sexta-feira, 15 de novembro de 2019

OS ENCANTOS DA CAPITAL POTIGUAR






Natal – A noiva do Sol,
Amante das belas luas
Que circula em caracol
Reluzindo pelas ruas...
E, bem longe as sereias
Sonham naquelas areias
Se banhando seminuas.

Dos Encantos de Natal
Irei mostrar muito pouco,
Trarei mais o ambiental
Para não lhe deixar louco,
Não vou abraçar a história,
Escavacar a memória,
Arriscando ficar rouco.

Natal – Cidade Presépio -,
Tua estrela dos Reis Magos,
É postal do município.
Praieira de bons afagos
Do velho Beco da Lama
Onde boêmios de fama
Tomam todos os seus tragos.

Natal tem o velho Forte
Lugar de grande atrativo
Do Rio Grande do Norte.
Construído por nativo,
Uma obra de engenharia
Sem usar maquinaria,
Apenas dom criativo.

Tem a Pedra do Rosário
Um lugar de devoção,
Um bucólico santuário
Da Mãe da Apresentação
- Padroeira da Cidade
Que com sua santidade
Dá-nos sempre uma bênção.

Belas praias o ano inteiro
Para todos os turistas
Encanto para estrangeiro...
As ondas, na dos Artistas,
Transformando a praia-mar
Num recanto pra se amar
Desde nossos seiscentistas.

Naquela ponta alvinegra
Tem o Morro do Careca
Na praia de Ponta Negra.
Tem caldo e muita moqueca
De peixe ou de camarão,
Seja inverno ou no verão,
Nunca fecha pra soneca.

As dunas vão escorrendo
Para se abraçar ao mar
E a água vai corroendo
Batendo, sem reclamar,
Um retrato da certeza,
Mostrando o que a natureza,
Fez para nos acalmar.

Um lugar apetitoso
É na praia da Redinha
Lugar tão harmonioso
Tem até uma igrejinha,
Tem ginga com tapioca
De farinha de mandioca
Comida topo de linha.

Areia Preta, e Artistas,
Desde a década de quarenta,
São as praias dos Turistas.
Da beleza se alimenta,
Vista a partir da ladeira
Dá no quengo uma doideira,
Deixa a pessoa foguenta.

De lá se vê quase tudo
Da velha urbe Potiguar
- Berço do gênio Cascudo
Que de forma singular
Escreveu com maestria
Pitadas de idolatria
Nossa história popular.

Se vê a Newton Navarro
De curvatura imponente
Unindo o asfalto ao barro
Do Leste para o poente.
Ponte que atrai os turistas,
Juntando-se aos banhistas,
De forma bem atraente.

Vê balsas de pescadores
Aportadas elegantes
Privilégio aos moradores
Destas marés verdejantes.
Se vê Redinha e o Forte,
O início da zona norte
- Atração pra visitantes.

Ali perto ainda tem
O farol de Mãe Luiza
Muito tempo que detém
E lhe caracteriza
Tá num bairro litoral,
De onde se avista Natal
Que neste se enfatiza.

Partimos para a Ribeira
Berço dos antepassados,
Que de forma pioneira,
Foi pelos anos dourados
Empório comercial,
Da cultura, social,
Recanto dos namorados.

É ali onde se encontra
O Alberto Maranhão,
Que nas artes se concentra
Artistas em comunhão,
Cantando vivas ao povo
Que come cuscuz com ovo
Na terra de Camarão.

Subindo na velha rua
Se chega a Cidade Alta,
Onde, com ou sem a lua,
A diversão é peralta...
Lá se afogam os desgostos
Com cachaça e tira-gostos
Bebedeira nunca falta.

Tem também o Centro Histórico
Famoso pelos seus feitos
Popular, clássico e folclórico
Deixa todos satisfeitos
Têm igrejas centenárias
Construções milionárias
- Prédios belos e perfeitos.

Destaco o Memorial
De Luiz Câmara Cascudo
- Sendo um referencial
Importante para estudo,
Essa foi a sua herança
Que nos deu a segurança
Para usá-lo como escudo.

Tem bairros dos mais diversos
Com particularidades
Todos eles dão bons versos,
Nas suas diversidades.
Mas, o Alecrim tem demanda
No comércio ele é quem manda
Com muitas variedades.

A feira e o cemitério
São seus referenciais,
Lá não existe mistério,
Une as classes sociais.
Buscando os objetivos
São encontrados motivos
Para os casos crucias.

Visitando a zona sul
Têm Shoppings como opções
Nos moldes do Mercosul
Atraem as populações
Como opção de lazer,
Ou as compras pra fazer
Em boas instalações.

Da Copa, suas heranças,
Nossa maior foi o Arena
Um lugar para festanças
E de segurança plena.
Tem uma visão de duna,
Nos custou uma fortuna
Mas, visitar vale a pena.

O Centro de Convenções
É um outro ponto de evento
Entre estas, as colações
- Momentos de grande alento.
Construído na costeira
Namora o mar da ladeira
Com seu porte corpulento.

Perto da rede hoteleira
Com oferta eficiente
Atende a moda estrangeira
Que é seleta e exigente.
O sol aqui beija o mar
É um lugar para se amar...
Gente cuidando de gente.

Niemeyer desenhou
Belo Parque da Cidade
Do jeito que ele sonhou:
Com a preciosidade
De exalar sua pureza
Abraçando a natureza,
Mostrando genialidade.

Também temos nosso Bosque,
Famoso Dos Namorados:
Tem fauna, flora, quiosque,
E até shows já programados,
Suas trilhas ecológicas
Nas eras tecnológicas,
Deixa-nos apaixonados.

Nessa terra Potiguar
A culinária é de ponta
Jamais deixa jejuar,
Rapidinho ela tá pronta,
Paladar de nordestinos,
Bem ao gosto dos latinos
Com os preços bem em conta.

Tem a Metropolitana
- Região predominante,
Muito rica e soberana,
Com clima bem excitante
E belezas naturais
De encantos fenomenais
Que cativa o visitante.

São Gonçalo do Amarante
Possui um aeroporto
Belo e bem aconchegante...
E em Natal temos um porto.
De Nísia à Parnamirim,
Tibau Sul, Ceará Mirim
Além doutras... Só conforto.

Nesse torrão nordestino
O mar abraça a caatinga
Como um homem libertino,
Come buchada com pinga,
Dança forró pé-de-serra,
Depois de beijar a terra,
Faz do cabaço a moringa.

Natal é sol, diversão...
Natal é mar, movimento...
Natal é amor, é paixão...
Natal é festa, momento...
Natal é paz, harmonia...
Natal é luz que alumia
O Natal do Nascimento.

Queremos a volta dos trens de passageiros por todo o Brasil!

Queremos a volta dos trens de passageiros por todo o Brasil!
Todos sabemos que os trens foram desativados, a partir dos anos de 1960, contra o interesse do povo. Todos sabemos que na década de 1990 houve a privatização "do resto dos trens", que a empresa que comprou a malha férrea, por interesse obscuro, não investe na recuperação dos trens, como se obrigou.
E todos sabemos que nem os representantes do povo nem o Ministério Público tomam medidas minimamente eficazes pela volta dos trens. Todos sabemos que o Brasil quer e precisa se desenvolver e que países desenvolvidos, sem exceção, têm muitos trens.
Diante disso, como "o poder emana do povo" (art. 1º da Constituição Federal), assinamos esta petição para que as autoridades finalmente nos representem nesse sentido.

ARQUIVO

O limite do mar é o mesmo,
não houve redemoinho.
O hotel está ali  é divertido ver a algazarra com que os hóspedes
desfilam para o público no palco. E é também
triste como os que assistem se esforçam por notarem suas bocas
[invisíveis.
À meia-noite o Reizinho fecha suas portas
para um baile de carnaval…  incerteza precisa.
Assim o é a ausência do artista recordando alguém
[cantando!!!…
Um bolero? Uma música de Roberto?:
“Quero que você me aqueça nesse inverno…”
de Caetano?: “Caminhando contra o vento…”
Não, é só a cantiga de um fã
que se recusou a deixar o quarto 366
do 3º andar, com vista para a piscina suja,
[agonizante, o poente dos suicidas!
Os resíduos de cerveja, coca-cola, salgadinhos
são os versos esquecidos que a orquestra não quis concluir…
E o ritmo musical se esvai na penumbra da noite…
…………………………………………….
O corpete lustroso! Envolvente!…
Gemendo como sua dona, açoita a íris
[que contempla a maré.
(Paulo Caldas Neto)
De ontem, 14/11, casamento de um primo e amigo Paulo de Macedo Caldas Neto com sua Jacyane. Ele, Paulo, é de tradicional família do Assu - Caldas e Soares de Macedo pelo lado paterno. É professor graduado em Letras (UFRN). Aliás, é uma figura eclética nas artes: escritor, poeta, ensaísta, músico. Tem diversos livros publicados que engrandece as letras potiguares, entre tantos o livro intitulado ‘Do picadeiro ao céu: o riso no teatro de Ariano Suassuna' (ensaio). Afinal, renovo e registro os meus votos de felicidades pro amigo casal. (Fernando Caldas).



quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Bacalhau no forno com camarão


Ingredientes:

4 postas de bacalhau demolhadas
8 dentes de alho
12 camarões
Azeite q.b.
Pimenta e água q.b.
1 molhinho de coentros picados
Batatinhas pequenas cozidas com casca q.b.

Preparação

Num tabuleiro próprio para o forno coloque o bacalhau e os alhos laminados. Regue com bastante azeite  e leve ao forno, pré-aquecido a 200°.
A meio da cozedura do bacalhau junte as batatas cozidas com casca (dê-lhe um pequeno murro para abrirem). Volte a colocar no forno.
5 minutos antes de finalizar, junte os camarões tempere com pimenta.
Retire do forno, polvilhe com coentros picados e sirva de imediato.


Foto: Receitas Já

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

PELO RÁDIO AINDA LEMBRO O REPENTE
Lembro na minha antiga mocidade
Que escutei cantadores de viola
Cantavam na cidade e fazendola
Na rima com muita velocidade
Os violeiros no pé de igualdade
Hoje o sítio ficou abandonado
O show era matuto e arretado
Uma bela cantoria de outrora
Hoje a zona rural ainda chora
Adeus viola do lindo passado.
Eu sempre lembrarei a cantoria
Nas varandas dos velhos casarões
Decassílabos, sextilhas, mourões
A viola com linda poesia
No bonito sertão eu sempre ouvia
Escutei com a minha pouca idade
Raízes sertanejas de verdade
E que repente não pode acabar
Pois viola é cultura popular
Nordeste independente, liberdade.

(Marcos Calaça)

O professor e cordelista Marcos Calaça com o poeta e repentista Valdir Teles. Um dos nomes consagrados do repente nordestino.

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

SENTENÇA

" - Qual o remédio jocundo
" - Que aos mal nos serve de escudo?"
" Fechai os olhos a tudo e rir de tudo no mundo."

Foi essa a resposta clara
Que me deu, interrogado.
Um homem que tinha achado
- Coisa rara!
A ventura neste mundo.

João Lins Caldas

________________Em "O Brasil, jornal do Rio de Janeiros, edição de 8 de fevereiro de 1923.
A imagem pode conter: texto
A imagem pode conter: sapatos e texto

A SOLIDÃO DOS PÁSSAROS APRISIONADOS PELA IGNORÂNCIA HUMANA





Em sã consciência você não aprisionaria alguém inocente, correto? Não o imputaria culpa e nem ordenaria alguém a cumprir pena sem ter cometido crime algum, mesmo porque você não é um juiz,  correto? 

 Entretanto, é o que vemos diariamente pendurados em janelas, pessoas transportando  suas gaiolas, levando seus animais para "pegar sol" de manhã, estranho, não?  Sim, se pararmos para refletir sobre essas pequenas atitudes danosas a outros, e nos colocássemos no lugar desses, talvez agiríamos com mais senso de justiça, reconhecimento e o principal, compaixão.  Há falta de total empatia, onde não percebemos o mal que produzimos com essa atitude gerada pela ignorância, ganância e na prática, falta de inteligência. Se colocar no lugar dos outros nos faz um pouco melhor e quando nos sentimos bem com isso, pode ter certeza que estamos agindo no caminho certo, aquilo que por intuição nos diz "é isso, isso é o certo!" São seres vivos, pássaros, pequenos animais dotados da capacidade de voar. Esses, tem sua individualidade, sua existência e seu serviço à mãe Terra e infelizmente são enclausurados por "humanos" com capacidade baixíssima de entender e muito menos compreender o quanto todos os seres vivos são necessários e estão aqui por algum motivo de força maior. E vem alguém e quebra esse ciclo, trancafiando um pequeno  ser inocente e indefeso, dotado e capacitado para nos dar vida sem pedir nada em troca.  Você já refletiu Sobre isso? Nunca é tarde, já que à vida passa e a sua também. 

 Muitos de nós ou grande maioria, age mecanicamente, por costumes, culturas primitivistas, condicionamentos, repetições e digamos, adestramento social. Onde a pessoa age por instrução de alguém ou alguma coisa,  sem ao menos se questionar dessas atitudes que promove todos os dias, se formando um balé cruel e desproporcional a "racionalidade" que carregamos, porém, relativizada pelo antropocentrismo, copiada sistematicamente sem critério e colocada em prática sem ética nenhuma. 

 "Racionalidade" não quer dizer que tenha sobriedade, que não quer dizer que tenha lucidez, como também não quer dizer que seja justa. Consciência vai muito além disso, e é o fator primordial para a verdadeira e universal justiça, sobrepondo a racionalidade que gira em torno da espécie humana e a coloca acima de todos os outros seres. Tirar um passarinho possuidor de asas da natureza e o enclausurar dentro de uma gaiola de meros  30x40 de espaço, onde resume-se sua vida em zero, só tem um significado: crueldade produzida por cegueira não física, e sim, mental. Esses animais podem voar por quilômetros, atravessar Municípios, Estados, comer de todos os frutos que desejar e beber de todas as fontes. Mas não! Vai lá um ser que se diz "racional", o captura, trancafia e oferece uma alimentação repetida e água quente eternamente, onde  muitas vezes esses infelizes "humanos" os esquecem no banho de sol e muitos  morrem. Grande maioria compra e  vende como coisas, um objeto, apenas um negócio e não uma vida. Outro fator, o comércio lucrativo que retira da natureza milhares e milhares de animais todos os dias, onde um pouco mais de 1/3 chega com vida ao destino pelas  mãos de traficantes. Isso por causa de um dos maiores defeitos da espécie humana, à ganância.


 Engaiolar pássaros, você está privando seres de usufruir de sua principal característica que a existência lhe ofereceu, voar. Isso já fere todo contexto existencial desse ser, que tem sua vida amputada em sua maior dádiva que a natureza sabiamente lhe destinou e lhe deu sentido, que  por sinal,  deve ser maravilhoso.  Esses animais têm um papel fundamental no planeta,  dispersar sementes, distribuir sabiamente,  fazendo a polinização, assim, espalhando pólen colhidos das flores por onde voam, em um natural e equilibrado processo de semear vida por onde passam, inclusive promovendo bem estar  aos mesmos ignorantes que os trancafiam e os condenam.

 Cada espécie de pássaros  pertence a uma região e são responsáveis naturalmente a reflorestar  áreas, comendo específicas sementes, que retornarão ao solo através das fezes. Ou seja,  o ciclo biológico que nos faz vivos e toda forma de vida, são promovidas na maioria das vezes  por esses pequenos seres, nos fornecendo ar puro, sombra, bem estar ambiental, e todo tipo de suprimento para manter à vida na Terra. Lembrando também, seu papel fundamental no controle natural de vetores, exemplo: mosquitos, moscas, pernilongos e qualquer outro inseto, evitando que se tornem pragas, como por exemplo o transmissor da Dengue e suas vertentes. E por que os trancafia???    

 Você que está lendo esse texto, lembre-se que,  ao ver um pássaro em gaiola, saiba que aquilo não é uma vida no sentido real da palavra, e sim, um pobre animal condenado e explorado pelo seu tutor, esse meramente um carcereiro e ao mesmo tempo um juiz, que o condena  à prisão perpétua e mata aos poucos, fisicamente e psicologicamente. Reflita, dá tempo de você entrar nessa luta por justiça por aqueles que não podem ao menos se defender da maldade humana. Espalhe esse texto, compartilhe com amigos e familiares, debata, discuta pois as verdadeiras vítimas não podem falar e muito menos se defender, pois estão nesse momento cercadas de grades penduradas em uma canto frio e sem vida.

 Se você concorda com esse texto e acha interessante a colocação, compartilhe para que mais pessoas acordem para essa crueldade, e ajudem a libertar esses seres angelicais que além de nos proporcionar vida em qualquer bioma, nos embeleza a natureza e os sons dela. 

Jota Caballero

domingo, 10 de novembro de 2019

Certa coisa que eu já fiz
Com uma jovem em segredo
Revelar até faz medo
Eu não digo, ela não diz.
É que eu quis e ela quis
Só podia acontecer.
Mas, o bom é não dizer
Com quem isso aconteceu
Ela não diz e nem eu
Quem é que pode saber?

(Luiz Lucas Lins Caldas Neto)

Natal, Avenida Duque de Caxias, Ribeira, década de 1930. Fonte: Tok de História.

Um soneto de João Lins Caldas em "O Brasil", Rio de Janeiro, 22 de setembro de 1923.





Na voragem

Abre os olhos e fita-me desperto
Crença da vida ou saudade da maldade,
Não me curvaste a fé na mocidade,
Velhice não me dês neste deserto...

Porque eu segui de teus passos perto,
O vinho sobre o cálix da saudade,
No peito a te rugir a tempestade,
No peito a te rugir a tempestade,

Amor que se fez doce me amargando,
Pela vida de mal meu mal provando,
Vaza-me em ondas de ura ingrata...

E, dissabor, meu coração ferindo.
Anda-me as chagas da desdita abrindo
E as chagas da tortura me retrata.

_____________Em, "O Brasil", do Rio de Janeiro, 22 de setembro de 1922.



sábado, 9 de novembro de 2019

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Livraria Manimbu será inaugurada nesta segunda no Tirol

Aluísio Azevedo e Crispiniano Neto


Redação8 de novembro de 2019AgendaLiteraturafundação josé augustográficalivraria manimbu Image
A Fundação José Augusto e o livreiro Aluísio Azevedo inauguram, a partir das 17h30, na próxima segunda-feira (11/11) a Livraria Manimbu, que será a única de rua da capital potiguar, constituindo um feito no contrafluxo daqueles que imaginam que as livrarias tendem a se extinguir.
A livraria funcionará de segunda a sábado no horário das 9h às 19h na Rua Açu, 666, Tirol (por trás do prédio da Fundação José Augusto). Informações pelo telefone 2030-3036.
O projeto é uma iniciativa administrativa da FJA para fomentar a aquisição de obras de autores potiguares a preços populares, principalmente para estudantes da rede pública de ensino.
O novo espaço literário abre com mais de cinco mil títulos disponibilizados para o público, abrindo espaço aos autores potiguares que terão 20% de total de obras colocadas à venda. Também serão comercializados livros de autores nacionais e estrangeiros de ficção e não-ficção.
A inauguração da Manimbu nesta segunda-feira terá a participação musical dos instrumentistas Alexandre Moreira e José Anchieta que apresentarão clássicos do cancioneiro da Música Popular Brasileira.
Outra atração é a abertura da Galeria Newton Navarro que abre espaço para exposições individuais e coletivas de artes visuais. A estreia ocorre com a exposição “Ser-Tons – Cinzas, Marrons, Ocres”, das artistas Socorro Soares e Lenira Costa, que exibe 20 peças e, papel craft, assemblage e tinta sobre couro natural de boi, com temas voltados à cultura sertaneja.
A livraria abrigará também um café com espaço para conversas, além de uma programação de saraus poéticos, shows musicais e lançamentos de obras de escritores norte-rio-grandenses.
“Se há quem acredite que os livros ou livrarias irão se acabar, nós que defendemos a literatura e seu poder transformador, temos de ir exatamente no caminho oposto. Por essa razão, temos essa iniciativa que proporcionará aos natalenses e visitantes, um espaço compartilhado com a já existente Gráfica Manimbu”, afirma o diretor-geral da FJA, Crispiniano Neto.
SERVIÇO
Inauguração da Livraria Manimbu
Data: Segunda-feira (11/11)
Horário 17h30
Endereço: Rua Açu,666, Tirol
Informações:2030-3036.


 *" O  TEMPO... "*

O tempo não pode ser segurado; a vida é uma tarefa a ser feita e que levamos para casa.
Quando vemos já são 18 horas.
Quando vemos já é sexta feira.
Quando vemos já terminou o mês.
Quando vemos já terminou o ano.
Quando vemos já se passaram 50 ou 60 anos.
Quando vemos, nos damos conta de ter perdido um amigo.
Quando vemos, o amor de nossa vida parte e nos damos conta de que é tarde para voltar atrás...

Não pare de fazer alguma coisa que te dá prazer por falta de tempo, não pare de ter alguém ao seu lado ou de ter prazer na solidão.
Porque os teus filhos subitamente não serão mais teus e deverás fazer alguma coisa com o tempo que sobrar.

Tenta eliminar o “depois”...
Depois te ligo...
Depois eu faço...
Depois eu falo...
Depois eu mudo...
Penso nisso depois...

Deixamos tudo para depois, como se o depois fosse melhor, porque não entendemos que:
Depois, o café esfria...
Depois, a prioridade muda...
Depois, o encanto se perde...
Depois, o cedo se transforma em tarde...
Depois, a melancolia passa...
Depois, as coisas mudam...
Depois, os filhos crescem...
Depois, a gente envelhece...
Depois, as promessas são esquecidas...
Depois, o dia vira noite...
Depois, a vida acaba...

Não deixe nada para depois porque na espera do depois se pode perder os melhores momentos, as melhores experiências, os melhores amigos , os melhores amores ...

Lembre-se que o depois pode ser tarde.
O dia é hoje, não estamos mais na idade em que é permitido postergar.
Talvez tenha tempo para ler e depois compartilhar esta mensagem ou talvez deixar para...”depois”

Sempre unidos:
Sempre juntos...
Sempre fraternos...
Sempre amigos...

(Clênio Caldas)

(Passe aos seus melhores amigos; não depois... Agora!)


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sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Assu Antigo

Foto:
Sobrado da família Soares de Macedo. Hoje está assentado uma casa comercial. Vizinho a Prefeitura Municipal, Rua Frei Miguelinho.Ao lado esquerdo daquele casarão funcionou o Armazém de Astério Tinôco, o Armazém de Tonico. além de Café e Restaurante de Chico Germano e a tipografia de Antônio Silvério Cabral (Cabralzinho) e, por último um salão de cabeleireira. Veja mais sobre o passado do Assu, clicando: https://www.facebook.com/Assu-Antigo-341841339254607/ ) Curta a página).

EM BREVE O LANÇAMENTO DO MEU NOVO LIVRO “LUGARES DE MEMÓRIA – EDIFICAÇÕES E ESTRUTURAS HISTÓRICAS UTILIZADAS EM NATAL DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL”

Rostand Medeiros
Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte
É com muita satisfação que informo que em breve estará na livraria da Cooperativa Cultural da UFRN, também conhecida como “Livraria do Campus”, o meu mais novo livro “Lugares da Memória – Edificações e Estruturas Históricas Utilizadas em Natal Durante a Segunda Guerra Mundial”.
Esse livro é fruto de uma positiva parceria com o Ministério Público Federal do Rio Grande do Norte, através da pessoa do Dr. Victor Manoel Mariz, Procurador da República e titular do 10º Oficio do Núcleo de Cidadania e Ambiental (NCA).
Essa parceria teve início no dia 14 de março de 2019, ocorreu, no prédio anexo da Procuradoria do Ministério Público Federal do Rio Grande do Norte – MPF/RN, uma audiência extrajudicial com o objetivo de tratar sobre assuntos pertinentes à adoção de medidas necessárias para resgatar, preservar e valorizar o patrimônio histórico do Rio Grande do Norte representativo ao período da Segunda Guerra Mundial (Sobre essa audiência veja essa postagem do TOK DE HISTÓRIA –  https://tokdehistoria.com.br/2019/03/17/meus-apontamentos-sobre-a-reuniao-no-ministerio-publico-federal-do-rn-relativa-a-questoes-ligadas-a-historia-da-segunda-guerra-mundial-em-natal-e-parnamirim/ ).
Reunião com o Dr. Victor Mariz no Ministério Público Federal do Rio Grande do Norte .
Essa reunião ocorreu devido à existência de uma representação encaminhada ao MPF/RN por Ricardo da Silva Tersuliano, representante do Instituto dos Amigos do Patrimônio Histórico e Artístico-Cultural e da Cidadania (IAPHACC), em que no seu conteúdo foi sugerida, entre outras ações, a criação de um inventário dos bens utilizados naquela época e ainda existentes, além do tombamento desses locais. Como consequência, foi instaurado o Procedimento Administrativo nº 1.28.000.001950/2018-52.
Durante os desdobramentos da audiência, informei ao Procurador da República que, em junho de 2015, o Dr. João Batista Machado Barbosa, então Promotor de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte e titular da 41ª Promotoria de Justiça da Comarca de Natal, igualmente preocupado com a preservação desse patrimônio, solicitou a elaboração de um relatório preliminar sobre os locais utilizados pelas forças militares norte-americanas estacionadas em Natal e Parnamirim durante a Segunda Guerra Mundial. Esse material foi devidamente produzido utilizando  bibliografia e fontes existentes.
No caso de Parnamirim, as áreas encontradas tinham uma relação direta com a presença dos militares americanos e essas se encontram exclusivamente na área da Base Aérea de Natal, a antiga Parnamirim Field. Já em relação à cidade de Natal, existem edificações cuja história possuiu ligação direta com o aparato militar estadunidense, mas outros importantes locais estão ligados aos primeiros anos da atuação da aviação comercial no Rio Grande do Norte. Entretanto, esses últimos igualmente continham elementos históricos de sua utilização durante os anos do conflito (1939-1945). Como resultado final dessa pesquisa, foram encontradas referências sobre 32 locais históricos utilizados nessas duas cidades.
O Dr. João Batista Machado Barbosa decidiu, então, organizar uma visita a essas edificações, o que efetivamente ocorreu no dia 20 de junho de 2015. Participaram desse interessante momento membros do Ministério Público Estadual, além de Ricardo Tersuliano e do pesquisador inglês David Maurice Hassett, ambos do IAPHACC. Completou o grupo membros de outras entidades, como o Brigadeiro da FAB (R.R.) Carlos Eduardo da Costa Almeida.
Contudo, devido a vários fatores inerentes à vontade do Dr. João Batista Machado Barbosa, o resultado desse trabalho não foi efetivamente utilizado em ações de preservação do patrimônio histórico. Mas a sua criação não foi em vão!
Após informar ao Dr. Victor Mariz sobre a existência desse material na reunião ocorrida no MPF/RN, recebi a incumbência de aprofundar as informações coletadas em 2015. Nessa pesquisa, contei com a prestimosa colaboração do engenheiro e jornalista Leonardo Dantas, competente pesquisador do tema Segunda Guerra Mundial e Presidente da Fundação Rampa, além de João Hélio Cavalcanti, Diretor do SEBRA/RN, que prestativamente disponibilizou um veículo dessa instituição para o translado com o objetivo de fazer o levantamento fotográfico desses locais.
A partir desse ponto comecei a produzir o texto e, como resultado final, a pesquisa bibliográfica existente sobre esse tema foi ampliada, com informações provenientes principalmente das obras produzidas pelos autores potiguares e de outros estados brasileiros, de autores estrangeiros e documentos de vários jornais de época. Foi também utilizada documentação oriunda do National Archives and Records Administration (NARA), de Washington, Estados Unidos, o principal arquivo daquele país. Outros documentos são provenientes da Biblioteca Nacional, do Rio de Janeiro, alguns dos Arquivos Públicos dos Estados do Rio Grande do Norte e de Pernambuco, além de documentação do Instituto Histórico do Estado do Rio Grande do Norte (IHGRN).
Por meio de uma solicitação do Dr. Victor Mariz, foquei nos locais existentes na área urbana de Natal e que não estivessem dentro das Bases Naval e Aérea de Natal, em razão das edificações que ali se encontram estarem preservados por essas instituições militares. Entretanto, diante das poucas informações disponíveis, busquei contato com o comando do 17º Grupamento de Artilharia de Campanha (17º GAC) para realizar uma visita ao ponto onde existiu o chamado Radiofarol da Limpa, fato que é detalhado neste livro.
Busquei o máximo de informações históricas possíveis sobre os locais aqui apresentados. Mesmo assim, devido à falta de elementos e maiores informações sobre outros locais originalmente listados, o trabalho ficou restrito a 27 edificações.
Finalmente, no dia 19 de junho de 2019, entreguei ao Procurador da República Victor Manoel Mariz o material intitulado Relatório de Edificações Remanescentes em Natal no Período da Segunda Guerra Mundial, conforme podemos ver pelo documento emitido pelo MPF/RN.

Ao conhecer a localização dessas edificações, percebi como se desenrolava o dia a dia de Natal naqueles tempos intensos e marcantes. Muito me chamou atenção a figura do francês Marcel Roland Girard, que de representante da empresa aérea Air France se tornou o agente consular de seu país em Natal, com a devida licença assinada pelo Presidente Getúlio Vargas, poucos dias após seu país se render diante da máquina de guerra nazista.
 Isso fez com que a sede da Air France continuasse aberta na Avenida Tavares de Lira, número 34, Ribeira, onde Girard executava diariamente o ritual hasteamento da bandeira tricolor em um pequeno mastro defronte a edificação. Descobri também que esse francês atuou na capital potiguar à frente de uma organização de apoio ao movimento de resistência francesa contra os invasores alemães e recebeu a atenção de figuras ilustres da terra potiguar, como Elói de Souza. Fiquei imaginando o clima de fria animosidade que provavelmente existiu entre Girard e o alemão Enest Walter Lück e o italiano Guglielmo Lettieri. Esses dois últimos eram comerciantes bem estabelecidos na Rua Chile, respectivamente, nos números 106 e 161, não muito distante da sede da Air France. Lück e Lettieri atuavam também como representantes diplomáticos de seus países em Natal e, em 1942, foram condenados a 14 anos de cadeia por espionagem.
Diante do material produzido e com o sempre presente apoio e orientação do editor José Correia Torres Neto, do Caravela Selo Cultural, decidi transformar esse relatório em um livro que buscasse democratizar a informação histórica e que fosse útil como material informativo sobre esse período histórico tão caro e importante para o povo potiguar. A publicação do material foi viabilizada pelo Fundo de Incentivo à Cultura – FIC, através do Edital número 004/2018, Categoria B – Apoio ao Patrimônio Material e Imaterial.
Ao finalizar esse trabalho, ficam meus agradecimentos sinceros aos amigos jornalistas Carlos Peixoto e Vicente Serejo, que além do belo prefácio, no caso do primeiro, e da paciência em ouvir meus apontamentos, no caso do segundo, nunca faltaram com a amizade, atenção e o apoio na realização dos meus projetos.
Agradeço igualmente ao Dr. Victor Manoel Mariz pela confiança, atenção, corretos apontamentos e a ajuda proporcionada durante o processo de pesquisa e elaboração final do material. Ainda no âmbito do Ministério Público Federal do Rio Grande do Norte, agradeço igualmente ao Analista e Bacharel em Direito Leonardo Batista Fontes e à Estagiária Bárbara Suellen Fonseca Braga pela ajuda sempre presente.
Fica meu especial agradecimento ao Dr. João Batista Machado, cuja iniciativa, em 2015, proporcionou a criação deste livro. Não me esqueço do amigo Ricardo da Silva Tersuliano, do IAPHACC, grande batalhador pela preservação da história potiguar.
Quero também agradecer ao apoio, aos corretos apontamentos e à atenção de Leonardo Dantas, da Fundação Rampa, e da grande ajuda operacional e atenção proporcionados por João Hélio Cavalcanti, do SEBRAE/RN. Ficam meus agradecimentos ao Tenente-coronel Haryan Gonçalves Dias, bem como ao Capitão Renato Esteves Costa, do 17º Grupamento de Artilharia de Campanha, pela atenção na visita que realizamos a essa tradicional unidade do Exército Brasileiro em Natal.
Não esqueço do amigo Ricardo Sávio Trigueiro de Morais, pelo apoio na cessão da foto da capa, que é parte de um rico material iconográfico do período da Segunda Guerra Mundial em Natal, realizado pelo seu avô Saulo Guedes Trigueiro, oficial do Exército Brasileiro durante o conflito e um exímio fotografo amador.
Estou muito satisfeito com o resultado desse trabalho, que marcam dez anos do lançamento do meu primeiro livro e da sempre positiva parceria com o amigo José Correia Torres Neto, do Caravela Selo Cultural.
Mas não posso esquecer que esse 2019 foi um ano de uma grande tristeza, pelo falecimento do meu pai Calabar Medeiros, no dia 9 de julho. Sua ausência é algo muito forte em minha vida, mas seus exemplos estão presentes comigo e sinto que ele está a todo momento ao meu lado. 
A ele eu dedico esse trabalho!

terça-feira, 5 de novembro de 2019

A minha querida cidade de Assu, um dos município brasileiros da maior importância com destaque na poesia, agora se torna mais conhecida ainda através do craque Gabriel Veron que orgulha a terra assuense com o seu futebol. Sucesso Gabriel Veron - o "Raio" como está sendo chamado. Veja o artigo publicado em "Tribuna do Norte", de Natal. (Fernando Caldas).

TRIBUNADONORTE.COM.BR
Assu foi lembrando em rede nacional e porque não dizer internacional. Após fazer um golaço na vitória do Brasil sobre Angola, por 2 a 0, na fase d







O falso é às vezes a verdade de cabeça pra baixo.

Freud

De: Olhando as estrelas (http://simplesana4.zip.net/).

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

"MESA DE BAR"

O titulo acima além de ser titulo de um poema do poeta assuense Renato Caldas, é também titulo de um livro que ele desejava publicar. Pois bem. Certo dia, estando aquele bardo tomando 'umas e outras'', recebeu de uma senhora, o seguinte mote: "Mesa de Bar". Ali mesmo o bardo Renato que já sentia a perda da visão escreveu numa feliz inspiração, o poema adiante::

Tenho mais de setenta anos, nesta idade
Dona morte me ronda com certeza,
Seja meu companheiro nesta mesa
Ah! Vamos recordar, sentir saudade.
Mesmo no escuro vejo a claridade
Das garrafas, qual lindo refletores
Iluminando os velhos dissabores
Eu preciso por fim a esta desgraça
Que no efeito divino da cachaça
As lembranças fenecem como flores.
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PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...