Assuense de alma, vida e coração, o odontológo Francisco das Chagas Pinheiro “Doutor Chaguinha” abre em Natal uma loja recheada com as irresistíveis delícias do Assu e do Vale como filé de peixe de Tucunaré, Tilápia e Traíra, feijão verde, queijo de coalho, camarão, castanha de caju, banana passas, biscoito flor do Assu, bolachas Casquinha, Praeira e Sete Capas, alfinin, artesanato e etc, etc.
Para marcar a abertura do empreendimento, Doutor Chaguinha convida para no próximo sábado, 23, a partir das 10h00, na rua Potengi, 521 – Flat Potengi – loja 14, nas proximidades da Pça. Cívica, em Petropólis. Na ocasião, o historiador Ivan Pinheiro autografa o livro Assu - dos Janduís ao Sesquicentenário.
Todo material de comunicação da Delícias do Assu e do Vale foi criado pela AD Comunicação e Marketing/Copygraf.
(Do Blog do Alderi Dantas)
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
GLÓRIAS DO PASSADO
Carnaubais relembrado nesta imagem, tempo do primeiro exercicio constitucional, através do prefeito Valdemar Campielo Maresco ( in memorian), ladeado do seu staff administrativo, onde identificamos bem as figuras do agente administrativo: Adauto Cabral de Macedo, Tesoureiro Zé Cabral, Tabelião Chico Mariano, vice-prefeito Juca Benevides, comerciante Julião Bezerra, além dos funcionarios: Manoelzinho, Gilda Cavalcante e Luzia Pereira, Terezinha Siqueira e outros que não conseguimos nominar.
(Do BlogdeAluízioLacerda)
(Do BlogdeAluízioLacerda)
O ABOIO DO VAQUEIRO
Arte de Lúcia Caldas, artista plástica carioca.
... as seis horas da tarde, o sol se põe
nos parece o clarão tomar espanto.
Vem a noite, estendendo um negro manto.
Contra o claro, o escuro se põe.
Um satélite noturno se dispõe
Oferece o que tem do seu clarão
É bonito se ver o lampião
No alpendre do velho fazendeiro.
Quanto é belo o aboio do Vaqueiro
Nas chapadas do sertão.
Chico Traira, poeta cordelista potiguar.
... as seis horas da tarde, o sol se põe
nos parece o clarão tomar espanto.
Vem a noite, estendendo um negro manto.
Contra o claro, o escuro se põe.
Um satélite noturno se dispõe
Oferece o que tem do seu clarão
É bonito se ver o lampião
No alpendre do velho fazendeiro.
Quanto é belo o aboio do Vaqueiro
Nas chapadas do sertão.
Chico Traira, poeta cordelista potiguar.
domingo, 17 de outubro de 2010
Hoje amanheci mais experiente, graças a Deus escalamos mais um degrau da nossa existência, a vida é simplesmente uma dádiva que a natureza proporciona aos seus viventes, nada temos a reclamar, somente agradecimentos pelas imensas alegrias. pelos felizes momentos passados ao lado dos familiares e amigos, cuja repetição de cena vem acontecendo exatamente há sessesnta anos (60), que o divino espirito santo nos ilumine nas próximas etapas que haveremos de alcançar. Antecipadamente agradecemos as manifestações de apreço das amizades.
CÂNDIDO, O VAQUEIRO
Há muito tempo que eu precisava falar um pouco sobre Cândido Jonas Batista ou "Cândio de Vem-Vem" como era chamado por aqueles de sua época. Romeiro devoto de São Francisco de Canindé e padre Cícero Romão Batista, do Juazeiro. Certa vez, ele me trouxera uma fotografia sua tirada do alto da estátua de Padre Cicero. Ai eu perguntei a ele: Cândio, se você pulasse daquela altura não escapava nem a sua alma. Morreria ligeira, não achas? E ele naquela sua fé respondeu na hora:: "Claro que eu não morreria!"
Vaqueiro de profissão, pouco sei da sua origem, de seus ancestrais. Sei, apenas que meus avós maternos Fernando Tavares - Vem-Vem (que era fazendeiro nos sertões do Assu) e dona Celeste, tinha para com ele, muita confiança e simpatia.
Viveu parte da sua vida de simples vaqueiro na Fazenda Tanques então de propriedade de Vem-Vem, hoje pertencente a Tarcísio de Sá Leitão, no caminho de Paraú, vizinho a Fazenda Cruzeiro que pertencia a outro grande criador daquela região chamado Epifânio Barbosa, também extremando, salvo engano, com outras famosas fazendas Camelo e Limoeiro, de propriedade de João Celso Filho.
Estatura mediana, andar ligeiro, manso. porém decidido. Sabia como ningém comprar e vender gado. Gostava das festas de vaquejada dos velhos tempos do Assu. A Festa de São João Batista, padroeiro da terra assuense, era a sua praia, a melhor festa para ele. Não perdia uma noite de quermesse, uma noite de missa na na Matriz.
Foi amigo intransigente da família Tavares do Assu (filhos do casal Celeste e Vem-Vem) até morrer no dia em quem saiu de minha casa na cidade de Assu, à tardinha, para salvar um burro (jumento), que se encontrava ilhado no Sítio Baldum de propriedade de meu pai Edmilson Caldas de quem foi vaqueiro obediente, além de amigo durante décadas, quando tomou conhecimento que o rio Piranhas/Açu estava transbordando, de barreira a barreira na expressão popular, no inicio da década de oitenta.
Aquela fato, sua intenção de querer salvar um jumento arriscando a sua própria vida, a impressa escrita do estado noticiou, levando ao conhecimento de uma organização não governamental que lutava pela preservação daquele espécie em fazer um documentária sobre a sua vida de vaqueiro e amigo daquele "pobre animal".
Aquela fato, sua intenção de querer salvar um jumento arriscando a sua própria vida, a impressa escrita do estado noticiou, levando ao conhecimento de uma organização não governamental que lutava pela preservação daquele espécie em fazer um documentária sobre a sua vida de vaqueiro e amigo daquele "pobre animal".
Afinal, de Cândido, digo: Foi meu amigo leal como poucos". Um dia, sabe Deus, haveremos de nos reencontrarmos na eternidade!
Fernando Caldas
sábado, 16 de outubro de 2010
ACRESCENTANDO
Por Aluízio Lacerda
Por dever de oficio e emérito respeito aos nossos leitores, devemos acrescentar a lista expostas pelos eminentes blogueiros: Juscelino França e Fernando Caldas - Fanfa, os nomes dos deputados estaduais que também foram eleitos representando a zona norte do vale do Assu, com redutos eleitorais nas cidades de Pendências e Macau. Foram deputados em épocas distintas: Ângelo Varela pelo antigo PTN, Floriano Bezerra de Araújo - PTB, Geraldo dos Santos Queiroz no sistema bipartidário pelo MDB e o médico Hermano Paiva pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro - PMDB.
"AMIGOS DO TIROL" PROMOVE ENSAIO GERAL DIA 13 DE NOVEMBRO
Está tudo pronto para o lançamento do livro homônimo no dia 18 de novembro, às 19h, na AABB
Os organizadores da festa “Amigos do Tirol” confirmaram nesta quinta-feira, 14, que será realizado um ensaio geral no sábado, 13 de novembro, a partir das 12h, na AABB, com entrada franca. Nesse dia será dado o “start” para a venda das camisetas de acesso à festa do dia 20 de novembro.
Estiveram presentes na reunião Roberto Rabelo, José Guedes (Deca), Maurício Baito, Assis Candido, Jorginho Lima, Reinaldo (Banda dos Anos Sessenta), Flavio Tonelli, Áureo Borges, Ariston, alem do maestro Nino e do sub-maestro Passinho.
Eles também deram os últimos acertos para a noite de autógrafos do livro homônimo que será lançado, também na AABB, às 19h30 do dia 18 de novembro, animado pela Banda dos Anos Sessenta. Na ocasião todos os autores da antologia estarão presentes e os compradores do livro poderão optar pelo autógrafo que desejar.
Banda de frevo
O coordenador da banda de frevo, Flavio Tonelli apresentou o contrato da banda, que alem dos 15 componentes, terá um guitarrista. Em seguida Reinaldo, líder da Banda dos Anos Sessenta prometeu entregar cópia do contrato da outra banda, Banda dos Anos 60, na próxima reunião.
Telão
Durante a festa Amigos do Tirol haverá um telão projetando fotos de todas as festas anteriores, desde 2001, seguindo a cronologia. Este ano haverá a documentação em vídeo da festa e do lançamento do livro. “Ficou decidido, também, que o repertório das bandas será de rock e frevo, basicamente, mas com uma ressalva: não serão executadas música de clubes de futebol, especificamente de ABC e América, para evitar ânimos exaltados”, informou Áureo Borges, um dos organizadores.
Os organizadores estão iniciando a captação dos patrocínios. “Além dos tradicionais patrocinadores, que são Pitú, Construtora M. Neto, Prontoclinica de Olhos, Medimagem, Drogaria Paiva e AABB, este ano terá a parceria da AGAÉ e possivelmente do Nordestão.
Com reportagem de Áureo Borges
Foto: Na foto Roberto Rabelo, Deca, Baito, Assis Candido, Jorginho Lima, Reinaldo, Flavio Tonelli, Áureo, Ariston, alem do maestro Nino e do sub-maestro Passinho / (Divulgação)
AGÊNCIA ECO DE NOTÍCIAS
Leonardo Sodré João Maria Medeiros
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sexta-feira, 15 de outubro de 2010
AÇU ANIVERSARIA
Desejo neste dia festivo, homenagear o nosso Açu nas palavras de um dos seus novos poetas e seu maior historiador chamado Ivan Pinheiro que num soneto clássico, a moda antiga (que abre as páginas do seu livro, imagem acima) escreveu numa feliz inspiração quando a terra açuense completava seus 150 anos de emancipação política, cuja festa tive o pivilégio de ter vivido, presenciado, que diz assim:
Assu, século e meio de formosura,
Pacata, meiga, qual uma debutante,
Imaginando ser este o instante
De abraçar e alentar sua cultura.
Teu rio d´águas correntes, cintilantes,
Deleita ao solo, gerando fruticultura,
Inaudita, até a incessante criatura
Que, na lida do ontem, foi coadjuvante.
Plaga privilegiada pela natureza.
Das Potigurâneas és o celeiro,
Petróleo jorrando... Quanta riqueza!
Avante debutante! Sejas mais garrida,
Mostre tua garra, teu suor, teu cheiro.
Adote o progresso... Oh, terra querida!
Postado por Fernando Caldas
.
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
RELÍQUIA - SEGUNDA EDIÇÃO DE FULÔ DO MATO
Dê um clique na imagem.
Página 20 (amarelada pelo tempo) do volume "Fulô do Mato", segunda edição, que Renato Caldas, um dos maiores poetas matutos que o Brasil já teve. Renato, se compara ao poeta maranhense Catulo da Paixão Cearense. Foi ele, Renato, "que deu nome ao Rio Grande do Norte nas letras nacionais", publicando o livro já referenciado acima.
A segunda edição de Fulô do Mato, Renato publicou (publicação independente, ainda tipográfica) com a ajuda do deputado Aluízio Alves, Carlos Lacerda (que foi governador da Guanabara, hoje Rio de Janeiro), industrial e agropecuarista potiguar Arisfofenes Fernandes, Dinarte Mariz (que foi governandor do Rio Grande do Norte e senador da república por aquele estado potiguar) e Sérvulo Pereira. Aquela edição o bardo açuense dedica aos seus amigos Manoel Soares Filho (seu cunhado, açuense que foi superintendente da Caixa Econômica Federal, em Natal, no tempo em que Café Filho governava o Brasil), Carlos Homem de Siqueira, Júlio Alves de Araújo, Joaquim Ramalho Filho, Cláudio Rômulo de Siqueira, sem esquecer a inteligência dos seus amigos, o poeta ainda dedica aquela edição ao Gal. Everardo de Barros Vasconcelos, além de Jaime dos G. Wanderley, Otoniel Meneses (considerado o príncipe dos poetas natalenses, autor da famosa canção conhecida popularmente como "Praieira dos Meus Amores"), Josué Tabira da Silva, Caio Cid, Sílvio de Souza, Jorge Fernandes, João Soares Filho, Luiz Tavares, José Vilar Lemos, Paulo Teixeira, Assis Gois, Hélio Oliveira, francisco Joaquim sobrinho, João Cirineu de Vasconcelos, Carmelo Pignataro, Walter Leitão, Bartolomeu Fagundes, Francisco Ximenes, Mário Gurgel, Veríssimo de Melo, Waldemar Almeida, Celso Silveira, Lauro Leite e Cel. Abel Veríssimo de Azambuja. Aquele bardo popular naquela edição lembra a memória dos seus amigos Deolindo Lima, Macrino Medeiros (seu companheiro inseparável nas suas andanças e de farras intermináveis pelo interior do nordeste), Germano Sena, Aurélio Flávio, João Celso Filho, Milton Fagundes, Mário Amorim, Damasceno Bezerra, Catulo Cearense, Silvino Lopes e Benilde Dantas.
Aquele livro tem palavras de Câmara Cascudo, Catulo Cearense, Sílvio de Sousa, Ruy Duarte, Josué Silva, Damasceno Bezerra e Morse Lyra, todos contemporâneos do poeta açuense que elevou o nome da sua terra natal, além fronteiras.
Página 20 (amarelada pelo tempo) do volume "Fulô do Mato", segunda edição, que Renato Caldas, um dos maiores poetas matutos que o Brasil já teve. Renato, se compara ao poeta maranhense Catulo da Paixão Cearense. Foi ele, Renato, "que deu nome ao Rio Grande do Norte nas letras nacionais", publicando o livro já referenciado acima.
A segunda edição de Fulô do Mato, Renato publicou (publicação independente, ainda tipográfica) com a ajuda do deputado Aluízio Alves, Carlos Lacerda (que foi governador da Guanabara, hoje Rio de Janeiro), industrial e agropecuarista potiguar Arisfofenes Fernandes, Dinarte Mariz (que foi governandor do Rio Grande do Norte e senador da república por aquele estado potiguar) e Sérvulo Pereira. Aquela edição o bardo açuense dedica aos seus amigos Manoel Soares Filho (seu cunhado, açuense que foi superintendente da Caixa Econômica Federal, em Natal, no tempo em que Café Filho governava o Brasil), Carlos Homem de Siqueira, Júlio Alves de Araújo, Joaquim Ramalho Filho, Cláudio Rômulo de Siqueira, sem esquecer a inteligência dos seus amigos, o poeta ainda dedica aquela edição ao Gal. Everardo de Barros Vasconcelos, além de Jaime dos G. Wanderley, Otoniel Meneses (considerado o príncipe dos poetas natalenses, autor da famosa canção conhecida popularmente como "Praieira dos Meus Amores"), Josué Tabira da Silva, Caio Cid, Sílvio de Souza, Jorge Fernandes, João Soares Filho, Luiz Tavares, José Vilar Lemos, Paulo Teixeira, Assis Gois, Hélio Oliveira, francisco Joaquim sobrinho, João Cirineu de Vasconcelos, Carmelo Pignataro, Walter Leitão, Bartolomeu Fagundes, Francisco Ximenes, Mário Gurgel, Veríssimo de Melo, Waldemar Almeida, Celso Silveira, Lauro Leite e Cel. Abel Veríssimo de Azambuja. Aquele bardo popular naquela edição lembra a memória dos seus amigos Deolindo Lima, Macrino Medeiros (seu companheiro inseparável nas suas andanças e de farras intermináveis pelo interior do nordeste), Germano Sena, Aurélio Flávio, João Celso Filho, Milton Fagundes, Mário Amorim, Damasceno Bezerra, Catulo Cearense, Silvino Lopes e Benilde Dantas.
Aquele livro tem palavras de Câmara Cascudo, Catulo Cearense, Sílvio de Sousa, Ruy Duarte, Josué Silva, Damasceno Bezerra e Morse Lyra, todos contemporâneos do poeta açuense que elevou o nome da sua terra natal, além fronteiras.
CNT/SENSUS APONTA PARA EMPATE TÉCNICO ENTRE DILMA E SERRA
Fábio Graner e André Jubé Viana, esatado.com.br
CNT/Sensus aponta empate técnico entre Dilma e Serra. A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, e o candidato do PSDB, José Serra, estão tecnicamente empatados na corrida para o Palácio do Planalto, de acordo com pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta manhã. Segundo o levantamento, Dilma tem 46,8% do total de intenções de voto, enquanto Serra tem 42,7%. Como a margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos, a CNT explicou que essa diferença entre os dois candidatos se configura em empate técnico.
Os votos brancos e nulos somam 4%, enquanto 6,6% dos entrevistados não souberam ou não responderam em quem votar. Considerando-se apenas os votos válidos, o que desconsidera os votos brancos, nulos e os eleitores indecisos, Dilma tem 52,3% e Serra aparece com 47,7% das intenções.
Antes da realização do primeiro turno das eleições, no início deste mês, Dilma aparecia com 53,9% das intenções totais de voto e Serra registrava 34,5%, em uma simulação para um até então eventual segundo turno.
Na indicação espontânea dos eleitores entrevistados, a candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, tem 44,5% das intenções de voto enquanto o candidato José Serra (PSDB) tem 40,4%. Na pesquisa espontânea, também se configura o empate técnico entre os dois candidatos já que a margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos porcentuais.
Nesse tipo de levantamento, 4% dos eleitores disseram que vão votar branco ou nulo e 10,6% disseram não saber ou não responderam em quem irão votar.
A pesquisa CNT/Sensus mostrou ainda que o índice de rejeição da candidata Dilma Rousseff ficou em 35,4%, ante 32,6% na simulação antes do primeiro turno, realizada entre os dias 26 e 28 de setembro. Serra, por sua vez, teve queda na rejeição, passando de 40,2% para 37,5%, no mesmo período.
O levantamento mostra que 43,3% dos entrevistados disseram que Dilma seria o único candidato em que votariam para presidente, enquanto 37% afirmaram que votariam apenas em Serra. A pesquisa também questionou sobre as expectativas de vitória dos eleitores, em que 59,6% disseram acreditar que Dilma irá vencer as eleições, enquanto 29% disseram acreditar que Serra sairá vencedor. Essa pergunta foi feita independente do voto declarado pelo entrevistado.
A pesquisa informa que 72,9% já têm o voto definido para o segundo turno das eleições. O levantamento revela também que 22,9% dos entrevistados ainda não têm o voto definido. Um total de 4,3% disseram não saber ou não responderam se já têm o voto definido e não pretendem mudar essa opção.
O levantamento ainda questionou a intenção de comparecimento às urnas no segundo turno e constatou que 92,7% disseram que certamente vão votar; 3,9% talvez irão vota; e 2,7% disseram que não vão votar.
A pesquisa CNT/Sensus ouviu 2 mil pessoas em 136 municípios nas cinco regiões do País e em todos os Estados brasileiros entre os dias 11 e 13 de outubro e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 35.560/2010.
CNT/Sensus aponta empate técnico entre Dilma e Serra. A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, e o candidato do PSDB, José Serra, estão tecnicamente empatados na corrida para o Palácio do Planalto, de acordo com pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta manhã. Segundo o levantamento, Dilma tem 46,8% do total de intenções de voto, enquanto Serra tem 42,7%. Como a margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos, a CNT explicou que essa diferença entre os dois candidatos se configura em empate técnico.
Os votos brancos e nulos somam 4%, enquanto 6,6% dos entrevistados não souberam ou não responderam em quem votar. Considerando-se apenas os votos válidos, o que desconsidera os votos brancos, nulos e os eleitores indecisos, Dilma tem 52,3% e Serra aparece com 47,7% das intenções.
Antes da realização do primeiro turno das eleições, no início deste mês, Dilma aparecia com 53,9% das intenções totais de voto e Serra registrava 34,5%, em uma simulação para um até então eventual segundo turno.
Na indicação espontânea dos eleitores entrevistados, a candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, tem 44,5% das intenções de voto enquanto o candidato José Serra (PSDB) tem 40,4%. Na pesquisa espontânea, também se configura o empate técnico entre os dois candidatos já que a margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos porcentuais.
Nesse tipo de levantamento, 4% dos eleitores disseram que vão votar branco ou nulo e 10,6% disseram não saber ou não responderam em quem irão votar.
A pesquisa CNT/Sensus mostrou ainda que o índice de rejeição da candidata Dilma Rousseff ficou em 35,4%, ante 32,6% na simulação antes do primeiro turno, realizada entre os dias 26 e 28 de setembro. Serra, por sua vez, teve queda na rejeição, passando de 40,2% para 37,5%, no mesmo período.
O levantamento mostra que 43,3% dos entrevistados disseram que Dilma seria o único candidato em que votariam para presidente, enquanto 37% afirmaram que votariam apenas em Serra. A pesquisa também questionou sobre as expectativas de vitória dos eleitores, em que 59,6% disseram acreditar que Dilma irá vencer as eleições, enquanto 29% disseram acreditar que Serra sairá vencedor. Essa pergunta foi feita independente do voto declarado pelo entrevistado.
A pesquisa informa que 72,9% já têm o voto definido para o segundo turno das eleições. O levantamento revela também que 22,9% dos entrevistados ainda não têm o voto definido. Um total de 4,3% disseram não saber ou não responderam se já têm o voto definido e não pretendem mudar essa opção.
O levantamento ainda questionou a intenção de comparecimento às urnas no segundo turno e constatou que 92,7% disseram que certamente vão votar; 3,9% talvez irão vota; e 2,7% disseram que não vão votar.
A pesquisa CNT/Sensus ouviu 2 mil pessoas em 136 municípios nas cinco regiões do País e em todos os Estados brasileiros entre os dias 11 e 13 de outubro e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 35.560/2010.
LEMBRANDO CORÁLIA DA SAPATARIA
Esquerda para direita: Corália e Fernando Caldas Fanfa. A fotografia é data de 1983.
Corália de Sabóia Costa (Corália da "Sapataria Délia Calçados", cuja denominação era uma alusão a sua querida filha chamada Carmém Délia). Casada com Delzi Cabral. Ela era uma figura extraordinária. Seu pai Sabóia de Sá Leitão foi Coronel da Guarda Nacional e intendente do Assu. De Corália guardo boas recordações e lembranças. Observadora permanente do cenário político local e dos acontecimentos da sociedade assuense. Entusiasta do poeta Renato Caldas com quem tinha o privilégio de gozar da sua amizade na intimidade, bem como colecionadora dos versinhos populares jocosos que Renato produzia sobre o cotidiano, os acontecimentos do velho Assu.. naquele local para um amistoso bate-papo, outra figura chamada Dedé Caldas (o maior folclorista que o Assu já teve), Enói Amorim, Muitas vezes Ronaldo Soares, Zé Maria, Carlinhos Bezerra (hoje vereador), Terceiro, Sande Martins, dentre outros.
Dela, Corália (que foi minha eleitora quand candidato a vereador na memorável eleições de 1982), se tem ainda muito a se dizer e contar. O seu diagnóstico na política do Assu, as suas prévias eleitorais (pesquisas) não eram analisadas cientificamente como na atualidade pelos institutos de pesquisas, porém eram muitas vezes acertados pelo seu conhecimento, pela sua experiência e sabedoria que lhe era peculiare, em sucessivas eleições locais. Conhecia com profundidade todos os políticos daquela terra assuense de influentes homens públicos.
Fica o registro.
Fernando Caldas
Fernando Caldas
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
FESTA DA EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE SÃO JOSÉ DE MIPIBU
Prefeitura, CDL e Lions Clube se unem nas comemorações dos 165 anos
O município de São José do Mipibu, localizado a 34 quilômetros de Natal, está comemorando 165 anos de emancipação política neste sábado, 16. Ao longo da semana vários eventos serão realizados em comemoração a data, organizados pela prefeitura, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Lions Clube da cidade.
Nesta quarta-feira, 13, às 08h, houve um mutirão de saúde com alunos das Escolas Estaduais do centro da cidade, organizado pelo Lions Clube. Na quinta-feira, 14, às 20h, será lançado o Cartão de Crédito Mipibuense, pelo CDL, assinatura da sanção da Lei, pela prefeita Norma Ferreira, que isenta os empreendedores individuais da taxa de Alvará de Funcionamento, lançamento do Programa Banco de Talentos e entrega da Comenda “Amigos do CDL”.
Na sexta-feira, 15, organizado pela Prefeitura de São José de Mipibu, haverá ás
19h a inauguração da Academia Pública e de Praça Pública na comunidade de Laranjeiras dos Cosmes. No sábado, 16, às 05h, alvorada, às 08h hasteamento da bandeira do município e distribuição do pavilhão com instituições locais, na sede da prefeitura. Às 10h, apresentação do Trio Marcos Lopes, no Mercado Público, às 16h apresentações esportivas e culturais na Praça Desembargador Celso Sales, às 19h Missa em ação de graças na Igreja Matriz, às 22h show com Geraldinho Lins e artistas locais, na Praça Antigo Fórum.
No domingo, 17, às 08h, haverá a final do III Campeonato Municipal de Futebol Sub-15, no Estádio Ferreirão, e, para encerrar a programação, às 15h, a final do V Campeonato Municipal de Futebol, também no Estádio Ferreirão.
Histórias e tradições
Emancipada como cidade em 1845, o município tem como principais atividades econômicas a produção de coco, cana de açúcar e gêneros de primeira necessidade, sendo um dos maiores produtores de farinha de mandioca do Estado.
Entre suas tradições, São José de Mipibu tem um rico cenário dominado por resquícios dos antigos engenhos coloniais. Hoje, o Forró da Olho D´água, festa que acontece uma vez por mês, na Fazenda de mesmo nome, atrai visitantes de todas as partes do estado. A festa junina, organizada pela prefeitura no mês de junho é a terceira maior do Rio Grande do Norte. O Forró da Lua, organizado por Marcos Lopes, é uma dos mais famosos e autênticos shows de forró do Nordeste, organizado uma vez por mês. Marcos Lopes administra também o Museu do Vaqueiro, reunindo peças de largo valor cultural das tradições nordestinas.
São José de Mipibu se destaca também no cenário religioso. De lá saiu o maior número de padres que uma paróquia já vocacionou para a Arquidiocese Potiguar. São naturais de lá, os bispos Dom Heitor de Araújo Salles, Dom Manoel Tavares de Araújo, Dom Canindé Palhano, além de dezenas de padres, seminaristas e freiras.
No cenário urbano, os antigos casarões são a marca registrada no centro da cidade. O imponente prédio da Escola Barão de Mipibu, datado de 1880, é tombado pelo Patrimônio Histórico. A Igreja Matriz de Santana e São Joaquim, de 1888, é um dos mais bonitos templos religiosos potiguares, com imagens e lavabo tombados pelo Patrimônio Histórico Nacional.
No esporte, a cidade revelou nomes que marcaram época em equipes profissionais de futebol, como ABC, América e Alecrim. São da cidade Joãozinho, um dos maiores artilheiros de toda a história do futebol potiguar, Quinho, Kel, Rogerinho, Chapinha e Paulinho.
Artesanato, grupos folclóricos, artistas plásticos – entre eles, José Estelo da Silva, de estilo primitivista, já com participação em dezenas de exposições dentro e fora do Estado – completam o que a cidade tem de importante nas suas raízes culturais. Os historiadores que resgatam a história do município são Pedro Freire - im memória – e a professora Lúcia Amaral.
A cerâmica de Marta Job, - im memória, hoje administrada por seus filhos, exporta peças artesanais para vários lugares do Brasil e do mundo.
Com reportagem de João Maria Freire
AGÊNCIA ECO DE NOTÍCIAS
Leonardo Sodré
Editor Geral
9986-2453
João Maria Medeiros
Diretor de Redação
9144-6632
http://www.ecoimprensanatal.blogspot.com/
O município de São José do Mipibu, localizado a 34 quilômetros de Natal, está comemorando 165 anos de emancipação política neste sábado, 16. Ao longo da semana vários eventos serão realizados em comemoração a data, organizados pela prefeitura, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Lions Clube da cidade.
Nesta quarta-feira, 13, às 08h, houve um mutirão de saúde com alunos das Escolas Estaduais do centro da cidade, organizado pelo Lions Clube. Na quinta-feira, 14, às 20h, será lançado o Cartão de Crédito Mipibuense, pelo CDL, assinatura da sanção da Lei, pela prefeita Norma Ferreira, que isenta os empreendedores individuais da taxa de Alvará de Funcionamento, lançamento do Programa Banco de Talentos e entrega da Comenda “Amigos do CDL”.
Na sexta-feira, 15, organizado pela Prefeitura de São José de Mipibu, haverá ás
19h a inauguração da Academia Pública e de Praça Pública na comunidade de Laranjeiras dos Cosmes. No sábado, 16, às 05h, alvorada, às 08h hasteamento da bandeira do município e distribuição do pavilhão com instituições locais, na sede da prefeitura. Às 10h, apresentação do Trio Marcos Lopes, no Mercado Público, às 16h apresentações esportivas e culturais na Praça Desembargador Celso Sales, às 19h Missa em ação de graças na Igreja Matriz, às 22h show com Geraldinho Lins e artistas locais, na Praça Antigo Fórum.
No domingo, 17, às 08h, haverá a final do III Campeonato Municipal de Futebol Sub-15, no Estádio Ferreirão, e, para encerrar a programação, às 15h, a final do V Campeonato Municipal de Futebol, também no Estádio Ferreirão.
Histórias e tradições
Emancipada como cidade em 1845, o município tem como principais atividades econômicas a produção de coco, cana de açúcar e gêneros de primeira necessidade, sendo um dos maiores produtores de farinha de mandioca do Estado.
Entre suas tradições, São José de Mipibu tem um rico cenário dominado por resquícios dos antigos engenhos coloniais. Hoje, o Forró da Olho D´água, festa que acontece uma vez por mês, na Fazenda de mesmo nome, atrai visitantes de todas as partes do estado. A festa junina, organizada pela prefeitura no mês de junho é a terceira maior do Rio Grande do Norte. O Forró da Lua, organizado por Marcos Lopes, é uma dos mais famosos e autênticos shows de forró do Nordeste, organizado uma vez por mês. Marcos Lopes administra também o Museu do Vaqueiro, reunindo peças de largo valor cultural das tradições nordestinas.
São José de Mipibu se destaca também no cenário religioso. De lá saiu o maior número de padres que uma paróquia já vocacionou para a Arquidiocese Potiguar. São naturais de lá, os bispos Dom Heitor de Araújo Salles, Dom Manoel Tavares de Araújo, Dom Canindé Palhano, além de dezenas de padres, seminaristas e freiras.
No cenário urbano, os antigos casarões são a marca registrada no centro da cidade. O imponente prédio da Escola Barão de Mipibu, datado de 1880, é tombado pelo Patrimônio Histórico. A Igreja Matriz de Santana e São Joaquim, de 1888, é um dos mais bonitos templos religiosos potiguares, com imagens e lavabo tombados pelo Patrimônio Histórico Nacional.
No esporte, a cidade revelou nomes que marcaram época em equipes profissionais de futebol, como ABC, América e Alecrim. São da cidade Joãozinho, um dos maiores artilheiros de toda a história do futebol potiguar, Quinho, Kel, Rogerinho, Chapinha e Paulinho.
Artesanato, grupos folclóricos, artistas plásticos – entre eles, José Estelo da Silva, de estilo primitivista, já com participação em dezenas de exposições dentro e fora do Estado – completam o que a cidade tem de importante nas suas raízes culturais. Os historiadores que resgatam a história do município são Pedro Freire - im memória – e a professora Lúcia Amaral.
A cerâmica de Marta Job, - im memória, hoje administrada por seus filhos, exporta peças artesanais para vários lugares do Brasil e do mundo.
Com reportagem de João Maria Freire
AGÊNCIA ECO DE NOTÍCIAS
Leonardo Sodré
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terça-feira, 12 de outubro de 2010
domingo, 10 de outubro de 2010
A ILUSÃO DOS PERÍMETROS IRRIGADOS
Vendidos por sucessivos governos como a saída para resolver os problemas da seca no Nordeste desde a década de 70, os perímetros irrigados, áreas loteadas entre agricultores com estrutura de irrigação pública, figuram atualmente como um grande fracasso. Era ilusão? A incompetência da gestão pública levou os grandes projetos ao abismo? Independente dos motivos, a estruturação de cinco perímetros irrigados em território potiguar não conseguiu, salvo exceções, libertar o homem do campo da dependência dos caprichos do clima nordestino.
Resultados pífios em quarenta anos
Júnior Santos
Vendidos por sucessivos governos como a saída para resolver os problemas da seca no Nordeste desde a década de 70, os perímetros irrigados, áreas loteadas entre agricultores com estrutura de irrigação pública, figuram atualmente como um grande fracasso.
Mas voltemos um pouco no tempo. Estamos em plena década de 80 e o governador de plantão discursa para uma ingênua platéia. Diz: “Os perímetros irrigados são um marco no desenvolvimento do Rio Grande do Norte. Iremos fazer uma revolução na agricultura”. Antes de encerrar o discurso, a promessa: “Até o fim da década teremos 35 mil hectares de terras irrigadas no Estado”. Retornando ao ano de 2010 temos pouco mais de seis mil hectares de perímetros públicos irrigados – juntando com áreas privadas mal se chega a 20 mil hectares. Além disso, não houve revolução nenhuma, excetuando-se algumas áreas entre o Vale do Açu e Mossoró, capitaneadas por prósperas empresas. Nada de estruturas públicas.
Eis o tamanho do impasse. Não bastou fornecer água, sementes e equipamento para alguns milhares de colonos. Com o tempo, a estrutura disponível para que agricultores produzissem o ano inteiro, sem depender do regime irregular de chuvas, foi descaracterizada. O sonho dizia do cultivo ininterrupto de frutas tropicais para negociar com regiões distantes, em substituição ao decadente mercado de algodão, dizimado pelo bicudo. A realidade mostrou agricultores endividados, sem apoio, vendendo suas terras ou dependendo de aposentadoria. Esse é o atual panorama.
A instalação dos perímetros irrigados começou no fim da década de 70, por iniciativa do governo militar. A teoria, preservada até hoje, era tornar disponível água através da construção de açudes públicos e de um sistema de canais e irrigação. A água seria levada dos açudes até os lotes de agricultores pelos canais principais. Esses últimos passariam pelas terras, onde canais secundários seriam responsáveis por abastecer o lote. As terras foram distribuídas para agricultores e suas famílias – poucas empresas foram atendidas – e uma associação de colonos seria responsável por gerir as áreas comuns e realizar a manutenção da estrutura.
Num primeiro momento foram criados cinco perímetros no Rio Grande do Norte: um em Pau dos Ferros, dois em Caicó e um em Cruzeta. Já no fim da década de 80, foi criado o perímetro irrigado do Baixo-Açu, compreendendo os municípios de Alto do Rodrigues, Afonso Bezerra e Ipanguaçu. Dos cinco, todos criados pelo Departamento Nacional de Obras contra as Secas, apenas o do Baixo-Açu e o de Cruzeta ainda guardam semelhanças com o projeto inicial. Esses produzem frutas, hortaliças, comercializam os produtos com estados do Nordeste e tentam expandir a seus negócios.
O restante foi engolido pelo tempo. Os altos custos com energia, para bancar o funcionamento das bombas que puxam água dos açudes até as comunidades, endividaram agricultores e prejudicaram a continuidade da produção. A assistência técnica, tão prometida pelo governo quando do início dos projetos, foi interrompida, abandonando os colonos à própria sorte. O resultado é o declínio das culturas tradicionalmente utilizadas nos projetos, como banana e feijão, e a volta da improdutividade das terras.
A despeito da franca decadência de alguns perímetros, até porque a situação potiguar se repete nos outros estados do Nordeste que também receberam os projetos, o Governo Federal tenta, desde 2003, retomar a irrigação como motor de desenvolvimento nos estados nordestinos, após atravessar toda a década de 90 praticamente estagnado. No próprio Rio Grande do Norte, o DNOCS irá licitar dois novos perímetros: em Umarizal e Apodi. Estados como Ceará e Piauí receberam cinco perímetros, com um investimento de R$ 482 milhões. Em terras potiguares, os novos perímetros já suscitam discussões, para que antigos erros e modelos ultrapassados não sejam reproduzidos em pleno século XXI.
Terras improditivas em quantidade
O cenário da comunidade agrícola, encravada no coração do Seridó, pouco lembra o passado de sucesso no cultivo de frutas tropicais, a não ser pelas máquinas enferrujadas e as ruínas de uma fábrica de doces, abandonada na parte mais alta do lote. Os moradores, acostumados desde a infância a lidar com o cultivo da terra, agora esperam pacientemente o passar do tempo, aconchegados nas varandas das casas antigas. Esta ainda é uma comunidade de agricultores. Mas de agricultores aposentados.
Na comunidade do Sabugi, perímetro irrigado desde 1977, praticamente não há produção. Desde o início da década de 90, quando o açude público sabugi secou, o cultivo a partir da irrigação foi desmantelado. Novamente, a comunidade só podia plantar quando chovesse. Por essa época, os 63 colonos produziam feijão, algodão, banana, goiaba, entre outros itens. Além de vender as frutas no mercado nordestino, os agricultores foram beneficiados com uma fábrica de doces, totalmente equipada. Triste coincidência: as obras da fábrica terminaram logo quando o açude secou e, até hoje, mais de 20 anos depois, a estrutura nunca foi usada.
Some-se a isso as dificuldades em pagar a conta de energia e a falta de assistência técnica. Dessa maneira é fácil explicar a profusão de terras praticamente improdutivas, com exceção de alguns hectares onde poucos colonos plantam cana-de-açúcar, e a estrutura danificada, inútil, de boa parte dos canais de irrigação. A situação se repete, com pequenas diferenças, em outros dois perímetros do Estado. A descaracterização dos projetos de perímetros irrigados segue um padrão: agricultores endividados, terras subutilizadas, desperdício de dinheiro público.
No Perímetro do Itans, também em Caicó, dois antigos colonos tiveram de recorrer a uma alternativa para viabilizar financeiramente o uso da terra. Sem conseguir plantar, a criação de peixes em cativeiro mostrou-se mais lucrativa. Agora, as terras onde antes robustas bananeiras abasteciam as feiras livres do Rio Grande do Norte e estados vizinhos estão tanques recheados de tilápias e tambaquis. Era isso ou se desfazer da terra, como tantos fizeram. O perímetro do Itans viu seus donos originais venderem os terrenos, adquiridos por criadores de gado à procura de pasto fácil para engordar seus negócios. Essa parte do processo ajudou a sepultar a incipiente fruticultura em terras caicoenses. E assim a comunidade se desmobilizou. Agripino Ribeiro, presidente da Associação dos Colonos Irrigantes e Agropecuarista do Perímetro Irrigado Itans – ACIAP.
Enquanto no Sabugi e no Itans a produção, da forma como foi pensada originalmente, praticamente foi extinta, em Pau dos Ferros os agricultores, a partir da compra de novos equipamentos por parte do DNOCS, voltaram a trabalhar na terra. O equipamento antigo era um empecilho, agora resolvido. Mas isso não é suficente. Os agricultores continuam produzindo da mesma forma de antes, apenas para subsistência. Planta-se feijão verde e forragem para o gado. Quando o preço do feijão verde está atrativo, é possível vender para cidades vizinhas. Quando não, a saída dos agricultores é sobreviver do comércio de leite, abastecido com o sorgo plantado nos lotes do perímetro.
No mais, programas sociais, como o Bolsa Família são largamente utilizados pelos moradores desses perímetros. Há um agravante: as pessoas beneficiadas com vultosos investimentos do Governo Federal para conseguir uma alternativa no próprio sustento acabam voltando a precisar do apoio do próprio Governo, ou seja, mantém-se a dependência. O sofrimento secular continua, ao mesmo tempo em que o dinheiro público escorre pelo ralo e relações políticas de assistencialismo se perpetuam.
Bate Papo
Emanoel Nunes - professor da UERN
A ideia original, com os perímetros irrigados, era modernizar a agricultura e dar a oportunidade para pequenos produtores? Por que não deu certo?
Primeiro, a ideia de “modernização da agricultura” veio de uma época, os anos 1960 a 1970/1980, onde havia uma crença muito forte de que as formas tradicionais rurais de exploração (entre elas os pequenos agricultores e os latifundiários de características ainda feudais) não se faziam adequadas para a promoção do capitalismo que geraria o desenvolvimento econômico e enquadraria o país como economia avançada. Para os planejadores e técnicos do Estado, aqui especialmente os do DNOCS, para atuar em um ambiente de irrigação os produtores teriam que apresentar como requisitos um aporte elevado de capital financeiro e um conhecimento técnico compatível com o que eles (os técnicos) julgavam ser o melhor para este ambiente. E mesmo os movimentos sociais defensores dos pequenos tendo conquistado uma parcela dos lotes, estes pequenos produtores foram abandonados à própria sorte sem o direcionamento de políticas públicas de apoio à produção, organização e comercialização.
No Vale do Açu vemos a presença de empresas dentro do perímetro. Além disso, nas terras de “colonos” percebemos que os donos mal freqüentam a terra, deixando o trabalho para trabalhadores rurais assalariados. Isso não distorce a ideia de perímetro irrigado público?
Grande parte dos “colonos”, os pequenos produtores, desistiu do Perímetro do Baixo-Açu ainda em 1994 logo após ter sido inaugurado. Este perímetro ficou sem operação produtiva até 1998 e quase foi extinto. Na tentativa de sua reativação em 1998 os lotes abandonados foram sendo ocupados por produtores de outros estados, especialmente da Paraíba e Pernambuco. E a forma de exploração desses produtores “de fora” passou a caracterizar o perímetro não como um ambiente de agricultura familiar diversificada, mas de um ambiente de exploração empresarial, mesmo explorando áreas de 8,16 hectares. E o que deveria ser um ambiente dinâmico, adequado para o desenvolvimento de uma agricultura moderna passou a se definir como um ambiente de exploração homogênea (apenas banana) e dependente ao extremo de recursos do Estado. Apenas o Ministério da Integração Nacional injetou a partir de 2005 mais de R$10 milhões para que, novamente, o perímetro não fechasse. Além disso, quase todos os proprietários não moram nos lotes, tornando o perímetro um deserto humano e um sistema de produção em que impera relações de trabalho atrasadas, inclusive com a identificação de trabalho escravo pelo Ministério do Trabalho no início desta década.
Eleger a irrigação, através da criação e expansão dos perímetros, como cura para o mal da seca e do atraso no campo era um raciocínio equivocado? Ou simplesmente foi a política de expansão que não foi levada adiante com êxito?
As duas coisas. Tanto a forma de eleger a irrigação como “redenção” para o semiárido brasileiro partiu de um raciocínio equivocado, como a política de expansão não teve êxito. Com relação à primeira, o raciocínio passava a desprezar totalmente a capacidade do agricultor no nível local, bem como da agricultura tradicional. E para se ter uma ideia, a inspiração no modelo americano da Califórnia se tornou uma falsa crença.
Fonte: Tribuna do Norte, 10.10.2010
Resultados pífios em quarenta anos
Júnior Santos
Vendidos por sucessivos governos como a saída para resolver os problemas da seca no Nordeste desde a década de 70, os perímetros irrigados, áreas loteadas entre agricultores com estrutura de irrigação pública, figuram atualmente como um grande fracasso.
Mas voltemos um pouco no tempo. Estamos em plena década de 80 e o governador de plantão discursa para uma ingênua platéia. Diz: “Os perímetros irrigados são um marco no desenvolvimento do Rio Grande do Norte. Iremos fazer uma revolução na agricultura”. Antes de encerrar o discurso, a promessa: “Até o fim da década teremos 35 mil hectares de terras irrigadas no Estado”. Retornando ao ano de 2010 temos pouco mais de seis mil hectares de perímetros públicos irrigados – juntando com áreas privadas mal se chega a 20 mil hectares. Além disso, não houve revolução nenhuma, excetuando-se algumas áreas entre o Vale do Açu e Mossoró, capitaneadas por prósperas empresas. Nada de estruturas públicas.
Eis o tamanho do impasse. Não bastou fornecer água, sementes e equipamento para alguns milhares de colonos. Com o tempo, a estrutura disponível para que agricultores produzissem o ano inteiro, sem depender do regime irregular de chuvas, foi descaracterizada. O sonho dizia do cultivo ininterrupto de frutas tropicais para negociar com regiões distantes, em substituição ao decadente mercado de algodão, dizimado pelo bicudo. A realidade mostrou agricultores endividados, sem apoio, vendendo suas terras ou dependendo de aposentadoria. Esse é o atual panorama.
A instalação dos perímetros irrigados começou no fim da década de 70, por iniciativa do governo militar. A teoria, preservada até hoje, era tornar disponível água através da construção de açudes públicos e de um sistema de canais e irrigação. A água seria levada dos açudes até os lotes de agricultores pelos canais principais. Esses últimos passariam pelas terras, onde canais secundários seriam responsáveis por abastecer o lote. As terras foram distribuídas para agricultores e suas famílias – poucas empresas foram atendidas – e uma associação de colonos seria responsável por gerir as áreas comuns e realizar a manutenção da estrutura.
Num primeiro momento foram criados cinco perímetros no Rio Grande do Norte: um em Pau dos Ferros, dois em Caicó e um em Cruzeta. Já no fim da década de 80, foi criado o perímetro irrigado do Baixo-Açu, compreendendo os municípios de Alto do Rodrigues, Afonso Bezerra e Ipanguaçu. Dos cinco, todos criados pelo Departamento Nacional de Obras contra as Secas, apenas o do Baixo-Açu e o de Cruzeta ainda guardam semelhanças com o projeto inicial. Esses produzem frutas, hortaliças, comercializam os produtos com estados do Nordeste e tentam expandir a seus negócios.
O restante foi engolido pelo tempo. Os altos custos com energia, para bancar o funcionamento das bombas que puxam água dos açudes até as comunidades, endividaram agricultores e prejudicaram a continuidade da produção. A assistência técnica, tão prometida pelo governo quando do início dos projetos, foi interrompida, abandonando os colonos à própria sorte. O resultado é o declínio das culturas tradicionalmente utilizadas nos projetos, como banana e feijão, e a volta da improdutividade das terras.
A despeito da franca decadência de alguns perímetros, até porque a situação potiguar se repete nos outros estados do Nordeste que também receberam os projetos, o Governo Federal tenta, desde 2003, retomar a irrigação como motor de desenvolvimento nos estados nordestinos, após atravessar toda a década de 90 praticamente estagnado. No próprio Rio Grande do Norte, o DNOCS irá licitar dois novos perímetros: em Umarizal e Apodi. Estados como Ceará e Piauí receberam cinco perímetros, com um investimento de R$ 482 milhões. Em terras potiguares, os novos perímetros já suscitam discussões, para que antigos erros e modelos ultrapassados não sejam reproduzidos em pleno século XXI.
Terras improditivas em quantidade
O cenário da comunidade agrícola, encravada no coração do Seridó, pouco lembra o passado de sucesso no cultivo de frutas tropicais, a não ser pelas máquinas enferrujadas e as ruínas de uma fábrica de doces, abandonada na parte mais alta do lote. Os moradores, acostumados desde a infância a lidar com o cultivo da terra, agora esperam pacientemente o passar do tempo, aconchegados nas varandas das casas antigas. Esta ainda é uma comunidade de agricultores. Mas de agricultores aposentados.
Na comunidade do Sabugi, perímetro irrigado desde 1977, praticamente não há produção. Desde o início da década de 90, quando o açude público sabugi secou, o cultivo a partir da irrigação foi desmantelado. Novamente, a comunidade só podia plantar quando chovesse. Por essa época, os 63 colonos produziam feijão, algodão, banana, goiaba, entre outros itens. Além de vender as frutas no mercado nordestino, os agricultores foram beneficiados com uma fábrica de doces, totalmente equipada. Triste coincidência: as obras da fábrica terminaram logo quando o açude secou e, até hoje, mais de 20 anos depois, a estrutura nunca foi usada.
Some-se a isso as dificuldades em pagar a conta de energia e a falta de assistência técnica. Dessa maneira é fácil explicar a profusão de terras praticamente improdutivas, com exceção de alguns hectares onde poucos colonos plantam cana-de-açúcar, e a estrutura danificada, inútil, de boa parte dos canais de irrigação. A situação se repete, com pequenas diferenças, em outros dois perímetros do Estado. A descaracterização dos projetos de perímetros irrigados segue um padrão: agricultores endividados, terras subutilizadas, desperdício de dinheiro público.
No Perímetro do Itans, também em Caicó, dois antigos colonos tiveram de recorrer a uma alternativa para viabilizar financeiramente o uso da terra. Sem conseguir plantar, a criação de peixes em cativeiro mostrou-se mais lucrativa. Agora, as terras onde antes robustas bananeiras abasteciam as feiras livres do Rio Grande do Norte e estados vizinhos estão tanques recheados de tilápias e tambaquis. Era isso ou se desfazer da terra, como tantos fizeram. O perímetro do Itans viu seus donos originais venderem os terrenos, adquiridos por criadores de gado à procura de pasto fácil para engordar seus negócios. Essa parte do processo ajudou a sepultar a incipiente fruticultura em terras caicoenses. E assim a comunidade se desmobilizou. Agripino Ribeiro, presidente da Associação dos Colonos Irrigantes e Agropecuarista do Perímetro Irrigado Itans – ACIAP.
Enquanto no Sabugi e no Itans a produção, da forma como foi pensada originalmente, praticamente foi extinta, em Pau dos Ferros os agricultores, a partir da compra de novos equipamentos por parte do DNOCS, voltaram a trabalhar na terra. O equipamento antigo era um empecilho, agora resolvido. Mas isso não é suficente. Os agricultores continuam produzindo da mesma forma de antes, apenas para subsistência. Planta-se feijão verde e forragem para o gado. Quando o preço do feijão verde está atrativo, é possível vender para cidades vizinhas. Quando não, a saída dos agricultores é sobreviver do comércio de leite, abastecido com o sorgo plantado nos lotes do perímetro.
No mais, programas sociais, como o Bolsa Família são largamente utilizados pelos moradores desses perímetros. Há um agravante: as pessoas beneficiadas com vultosos investimentos do Governo Federal para conseguir uma alternativa no próprio sustento acabam voltando a precisar do apoio do próprio Governo, ou seja, mantém-se a dependência. O sofrimento secular continua, ao mesmo tempo em que o dinheiro público escorre pelo ralo e relações políticas de assistencialismo se perpetuam.
Bate Papo
Emanoel Nunes - professor da UERN
A ideia original, com os perímetros irrigados, era modernizar a agricultura e dar a oportunidade para pequenos produtores? Por que não deu certo?
Primeiro, a ideia de “modernização da agricultura” veio de uma época, os anos 1960 a 1970/1980, onde havia uma crença muito forte de que as formas tradicionais rurais de exploração (entre elas os pequenos agricultores e os latifundiários de características ainda feudais) não se faziam adequadas para a promoção do capitalismo que geraria o desenvolvimento econômico e enquadraria o país como economia avançada. Para os planejadores e técnicos do Estado, aqui especialmente os do DNOCS, para atuar em um ambiente de irrigação os produtores teriam que apresentar como requisitos um aporte elevado de capital financeiro e um conhecimento técnico compatível com o que eles (os técnicos) julgavam ser o melhor para este ambiente. E mesmo os movimentos sociais defensores dos pequenos tendo conquistado uma parcela dos lotes, estes pequenos produtores foram abandonados à própria sorte sem o direcionamento de políticas públicas de apoio à produção, organização e comercialização.
No Vale do Açu vemos a presença de empresas dentro do perímetro. Além disso, nas terras de “colonos” percebemos que os donos mal freqüentam a terra, deixando o trabalho para trabalhadores rurais assalariados. Isso não distorce a ideia de perímetro irrigado público?
Grande parte dos “colonos”, os pequenos produtores, desistiu do Perímetro do Baixo-Açu ainda em 1994 logo após ter sido inaugurado. Este perímetro ficou sem operação produtiva até 1998 e quase foi extinto. Na tentativa de sua reativação em 1998 os lotes abandonados foram sendo ocupados por produtores de outros estados, especialmente da Paraíba e Pernambuco. E a forma de exploração desses produtores “de fora” passou a caracterizar o perímetro não como um ambiente de agricultura familiar diversificada, mas de um ambiente de exploração empresarial, mesmo explorando áreas de 8,16 hectares. E o que deveria ser um ambiente dinâmico, adequado para o desenvolvimento de uma agricultura moderna passou a se definir como um ambiente de exploração homogênea (apenas banana) e dependente ao extremo de recursos do Estado. Apenas o Ministério da Integração Nacional injetou a partir de 2005 mais de R$10 milhões para que, novamente, o perímetro não fechasse. Além disso, quase todos os proprietários não moram nos lotes, tornando o perímetro um deserto humano e um sistema de produção em que impera relações de trabalho atrasadas, inclusive com a identificação de trabalho escravo pelo Ministério do Trabalho no início desta década.
Eleger a irrigação, através da criação e expansão dos perímetros, como cura para o mal da seca e do atraso no campo era um raciocínio equivocado? Ou simplesmente foi a política de expansão que não foi levada adiante com êxito?
As duas coisas. Tanto a forma de eleger a irrigação como “redenção” para o semiárido brasileiro partiu de um raciocínio equivocado, como a política de expansão não teve êxito. Com relação à primeira, o raciocínio passava a desprezar totalmente a capacidade do agricultor no nível local, bem como da agricultura tradicional. E para se ter uma ideia, a inspiração no modelo americano da Califórnia se tornou uma falsa crença.
Fonte: Tribuna do Norte, 10.10.2010
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