terça-feira, 29 de abril de 2025

Assú: Doceira mantém a mais de 40 anos tradição de fabricar alfenim

"O amante está sempre bêbado com o amor.
Ele é louco, ela é livre.
Ele canta com prazer, ela dança com êxtase.
Presos por nossos próprios pensamentos nós nos preocupamos com tudo.
Mas uma vez que ficamos bêbados nesse amor
Tudo o que será, será!"




Por Florbela Espanca, poetisa portuguesa

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui... além...
Mais este e aquele, o outro e a toda gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!


Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disse que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar.

E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que eu saiba me perder... pra me encontrar...





segunda-feira, 28 de abril de 2025

 ESTA NOITE, EM TEUS OLHOS


E te encontrar junto ao mar.
Te olhar assim em sombras,
E não te esquecer jamais,
Pois guardas em teus olhos,
A brancura dos barcos e dos cisnes.
Sofrer, por saber, que, sob pálpebras
Tão serenas, dormem crepúsculos massacrados.
Não, esta noite, em teus olhos
Vejo reduzidos lagos,
Enquanto ao longe, sinto o mar tecer uma lenda,
Sobre o nosso misterioso silêncio.

Por Walflan de Queiroz, poeta potiguar

quinta-feira, 24 de abril de 2025

segunda-feira, 14 de abril de 2025

 A manhã era clara, refulgente.

Uma manhã dourada. Tu passaste.
Abriu mais uma flor em cada haste.
Teve mais brilho o sol, fez-se mais quente.

E eu inundei-me dessa luz ardente.
Depois não sei mais nada. Olhei... Olhaste...
E nunca mais te vi... - Raro contraste! –
A madrugada transformou-se em poente.

Luz que nasceu e apenas cintilou!
Deixou-me triste assim que se apagou,
às vezes fecho os olhos; vejo-a ainda...

E há tanto sol dourando esses trigais!
Olhaste, olhei, fugiste... Ai, nunca mais,
nunca mais tive outra manhã tão linda.

Virgínia Vitorino [1895-1967]



sábado, 5 de abril de 2025

 Luizinho Cavalcan

Noite marcante na vida cultural de Carnaubais, o lançamento do livro: "Carnaubais de Minha Infância"
"Pensar o passado para compreender o presente e idealizar o futuro", assim pensava o historiador grego, Heródoto. A pergunta quem somos? De onde viemos? Por estamos aqui? Faz parte do que compete a história descrever, revelar e testemunhar. Com muito prazer debrucei na pesquisa para trazer a luz da nossa geração como viveram os nossos pais, avós no habitar em que ainda lutamos a continuar condutores de suas culturas.
Reuni o que pude, e escrevi sobre parte de nossa história em que intitulei de "Carnaubais de Minha Infância", o livro que será lançado no dia 3 de maio do corrente ano, às 20:00 horas no Espaço da Lore - Carnaubais. O trabalho vem prefaciado pela jornalista Bruna Mara Wanderley. O trabalhado está dividido em oito capítulos e trás a memória e referências a mais de 300 conterrâneos, personalidade que da sua forma e capacidade contribuíram para o que somos hoje. O lançamento do livro, será um reencontro histórico dos nossos antepassados com o presentes, uma esperança e afirmamos como "um povo" que tem história, espírito de pertencimento e reverência aos nossos ancestrais. Será um momento ímpar em contemplar a grandeza do registro do nosso povo, nossa gente.
Autoria Luiz Gonzaga Cavalcante Dantas (Luizinho Cavalcante), Professor, Historiador e Escritor.




Por João Lins Caldas (1888- 1967), poeta potiguar do Assu, Poema inédito e sem epigrafe, publicado na popular revista Fon-Fon, do Rio de Jan...