Cobogós e azulejos: designer mapeia a rica arquitetura de Olinda
Por Redação PRA Fundada em 12 de março de 1535, Olinda abriga dezenas de igrejas e conventos barrocos de inestimável valor histórico, além de casarões e instituições centenárias que resguardam uma arquitetura rica e imponente.
No CHO – Centro Histórico de Olinda, essa arquitetura é inspirada em formas e cores da natureza: os furos dos cobogós (elemento que completa paredes e muros de construções) nas sacadas lembram folhas leves e frutos redondos; os portões de gradil espiralam em um formato que muito lembra um galho retorcido de flor; e há as cores, inspiradas no marrom da terra ou no azul do céu, espalhadas em cozinhas, salas e quintais de residências coloniais ladrilhadas nestas cores.
A designer gráfica Renata Paes diz que é inspirada pela arquitetura de Olinda, sua cidade natal. Ela conta que cresceu influenciada pela memória gráfica impressa nas edificações centenárias. Seu pai, o sr. Antenor, é arquiteto preservacionista e costumava levar Renata em longas caminhadas pelo centro histórico, mostrando os vários detalhes arquitetônicos da cidade alta, que foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1968 e reconhecido em 1982 pela Unesco como um Patrimônio Mundial Cultural.
“Cresci ouvindo histórias do meu pai sobre ladrilhos e gradis, e o quão importante era a preservação da arquitetura local. Quando tive que escolher meu trabalho de conclusão de curso, percebi quanto essa memória gráfica permeava minha infância, então decidi enfrentar esses artefatos danados!”, diz Renata.
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