sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

LUIZINHO CALDAS, UM GLOSADOR

Luiz Lucas Lins Caldas Neto  - Luizinho Caldas como era conhecido na intimidade, nasceu no povoado denominado Sacramento, então distrito de Santana do Matos, atual Ipanguaçu, cidade coirmã do Assu, porém viveu quase toda a sua existência na cidade assuense. Naquela terra ipanguaçuense, Luizinho, candidatou-se a prefeito nos idos de cinquenta, sem obter sucesso, contra o Major Manoel de Melo Montenegro, de quem é primo próximo pelo lado da família Lins Caldas. Foi funcionário do Fomento Agrícol, em Natal. Herdou dos Lins Caldas a arte da prosa e do verso. A sua preferência para versejar era a décima (glosa). Senão vejamos:

Só falta usar maçarico

Instrumento de arrombar
E o povo fica a clamar
É pena o Brasil tão rico.
Com esta gente eu não fico
Quero servir de espião
Mas, todo esforço é em vão
Rouba governo e prefeito
Para o Brasil não há jeito
Com tanto filho ladrão.

E esta outra transcrita abaixo, é também de sua autoria:

Certa coisa que já fiz
Com uma jovem em segredo
Revelar até faz medo
Eu não digo, ela não diz
É que eu quis e ela quis
Só podia acontecer
Mas, o bom é não dizer
Com quem isto aconteceu
Ela não diz e nem eu
Quem é que pode saber?^

(Fernando Caldas)

(Em tempo: O citado poeta é avô paterno de Fernando Caldas, editor deste blog)

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