quinta-feira, 11 de julho de 2013

HISTÓRIA

JANDUÍS E OS HOLANDESES
Quando já havia sido iniciada a conquista da capitania de Pernambuco, o índio Marcial (ou Marciano, segundo alguns autores) da nação Tapuia (Janduí), compareceu a mando do rei Janduí, no dia 02 de outubro de 1631, perante o Conselho de Guerra Holandês, em Recife - Pernambuco, propondo aos invasores uma incursão ao território Norte-Rio-Grandense em nome dos chefes indígenas, Nhandui e Oquenou (Oquenaçu?). Vieram à costa da Capitania um iate e uma chulapa (embarcação pequena de um mastro só/ pequeno barco de remos e vela) conduzindo, além do próprio Marcial, os Capitães Albert Smient e Joost Closter, juntamente com alguns indígenas que tinham regressado de pouco da Holanda (Ararova, Tacon, Mataune). Também fez parte do pessoal um português, de origem israelita, chamado Samuel Cochim.

As embarcações fundearam ao norte da fortaleza dos Santos Reis, no lugar Ubranduba, onde havia uma enseada. Guiados pelo clarão de uma fogueira, os agentes holandeses encontraram o português João Pereira, que havia aprisionado o índio André Tacon. Mataram o português, apoderando-se de alguns papeis por ele conduzidos.

Daí seguiu-se episódios, que culminaram com a tomada da fortaleza dos Santos Reis, pelos holandeses, aos 12 de dezembro de 1633. 

Com o domínio holandês na antiga capitania do Rio Grande, o rei Janduí, cujo acampamento principal era no local onde atualmente existe a cidade de Assu/RN, tornou-se amigo íntimo dos invasores. (Índios do Açu e Seridó - Medeiros Filho, 1984: 17).

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