sábado, 7 de abril de 2012

PABLO NERUDA

MATILDE URRUTIA

 DE: PABLO NERUDA POEMAS DA ALMA

Em um concerto ao ar livre realizado no Parque Florestal, Pablo Neruda conhece Matilde Urrutia. É então apenas um encontro rápido, um fato circunstancial, igual na aparência a muitos outros.

Depois de três anos e muitas aventuras Pablo e Matilde voltam a se encontrar no México, em 1949, na época em que o poeta inicia sua permanência no exílio e justamente quando ele esta acamado por causa de uma severa flebite.
 

Desta vez se estabelece entre eles um vinculo afetivo que nenhuma distancia ou dificuldade futura iria ameaçar.
 

Desde o primeiro momento de sua relação Neruda inventa para ela um nome de ficção, um nome secreto entre amantes, que é Rosário.
 

Ela, Matilde, é a Rosário que aparece em Canto Geral.
 

E na futura poesia de Neruda, Matilde ocupará um lugar que nenhuma outra mulher antes ocupou e será motivo e inspiração de uma valiosa parte da obra do poeta (em especial em "Os versos do Capitão" e "Cem Sonetos de Amor")
 

Em outubro de 1967 Neruda legaliza no Chile sua união com Matilde.
 

Nas memorias de Matilde (Minha vida junto a Pablo Neruda) ela fala de quando os dois estiveram em Capri, em 1952, e conta que Neruda, com toda seriedade, falou com a lua para formalizar um matrimonio que no momento não era possível realizar de outra maneira:

"Ali Pablo, muito serio, sem nenhum traço de brincadeira, pediu a lua que nos casasse. Contou a ela que não podíamos casar-nos na terra, porem que ela, a musa de todos os poetas enamorados, nos casaria nesse momento e que esse matrimonio respeitaríamos como o mais sagrado."

Ignora-se se nos anos seguintes houve realmente, em algum país, alguma cerimônia civil que referenda-se este romântico matrimonio astral. O concreto é que muitos anos depois no Chile, precisamente na Isla Negra, Pablo e Matilde demonstraram a lua que haviam se mantido fieis a essa união de quatorze anos atrás.

Nenhum comentário:

ALICE WANDERLEY poetisa de ilustre familia do Assu poético. Tipo baixa, olhos negros, se não me engano. Conheci dona Alice já usando bengala...