domingo, 2 de fevereiro de 2020

Data palíndromo deste domingo é a penúltima do século 21 com apenas dois números

por Folhapress
Data palíndromo deste domingo é a penúltima do século 21 com apenas dois números
Foto: Reprodução / Twitter
 

Se existe algo que está longe de ser comum é a combinação numérica deste domingo (2) —02/02/2020. Algo como o que ocorre neste fim de semana é tão incomum que só acontecerá, dessa forma, mais uma vez neste século. Trata-se de uma data capicua, ou um palíndromo numérico —neste caso, de oito dígitos, com a variação de apenas dois números. Ficou claro? Não?

Então, vamos lá. Palíndromos são combinações numéricas, ou de letras, que tanto podem ser lidas da esquerda para a direita como da direita para a esquerda sem alteração de seu significado. Assim como ovo, Ana e arara são palavras palíndromo escritas com apenas duas letras, a data deste domingo também é. Ela usa só dois números para expressar a data inteira.

Capicua é palavra de origem catalã para esse fenômeno (cap i cua, ou em português: cabeça e cauda).

Algumas pessoas podem se lembrar da última vez em que uma data capicua exatamente como a deste domingo, com variação de apenas dois números, ocorreu. Foi no dia 20 de fevereiro de 2002 (20/02/2002).

A próxima data capicua como essas será no dia 22 de fevereiro de 2022 (22/02/2022). Depois disso, no entanto, se algum leitor deste texto viver para contar será uma pessoa de sorte.

Isso porque ela ocorrerá apenas quando 90 anos se passarem, no próximo século, no dia 21 de dezembro de 2112 (21/12/2112). Isso se repetirá dez anos depois, no dia 22 de dezembro de 2122 (22/12/2122).

Depois disso, só em 30 de março de 3003 (30/03/3003), no próximo milênio.

Palíndromos numéricos assim são tão raros que se agrupam no início de cada milênio. Antes dessa data do início deste século, tivemos os dias 10 de janeiro de 1001 (10/01/1001) e 1 de janeiro de 1010 (01/01/1010).

Vale lembrar que mesmo em países como os Estados Unidos e a Inglaterra, este domingo também é uma data capicua, o que o torna ainda mais raro pois a regra valerá para todos os países que seguem o calendário gregoriano.

Nos EUA, grafa-se o mês antes do dia. Assim, por exemplo, o dia 02 de dezembro de 2020 lá é representado por 12/02/2020 e no Brasil 02/12/2020. Como este domingo é dia 2 de fevereiro (ou dia 02 do mês 02), a inversão não altera o palíndromo.

Palíndromos numéricos de sete dígitos e com alternância de três ou mais números são mais comuns. O último deles ocorreu no ano passado, no dia 9 de outubro (9/10/2019).

Datas palíndromo com oito dígitos e variação de mais de dois números ainda terão muitas neste século. Algumas delas: 13/02/2031, 14/02/2041, 15/02/2051,16/02/2061,17/02/2071,18/02/2081, 19/02/2091, 23/02/2032, 24/02/2042, 25/02/2052, 26/02/2062, 27/02/2072, 28/02/2082 e 29/02/2092
O respeito não está no respeito que se nos dá, mas, a preço de nós, no respeito que nos damos.

João Lins Caldas

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

LUIZINHO CALDAS, UM GLOSADOR

Luiz Lucas Lins Caldas Neto  - Luizinho Caldas como era conhecido na intimidade, nasceu no povoado denominado Sacramento, então distrito de Santana do Matos, atual Ipanguaçu, cidade coirmã do Assu, porém viveu quase toda a sua existência na cidade assuense. Naquela terra ipanguaçuense, Luizinho, candidatou-se a prefeito nos idos de cinquenta, sem obter sucesso, contra o Major Manoel de Melo Montenegro, de quem é primo próximo pelo lado da família Lins Caldas. Foi funcionário do Fomento Agrícol, em Natal. Herdou dos Lins Caldas a arte da prosa e do verso. A sua preferência para versejar era a décima (glosa). Senão vejamos:

Só falta usar maçarico

Instrumento de arrombar
E o povo fica a clamar
É pena o Brasil tão rico.
Com esta gente eu não fico
Quero servir de espião
Mas, todo esforço é em vão
Rouba governo e prefeito
Para o Brasil não há jeito
Com tanto filho ladrão.

E esta outra transcrita abaixo, é também de sua autoria:

Certa coisa que já fiz
Com uma jovem em segredo
Revelar até faz medo
Eu não digo, ela não diz
É que eu quis e ela quis
Só podia acontecer
Mas, o bom é não dizer
Com quem isto aconteceu
Ela não diz e nem eu
Quem é que pode saber?^

(Fernando Caldas)

(Em tempo: O citado poeta é avô paterno de Fernando Caldas, editor deste blog)
Ai, ai! que o vinho da verdade amarga.

(Caldas, pensador potiguar)

Futebol - Arena das Dunas fica de fora do jogo de estreia do Brasil nas Eliminatórias da Copa

Arena de Pernambuco foi a escolhida para sediar a partida no dia 27 de março, quando a Seleção estreará contra a Bolívia
Arena das Dunas estava na disputa junto com outros três estádios do Nordeste
A Arena das Dunas está fora da rota da Seleção Brasileira para o jogo de estreia das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, no Catar. Os locais dos jogos da Seleção foram divulgados nesta nesta sexta-feira (31) pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
A Arena de Pernambuco foi a escolhida para sediar a partida no dia 27 de março, quando o Brasil estreará contra a Bolívia, adversário que a Seleção Canarinho enfrentou em 2016, quando goleou o time boliviano por 5 a 0, pelas Eliminatórias de 2018.
No começo deste mês, a CBF havia decidido que o primeiro jogo do Brasil nas Eliminatórias seria no Nordeste. Natal, Salvador (BA), Recife (PE) e Fortaleza (CE) estavam na disputa para sediar a partida.
Confira os locais de jogos da Seleção nas Eliminatórias da Copa de 2022:
27/03/2020 – Brasil x Bolívia (Arena PE)
03/09/2020 – Brasil x Venezuela (Mané Garrincha)
13/10/2020 – Brasil x Argentina (Arena Corinthians)
12/11/2020 – Brasil x Equador (Fonte Nova)
30/03/2021 – Brasil x Peru (Beira-Rio)
08/06/2021 – Brasil x Uruguai (Maracanã)
02/09/2021 – Brasil x Colômbia (Morumbi)
12/10/2021  –Brasil x Paraguai (Arena da Amazônia)
11/11/2021  – Brasil x Chile (Mineirão)



Agora RN

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Rio Grande do Norte é destaque em revista de turismo na Alemanha

 

 Praia de Ponta Negra / Foto | Reprodução/Brasilien Insider

A cidade do Natal e a praia de Pipa ganharam matérias especiais na publicação alemã

segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Não sei o que o amanhã trará.

Fernando Pessoa
A nim que  importa
Dizer-te linda. (!)
Dizer-te linda?
Digo´-te morta.!

A mim é o mesmo, que nisso importa
Ser morta ou linda.

João Lins Caldas



Renato Caldas quando esteve em Pedreiras, atual Lima Campos, alguém lhe pedira para que ele, Renato, escrevesse um verso enaltecendo aquele município brasileiro. Escreveu o poeta, para decepção do amigo:

Jardim de pedras imensas
No engate da pedra bruta
Quem disse que esta merda presta
É um grande filho da p...

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Só na mão da tristeza se demora
Esta alegria que me vem chorando.
Pararei algum dia; e, a quando e quando,
sobre o meu sonho nascerei aurora.

João Lins Caldas

SORTE MESQUINHA

Waldemar Campielo Maresco e João Teixeira Filho foram prefeitos do município de Carnaubais, então Vila de Santa Luzia, que até 1963 pertencia ao município do Assu. Pois bem, o ex-vereador daquele município, o ativista político e blogueiro Aluízio Lacerda depõe que na década de 70, o poeta violeiro, cordelista chamado Alípio Tavares desencantado com a falta de atenção dos poderes constituídos à época em Carnaubais, estava realizando uma cantoria de pé de parede, vendo a fraqueza dos políticos que não compareciam com sua contribuição ao prato exposto na sala, versejou em tom de desabafo:

Carnaubais quando era Vila
Alguma coisa ainda tinha
Depois que passou a cidade
Entrou numa sorte mesquinha
É saindo Valdemar 
Entrando Teixeirinha


E a cantoria fora encerrada com risos dos circunstantes.

"VELHOS TEMPOS... BELOS DIAS"

 
Recorte do jornal Tribuna do Norte, de Natal.

UMA GLOSA DE MOYSÉS SESYOM

Certa vez, Moysés Sesyom se encontrava num certo botequim da cidade de Assu, tomando 'umas e outras, claro, alguém lhe dera um mote: Bebo, fumo, jogo e danço. Sou perdido por mulher! - Não deixando para depois, Sesyom versejou:

Vida longa não alcanço
Na orgia ou no prazer
Mas, emquanto eu não morrer
- Bebo, fumo, jogo e danço!
Brinco, farreio, não canço.
Me censure quem quizer
Enquanto eu vida tiver
Cumprindo essa sina venho.
E, além dos vício que tenho
- Sou perdido por mulher!...

Em tempo: O citado poema fora publicado em "A República, de Natal, edição de 11/4/1942.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Choro as dores de quem não pode
e não consegue conter esta revolta.
Sufoco os gritos na garganta
e sinto as palavras a fragmentarem-se dentro de mim.
A transformarem-se
talvez noutra matéria, talvez mais livres.
Como águias a planarem,
sem terem limitações, sem idade.
Como se o mundo de repente
se tornasse mais leve e mais justo, como se deixassem de ter corpo e, de repente,
tivessem todas as possibilidades do céu.
Ilusões que levam à revolta.
E clamo, não um clamor sem sentido
mas de dor que corrói como ácido.
Mais como um apelo à consciência
de quem poder me ouvir.
Não se pode conviver nem compactuar com esta insensatez.
Com esta anarquia , de mentes tardias e vazias
que não têm memória.
Assim atiro frases em volta,
cega de angústia e de revolta.


Cristina Costa, poetisa portuguesa



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Gargalheiras. Manhã deste dia 23/01/20! Foto de Ambrósio Santana.
O professor, poeta e escritor assuense Francisco Costa assumiu hoje (23/1), a função de Assessor da Presidência do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte - IHGRN, cujo cargo dignifica Costa, o Assu e sua gente. O blog parabeniza Francisco Costa que além de membro do IHGRN é também sócio fundador da Academia Assuense de Letras, cuja instituição foi seu presidente.

O INTELIGENTE E O SABIDO

Há duas categorias de pessoas que, sobretudo no Rio Grande do Norte, merecem um debruçamento maior, uma atenção mais atenta, um enfoque mais...