domingo, 28 de agosto de 2011



Por Cristina Costa

A música toca,

mas hoje ela não me faz chorar
apenas deixa-me o coração pesado.

Quero escrever
...mas não consigo
a inspiração escorre pelas letras
e leva as palavras que não se formam
nem na mente, nem no papel

Pensamentos soltos
palavras sem emoções,
coincidências
sinto-me vulnerável
ou já nem sei o que sinto, não reajo.

Talvez o sofrimento
tenha levado o sentimento
para outro patamar
Não sinto raiva, nem ódio.

Hoje ainda não atirei
a caneta para o chão,
nem permiti que o fracasso
empurrasse o meu corpo
para o canto mais escuro.

Tiraram-me o direito de chorar
e talvez por isso não reaja á dor
mas tudo não passa de sentimentos
inventados pelo medo de te perder.

Postado por Fernando Caldas

UMA EXPERIÊNCIA PIONEIRA



Hohe tive a oportunidade de conversar com o ex-deputado estadual Manuca Mpontenegro, a princípio fizemos algumas confabulações familiares a respeito da homenagem que o prefeito Luizinh Cavalcante retende render ao seu pai, emancipador do Município de Carnaubais o saudoso lider varzeano Olavo Lacerda Montenegro. Na continuidade da conversa falamos de algumas ações do seu mandato parlamentar, exercido entre 1974 ao início da década de oitenta assumindo uma segunda oportunidade depois da eleição de Garibaldi Alves Filho pra prefeito de Natal.

Finalizamos o bate papo falando de um projeto que está em evidência no estado, a implantação de Parques Eólicos em diversas regiões do RN.


Segundo Manuca o primeiro pivô instalado no Brasil, sendo um dos primeiros da América do Sul, está implantado na Adega da Ponte, um tradicional point de lazer e descontração aos visitantes, turistas e outros interessados em viver mais salutarmente um clima afável, bom para o corpo e alma do freguês, empresa comercial de sua propriedade.

Escrito por aluiziolacerda 

ECCE HOMO
por Pedro Simões, domingo, 28 de agosto de 2011 às 05:35

"A velhice produz mais rugas no espírito que no rosto" (Montaigne)

... Haverá alguém, neste orbe, alguém com uma alma dura e inquisitiva, que possa ouvir a minha confissão? Que me ouça sem comover-se, um desses, capaz de conviver com os anjos e não se converter, com os demônios e não se perverter. Isento, mas com alma solidária quando descomprometido. Inflexível, mas não intolerante. Puro, mas não imaculado. Com porejada humanidade, adquirida no eito da terra seca e estéril. Um que me chamasse irmão, mas não me exonerasse de culpas. Uma criatura acima do bem e do mal.

Que não me crucificasse, mas me pusesse de costas para o sol para me transformar em sombra, num vulto indistinto, para melhor me aferir. Que não se enternecesse com a minha atitude súplice e arrependida, mas se valesse dela para me atingir o mais profundamente quanto fosse possível. Que me depurasse com o sal de Sodoma e Gomorra.

Eu me ajoelharia e lavaria os seus pés, num gesto de reverência e humildade. E retomaria a condição de rastejante, na peregrinação pela terra, santificada por tanta humanidade anônima. Como me igualar às santidades sem rosto e sem identidade, se grito tanto o meu nome e exponho tanto o meu rosto, para não me confundir com o rebanho?

E por que, se as ovelhas são as verdadeiras crias do Senhor?

Já os rastejadores amargam o pó das sandálias do Divino, acompanhando os seus passos, sem nunca alcançá-lo.

Este sou eu, Senhor da Misericórdia, o que reclama piedade, mas a repele, para que a alma se fortaleça no solitário e longuíssimo caminho do calvário, no padecimento sem esperança de ressurreição, mas de renascimento em outra jornada de expiação.

Este sou eu Senhor, as mãos lisas, sem calos, a alma nodosa, mais cansado e faminto que os trabalhadores braçais que à noite conseguem repousar os seus corpos e alimentarem a sua alma. As minhas noites são indormidas, vigilantes, missionárias. Atravesso desertos, selvas e caatingas insalubres, sem o consolo de uma flor, sem a consolação de um pássaro canoro, entre uma e outra lamentação, entre um e outro gemido.

(trecho do meu livro inédito "Armadilhas para pássaros e Caçadores")

(Do FB do autor)

- A tela é de Lourena Kalahan 

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...