sábado, 16 de janeiro de 2021

‘Coisas antigas’, uma crônica fabulosa de Rubem Braga

 

 -

 

Já tive muitas capas e infinitos guarda-chuvas, mas acabei me cansando de tê-los e perdê-los; há anos vivo sem nenhum desses abrigos, e também, como toda gente, sem chapéu. Tenho apanhado muita chuva, dado muita corrida, me plantado debaixo de muita marquise, mas resistido. Como geralmente chove à tarde, mais de uma vez me coloquei sob a proteção espiritual dos irmãos Marinho, e fiz de O Globo meu paraguas de emergência.

Ontem, porém, choveu demais, e eu precisava ir a três pontos diferentes de meu bairro. Quando o moço de recados veio apanhar a crônica para o jornal, pedi-lhe que me comprasse um chapéu de chuva que não fosse vagabundo demais, mas também não muito caro. Ele me comprou um de pouco mais de trezentos cruzeiros, objeto que me parece bem digno da pequena classe média, a que pertenço. (Uma vez tive um delírio de grandeza em Roma e adquiri a mais fina e soberba umbrella da Via Condotti; abandonou-me no primeiro bar em que entramos; não era coisa para mim.)

Depois de cumprir meus afazeres voltei para casa, pendurei o guarda-chuva a um canto e me pus a contemplá-lo. Senti então uma certa simpatia por ele; meu velho rancor contra os guarda-chuvas cedeu lugar a um estranho carinho, e eu mesmo fiquei curioso de saber qual a origem desse carinho.

©Leonid Afremov – under the rain

Pensando bem, ele talvez derive do fato, creio que já notado por outras pessoas, de ser o guarda-chuva o objeto do mundo moderno mais infenso a mudanças. Sou apenas um quarentão, e praticamente nenhum objeto de minha infância existe mais em sua forma primitiva. De máquinas como telefone, automóvel, etc., nem é bom falar. Mil pequenos objetos de uso mudaram de forma, de cor, de material; em alguns casos, é verdade, para melhor; mas mudaram.

O guarda-chuva tem resistido. Suas irmãs, as sombrinhas, já se entregaram aos piores desregramentos futuristas e tanto abusaram que até caíram de moda. Ele permaneceu austero, negro, com seu cabo e suas invariáveis varetas. De junco fino ou pinho vulgar, de algodão ou de seda animal, pobre ou rico, ele se tem mantido digno.

Reparem que é um dos engenhos mais curiosos que o homem já inventou; tem ao mesmo tempo algo de ridículo e algo de fúnebre, essa pequena barraca ambulante.

Já na minha infância era um objeto de ares antiquados, que parecia vindo de épocas remotas, e uma de suas características era ser muito usado em enterros. Por outro lado, esse grande acompanhador de defuntos sempre teve, apesar de seu feitio grave, o costume leviano de se perder, de sumir, de mudar de dono. Ele na verdade só é fiel a seus amigos cem por cento, que com ele saem todo dia, faça chuva ou sol, apesar dos motejos alheios; a estes, respeita. O freguês vulgar e ocasional, este o irrita, e ele se aproveita da primeira distração para sumir.

Nada disso, entretanto, lhe tira o ar honrado. Ali está ele, meio aberto, ainda molhado, choroso; descansa com uma espécie de humildade ou paciência humana; se tivesse liberdade de movimentos não duvido que iria para cima do telhado quentar sol, como fazem os urubus.

Entrou calmamente pela era atômica, e olha com ironia a arquitetura e os móveis chamados funcionais: ele já era funcional muito antes de se usar esse adjetivo; e tanto que a fantasia, a inquietação e a ânsia de variedade do homem não conseguiram modificá-lo em coisa alguma.

Não sei há quantos anos existe a Casa Loubet, na Rua 7 de Setembro. Também não sei se seus guarda-chuvas são melhores ou piores que os outros; são bons; meu pai os comprava lá, sempre que vinha ao Rio, e herdei esse hábito.

Há um certo conforto íntimo em seguir um hábito paterno; uma certa segurança e uma certa doçura. Estou pensando agora se quando ficar um pouco mais velho não comprarei uma cadeira de balanço austríaca. É outra coisa antiga que tem resistido, embora muito discretamente. Os mobiliadores e decoradores modernos a ignoram; já se inventaram dela mil versões modificadas, mas ela ainda existe na sua graça e leveza original. É respeitável como um guarda-chuva, e intensamente familiar. A gente nova a despreza, como ao guarda-chuva. Paciência. Não sou mais gente nova; um guarda-chuva me convém para resguardo da cabeça encanecida, e talvez o embalo de uma cadeira de balanço dê uma cadência mais sossegada aos meus pensamentos, e uma velha doçura familiar aos meus sonhos de senhor só.

Rio, novembro, 1957.

— Rubem Braga, no livro “Ai de ti, Copacabana”. Rio de Janeiro: Record, 2010.

De: https://www.revistaprosaversoearte.com/

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

INSS: aposentados que recebem mais de um salário mínimo terão reajuste

Publicado em: 12/01/2021 21:35



Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que ganham mais do que um salário mínimo terão reajuste de 5,45% neste ano. No ano passado, o reajuste tinha sido de 4,48%. Assim, o teto do INSS deve subir de R$ 6.101,06 para R$ 6.433,57. Segundo a Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, o reajuste para os segurados do INSS com benefícios acima do piso previdenciário obedece a lei 8.213, de 1991.

Para definição do reajuste dos beneficiários, nesta terça-feira (12), foi divulgado que o índice usado para reajustar os benefícios acima do piso nacional é o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado em 2020 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os valores deverão ser confirmados em uma publicação no Diário Oficial da União.

Quem começou a receber a aposentadoria ou pensão a partir de fevereiro de 2020 terá aumento proporcional. Os índices variam conforme o mês de concessão do benefício, e ainda serão divulgados pelo governo.

O economista autônomo, Hugo Passos, comenta que diante da crise de Covid-19, aposentados e pensionistas têm como benefícios o PIS/Pasep, abono salarial extra, antecipação do 13º salário, 14º salário e acesso a créditos consignados mais baratos. “Vale ressaltar que alguns benefícios estão para aprovação”.

Para Hugo, o reajuste deveria se manter pelo INPC comparado ao IPCA, “pois o mesmo considera as famílias que são mais sensíveis às variações de preços dos produtos básico. No entanto, infelizmente, observamos alguns grupos com aumento muito significativo comparado com a médias de preços, por exemplo, o grupo de alimentos e bebidas que subiu 14,09% em 2020. Isso mostra que os aposentados e pensionistas desembolsaram a mais aproximadamente 8,64% em alimentos e bebidas”, afirma.

Poder de compra

Ricardo da Costa, advogado especialista em Direito Previdenciário, explica que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi criado pelo IBGE com o objetivo de orientar os reajustes de salários, corrigindo, assim, o poder de compra. “Os benefícios de até um salário mínimo, anualmente, sofrem reajuste maior que os benefícios de demais valores. Isso porque é utilizada variação, além do índice INPC. Ao final de 2020 havia proposta de R$ 1.087,84 através da Lei de Diretrizes Orçamentárias, o qual foi elevado para R$ 1.100,00 através da Medida Provisória nº 1.021. Fato é que hoje, após fechamento do INPC acumulado de 2020 em 5,45%, o reajuste do salário mínimo ficou aquém, podendo sofrer novo reajuste nos próximos dias”, explica.

O advogado ressalta que o reajuste anual busca manter o poder de compra dos beneficiários, em relação à inflação anual do último exercício. “Para o cálculo, são considerados nove grupos de produtos e serviços, dentre eles alguns essenciais, tais como: alimentação, educação, habitação, saúde, transporte, vestuário etc. Ao todo, são consideradas as variações de preço de 465 subitens”, ressalta.

https://www.diariodepernambuco.com.br/

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

POUCAS E BOAS

Valério Mesquita

mesquita.valerio@gmail.com

01) Corria o ano da graça de 1992. O então deputado federal Fernando Freire convoca ao Rio os deputados estaduais Nelson Freire, José Adécio e Carlos Marinho para uma importante operação de reengenharia política: transferi-los do PFL para o PDS. O trabalho de persuasão ficara a cargo do envolvente mister Paulo Maluf que saíra de São Paulo, sozinho, incógnito, a bordo de um Eletra da Varig para o Aeroporto Santos Dumount, aonde já o esperava Fernando. De lá para a casa de Freire, uma escala de Maluf no Copacabana Palace a fim de registrar-se e deixar a pasta de viagem. Ao caminhar até o apartamento o líder paulistano é surpreendido pela voz rouca e amistosa de um velho servidor do hotel: “Doutor Maluf, que prazer o senhor aqui”. Enfim, aquelas palavras amigáveis dos profissionais de hotel com os velhos conhecidos. Confiando e permitindo-se a mais intimindades, o decano recepcionista aventurou-se: “Doutor Paulo, se o senhor quiser companhia à noite é só falar comigo. Sou muito discreto e guardo segredo de tudo”. Maluf fez que não ouvia. Mas, o velho carioca estava com a corda toda: “Ademar de Barros, Juscelino, Carvalho Pinto sabem que sempre preservei o sigilo”. Maluf apenas riu e apressou-se a entrar no carro dirigido pelo deputado potiguar. Confessou que aprendera ali, que, tanto na política como nos hotéis, nada mais constitui segredo. E foi jantar, conversar e tocar piano até tarde para convencer e embalar Nelson, Adécio e Cacau. Só que os deputados potiguares não se renderam nem a Chopin revivido entre vinhos franceses através das mágicas e malufadas mãos do dr. Paulo.
02) Avelino Matias, vulgo “Meu Pai”, é uma das melhores figuras folclóricas da política potiguar. Dentre muitos causos de que foi protagonista, colhi um, ocorrido aqui em Natal. Estava em uma reunião fechada com mais umas dez pessoas ligadas à ex-Funabem quando, de repente, a sala foi invadida por um poluente, ou seja, um silencioso gás intestinal. Todos se entreolharam e procuraram disfarçar tapando discretamente o nariz. Mais alguns minutos, novamente, nova bufa sorrateira incomodou os presentes. E veio aquele constrangimento muito próprio nessa situação. Mas, aquela reunião em sala fechada parecia fadada à sabotagem. Com pouco tempo surgiu o terceiro e terrível flato ainda mais podre. De repente, ante os perplexos e circunstantes funcionários, levanta-se Avelino e sentencia em voz alta e pesarosa: “Meu pai”, “minha mãe”, eu sou um homem doente. Para não trazer mais problemas eu vou me retirar”. O alívio foi geral.
03) Antenor Rocha, ex-vereador macaibense, é mais conhecido como Agenor da Tripa. Certa noite, num comício em Cajazeiras, distrito de Macaíba, Agenor havia concluído o seu discurso quando foi procurar um local para urinar. Em muitas casas do interior a latrina é no quintal. Ao penetrar no escuro pela lateral do terreno, teve logo a má sorte de receber um banho d’água servida proveniente da cozinha, lá nos fundos da casa. Molhado mas consciente de que não foi casual, encontrou a “casinha” fechada. Como a vontade apertava entrou sítio adentro. Num local escuro começou “a verter a água do joelho”. De repente, quase morreu de susto: uma mulher estava agachada no mesmo serviço. ”Cabra sem vergonha, vá mijar a p.q.p!!”, gritou a mulher desesperada. Agenor saiu às carreiras para o local do comício. Assustado e todo mijado, me confessou gesticulando nervosamente: “Doutor, eu pensava que era um jumento, mas era uma “véia” braba como os seiscentos diabos”.
04) Jacaúna Assunção me contou esta, passada em sua Santana do Matos. A Câmara Municipal de Santana, em certo período, era presidida pelo vereador João Braz, brabo que nem siri em lata. O regimento interno era o grito no pé do ouvido de quem ousasse desafiar a ordem estabelecida. Mas, o vereador Manoel Bezerra “cantou de galo” em plena sessão e começou a fazer barulho. Não se contendo, o presidente João Braz, do alto de sua indignação, esbravejou em alto e bom som: “Silêncio, respeite esta merda!!!”
05) Comício de Ronaldo Soares em Açu. Povo doidão na praça. O locutor vibrante anuncia a palavra de Chico Galego, candidato a vereador, líder da Lagoa do Piató. Ao receber o microfone sem fio, assustou-se com o equipamento e tratou de reclamar: “Cadê a correia dele Lourinaldo, cadê a correia, esse bicho não vai falar de jeito nenhum!!!”. Aí a galera vibrou.
Acho graça a mocidade
Não querer envelhecer
Velho ninguém quer ficar
Moço ninguém quer morrer
Sem ser velho ninguém vive
Bom é ser velho e viver”.
(Odilon Nunes de Sá)



AMIGO

Quer ser meu amigo? Eu estou aqui!
Pois, não quero mais vê-lo tão ausente.
Se alguma coisa o fez diferente,
Com a sua ausência, muito eu aprendi.
Fiquei flexível e por ser consciente
Procuro saber em que lhe agredi.
Me desculpe amigo, se eu lhe feri
Me perdoe se um dia eu fui prepotente.
Não deixe que a ira domine o seu ego
Gerando inimigo e o tornando cego
Por que quem vê cara não vê coração.
Faça um retrospecto do que fiz contigo
Tendo culpa ou não pra ser seu amigo
Eu mais uma vez lhe peço perdão.
(Jonas Bezerra, poeta repentista paraibano de Patos, Paraíba).

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Uma coisa linda
A infância
Outra coisa linda
A infância
A infância é uma coisa linda.

Fernando Caldas


 

52 min 
Compartilhado com Seus amigos
Amigos
A imagem pode conter: árvore, céu, nuvem, planta, atividades ao ar livre e natureza
"Quando você começa a perceber as belezas pela estrada que está seguindo, todo o percurso, por mais atribulado que seja, torna-se mais fácil."
Av. Dr. Otávio Lamartine - Jardim do Seridó RN
Foto: Raimundo Filho

Sobre o amar e o ouvir – Rubem Alves

 Por Revista Prosa Verso e Arte

 -

             

Amamos não a pessoa que fala bonito, mas a pessoa que escuta bonito… A arte de amar e a arte de ouvir estão intimamente ligadas. Não é possível amar uma pessoa que não sabe ouvir. Os falantes que julgam que por sua fala bonita serão amados são uns tolos. Estão condenados à solidão. Quem só fala e não sabe ouvir é um chato… O ato de falar é um ato masculino. Fala é falus: algo que sai, se alonga e procura um orifício onde entrar, o ouvido… Já o ato de ouvir é feminino: o ouvido é um vazio que se permite ser penetrado. Não me entenda mal. Não disse que fala é coisa de homem e ouvir é coisa de mulher.

Todos nós somos masculinos e femininos ao mesmo tempo. Xerazade, quando contava as estórias das 1001 noites para o sultão, estava carinhosamente penetrando os vazios femininos do machão. E foi dessa escuta feminina do sultão que surgiu o amor. Não há amor que resista ao falatório.

— Rubem Alves, no livro “Ostra feliz não faz pérola”. São Paulo : Editora Planeta do Brasil, 2008.

https://www.revistaprosaversoearte.com/

‘Frankenstein’, a estranha árvore que produz mais de 40 tipos de frutas

 CURIOSIDADES

  Vinicius Delmondes

É uma escultura? É uma maravilha da jardinagem? É tudo isso e é uma única árvore frutífera com múltiplos enxertos.



É uma árvore linda, e rara, já que é capaz de dar mais de 39 tipos de frutas, foi feita por um professor chamado Sam Van Aken, ele criou esta obra com a ajuda de agricultores, biólogos e outros especialistas no que diz respeito.

É feito com muitas variedades de plantas que quando vistas em um único tronco podem dar frutos diversos e únicos, entre os frutos estão, pêssegos, damascos, nectarinas e cerejas diversas entre outros.


Esse professor queria fazer algo incrível e ele conseguiu, uma árvore que dá muitos frutos e vários tipos de folhas, algo surpreendente. Esta árvore ganha uma beleza espetacular na primavera quando centenas de pessoas passam a visitá-la para fotografá-la.


Foi criada nos Estados Unidos com o objetivo de produzir muitos frutos em uma única árvore.

É um processo que serve para poupar muito dinheiro e com uma única árvore ter mais espaço disponível e obtê-las frescas na sua própria casa sem ir ao mercado.


Pode demorar mais de 4 anos e meio para atingir um bom tamanho e começar a produzir frutos ricos que não se encontram em lugar nenhum, tudo graças a uma técnica conhecida como escultura por enxertia.


Este processo é muito importante pois, plantando mais dessas árvores estaríamos colocando um grão de areia para salvar o planeta.

O professor afirma só querer contribuir com o meio ambiente e salvar muitas plantas que estão em perigo de extinção e com esta árvore muitas delas seriam salvas.

Tem infinitas cores na primavera desde roxo, rosa e branco, tudo que melhora o planeta, muitas pessoas querem tê-la em sua horta. O objetivo final de Van Aken é colocar pequenos pomares urbanos repletos dessas árvores em todo o planeta, algo que possa aumentar a diversidade de frutas em geral, bem como cumprir seu outro desejo de divulgar sua arte globalmente e que todos que encontrarem com uma dessas árvores faça perguntas sobre sua origem.D

Dê uma olhada nesta matéria da National Geographic (no youtube), onde o artista fala detalhadamente sobre esta árvore.

Fonte: muyinteresante

De: https://www.blogger.com/




domingo, 10 de janeiro de 2021

JOÃO SOARES – UM PIONEIRO (meu bisavô) – Assim como sua irmã Clara Soares; João tem seus pioneirismos no RN. Nasceu em Assu (RN). Primeiro Homeopata, Primeiro Historiador de nossas Letras Jurídicas, primeira pessoa a fazer um CENSO DEMOGRÁFICO em Natal. Também foi: professor primário, poeta (com vários poemas musicados), advogado, juiz, arquivista (funcionário do Arquivo Nacional do Rio de Janeiro), jornalista (colaborou em periódicos do Rio de Janeiro, Ceará e em vários municípios do RN) repórter, cronista, Fiscal do Governo na Empresa Força e Luz. Em meu acervo tenho: seu livro de poemas “O Nada” (ainda inédito), “Magistratura e Ministério Público Estaduais do Rio Grande do Norte [1892 / 1922].” (ainda inédito) e “O Recenseamento de Natal, de 1919” (ainda inédito).
Casou-se em Natal, em 06 de novembro de 1915, com Emilia Anália Soares de Araújo (nome de casada).
Juntamente com seu amigo Padre João Maria, editou o famoso jornal “8 de Setembro”. Foi diretor do Atheneu Norte-Riograndense e Fiscal de Educação. Formou-se em direito pela “Faculdade de Sciencias Juridicas e Sociaes do Rio de Janeiro” em novembro de 1912, colou grau em 29 de agosto de 1913, dia do aniversário de seu pai. Foi um grande amigo do Conde de Affonso Celso (diretor da faculdade) e de Ronald de Carvalho (seu colega de turma). Manteve (em Natal) o “Grupo Elementar 29 de Agosto” no qual educou vários vultos da cultura do RN – inclusive seu filho Boanerges Soares (meu avô materno).
Ao todo João Soares de Araújo teve 11 filhos, nasceu em 1883, faleceu em Natal em 1965 [Wandyr Villar].

                          V   

Nasci numa noite
Mas não gosto da noite
A noite é para mim
Sempre triste.

Nenhuma descrição de foto disponível.

A calçada do Café São Luiz e O Padre Zé Luiz

Damata Costa 1 de fevereiro de 2022     Foi- se um tempo em que o Café São Luiz, no coração da Cidade Alta, era uma universidade popular. Um...