quarta-feira, 13 de novembro de 2019

PELO RÁDIO AINDA LEMBRO O REPENTE
Lembro na minha antiga mocidade
Que escutei cantadores de viola
Cantavam na cidade e fazendola
Na rima com muita velocidade
Os violeiros no pé de igualdade
Hoje o sítio ficou abandonado
O show era matuto e arretado
Uma bela cantoria de outrora
Hoje a zona rural ainda chora
Adeus viola do lindo passado.
Eu sempre lembrarei a cantoria
Nas varandas dos velhos casarões
Decassílabos, sextilhas, mourões
A viola com linda poesia
No bonito sertão eu sempre ouvia
Escutei com a minha pouca idade
Raízes sertanejas de verdade
E que repente não pode acabar
Pois viola é cultura popular
Nordeste independente, liberdade.

(Marcos Calaça)

O professor e cordelista Marcos Calaça com o poeta e repentista Valdir Teles. Um dos nomes consagrados do repente nordestino.

Nenhum comentário:

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...