Francisco Inácio Ferreira (84) é poeta da velha guarda assuense de versos populares, de versificação fácil que a gente encontra facilmente pelas ruas do interior do Nordeste brasileiro. Na última sexta-feira, numa solenidade realizado no cinema na Assu encontro-me com ele que, na sua melancolia, escreveu esses versos que declamou para mim com lágrimas nos olhos (a glosa|décima é a sua predileção para versejar), conforme transcrito adiante:
A velhice me fez pagar com juro
Um empréstimo que fiz na mocidade
Armo a rede e me deito no escuro
Me lembrando das coisas do passado
Estou velho, tristonho e abandonado
Sendo assim vou pagar tudo que fiz
Hoje em dia me sinto um infeliz
Sem um lar, sem amor, sem alegria
Me lembrando das coisas que eu fazia
Um empréstimo que eu fiz na mocidade.
Um empréstimo que fiz na mocidade
Armo a rede e me deito no escuro
Me lembrando das coisas do passado
Estou velho, tristonho e abandonado
Sendo assim vou pagar tudo que fiz
Hoje em dia me sinto um infeliz
Sem um lar, sem amor, sem alegria
Me lembrando das coisas que eu fazia
Um empréstimo que eu fiz na mocidade.
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