sábado, 27 de fevereiro de 2010

A PRIMEIRA PREFEITA DO ASSU (RN)

Maria Olímpia Neves de Oliveira além de ter sido a primeira mulher a assumir a Câmara dos Vereadores do Assu foi também a primeira mulher a exercer o cargo de prefeito da terra assuense (1963-68). Ela disputou a prefeitura do Assu com Walter de Sá Leitão nas eleições de de 1962 que perdeu para ela, se não me falha a memória, por 308 votos. Foi uma das campanhas que o Assu viveu das mais tensas e intensas da sua história política. Maroquinhas como ainda é chamada pelos seus mais íntimos, reside atualmente desde 1969 em Brasília, distrito federal, funcionária aposentado pelo INCRA, emprego que ela conseguiu em razão da sua capaciadade, do seu prestígio e amizade com o mossoroense Dix-zuit Rosado quando ele era presidente daquele instituto de reforma agrária. Maroquinhas no Assu sua terra natal também foi professora do Grupo Escolar Tenete Coronel José Correia, bem como animadora cultural. Afinal, dela, Maria Olímpia, tem muito a se contar. 

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Fernando Caldas - 84.99913671

ÉS DE OUTRO

Não sei como te aquecer. És de outro e não me esqueço
Mal grado o coração me pedir que te odeie,
Não sei te aborrecer e te odiar, não sei:
- Amor do meu amor para mim não mereço.

Alguém que o amor vingar no coração, o preço
Da saudade lhe dê: - o preço que lhe dei.
Porque o preço do amor quando traído, eu sei,
É o preço da tortura e o gozo quando avesso.

João Lins Caldas
Assu, 1909

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

O PRIMEIRO SENADOR PELO RIO GRANDE DO NORTE

Já tenho dito em muitos artigos postados neste blog que o município do Assu é um dos mais importantes municípios do Rio Grande do Norte e, porque não dizer brasileiros, em vários aspectos da vida política, social, cultural, econômica. Terra de pioneiros. Pois bem, o primeiro senador pelo Rio Gande do Norte chamava-se Francisco de Brito Guerra nascido no dia 18 de março de 1777 na localidade denominada Campo Grande, então Vila do Assu ou Vila Nova da Princesa, atual município do Assu. O seu mandato foi exercido ainda no tempo do Brasil Império quando aquela corte era denominada de Senado Vitalício ou Senado do Império, no Rio de Janeiro, entre 1837 a 1845, terceira e sexta legislatura. Antes ele teria sido deputado á primeira Assembléia Legislativa Provincial, de 1835 a 1837, que foi instalada à 2 de fevereiro de 1835 chegando a presidir aquele legislativo potiguar, além de suplente de deputado geral chegando a assumir de 1831 a 1833, 1834 a 1837 quando, então foi escolhido para exercer o mandato de Senador do Império pelo Rio Grande do Norte, sendo empossado no dia 10 de julho de 1833. Foi o primeiro norte-riograndense (assuense) a exercer a alta câmara do país ou seja, o Senado do Império, hoje Senado Federal. Ora, o escritor Francisco Amorim depõe que Guerra ao fazer o seu testamento em data de 2 de novembro e 1844 declarou ser natural da Freguezia do Assu. Afinal, será que foi a toa que o presidente da Provincia do Rio Grande Cassimiro José de Morais Sarmento no documento Projeto de Lei número 124, de  16 de outubro de 1845, que elevou a Vila Nova da Princesa a categoria de Cidade escreveu ao dizeer ser o Assu "Pátria do finado Senador Francisco de Brito Guerra?"

Em tempo: Na cidade de Assu, salvo engano, a rua denominada Senador João Câmara era denominada Senador Guerra, antes rua da Caridade. Hoje nada existe com o seu nome que engrandece o nosso município. Que o jovem prefeito do Assu Ivan Lopes Júnior, bem como os seus dignos vereadores repare essa injustiça cometida a Francisco de Brito Guerra denominando uma das ruas do Assu, rua Senador Guera. Fica o registro.

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Fernando "Fanfa" Caldas - 84. 99913671

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

VELHA SÃO RAFAEL

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O POETA CALDAS EM NATAL

Em 1958 depois de 19 anos de exílio voluntário na cidade de Assu o poeta João Lins Calas resolveu visitar a cidade do Natal para tratar de saúde, rever velhos amigos e conhecer novos poetas potiguares
Naquela ocasião o prefeito da cidade do Natal Djalma Maranhão que no seu desejo de dar continuidade ao seu desejop de prestigiar a cultura resolver homenager Caldas no Teatro Alberto Maranhão onde foi oferecido um banquete com a presença de intelectuais norte-rio-gandenses. Na fotografia (fornecida pela assuense Genilda Soares de Macedo Varela) vejamos as figura como (...), Rômulo Wanderley, Esmeraldo Siqueira, Caldas, Djalma Maranhão, (..) e, salvo engano, Veríssimo de Melo.

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ZEPELLIN SOBREVOANDO NATAL, 1930


RUA DA PALHA

Há muitos anos atrás a atual rua 11 de agosto, no centro da ciade de Assu, era denominada de rua da Palha. Era naquele logradouro onde morava um dos amores do poeta Renato Caldas. Ele dizia aos amigos e conterrâneos que desejava ser homenageado com o seu nome dado aquela rua, o que ainda não fora atendido pelos governantes e vereadores o Assu. Quando eu fui vereador daquela terra assuense de 1983 a 1988 entrei com um projeto de lei para que fosse dado o seu nome conforme o proprio poeta pede no poema transcrito adiante. Pena que não fora aprovado pela maioria dos vereadores daquela casa legislativa do Assu. Vejamos o poema intitulado de "Rua da Palha", que diz assim:

Esta é a Rua da Fome:
Nela eu quero meu nome,
Quando algum dia morrer.
Não quero placa esmaltada;
Pode se enferrujada,
- De acordo com o meu viver.
E, caso isso acontça,
Faço questão que apareça
Essa sincera inscrição:
Renato Caldas, um nobre
Que na choupana do pobre
Entrava como um irmão.
Não era "Nacionalista"
E nem ao neologista
Estendeu a sua mão.
Viveu sempre embriagado.
Só não foi no seu passado
Um desonestso. Um ladão.

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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

LEMBRANDO O COMITÊ DO MATO

E quem não se lembra do Comitê do Mato, em Assu. Era uma propriede, casa e escritório de Pedro Capistrano (um dos pioneiros na exploração do ramo de fabricação de cerâmica (telha) no Vale do Assu. Lá, naquele comitê, se reuniam amistosamente pessoas como o próprio Pedro capistrano e filhos, Coca, Zé Maria, dentre outras figuras daquela terra politiqueira que é o Assu. Na fotografia vejamos (?) Luiz Tavares que naquela época era o vice-prefeito de Floriano, Piaui (?) ex-deputado Olavo Montenegro (discursando), o corretor de imóveis Antônio Galliza, vereador Fernando "Fanfa" Caldas, ex vice-prefeito do Assu José Wilson de Souza, ex-vereador Jobeni Machado, dentre outros. A foto, salvo engano, é data de 1985. Dê um clique na fotografia. 

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LEMBRANDO A AMVALE

AMVALE - Associação da Microregião do Vale do Assu criado por Ronaldo Soares quando prefeito do Assu (1983-88). Abrangia os municípios de Assu, Macau, Carnaubais, Alto do Rodrigues Pendências e Ipanguaçu. A fotografia fora tirada quando da visita do deputado federal  João Faustino a aquela instituição prestes a ser inaugurada. Naquela época Faustino era o candidato a governador do Rio Grande do Norte. Vejamos na fotografia: deputado João Faustino, prefeito Ronaldo Soares, vereador Fernando "Fanfa" Caldas, vereador Domício Soares, dentre outros. A foto é recorte do jornal Diário de Natal. Clique na imagem para visualizar melhor.

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A CERA DE CARNAÚBA DO ASSU EM EXPOSIÇÃO NO EXTERIOR, 1971

A Cooperativa Agropecuária do Vale do Açu Ltda - Coapeval e a Mercantil Martins Irmão em exposição numa certa feira de exportação no exterior (não recordo em que continente) em 1971. (Clique na fotorafia para visualizar melhor). Foi a cera de carnaúba e a poesia que elevou o nome do Assu além fronteiras, bem como a fruticultura irrigado no momento. Pena que a carnaubeia fora quase toda erradicada na região e, a fruticultura sendo atingida pelas sequentes enchentes que aterroriza aquela promissoa região.

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SOLENIDADE NA CÂMARA MUNICIPAL DO ASSU

Sessão solene na Câmara dos Vereadores do Assu em 1985 Entrega do prêmio ao poeta ganhador do Concurso de Poesia João Lins Caldas promovido pela Prefeitura Municipal do Assu na administração do prefeito Ronaldo Soares (que dava continuidade a sua política de incentivar a cultura assuense), além da entrega de títulos de Cidadão Assuense a várias figuras que prestaram serviços ao município do Assu. Fotografia, da esquerda para direita: ex-deputado Edgard Montenegro, Fernando Caldas (que naquela época era o presidente do legislativo assuense) e o prefeito Ronaldo Soares.

Fernando Caldas

LEMBRANDO A COAPEVAL

A fotografia acima é data de 1977. Dia de assembléia Ordinária da Cooperativa Agropecuária do Vale do Açu Ltda - COAPEVAL. Uma cooperativa que fora Caixa Rural (seu primeiro passo), depois houve uma reforma transformando-a em Caixa Rural e depois denominou-se de Banco Rural Cooperativo que emprestava dinheiro a longo prazo. Veio então a Cooperativa Agropecuária do Vale do Açu Ltda, outro passo que deu certo para aquela cooperativa de compra e venda de cera de Carnaúba, algodão, revenda de produtos agropecuários e produção de sementes selecionadas e fiscalizadas. No início da década de sessenta já teria dado incentivo a uma bacia leiteira (foi a primeira bacia leiteira criada no Vale o Açu), tendo cada cooperado comprado o seu rebanho da raça holandeza, com cinco anos para pagar. A Coapeval também já explorou uma uzina de arroz, mandioca e de cera de carnaúba que vendia aquele produto ao importador cearense, bem como uma frota de tratores para atender ao seu associados, financiamento para a cultura de algodão e aquisição de implementos agrícolas. Na fotografia vejamos os senhores José Nazareno Tavares (Barão) e José Mariano Fonseca (ambos do Conselho Fiscal), Eilson Amorim que gerenciava naquela época em Assu, a agência do Banco Nacional do Norte - BANORTE, e Edmilson Lins Caldas que gerenciou aquela coopertaiva de 1967 até finaIs de 1990. Foram seus presidentes Francisco Augusto Caldas de Amorim, José Dias da Costa, Edgard Montenegro, Helder Cortez Alves e atualmente, salvo engano, é o senhor João Gregório Junior.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

DICIONÁRIO DA MÚSICA DO RIO GRANDE DO NORTE


O livro intitulado Dicionário da Música do Rio Grande do Norte é de autoria da escritora Leide Câmara, 521 páginas, 2001. Tem orelha de Mário Tavares membro da Academia Brasileira de Música, bem como  apresentação da própria autora e tras o selo da Acervo da Música Potiguar. O referenciado livro, Leide começou a idealizar conforme ela depõe, coordenava o Projeto Zé Menininho (projeto de música e poesias) dos bairros da Cidade da Esperança e Rocas, da Secretaria Municipal de Cultura, e do Festival de Artes realizado na Cidade da Criança, na décade de 1980.
Por sinal, Leide Câmara que conheci há poucos meses atrás é minha prima próxima pelo lado da minha avô materna. Dela recebi um volume daquele dicionário com a seguinte dedicatória que muito me alegrou, que diz assim: "Fernando Caldas laços familiares nos une, e também pesquisa de nosso RN. Um abraço da prima Leide Câmara".
Aquele livro trás traços biográficos dos poetas e músicos assuenses como Renato Caldas, Francisco Elion Caldas Nobre (Chico Elion autor das famosas canções Ranchinho de Páia e Moinho D'água interpretadas por grandes músicos da canção brasileira como Trio Irakitan, Luiz Gonzaga Rinaldo Calheiros), além da Grande Núbia Lafayete ("a garota assuense, como era apresentada nas emissoras de rádios) falecida recentemente. Fica, portanto, o registro desta obra literária que enriquece as letras norte-riogandenses.

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ZELITO CORINGA NA NOVELA DA GLOBO


FOTOGRAFIAS DO BLOG FALANDO DE SABERES

Por Dávila Reis

O potiguar Zelito Coringa, artista de sangue puramente nordestino começa 2010 expandindo o seu talento e buscando novos horizontes. Prestes a retornar a carnaubais, a sua cidade natal no Estado do Rio Grande do Norte, que nos confessa o músico: Lá pretendo desenvolver nos próximos meses um grande projeto cultural em comemoração aos meus 10 anos de carreira solo. Zelito tem um cd autoral gravado, faz tilha para teatro, cria instrumentos, escreve cordel, usa afinações alternativas, e é integrante do Bendita Companhia, parceiro de Marcoliva e Tatiana Cobbett. \Conheci Zelito em meio à correria das gravações de Passione, sujeito de enorme criatividade, artista que o Brasil precisa conhecer. Ele nos disse ainda que estava de passagem pela Ceagesp onde recebe o convite para participar das filmagens dos primeiros capítulos da próxima novela das oito de Silvio de Abreu, com estréia prevista para 5 de abril.
O maior entreposto de abastecimento do Brasil será o pano de fundo para essa novela da Globo.
A potagonista é Candê (Vera Holtz), comerciante de verduras, "Baroneza de Ceagesp". Reynaldo Gianecchini e Bianca Bin serão seus filhos, Fred e Fátima. Além das cenas com os atores, feirantes e figurantes, a Globo fez arquivo de imagens abertas do local para usar ao longo da trama. No final de fevereiro a equipe da Globo parte parra a região da Toscana, na Itália, em que será ambientado o início da história. Paralela às locações internacionais, outra equipe estará concentrada no Projac para o início da produção em estúdio.


NOTA DO BLOG: Zelito Coringa acaba de informar ao organizador deste blog através do Orkut que musicou um poema do grande poeta matuto Renato Caldas sob o título "A Muié e o Amor". Deve ter ficado uma jóia de canção! Vamos agurdar!

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PARTE DA ENTREVISTA DE WOBER JUNIOR A REVISTA FOCO DO RN

(Transcrito do blog de Juscelino França/Fonte: Revista Foco do RN)

Wober Junior: "Todas as opiniões da senadora Rosalba Ciarline têm viés de mediocriade".

FOCO - Qual o projeto do PPS para as eleições deste ano no RN?
Wober Junior - Nesso projeto é eleger um ou dois deputados estaduais, um deputado federal que provavelmente será o ex-senador Geraldo Melo, e fortalecer a candidatura de Iberê Ferreira de Souza para o governo do estado. Além disso, temos como principal bandeira a eleição do canidato do PSDB à presidência da república - provavelmente José Serra.
Foco - O PPS têm prioriades para o Senado?
Wober Junior - Temos prioridade para o senado no sistema que alavanca a candidatura de Iberê. A governadora Wilma de Faria é o primeiro voto do PPS e o segundo voto vai paa aquele que vier a somar com a vitória de Iberê Fereira.
FOCO - Quais são as chances. A população vai comparar o governo de Iberê Ferreira de Souza com a senadora Rosalba Ciarline e com a sua sabedoria escolherá o melhor qualificado e que têm uma visão comtemporânea ao nosso tempo.
A população vai escolher aquele que têm uma experiência administrativa suficiente para entender as mudanças que ocorrem no mundo e que afetam diretamente o Estado. O mundo global, por exemplo, têm sido de descobertas e inserção de podutos no mercado. O estado com Iberê terá uma estrutura, em parceria com os empresários, para que nossos produtos sejam comercializados em continentes e países diferentes.
O Rio Grande do Norte terá que pensar globalmente - desde o o ponto de vistas dos serviços, como o turismo, até o ponto de vista de sua produção.
FOCO - O senhor não acreita no preparo de Rosalba Ciarline paa ser governadora do Rio Grande do Norte?
A senadora Rosalba Ciarline não revelou até agora nenhuma
idéia para o Rio Grande do Norte. Nem na área de serviços, nem na área da industria, nem na agricultura, nem na área de inovações tecnológicas. Ninguém conhece uma idéia da senadora Rosalba Ciarline sobre nenhum asssunto importante do Rio Grande do Norte.
Ela se incomodou ainda em discutir as questões que são realmente importantes para o Estado. Todos as opiniões da senadora Rosalba Ciarline têm viés de mediocridade.
Ela diz: a saúde vai mal, a educação vai mal, a agricultura vai mal. Sim, e aí? Isso vai resolver?

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sábado, 20 de fevereiro de 2010

SABUGO HIGIÊNICO

Alfredo Mesquita como deputado estadual era conhecido pelo seu temperamento impetuoso e autoritário. e uma feita, discursando na Assembléia, tecia aqtaque ao então governador Dinarte Mariz. Não gostava muito de ser aparteaado por seus colegas, pois, seguno dizia, "quebrava o ritmo do seu raciocínio". Poré,, a certa altura, recebeu um aparte de um colega da UDN que procurou defender o governo. Ao fim do aparte, virou-se para a bancada da UDN e sentenciou: "um aparte bosta como esse, só podia partir de um deputado como Fulano de Tal, sabugo, higiênico de todos os governos do Rio Grande do Norte". O riso foi geal. E nem por isso o deputado, que era seu amigo, se sentiu ofendido, pois conhecia seu temperamento.

Valério Mesquita
(Do livro "Macaíba de seu Mesquita, 2. edição)

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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

EM CARNE

Ai! quando um dia eu te cingir, cativa
De meus afetos, desmaiada e nua,
Tu rolarás como uma chama viva,
Quando eu morder-te a fina carne crua...

Tu'alma branca, que em ilusões flutua,
Que à amargura e ao desprazer se priva,
Gás dessa chama que o meu peito atua
Irá rolando loucamente, esquiva...

E sobre a nave desse leito branco,
Bem enlaçados, num aperto franco,
Os nossos corpos rolarão, querida.

Então verei do teu olhar fogoso:
A viva chama que alimenta o gozo,
A viva chama que alimenta a vida.


João Lins Caldas
(Sacramento, 31.8.1907)

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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

ME DÁ UM DINHEIRO AÍ

No município do Assu, na década de cinquenta, sessenta e setenta, disputava a liderança do Vale do Assu os deputados estaduais chamados Olavo e Edgard Montenegro. Olavo tinha fama de gastador e Edgard de 'pão duro" , no  dizer popular. O muito exigente, vendia o voto por um prato de comida no dia da eleição (ficavam encurralados), por um sapato, uma camisa, uma calça, dentadura e outros bichos. Pois bem, numa certa eleição o combativo deputado Olavo disputava a reeleição, bem como Edgard. Os organizadores da campanha deste último saíram pelo comércio da cidade, para conseguir algum dinheiro e, consequentemente, ajudar a sua reeleição a assembléia legislativa estadual. O primeiro a ser abordado fora o compadre e amigo de Edgard chamado Manoel de Camilo também tido na cidade como 'pão duro'. Aqueles organizadores disseram a ele, Manoel, que Edgard logo após a eleição devolveria a quantia que ele pudesse arranjar. Dito e feito. Camilo arranjou uma quantia significante e, passaram as eleições, um mês, dois, e nada de Manoel ter o retorno da quantia emprestada. Veio o mês de fevereiro, carnaval no Clube Municipal (altos da prefeitura) Edgard dançava com os amigos cada um com a mão no ombro de cada um, dançando circulando pelo salão. Foi então quando a orquestra começou a tocar o frevo canção que diz assim: "Ei você aí, me dá um dinheiro aí me dá um dinheiro aí". Manoel de Camilo aproveitando a oportunidade cobrou ao velho compadre (inocente com o referido empréstimo) batendo forte em seu ombro acompanhando o rítimo daquela música dizendo em voz alta ao pé do ouvido de Edgard de tal modo: "Ei compadre aí, me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí". É que em carnaval de tudo acontece!

Em tempo: Essa estória não tem o sentido de denegrir a imagem de Edgard Montenegro, absolutamente. O povo do Assu conhece da sua integridade absoluta. Tenho por ele, além dos laços de parentescos que nos une, uma grande admiração e respeito. O sentido dessa estória é apenas humorístico.

Fernando Caldas



VELHOS CARNAVAIS DE CLUBE DO ASSU

CARNAVALEU - CARNAUBAIS

Meu conterrâneo, amigo (ex-colega de assembléia legislativa) professor Aluízio Lacerda e o prefeito de Carnaubais Luizinho Cavalcante prestigiando o carnaval da tera carnaubense as margens do Piranhas.Fotografias do Blog de Juscelino Franca e Aluízio Lacerda.

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EU...TU Eu sou doçura, Mas o mel és tu A imagem é minha, Mas a cor é dada por ti A flor sou eu, Mas tu és a fragrância Eu sou felicidade, Ma...