francisca Ferreira Souto, já falecida; seu último casamento foi com Dona Bertholeza Cavalcanti Pessoa, da qual não teve filhos.

Dona Luzia Florência da Silva, primeira esposa do capitão Manoel Varella Barca, era filha do capitão João Ferreira da Silva e Brites Maria de Mello. Os quatro filhos desse casamento eram falecidos quando do testamento do capitão. Francisco e José morreram conforme o relato a seguir.

Em seu discurso pronunciado na abertura da segunda sessão da terceira legislatura da Assembleia Legislativa Provincial, do Rio Grande do Norte, do dia 7 de setembro de 1841, o vice-presidente da Província, coronel Estevão José Barboza de Moura, faz o seguinte relato: dia 13 de dezembro de 1840, se apresentou pelas nove horas da manhã no campo fronteiro à Matriz na qual tinha de celebrar-se o ato de eleição, um concurso de setenta pessoas, mais ou menos, armadas e capitaneadas pelo tenente da extinta segunda linha, José Varella Barca, e por seu irmão Francisco Varella Barca. Por aquela mesma hora teve de seguir para o lugar destinado o destacamento do Corpo Policial, que ali existe, e havia sido requerido pela autoridade competente para guardar e manter o sossego, na forma da lei; e quando passava este em pequena distância do grupo recebeu tiros de mosquetaria; à vista do que o seu digno comandante, o tenente de Polícia José Antonio de Souza Caldas, mandou fazer também fogo contra o inimigo, que então reconheceu, repelindo assim a força, que o guerreava; de cuja luta, que durou por espaço de três quartos de hora, resultou morrer imediatamente o segundo chefe Francisco Varella, e ficar gravemente ferido em um perna o primeiro José Varella; serem baleados um sargento, e um guarda de Polícia, ambos gravemente, uma mulher que chegava à sua porta na ocasião do fogo, e alguns outros do inimigo, ao número de dez ou doze, os quais todos escaparam, menos o infeliz tenente José Varella, que faleceu de um mês de padecimentos.

Francisco Varella Barca foi representado no testamento pelos seus filhos: Manoel Varella Barca, casado; Pio Pierres Varella Barca, maior de 21 anos; Maria Senhorinha Varella Barca, casada com Antonio Barbalho Bezerra Junior; Senhorinha, casada com Luis Felis da Silva; Francisca, e mais Luzia Maria, Maria Josefa e José, menores.

José Varella Barca foi representado pelos seus filhos legitimados Maria Clara, casada com Manoel Tavares da Silva (no registro de casamento, em 1835, ela aparece como filha natural de Clara Francisca Bezerra); José, Manoel, Luzia e Maria, esses menores.

Maria Juliana, já falecida em 1835, era casada com Francisco de Souza Caldas, e foi  representada pelos filhos Manoel Lins Caldas, Francisco Lins Caldas e Tertuliano de Alustau Lins Caldas, todos casados; Luiz Lucas Lins Caldas, solteiro e maior de 21 anos; Maria Genoveva Lins Caldas casada com Felis Nobre de Medeiros; Luzia Leopoldina casada com Felis Francisco da Silva.
Em um assentamento de praça, consta que Manoel Varella Barca Junior, filho do capitão Manoel Varella Barca, era natural das várzeas do Apodi, idade de 20 anos, de altura 5p e 6p, cabelos pretos, olhos pardos, sentou praça em 23 de junho de 1806, solteiro e criador de gados.

Manoel Varella Barca Junior, o mais velho deles, era casado com Thereza de Jesus Xavier, filha de Francisco Xavier de Souza Junior e Dona Bernarda Dantas da Silveira. Esse casamento foi na capela da Utinga, em 30 de outubro de 1817. No testamento foi representado por seus filhos Francisco Xavier Varella Barca, nascido na Utinga, batizado em 20 de novembro de 1820, casado com Josefa Jovina Pimentel Varella Barca; Manoel Varella de Souza Barca; José Varella de Souza Barca (na época do inventário, preso na cadeia de Natal); e Luzia, nascida na Utinga, batizada em 29 de outubro de 1819, casada com João Gomes Freire.

Trecho de um debate na Câmara Federal entre José Moreira Brandão Castelo Branco e Amaro Carneiro Bezerra Cavalcanti
Poeminha Amoroso
Talvez tu possas
entender o meu amor.
Mas se não acontecer
não importa.
Já está declarado
e estampado
nas linhas e entrelinhas
deste poema.
O verso, o tão famoso
e inesperado verso
te deixará pasmo
surpreso, perplexo.
Eu te amo
perdoa-me, eu te amo.
–– extraído de “Poeminha amoroso”, de
Anna Lins dos Guimarães Peixoto Brêtas,
que passou à literatura com o pseudônimo
Cora Coralina (do livro “Vintém de Cobre -
Meias Confissões de Aninha”, Editora Global, 1983

De: Yara Darin


CEARÁ-MIRIM/RN
RUA HERÁCLITO VILAR, ANOS 50 E HOJE . ANTIGA RUA DA AURORA.
Fotografia da linha do tempo facebook de Jadson Queiroz.
Ela acorda curiosa,
tem ideias ardentes.
Acaricia as asas invisíveis
e dança para curar a sua alma ferida.
Até em sonhos comete loucuras,
expulsa a rotina e brinca com a melancolia.
De espírito livre, ela abre a porta para o mundo.
Briga com a própria sorte,
chora e reclama, mas logo esquece do que a entristece.
Entende bem a solidão,
tem no corpo tatuada cada vivida emoção.
Cristina Costa


Mensagem do ministro do STF emociona internautas e viraliza no Facebook Luis Roberto Barroso foi patrono de uma turma de formandos em Direito e fez o discurso durante colação de grau.Foram 47 mil curtidas em apenas dois dias.

Leia o texto na íntegra:

A vida e o Direito: breve manual de instruções
I. Introdução

Eu poderia gastar um longo tempo descrevendo todos os sentimentos bons que vieram ao meu espírito ao ser escolhido patrono de uma turma extraordinária como a de vocês. Mas nós somos – vocês e eu – militantes da revolução da brevidade. Acreditamos na utopia de que em algum lugar do futuro juristas falarão menos, escreverão menos e não serão tão apaixonados pela própria voz.

Por isso, em lugar de muitas palavras, basta que vejam o brilho dos meus olhos e sintam a emoção genuína da minha voz. E ninguém terá dúvida da felicidade imensa que me proporcionaram. Celebramos esta noite, nessa despedida provisória, o pacto que unirá nossas vidas para sempre, selado pelos valores que compartilhamos.

É lugar comum dizer-se que a vida vem sem manual de instruções. Porém, não resisti à tentação – mais que isso, à ilimitada pretensão – de sanar essa omissão. Relevem a insensatez. Ela é fruto do meu afeto. Por certo, ninguém vive a vida dos outros. Cada um descobre, ao longo do caminho, as suas próprias verdades. Vai aqui, ainda assim, no curto espaço de tempo que me impus, um guia breve com ideias essenciais ligadas à vida e ao Direito.

II. A regra nº 1

No nosso primeiro dia de aula eu lhes narrei o multicitado "caso do arremesso de anão". Como se lembrarão, em uma localidade próxima a Paris, uma casa noturna realizava um evento, um torneio no qual os participantes procuravam atirar um anão, um deficiente físico de baixa altura, à maior distância possível. O vencedor levava o grande prêmio da noite. Compreensivelmente horrorizado com a prática, o Prefeito Municipal interditou a atividade.

Após recursos, idas e vindas, o Conselho de Estado francês confirmou a proibição. Na ocasião, dizia-lhes eu, o Conselho afirmou que se aquele pobre homem abria mão de sua dignidade humana, deixando-se arremessar como se fora um objeto e não um sujeito de direitos, cabia ao Estado intervir para restabelecer a sua dignidade perdida. Em meio ao assentimento geral, eu observava que a história não havia terminado ainda.

E em seguida, contava que o anão recorrera em todas as instâncias possíveis, chegando até mesmo à Comissão de Direitos Humanos da ONU, procurando reverter a proibição. Sustentava ele que não se sentia – o trocadilho é inevitável – diminuído com aquela prática. Pelo contrário.

Pela primeira vez em toda a sua vida ele se sentia realizado. Tinha um emprego, amigos, ganhava salário e gorjetas, e nunca fora tão feliz. A decisão do Conselho o obrigava a voltar para o mundo onde vivia esquecido e invisível.

Após eu narrar a segunda parte da história, todos nos sentíamos divididos em relação a qual seria a solução correta. E ali, naquele primeiro encontro, nós estabelecemos que para quem escolhia viver no mundo do Direito esta era a regra nº 1: nunca forme uma opinião sem antes ouvir os dois lados.

III. A regra nº 2

Nós vivemos em um mundo complexo e plural. Como bem ilustra o nosso exemplo anterior, cada um é feliz à sua maneira. A vida pode ser vista de múltiplos pontos de observação. Narro-lhes uma história que li recentemente e que considero uma boa alegoria. Dois amigos estão sentados em um bar no Alaska, tomando uma cerveja. Começam, como previsível, conversando sobre mulheres. Depois falam de esportes diversos. E na medida em que a cerveja acumulava, passam a falar sobre religião. Um deles é ateu. O outro é um homem religioso. Passam a discutir sobre a existência de Deus. O ateu fala: "Não é que eu nunca tenha tentado acreditar, não. Eu tentei. Ainda recentemente. Eu havia me perdido em uma tempestade de neve em um lugar ermo, comecei a congelar, percebi que ia morrer ali. Aí, me ajoelhei no chão e disse, bem alto: Deus, se você existe, me tire dessa situação, salve a minha vida". Diante de tal depoimento, o religioso disse: “Bom, mas você foi salvo, você está aqui, deveria ter passado a acreditar". E o ateu responde: "Nada disso! Deus não deu nem sinal. A sorte que eu tive é que vinha passando um casal de esquimós. Eles me resgataram, me aqueceram e me mostraram o caminho de volta. É a eles que eu devo a minha vida". Note-se que não há aqui qualquer dúvida quanto aos fatos, apenas sobre como interpretá-los.

Quem está certo? Onde está a verdade? Na frase feliz da escritora Anais Nin, “nós não vemos as coisas como elas são, nós as vemos como nós somos”. Para viver uma vida boa, uma vida completa, cada um deve procurar o bem, o correto e o justo. Mas sem presunção ou arrogância. Sem desconsiderar o outro. 

Aqui a nossa regra nº 2: a verdade não tem dono.

IV. A regra nº 3

Uma vez, um sultão poderoso sonhou que havia perdido todos os dentes. Intrigado, mandou chamar um sábio que o ajudasse a interpretar o sonho. O sábio fez um ar sombrio e exclamou: "Uma desgraça, Majestade. Os dentes perdidos significam que Vossa Alteza irá assistir a morte de todos os seus parentes". Extremamente contrariado, o Sultão mandou aplicar cem chibatadas no sábio agourento. Em seguida, mandou chamar outro sábio. Este, ao ouvir o sonho, falou com voz excitada: "Vejo uma grande felicidade, Majestade. Vossa Alteza irá viver mais do que todos os seus parentes". Exultante com a revelação, o Sultão mandou pagar ao sábio cem moedas de ouro. Um cortesão que assistira a ambas as cenas vira-se para o segundo sábio e lhe diz: "Não consigo entender. Sua resposta foi exatamente igual à do primeiro sábio. O outro foi castigado e você foi premiado". Ao que o segundo sábio respondeu: "a diferença não está no que eu falei, mas em como falei".

Pois assim é. Na vida, não basta ter razão: é preciso saber levar. É possível embrulhar os nossos pontos de vista em papel áspero e com espinhos, revelando indiferença aos sentimentos alheios. Mas, sem qualquer sacrifício do seu conteúdo, é possível, também, embalá-los em papel suave, que revele consideração pelo outro. 

Esta a nossa regra nº 3: o modo como se fala faz toda a diferença.

V. A regra nº 4

Nós vivemos tempos difíceis. É impossível esconder a sensação de que há espaços na vida brasileira em que o mal venceu. Domínios em que não parecem fazer sentido noções como patriotismo, idealismo ou respeito ao próximo. Mas a história da humanidade demonstra o contrário. O processo civilizatório segue o seu curso como um rio subterrâneo, impulsionado pela energia positiva que vem desde o início dos tempos. Uma história que nos trouxe de um mundo primitivo de aspereza e brutalidade à era dos direitos humanos. É o bem que vence no final. Se não acabou bem, é porque não chegou ao fim. O fato de acontecerem tantas coisas tristes e erradas não nos dispensa de procurarmos agir com integridade e correção. Estes não são valores instrumentais, mas fins em si mesmos. São requisitos para uma vida boa. Portanto, independentemente do que estiver acontecendo à sua volta, faça o melhor papel que puder. A virtude não precisa de plateia, de aplauso ou de reconhecimento. A virtude é a sua própria recompensa. 

Eis a nossa regra nº 4: seja bom e correto mesmo quando ninguém estiver olhando.

VI. A regra nº 5
Em uma de suas fábulas, Esopo conta a história de um galo que após intensa disputa derrotou o oponente, tornando-se o rei do galinheiro. O galo vencido, dignamente, preparou-se para deixar o terreiro. O vencedor, vaidoso, subiu ao ponto mais alto do telhado e pôs-se a cantar aos ventos a sua vitória. Chamou a atenção de uma águia, que arrebatou-o em vôo rasante, pondo fim ao seu triunfo e à sua vida. E, assim, o galo aparentemente vencido reinou discretamente, por muito tempo. A moral dessa história, como próprio das fábulas, é bem simples: devemos ser altivos na derrota e humildes na vitória. Humildade não significa pedir licença para viver a própria vida, mas tão-somente abster-se de se exibir e de ostentar. Ao lado da humildade, há outra virtude que eleva o espírito e traz felicidade: é a gratidão. Mas atenção, a gratidão é presa fácil do tempo: tem memória curta (Benjamin Constant) e envelhece depressa (Aristóteles). Portanto, nessa matéria, sejam rápidos no gatilho. Agradecer, de coração, enriquece quem oferece e quem recebe.

Em quase todos os meus discursos de formatura, desde que a vida começou a me oferecer este presente, eu incluo a passagem que se segue, e que é pertinente aqui. "As coisas não caem do céu. É preciso ir buscá-las. Correr atrás, mergulhar fundo, voar alto. Muitas vezes, será necessário voltar ao ponto de partida e começar tudo de novo. As coisas, eu repito, não caem do céu. Mas quando, após haverem empenhado cérebro, nervos e coração, chegarem à vitória final, saboreiem o sucesso gota a gota. Sem medo, sem culpa e em paz. É uma delícia. Sem esquecer, no entanto, que ninguém é bom demais. Que ninguém é bom sozinho. E que, no fundo no fundo, por paradoxal que pareça, as coisas caem mesmo é do céu, e é preciso agradecer".

Esta a nossa regra nº 5: ninguém é bom demais, ninguém é bom sozinho e é preciso agradecer.

VII. Conclusão

Eis então as cláusulas do nosso pacto, nosso pequeno manual de instruções:

1. Nunca forme uma opinião sem ouvir os dois lados;
2. A verdade não tem dono;
3. O modo como se fala faz toda a diferença;
4. Seja bom e correto mesmo quando ninguém estiver olhando;
5. Ninguém é bom demais, ninguém é bom sozinho e é preciso agradecer.

Aqui nos despedimos. Quando meu filho caçula tinha 15 anos e foi passar um semestre em um colégio interno fora, como parte do seu aprendizado de vida, eu dei a ele alguns conselhos. Pai gosta de dar conselho. E como vocês são meus filhos espirituais, peço licença aos pais de vocês para repassá-los textualmente, a cada um, com toda a energia positiva do meu afeto:

(i) Fique vivo;
(ii) Fique inteiro;
(iii) Seja bom-caráter;
(iv) Seja educado; e
(v) Aproveite a vida, com alegria e leveza.
Vão em paz. Sejam abençoados. Façam o mundo melhor. E lembrem-se da advertência inspirada de Disraeli: "A vida é muito curta para ser pequena".

Ministro do STF Luis Roberto Barroso (Crédito: Fellipe Sampaio /SCO/STF)Ministro do STF Luis Roberto Barroso
(Crédito: Fellipe Sampaio /SCO/STF)
duração: 01:47

sábado, 25 de abril de 2015

...quem me dera encontrar as palavras ainda não ditas,
palavras beijos para depositar em teus lábios.

Cristina Costa

RN conquista novo voo e soma acréscimo de R$ 40 milhões na economia

O Estado potiguar terá agora voo direto de Belo Horizonte-Natal. O anúncio foi feito na manhã deste sábado (25) pela Azul Linhas Aéreas


Por Redação
O Governo do Estado segue no compasso de resgate de voos e consequente aumento do fluxo de turistas. Hoje confirma mais uma importante rota. Após a conquista dos voos de Buenos Aires/Natal e Campinas (SP)/Natal, o Estado potiguar terá agora voo direto de Belo Horizonte-Natal. O anúncio foi feito na manhã deste sábado (25) pela Azul Linhas Aéreas.
“Apenas este voo representará o incremento de mais de R$ 10 milhões anuais ao nosso Estado. Com os voos até agora confirmados, já são mais de R$ 40 milhões. E ainda vem mais por aí, graças ao decreto de desoneração do ICMS no querosene de aviação pelo governador Robinson Faria”, comemora o secretário estadual de Turismo, Ruy Gaspar.
A companhia pretende ofertar cerca de 600 voos extras no período. (Foto: Divulgação/Azul)
A companhia vai implantar um voo direto entre Natal e Belo Horizonte (Foto: Divulgação/Azul)
O voo direto do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins (MG), localizado na área metropolitana de Belo Horizonte, começa a operar no próximo dia 4 de julho, tal qual o de Buenos Aires e o de Campinas. A regularidade será semanal, sempre aos sábados. A aeronave da companhia aérea possui capacidade para até 118 passageiros.
Os voos charters da Azul, para Campinas e Belo Horizonte, são exclusivos e viabilizados graças à parceria com a operadora CVC. “Trouxemos o superintendente da CVC, Valter Patriani, a Natal, já na primeira quinzena de janeiro. Nessa reaproximação com esta que é maior operadora de viagens da América Latina, Patriani prometeu trazer 230 mil turistas ao RN em 2015, sendo 50 mil a mais do que os 180 mil registrados ano passado. E está cumprindo a promessa”, frisou Ruy Gaspar.
O secretário lembrou ainda as excelentes perspectivas para outros voos internacionais, a exemplo de Santiago (Chile), Bogotá (Colômbia), Milão (Itália), Estocolmo (Suécia) e Frankfurt (Alemanha).
A meta estipulada pelo titular da Setur é, ao final dos quatro anos de gestão, e em razão dessas e outras medidas, aumentar a taxa média de ocupação turística em 20%. “Isto representaria uma injeção em nossa economia de mais de R$ 800 milhões por ano. Temos o apoio do Governo para isso. Não à toa tenho chamado Robinson Faria de o Governador do Turismo”, conclui Ruy Gaspar.

Fonte: http://portalnoar.com/

DESTINO DO AUGUSTO SEVERO: AEROPORTO

Armando Negreiros, médico (armandoanegreiros@hotmail.com)

Não entendo como uma população de cerca de um milhão e meio de habitantes (a região metropolitana de Natal) se submete a esse crime que os governantes fizeram transferindo o aeroporto para São Gonçalo do Amarante. Aliás, é a população de todo o estado, pois só temos aeroporto para grandes aeronaves em Natal: TRÊS MILHÕES E QUINHENTOS MIL HABITANTES!

Estava tudo funcionando muito bem. Investiram cerca de VINTE MILHÕES DE REAIS para em seguida fechar o aeroporto. E ficam uns babacas dando sugestões, opiniões para saber o que fazer com o Aeroporto Augusto Severo. Ora, como o próprio nome indica, a melhor destinação para o Aeroporto é continuar sendo Aeroporto! Então, para que se gastou tanto dinheiro com reformas?

Inicialmente dizia-se que o de São Gonçalo era apenas para cargas. E, realmente, parece um Aeroporto para transportar cargas. O de São Gonçalo não tem a metade do conforto do Augusto Severo. Do ponto de vista técnico o Augusto Severo tem três pistas e o de São Gonçalo tem apenas uma.

E o trajeto de ida e volta? Uma verdadeira via crucis! Não entendo, mais uma vez, como uma população de três milhões e quinhentos mil habitantes se submete, cordeiramente (de cordeiro, mesmo) a um trânsito infernal tanto para ir como para voltar. Acabou a história de ir deixar, ou ir buscar, um parente, um amigo no aeroporto. A distância, o trânsito, o risco, inviabilizam completamente esse tipo de gentileza. Quem quiser que pegue um taxi, pelo triplo do preço de quando era no Augusto Severo!

A entrada – e saída – de Natal pela BR 101, além de esteticamente bonitas, não têm a metade do engarrafamento que enfrentamos para o Aeroporto de São Gonçalo. E a distância? Acredito que seja em torno de um terço. E o tempo? Deve ser em torno de um sexto.

Então, diante dos argumentos aqui elencados da superioridade do Aeroporto Augusto Severo sobre o de São Gonçalo, e que repito apenas alguns entre inúmeros outros:
A apresentação de uma entrada na cidade de Natal esteticamente bonita pela BR 101;
O engarrafamento de veículos bem menor;
A distância significativamente menor;
O preço dos taxis bem inferiores;

As instalações bem mais confortáveis com restaurantes e lanchonetes;
A presença de três pistas de aterrissagem e decolagem enquanto o de São Gonçalo só tem uma.
Pergunto:

Qual a justificativa para ficarmos calados, mudos como cordeiros obedientes e oligofrênicos?
Porque não nos movimentamos para voltarmos para o Aeroporto Augusto Severo?
Está mais do que na hora de nos unirmos todos, todos os segmentos da sociedade, para que o Aeroporto de São Gonçalo tenha lá a sua finalidade para a qual foi construído.

O argumento de que Natal não suporta dois aeroportos é fácil de resolver: vamos encontrar uma destinação para o Aeroporto de São Gonçalo! Até pela sua localização e pelo seu tamanho daria para ser adaptado para todas as sugestões que foram feitas para o Augusto Severo.

Dessa forma o Aeroporto de São Gonçalo poderia facilmente ser transformado numa das seguintes opções:

Hospital de Trauma do Rio Grande do Norte;
Centro Cultural da Grande Natal, com Teatro, Biblioteca, Cinema, etc.;
Shopping Center – Grande Mall da Zona Norte;
Um grande centro de diversões nos moldes da Disney em Orlando, o que seria um grande incentivo ao turismo;

Qualquer outra utilidade, desde que o nosso Aeroporto voltasse a ser o confortável e eficiente

AEROPORTO AUGUSTO SEVERO!
CONCLAMO, POIS, TODOS OS SEGMENTOS DA NOSSA SOCIEDADE, TODAS AS ASSOCIAÇÕES, TODOS OS EMPRESÁRIOS, TODAS AS FEDERAÇÕES, TODOS OS PODERES, EXECUTIVO, LEGISLATIVO, JUDICIÁRIO, MINISTÉRIO PÚBLICO, O POVO EM GERAL PARA UMA LUTA COM O OBJETIVO DE VOLTARMOS A TER COMO O NOSSO AEROPORTO PARA EMBARQUE E DESEMBARQUE, O AEROPORTO INTERNACIONAL AUGUSTO SEVERO.

POR SOBRE O OLHO DE UM MÁGICO PINTOR

Por gurgelcarlos@outlook.com
poeta, produtor cultural
Sempre é um lugar tão longe e inacessível. Sempre é quando, sem precipitação, ocupamos o tempo com palavras de ordem e um bom vinho. As noites, assim revestidas, ganham uma pequena e imperecível formosura. Peca, quem, ao se olhar no espelho, procura encontrar uma série de idiossincrasias onde personagens da cidade, transitam pelo centro, acompanhados de doses de ensolarada boemia e da rápida evolução da geração, que enfrentou pedras e impropérios. Naquela época a serenata pulsava como um raro e precioso folhetim. Quem não validasse sua existência, era sumariamente esquecido. O glamour de um evento cultural, absolutamente, se restringia ao espaço por onde desfilava seus sonhos e holofotes. Não, bem mais do que isso. Revelava-se nesses momentos, um apogeu de decifração. Esmiunçava-se as variadas formas humanas, tal qual no seio familiar. Como prova inconteste de tudo relacionado ao universo de uma cidade pacata, mas já esboçando-se como um pêndulo gravitacional de influências. Décadas são como pérolas pedidas. Décadas, são como a confirmação que o homem pode se manter ileso das suas contradições e ruínas. Décadas são como ávidos pássaros, rebuscando por sobre rotas, o sorriso perdido da humanidade. Décadas são tão afoitas, um simulacro de uma rara sinceridade. Décadas são como eternas pilastras, suportando o peso das suas catástrofes e sermões. Essa cidade que a gente vive, Natal, por diversos períodos, exibiu um glamour cultural invejável. Destilou entre seus simpatizantes uma euforia literária, pincéis e molduras, até hoje, impagáveis. Era comum, entre os aficionados, o testemunho que os mesmos endereçavam aos seus artistas preferidos, causando entre um diferenciado público, a febre de centenas de elogios e efusivas palmas. Naquela época, década de 50, a cidade se locomovia por sobre os trilhos que existia entre a Ribeira e o Tirol. Estava em curso uma evolução, logo após o final de um fratricida combate no planeta. Era a oportunidade que se tinha, para retomar uma produção de arte, que pudesse revelar novos valores, como capacidade de revitalizar-se. Assim, em curso, dava-se como certo, por sobre a sombra dos coqueiros emoldurando o litoral de Ponta Negra, tão virgem, nativo, bucólico, calmo, paradisíaco; essa aventura, esse desejo. Os paletós e suas gravatas. Chapéus em profusão. Bengalas e charutos. Daí, o aparecimento de um grupo, onde, dentre outros, pontificavam Dorian Gray Caldas e Newton Navarro. Formavam assim, uma dupla onde resplandecia o fruto da pura coragem, rebeldia tanta. Começava na cidade a cintilar, o desejo de artistas, que tinham um contraponto sem dúvida, a tudo que estivesse relacionado ao marasmo. Era uma juvenil força. Com todo ardor e fogo. Tipificando um novo e revelador gosto por uma refinada galeria poética/plástica. Aos poucos, foi-se formando na cidade, uma curiosidade por quem admirava essa expressão, fonte de tudo que destravava o óbvio reinante. Dorian Gray, pontifica. Luta pela sua pintura. Pelos seus traços. Por todas as imagens, que aos poucos, vê, cria, desenha, refaz. Ele, como condutor das paisagens da sua terra, revela-se um verdadeiro artista. Distante do vazio, sem condutor, da passagem por onde o bonde e seus habitantes, cortejam. Procura-se por quem procura pelas cores pintadas do sol, de uma cidade litorânea nordestina. Procura-se dia e noite, por quem escolheu seus pincéis e telas, como se fosse um mensageiro das nuvens e das dunas da sua cidade. Casarios, pescadores, seus transeuntes e uma infinidade de outros resplandecentes componentes que se inserem na sua obra. Pura criação de um condutor do fio que liga a imaginação com a realidade desbravadora. Procura-se por quem , o tempo todo, foi mestre e um intransigente defensor das nossas milhas e mares. Dos nossos morros e faróis, dos nossos quintais e vales. Procura-se, sem parar, por esse homem. Como uma missão. Onde ele está? Por que será tão difícil encontrá-lo? Por que será tão difícil ser revelado? Por que será tão difícil não percebê-lo na próxima esquina? Ou naquele litoral por onde passeia a saudade e a lembrança de uma realidade dedicada a celebração da lua, e das suas insuspeitas amantes? Essa cidade resfolega por quem dela, guia, sobre o descaso para com os seus arquétipos das cores. Daqueles condutores que redesenham sóis e enseadas, como se fora a sua própria criação, o que está lá, na natureza. Como se, não pudéssemos usufruir, do resultado, uso, esplendor das mãos e mente por quem manipula tantas, milhares de bisnagas, pinceis, telas ao sol e céu, dessa litorânea nau. Ser arte e ser sol, para embelezar as praças e seus coqueiros. Ser arte e ser varal, para encantar seus habitantes e passageiros. Ser arte e ser pontal, para se aventurar por sobre os corações anônimos e desconhecidos do povo, da gente do seu lugar. Velejar como comandante lúdico e lúcido das suas ruas e luas, tão belas, como inesquecíveis jornadas noturnas, vespertinas. Então celebremos esse valoroso artista. Aplaudindo sua coerência. Festejando sua imensa aquarela, espalhando amor e beleza. Celebremos seu vigor. Sua incansável luz. Sua indômita paixão pela Arte. Tenaz. Pintor incansável da beleza dos rios, casarios da sua terra. Celebremos pois, um cidadão imortal, como um companheiro, mensageiro, defensor de tantas e tantas relíquias que fazem parte da geografia do seu povo. Que Dorian Gray, sempre nos apazigue. Com suas cores, cronicas, poesias, apontamentos, pensamentos. Pois que sua obra seja eterna assim como seus passos de criança. Precioso ser. Entre o insubstituível marco da cidade, até a beira de uma praia repleta de seus pescadores, moradores, rendendo honras ao seu filho, ilustre e bendito. Tal como suas telas. Tal como seu verbo. Como sua pessoa: encontro do bom, com tudo que nos faz bem.


Série de conversas com empreendedores culturais inicia com Carlos Fialho

Editora do jornalista e publicitário planeja lançar 60 livros em 2015

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Conrado Carlos
Editor de cultura
No prefácio escrito em 1956 para sua biografia de Pedro Velho, Câmara Cascudo diz que o pior critério é a comparação. Cem anos após o nascimento do líder político, primeiro governador do Estado com a República instalada, o grande intelectual desta esquina americana, dizia: “[...] cada um de nós dirige a visada num ângulo especial. Ou vê segundo as cores individuais da predileção”. Ele sustentava o descompasso da cordialidade e pacifismo do outrora comandante-em-jefe potiguar com a torarreia da politicagem que acompanhava. O contexto não eleva ou derruba mitos? Portanto, peço perdão ao maior folclorista brasileiro para dizer que nunca na história deste Estado houve tanto jovem nativo exitoso em âmbito nacional como empreendedor de cultura.
Em uma década, surgiu a companhia teatral Clowns de Shakespeare, com atores em produções vistas por milhões de pessoas, via Rede Globo – casos de Titina Medeiros e César Ferrario. O combo Do Sol, que tem lançado bandas de rock para shows em alguns dos principais festivais do país, como a ótima Far From Alaska (Planeta Terra e Lollapalooza), e internacional, vide Camarones Orquestra Guitarrística no espanhol Primavera Sounds e o Bop Hound, em dos maiores eventos norte-americanos de rockabilly. E o selo Jovens Escribas, responsável pela inserção do Rio Grande do Norte no sempre difícil meio literário brasileiro, com uma leva de bons autores locais mesclados com nomes promissores do ‘circuito alternativo’ – o natalense Daniel Liberalino, o paraibano Bráulio Tavares e o mineiro Sérgio Fantini são alguns exemplos. A partir da edição deste final de semana, vamos conversar com idealizadores das três empreitadas.
Para começar, o escritor, jornalista e publicitário Carlos Fialho, proprietário da “Euditora” Jovens Escribas – neologismo cunhado pelo próprio. Desde 2012, quando assumiu porcentagens de três sócios, ele começou um processo que culminou com o abandono de uma agência publicitária e a dedicação exclusiva ao mercado editorial. “Eu comprei a parte deles, mas foi numa boa. Porque quando você tem vários sócios, perde agilidade. Fui lá e paguei a um, depois de uns meses, paguei a outro”. Com ajuda da esposa, Fialho montou uma equipe enxuta e empolgada. “Cada livro a gente discute uma ideia legal, pensa na capa, aprova com o autor. ‘Ó, seu livro a gente vai fazer com uma foto, seu livro a gente vai fazer com uma ilustração’. Esse tipo de coisa”.
Em dez anos, a Jovens Escribas lançou 60 livros – de autores iniciantes, como Márcio Benjamin, e tarimbados, como Nei Leandro de Castro e Clotilde Tavares, cuja novidade é O Monstro das Sete Bocas, história infanto-juvenil a ser lançada na semana que vem, com informações futuras aqui n’O Jornal de Hoje. “Se você pegar uma amostragem de dez anos, dá seis livros por ano, o que não é tão impressionante assim. O que acontece é que, de 2011 em diante, a gente deu uma acelerada grande. Começamos a publicar quase um livro por mês”.  A tiragem média é de 500 exemplares, a depender do número de páginas. No entanto, uma meta ousada foi estabelecida para este ano: prensar a mesma quantidade do que em toda sua história. Para tanto, escritores que pagam por seus livros devem predominar.
“A meta para 2015 é publicar 60 livros. Desde reimpressões de livros antigos à novidades. Mas da seguinte forma: desses 60, pelo menos uns 40 tem que ser por encomenda, pagos pelos autores, porque senão a conta não fecha. É caro o custo de gráfica, por mais que a gente consiga baratear com o volume que a gente tem mandado. Temos que pagar diretor de arte, revisor, contador, todo mundo”. O valor pago por um livro encomendado oscila entre R$ 5 mil e R$ 8 mil, na maior parte dos casos. Com direito a receber um produto bem acabado, com plano de divulgação que costuma chegar ao ouvido de quem consome cultura não só por estas bandas, mas em outras regiões. “Ainda não somos conhecidos pelo grande público, mas todo o circuito literário nacional já nos reconhece”.
A presença em cinco feiras literárias do Estado (Flipipa, Flipaut, Fliq, Feira do Livro de Mossoró e Festival Literário de Natal); a realização de um bazar mensal, em Ponta Negra; táticas agressivas de lançamento e vendagem, com pacotes de até dez livros por R$ 100,00; e assinar contrato com autores conhecidos, como o quadrinista carioca Chacal, deu nova dimensão ao selo Jovens Escribas, segundo Fialho – no segundo semestre, eles participação do 8º Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte, em novembro, e da Comic Con Experience, em dezembro, em São Paulo. Acrescente-se a isso uma negociação adiantada com uma distribuidora nacional e o fechamento com uma assessoria paulistana.
“Isso tudo faz parte de uma estratégia mesmo. Já publicamos autores mineiros, cariocas, paraibanos, que quero publicar mais, pernambucanos e estou fechando com paulista e gaúcho. Quando eu tiver essa turma, é igual o War [clássico jogo de estratégia], você vai conquistando os territórios, aí eu fecho com uma assessoria, que eu já acertei, que é lá de São Paulo, podemos divulgar em São Paulo”.  Levar escritores potiguares para eventos nas capitais paulista e mineira, como já foi feito aqui pelo Nordeste. “Botamos oito escritores numa van e fomos numa caravana para Recife e João Pessoa, para sair vendendo os livros”.  Fialho complementa a renda com curadorias, mediações e assessorias em eventos locais (Sesi, Sesc, Prefeitura).
Geração 2000
Todos com idade entre 30 e 40 anos, os condutores desse movimento cultural que agita o som, as letras e a dramaturgia (sem falar na Casa da Ribeira) potiguares são amigos e surgiram na aurora da década que registrou índices positivos na economia. Com dinheiro no bolso, sobrou para além do remédio e do feijão. “Houve uma geração que surgiu e que começou a fazer as coisas. Gente que queria trabalhar com teatro, viver de música. E no caso da gente, queríamos publicar livros. Essa época houve esse desbunde [começo dos anos 2000], para usar uma expressão artística. E o pessoal que persistiu e se profissionalizou, está aí até hoje”.
Possibilidades direcionadas também aos rincões e arrabaldes. Foi em 2011 que a editora Jovens Escribas iniciou o Ação Leitura, iniciativa que aproxima a literatura de quem pouco tem contato com essa arte. “Esse projeto fez com que a gente começasse a ir muito a escolas públicas e IFRNs. Começamos a ter contato com um Brasil que está submerso, um Brasil desconhecido da região central de Natal, por exemplo. O pessoal do Plano Palumbo não sabe que existe esse Brasil. Jovens talentosos, leitores, que estão ali esperando uma oportunidade [para conversar com autores e adquirir livros]. Nos IFRNs isso é impressionante”.
Carlos Fialho planeja seu primeiro trabalho como quadrinista até o começo de 2016. Autor de livros de contos, ele também inclui no pacote criativo mais um volume no gênero de narrativas curtas que imortalizou Anton Tchekhov. As folgas na agenda da Jovens Escribas são preenchidas com a produção pessoal. De preferência em casa, longe das metrópoles do Sudeste, destinos escolhidos por muitos como única forma de vingar na profissão. “Não queremos sair de Natal. A nossa sede mundial, a gente brinca, é aqui. Queremos subverter a lógica, de ser uma editora de Natal publicando autores do Brasil todo. A partir daqui, divulgar no Brasil todo”.

Contribuinte terá descontos especiais para quitar dívidas com fisco municipal

É importante destacar que esse beneficio valerá até o dia 30 de abril.Foto: Divulgação

Foto: Divulgação
O contribuinte em débito com o tesouro municipal terá uma grande oportunidade de regularizar a sua situação junto ao fisco com as facilidades que a secretaria municipal de Tributação (Semut) irá disponibilizar em virtude da realização do evento Justiça na Praça. A iniciativa do Poder Judiciário do Rio Grande do Norte acontece neste sábado (25), das de 8h30 as 16h, no estacionamento da Faculdade Estácio Zona Norte e conta com o total apoio dos órgãos da Prefeitura do Natal.
Um decreto especial foi elaborado e publicado na edição desta sexta-feira (24), do Diário Oficial do Município (DOM), estabelecendo as regras e descontos para os contribuintes que procurarem o stand da Semut no dia do Justiça na Praça. Definiu-se que terá um desconto de 90% nos juros de mora e multas para o pagamento de tributos municipais como o Imposto Territorial Predial Urbano (IPTU), Imposto Sobre Serviços (ISS), dentre outros, com fatos geradores até dezembro de 2012. É importante destacar que esse beneficio valerá até o dia 30 de abril.
Além disso, o contribuinte poderá retirar guias de recolhimento dos tributos, solicitação de atualização de Documento de Arrecadação Municipal (DAM), abertura de processo para parcelamento de débitos, emissão de certidão negativa e abertura de processos. As 13h00 horas acontecerá uma palestra sobre educação fiscal, destacando para o cidadão do pagamento regular de tributos.

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