sábado, 2 de fevereiro de 2019

Fernando Caldas

A beleza da vida
Fabrício Neto
Quando
sentires
o desânimo
aproximar-se,
não entristeça,
contemple a beleza
de um botão de flor
a desabrochar,
transformando-se
na mais linda
das rosas.
Quando
sentires
a solidão
invadir
tua alma,
não desespere,
contemple
aquela estrela
distante que,
mesmo a distancia,
envia sua luz,
para iluminar
seu caminho.
Quando
não mais
acreditares
em nada,
Contemple
a sua própria
imagem
e sinta
a perfeição
que ela representa
diante dom próprio
universo.
Analise
sua perfeição,
seu conjunto
harmonioso,
sinta a grandiosidade
de um força
superior,
que lhe deu origem.
Agradeça
ao seu Criador,
o direito de viver .
O direito de
contemplar,
na natureza
a sua própria
continuidade.
A continuidade da
vida.




quinta-feira, 31 de janeiro de 2019


Minha vida não foi um romance...
Nunca tive até hoje um segredo.
Se me amas, não digas, que morro
De surpresa, de encanto. de medo...
Minha vida não foi um romance...
Minha vida passou por passar.
Se não amas, não finjas, que vivo
Esperando um amor para amar.
Minha vida não foi um romance...
Pobre vida... passou sem enredo...
Glória a ti que me enches a vida
De surpresa, de encanto, de medo!
Minha vida não foi um romance...
Ai de mim... Já se ia acabar!
Pobre vida que toda depende
De um sorriso, de um gesto, um olhar...
[Mario Quintana, Canção para uma Valsa Lenta]

Wanderlust

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Francisco Inácio Ferreira (84) é poeta da velha guarda assuense de versos populares, de versificação fácil que a gente encontra facilmente pelas ruas do interior do Nordeste brasileiro. Na última sexta-feira, numa solenidade realizado no cinema na Assu encontro-me com ele que, na sua melancolia, escreveu esses versos que declamou para mim com lágrimas nos olhos (a glosa|décima é a sua predileção para versejar), conforme transcrito adiante:
A velhice me fez pagar com juro
Um empréstimo que fiz na mocidade
Armo a rede e me deito no escuro
Me lembrando das coisas do passado
Estou velho, tristonho e abandonado
Sendo assim vou pagar tudo que fiz
Hoje em dia me sinto um infeliz
Sem um lar, sem amor, sem alegria
Me lembrando das coisas que eu fazia
Um empréstimo que eu fiz na mocidade.
A imagem pode conter: uma ou mais pessoas e texto

Uma noite solene no Assu, "onde a poesia eterna, mora." Posse de Assis Medeiros (poeta) na qualidade de presidente da Academia Assuense de Letras). Na fotografia podemos conferir uma obra de arte (pintura) de um dos nossos artistas plásticos chamado Gilvan Lopes. Foto tirada no salão vip do Cine Teatro Pedro Amorim (totalmente reformado com recursos da PETROBRAS e da prefeitura daquele importante município da terra potiguar. É a nossa maior casa cinematográfica e de espetáculo, desde 1924. Fica o registro.

sábado, 26 de janeiro de 2019

A tragédia em Brumadinho
Abala o país inteiro,
Uma estatal leiloada
Ao capital estrangeiro
Aí você me responda
Se vale a vida ou o dinheiro...


Manoel Cavalcante

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

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TEU OLHAR

Teu olhar
transmite 
a felicidade
de uma nova
vida.

Teu olhar,
faz sentir
as energias
de inesquecível 
recordação.

Teu olhar,
cria um novo mundo,
um mundo
de imagens
encantadoras.

Teu olhar,
representa
uma suave
e amena brisa,
desprendendo amor.

Teu olhar,
é como um néctar
puríssimo 
que resurgindo 
do cosmos,
qual mensagem
Divina.

Teu olhar,
irradia o mais
puro amor.
Cria panoramas
belíssimos,
onde repousa
um saudoso coração.

Teu olhar,
sereno
inunda de
perfume
os campos e
os prados.
Acalentando
o sofrimento
e as lágrimas
de um grande
amor.

Fabrício Neto


terça-feira, 22 de janeiro de 2019

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“Eu esperava uma boa nota, mas não mil”, diz Ipanguaçuense nota 1000 no ENEM

A ipanguaçuense Rylla Melo está na relação dos 55 estudantes do Brasil que obtiveram nota mil na redação do ENEM 2018. O resultado do Exame Nacional do Ensino Médio foi divulgado na última sexta-feira, dia 18 de janeiro. Rylla falou sobre o sonho que tem de cursar medicina que agora está mais perto e demonstrou surpresa ao saber que alcançou a pontuação máxima na redação.
Ela afirma que “esperava uma boa nota”, mas não tinha ideia que essa nota fosse a maior.
No Rio Grande do Norte além de Rylla Melo, a estudante mossoroense Carolina Mendes Pereira também alcançou nota máxima na redação.
https://assutododia.blogspot.com

Assú Todo Dia - Leia e fique sabendo: “Eu esperava uma boa nota, mas não mil”, diz Ipang...

Assú Todo Dia - Leia e fique sabendo: “Eu esperava uma boa nota, mas não mil”, diz Ipang...: A ipanguaçuense Rylla Melo está na relação dos 55 estudantes do Brasil que obtiveram nota mil na redação do ENEM 2018. O resultado do Ex...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Fantástica essa analogia!
No ventre de uma mãe havia dois bebês.
Um perguntou ao outro:
- "Vc acredita em vida após o parto?"
O outro respondeu:
- "É claro. Tem que haver algo após o parto. Talvez nós estejamos aqui para nos preparar para o que virá mais tarde."
- "Bobagem", disse o primeiro.
- "Que tipo de vida seria esta?"
O segundo disse:
- "Eu não sei, mas haverá mais luz do que aqui. Talvez nós poderemos andar com as nossas próprias pernas e comer com nossas bocas. Talvez teremos outros sentidos que não podemos entender agora."
O primeiro retrucou:
- "Isto é um absurdo. O cordão umbilical nos fornece nutrição e tudo o mais de que precisamos. O cordão umbilical é muito curto. A vida após o parto está fora de cogitação."
O segundo insistiu:
- "Bem, eu acho que há alguma coisa e talvez seja diferente do que é aqui. Talvez a gente não vá mais precisar deste tubo físico".
O primeiro contestou: - "Bobagem, e além disso, se há realmente vida após o parto, então, por que ninguém jamais voltou de lá?"
- "Bem, eu não sei", disse o segundo, " mas certamente vamos encontrar a Mamãe e ela vai cuidar de nós."
O primeiro respondeu:
- "Mamãe? Vc realmente acredita em Mamãe? Isto é ridículo. Se a Mamãe existe, então, onde ela está agora?"
O segundo disse:
- "Ela está ao nosso redor. Estamos cercados por ela. Nós somos dela. É nela que vivemos. Sem ela este mundo não seria e não poderia existir."
Disse o primeiro:
- "Bem, eu não posso vê-la, então, é lógico que ela não existe."
Ao que o segundo respondeu:
- "Às vezes, quando vc está em silêncio, se vc se concentrar e realmente ouvir, vc poderá perceber a presença dela e ouvir sua voz amorosa".
Este foi o modo pelo qual um escritor húngaro explicou a existência de Deus.
Este meu riso, triste e macilente.
Perdido sobre o peito dolorido,
Bem demonstra o pesar e o sofrimento
De um desgraçado e de um desiludido.
Este meu riso, sem contentamento
Este meu vago olhar amortecido
São os sinais amargos do tormento
Da vida indesejável de um perdido
Vivo sempre a beber, de bar em bar,
Afogando num cálice de aguardente
A dor que faz meu peito pensar?
Chorando ou rindo, vou passando a esmo.
E no vício morrendo lentamente
Fazendo assim o enterro de mim mesmo.

Júlio Soares, poeta assuense

ANTIGA PAUTA DA FESTA DO PADROEIRO DO ASSU, SÃO JOÃO BATISTA. 1956






domingo, 20 de janeiro de 2019





REGISTRANDO - Hoje, 20-4, perdi na morte um velho e amigo querido desde os tempos de menino no meu velho e querido Assu, chamado José Regis de Sousa. Na terra assuense vivemos a infância e começo da juventude, bem como em Natal, parte da vida adulta. Fomos colegas na assembléia legislativa. Ele, servindo ao gabinete do deputado Paulo Montenegro. Eu, na qualidade de Sub-coordenador de Administração Financeira e Orçamentária daquele parlamento estadual (cargo que ele, Regis, antes teria ocupado). Isso, na década de noventa. Foram, portanto, quase sessenta e quatro anos de amizade verdadeira, sincera, leal, correta. Regis, apresentava um programa político através da importante Rádio Princesa do Vale, do Assu com muita audiência, denominado Registrando.Figuras influentes da política potiguar foram por ele sabatinados através da princesa e da sua rádio web Nova 98. Ele foi apresentador de um programa esportivo da Rádio Cabugi de Natal, no início da década de setenta. Figura da melhor têmpera, de ótima qualidade, da melhor cepa. Assustei-me ao saber da sua partida, apesar de já esperada em razão da doença grave que lhe acometera. Creia-me Regis que chorei ao saber da sua morte, como vou, como sempre vou reviver os dias felizes que passamos juntos. Regis participou ativamente desde moço, da vida social e política do Assu festeiro, poético, politiqueiro. Foi vereador e presidente da câmara municipal da terra assuense. Por fim, meu velho amigo. Vá, "vá com Deus" como diz a canção, na certeza de que um dia, sei lá quando, do nosso reencontro! Afinal, Regis. O grão para ser fecundo, teria que morrer! É da bíblia. Descanse, durma o sono dos justos!

Fernando Caldas

sábado, 19 de janeiro de 2019

Roubo o orvalho da noite
para disfarçar com suas pérolas
as lágrimas depositadas na almofada.
Levas-me a madrugada
quando despes a noite
deixando-a nua de abraços
e o meu peito órfão do teu.
Soletrando a memória
da sede em que me bebes
deixas pela casa
a ternura abandonada
dum abraço.
O sabor fossilizado dos beijos
aroma interrompido do amor
nas palavras gretadas sem resposta.
E lentamente
passeio os dedos pela memória
onde tudo é imortal.
Onde as linhas do destino
já foram percorridas
e a chuva soluça pelos vidros
abafando ofegos transpirados
enquanto o vento sopra o teu nome
para longe da sombra das memórias.
Perco-me no rabiscado das sombras
e numa dança irreal
meu espírito eleva-se
onde surgem
pétalas de doçura
pingadas
de fantasias e loucuras
e a ti rendo-me.


(Cristina Costa)

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PELO 'FUNDO'

Pacó (apelido) era uma figura boêmia da cidade de Assu, onde exerceu a profissão de garçom nos clubes sociais da terra assuense. Ele trabalhou também como servente, num convênio que a prefeitura daquele município tinha com a Fundação SESP,  fazendo privadas pré-moldadas de cimento, para serem doadas as pessoas carentes do Assu. Pois bem, João Fonseca era o Secretário de Administração daquela prefeitura no governo de Walter de Sá Leitão (1972-75). Pacó, ao sair do trabalho, sujo e imundo, foi direto a sala daquele secretário para que ele, Fonseca, autorizasse a tesouraria fazer o pagamento pelos seus serviços prestados, que seria pago pela verba do FPM - Fundo de Participação dos Municípios. João Fonseca versejou de improviso, essa quadrinha:

Eu não lhe posso pagar
Pois você está imundo
Vá primeiro se banhar
Pra receber pelo 'fundo'.

Postado por Fernando Caldas

Capitão Manoel Varella Barca, lá do Assú (I)

João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN, membro do IHGRN e do INRG
Nas minhas pesquisas genealógicas, uma personagem sempre presente, na vida de Assú, foi sem dúvida o capitão Manoel Varella Barca. Entretanto, não encontrei, até agora, maiores referências sobre sua vida por parte de nossos escritores. Está esquecido pelos seus e pelos outros. Faleceu aos dez de setembro de 1850.
Pelos assentamentos de praça, vemos que passou a tenente em 3 de março de 1791 e a capitão em 18 de agosto do mesmo ano. Quando da invasão da Ilha de Manoel Gonçalves, por corsários ingleses, em 1818, foi o capitão Manoel Varella Barca quem recebeu a primeira informação do Comandante do Degredo da Ilha, Alexandre José Pereira.
Foi procurador e administrador das várias fazendas de Cristovão da Rocha Pitta, morador na Bahia, e da viúva Costa, da praça de Pernambuco.
No seu testamento, escreveu que era natural da Vila do Cabo, da Província de Pernambuco, filho de José Varella Barca e Dona Brites Paz Barreto, na época, já falecidos. Cita alguns irmãos, já falecidos, José, Rosa Josefa, Maria, Anna e Brites. Não fala sobre irmãos vivos.
Disse mais que foi casado três vezes. O primeiro casamento foi com Dona Luzia Florência da Silva, da qual teve quatro filhos, a saber: Manoel Varella, Maria Juliana, José Varela e Francisco Varella, todos falecidos; seu segundo casamento foi com Dona Francisca Ferreira Souto, da qual teve seis filhos, a saber: Domingos Varella, Manoel Varella, falecido, Rosa, Maria Beatriz, Maria Francisca, Francisca Ferreira Souto, já falecida; seu último casamento foi com Dona Bertholeza Cavalcanti Pessoa, da qual não teve filhos.
Dona Luzia Florência da Silva, primeira esposa do capitão Manoel Varella Barca, era filha do capitão João Ferreira da Silva e Brites Maria de Mello. Os quatro filhos desse casamento eram falecidos quando do testamento do capitão. Francisco e José morreram conforme o relato a seguir.
Em seu discurso pronunciado na abertura da segunda sessão da terceira legislatura da Assembleia Legislativa Provincial, do Rio Grande do Norte, do dia 7 de setembro de 1841, o vice-presidente da Província, coronel Estevão José Barboza de Moura, faz o seguinte relato: dia 13 de dezembro de 1840, se apresentou pelas nove horas da manhã no campo fronteiro à Matriz na qual tinha de celebrar-se o ato de eleição, um concurso de setenta pessoas, mais ou menos, armadas e capitaneadas pelo tenente da extinta segunda linha, José Varella Barca, e por seu irmão Francisco Varella Barca. Por aquela mesma hora teve de seguir para o lugar destinado o destacamento do Corpo Policial, que ali existe, e havia sido requerido pela autoridade competente para guardar e manter o sossego, na forma da lei; e quando passava este em pequena distância do grupo recebeu tiros de mosquetaria; à vista do que o seu digno comandante, o tenente de Polícia José Antonio de Souza Caldas, mandou fazer também fogo contra o inimigo, que então reconheceu, repelindo assim a força, que o guerreava; de cuja luta, que durou por espaço de três quartos de hora, resultou morrer imediatamente o segundo chefe Francisco Varella, e ficar gravemente ferido em um perna o primeiro José Varella; serem baleados um sargento, e um guarda de Polícia, ambos gravemente, uma mulher que chegava à sua porta na ocasião do fogo, e alguns outros do inimigo, ao número de dez ou doze, os quais todos escaparam, menos o infeliz tenente José Varella, que faleceu de um mês de padecimentos.
Francisco Varella Barca foi representado no testamento pelos seus filhos: Manoel Varella Barca, casado; Pio Pierres Varella Barca, maior de 21 anos; Maria Senhorinha Varella Barca, casada com Antonio Barbalho Bezerra Junior; Senhorinha, casada com Luis Felis da Silva; Francisca, e mais Luzia Maria, Maria Josefa e José, menores.
José Varella Barca foi representado pelos seus filhos legitimados Maria Clara, casada com Manoel Tavares da Silva (no registro de casamento, em 1835, ela aparece como filha natural de Clara Francisca Bezerra); José, Manoel, Luzia e Maria, esses menores.
Maria Juliana, já falecida em 1835, era casada com Francisco de Souza Caldas, e foi  representada pelos filhos Manoel Lins Caldas, Francisco Lins Caldas e Tertuliano de Alustau Lins Caldas, todos casados; Luiz Lucas Lins Caldas, solteiro e maior de 21 anos; Maria Genoveva Lins Caldas casada com Felis Nobre de Medeiros; Luzia Leopoldina casada com Felis Francisco da Silva.
Em um assentamento de praça, consta que Manoel Varella Barca Junior, filho do capitão Manoel Varella Barca, era natural das várzeas do Apodi, idade de 20 anos, de altura 5p e 6p, cabelos pretos, olhos pardos, sentou praça em 23 de junho de 1806, solteiro e criador de gados.
Manoel Varella Barca Junior, o mais velho deles, era casado com Thereza de Jesus Xavier, filha de Francisco Xavier de Souza Junior e Dona Bernarda Dantas da Silveira. Esse casamento foi na capela da Utinga, em 30 de outubro de 1817. No testamento foi representado por seus filhos Francisco Xavier Varella Barca, nascido na Utinga, batizado em 20 de novembro de 1820, casado com Josefa Jovina Pimentel Varella Barca; Manoel Varella de Souza Barca; José Varella de Souza Barca (na época do inventário, preso na cadeia de Natal); e Luzia, nascida na Utinga, batizada em 29 de outubro de 1819, casada com João Gomes Freire.
Trecho de um debate na Câmara Federal entre José Moreira Brandão Castelo Branco e Amaro Carneiro Bezerra Cavalcanti

O INTELIGENTE E O SABIDO

Há duas categorias de pessoas que, sobretudo no Rio Grande do Norte, merecem um debruçamento maior, uma atenção mais atenta, um enfoque mais...