segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

100 livros clássicos para download

Uma compilação com 100 obras, entre autores brasileiros e estrangeiros, escolhidas entre os 10 mil títulos disponíveis no portal Domínio Público. A lista, traz desde livros seminais, formadores da cultural ocidental, como “Arte Poética”, de Aristóteles, até o célebre “Ulisses”, de James Joyce, considerado um dos livros mais influentes do século 20, além de clássicos brasileiros e portugueses. Todo o acervo do portal DP é composto por obras em domínio público ou que tiveram seus direitos de divulgação cedidos pelos detentores legais. No Brasil, os direitos autorais duram setenta anos contados de 1° de janeiro do ano subsequente à morte do autor. 
Entre os livros escolhidos estão “A Divina Comédia”, de Dante Alighieri; “Don Quixote”, de Miguel de Cervantes;  “Os Lusíadas”, de Luís Vaz de Camões; “A Metamorfose”, de Franz Kafka;  “A Volta ao Mundo em Oitenta Dias”, de Júlio Verne;  “Os Escravos”, de Castro Alves; “Via-Láctea”, de Olavo Bilac; “A Escrava Isaura”, de Bernardo Guimarães; “Poemas”, de Safo; “Uma Estação no Inferno”, de Arthur Rimbaud; “O Homem que Sabia Javanês e Outros Contos”, de Lima Barreto; “Lira dos Vinte Anos”, de Álvares de Azevedo;  “História da Literatura Brasileira”, de José Veríssimo Dias de Matos; “Eu e Outras Poesias”, de Augusto dos Anjos; “A Esfinge Sem Segredo”, de Oscar Wilde; “Schopenhauer”, de Thomas Mann; “O Elixir da Longa Vida”, de Honoré de Balzac; “Cândido”, de Voltaire; “Viagens de Gulliver”, de Jonathan Swift; “Utopia”, de Thomas Morus; “Canção do Exílio”, de  Gonçalves Dias; “A Carne”, de Júlio Ribeiro; “Os Sertões”, de Euclides da Cunha; além das principais obras de William Shakespeare, Fernando Pessoa,  Machado de Assis, Florbela Espanca e Eça de Queirós.   Para fazer o download basta clicar sobre o livro selecionado.

A Divina Comédia — Dante Alighieri
Ulysses — James Joyce
A Metamorfose — Franz Kafka
Don Quixote. Vol. 1 — Miguel de Cervantes Saavedra
Don Quixote. Vol. 2 — Miguel de Cervantes Saavedra
Cândido — Voltaire
Uma Estação no Inferno — Arthur Rimbaud
Iluminuras —Arthur Rimbaud
A Esfinge sem Segredo — Oscar Wilde
Viagens de Gulliver — Jonathan Swift
Poemas — Safo
O Elixir da Longa Vida — Honoré de Balzac
Arte Poética — Aristóteles
Via—Láctea — Olavo Bilac
As Viagens — Olavo Bilac
Contos para Velhos — Olavo Bilac
A Mensageira das Violetas — Florbela Espanca
Poemas Selecionados — Florbela Espanca
Livro de Mágoas — Florbela Espanca
Charneca em Flor — Florbela Espanca
Livro de Sóror Saudade — Florbela Espanca
O Livro D’ele — Florbela Espanca
O Guardador de Rebanhos — Fernando Pessoa
Poemas de Fernando Pessoa — Fernando Pessoa
Poemas de Álvaro de Campos — Fernando Pessoa
Poemas de Ricardo Reis — Fernando Pessoa
Primeiro Fausto — Fernando Pessoa
O Eu Profundo e os Outros Eus. — Fernando Pessoa
O Pastor Amoroso — Fernando Pessoa
A Cidade e as Serras — Eça de Queirós
Os Maias — Eça de Queirós
Contos —Eça de Queirós
A Ilustre Casa de Ramires — Eça de Queirós
A Relíquia — Eça de Queirós
O Crime do Padre Amaro — Eça de Queirós
Cartas D’Amor — O Efêmero Feminino — Eça de Queirós
Vozes d’África — Castro Alves
Os Escravos —  Castro Alves
O Navio Negreiro — Castro Alves
Espumas Flutuantes — Castro Alves
Eu e Outras Poesias — Augusto dos Anjos
Eterna Mágoa — Augusto dos Anjos
Os Sertões — Euclides da Cunha
Canção do Exílio — Antônio Gonçalves Dias
Dom Casmurro — Machado de Assis
Memórias Póstumas de Brás Cubas — Machado de Assis
Esaú e Jacó — Machado de Assis
Quincas Borba — Machado de Assis
Contos Fluminenses — Machado de Assis
O Alienista — Machado de Assis
As Academias de Sião — Machado de Assis
Memorial de Aires — Machado de Assis
Romeu e Julieta — William Shakespeare
A Comédia dos Erros — William Shakespeare
A Megera Domada — William Shakespeare
Macbeth — William Shakespeare
Hamlet — William Shakespeare
Otelo, O Mouro de Veneza — William Shakespeare
O Mercador de Veneza — William Shakespeare
Antônio e Cleópatra — William Shakespeare
Ricardo III — William Shakespeare
Os Lusíadas — Luís Vaz de Camões
Redondilhas — Luís Vaz de Camões
Canções e Elegias — Luís Vaz de Camões
A Carta — Pero Vaz de Caminha
Fausto — Johann Wolfgang von Goethe
Lira dos Vinte Anos — Álvares de Azevedo
Noite na Taverna — Álvares de Azevedo
Poemas Irônicos, Venenosos e Sarcásticos — Álvares de Azevedo
Obras Seletas — Rui Barbosa
A Volta ao Mundo em Oitenta Dias — Júlio Verne
Odisseia — Homero
Iliada — Homero
História da Literatura Brasileira — José Veríssimo Dias de Matos
Utopia — Thomas Morus
A Carne — Júlio Ribeiro
Édipo—Rei — Sófocles
A Alma Encantadora das Ruas — João do Rio
Memórias de um Sargento de Milícias — Manuel Antônio de Almeida
A Dama das Camélias — Alexandre Dumas Filho
Sonetos e Outros Poemas — Bocage
A Dança dos Ossos — Bernardo Guimarães
A Escrava Isaura — Bernardo Guimarães
A Orgia dos Duendes — Bernardo Guimarães
Seleção de Obras Poéticas — Gregório de Matos
Contos de Lima Barreto — Lima Barreto
O Homem que Sabia Javanês e Outros Contos — Lima Barreto
Triste Fim de Policarpo Quaresma — Lima Barreto
Diário Íntimo — Lima Barreto
O Livro de Cesário Verde — José Joaquim Cesário Verde
Brás, Bexiga e Barra Funda — Alcântara Machado
Schopenhauer — Thomas Mann
A Capital Federal — Artur Azevedo
Antigonas — Sofócles
A Poesia Interminável —  Cruz e Sousa
Antologia — Antero de Quental
A Conquista — Coelho Neto
As Primaveras — Casimiro de Abreu
Carolina — Casimiro de Abreu
A Desobediência Civil — Henry David Thoreau
A Princesa de Babilônia — Voltaire
De: https://www.facebook.com/FabricaEscrita

14 pensamentos de Nelson Mandela

Posted by  × 15/12/2013 at 1:37

“A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.”
“Sonho com o dia em que todos levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos.”
“Uma boa cabeça e um bom coração formam sempre uma combinação formidável.”
“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar. E o amor entra mais facilmente no coração do que o ódio.”
“Se você falar com um homem numa linguagem que ele compreende, isso entra na cabeça dele. Se você falar com ele em sua própria liguagem, você atinge seu coração.”
“Uma boa cabeça, um bom coração, formam uma formidável combinação!”
“Nosso maior medo não é sermos inadequados. Nosso maior medo é não saber que nós somos poderosos, além do que podemos imaginar.”
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“É a nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos assusta. Nós nos perguntamos: “Quem sou eu para ser brilhante, lindo, talentoso, fabuloso?”.
Na verdade, quem é você para não ser? Você é um filho de Deus.
Você, pensando pequeno, não ajuda o mundo. Não há nenhuma bondade em você se diminuir, recuar para que os outros não se sintam inseguros ao seu redor.
Todos nós fomos feitos para brilhar, como as crianças brilham. Nós nascemos para manifestar a glória de Deus dentro de nós. Isso não ocorre somente em alguns de nós; mas em todos.
Enquanto permitimos que nossa luz brilhe, nós, inconscientemente, damos permissão a outros para fazerem o mesmo.
Quando nós nos libertamos do nosso próprio medo, nossa presença automaticamente libertará outros.”
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“Enquanto eu caminhava em direção à minha liberdade, eu sabia que se eu não deixasse minha amargura e raiva para trás, eu ainda estaria na prisão.”
“Não há nada como regressar a um lugar que está igual para descobrir o quanto a gente mudou.”
“Você não é amado porque você é bom, você é bom porque é amado.”
“Não me julguem por meus sucessos, julguem-me por quantas vezes eu caí e me levantei novamente. Um campeão é um sonhador que nunca desiste”.
“Não se esqueça de que os santos são pecadores que continuam tentando.”
“Nascemos para manifestar a glória do Universo que está dentro de nós. Não está apenas em um de nós: está em todos nós. E conforme deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo. E conforme nos libertamos do nosso medo, nossa presença, automaticamente, libera os outros. “

Obrigada, Nelson Mandela!
HAJA CORAÇÃO!

Esse olhar encantador,
Esse sorriso contagiante,
Esse corpo prometendo-me amor,
Essa mulher sendo minha amada amante...


Essa distância que me atormenta,
Esta vontade de lhe abraçar,
Este insano desejo que se apimenta,
Este sonho, urge por realidade transformar...


Essa boca sensual e rosada,
Esse corpo tipo violão,
Essas mãos às minhas entrelaçadas,
Esta vontade de estar ao teu lado...
Haja coração!



NADA SER!

Jorge Fernandes*

Nada ser!
Integra-se na terra
E nada mais ser!

Ser chama
a extinguir-se
Num sopro ansiado...
Ser gota de orvalho
Aos raios do Sol!
Nada mais ser!
Esquecer
Os tormentos da vida,
E dormindo descer
A vala comum,
E em gases subir
E apagar-se nos campos
Em vapores suaves
Ao cicio do vento...
Ao canto das aves
Num doce lamento...
Na água corrente
Que passa a gemer!

*Jorge Fernandes (1887-1953), poeta natalense, tido como o primeiro poeta a cantar no verso livre no Rio Grande do Norte. O poema acima é data de 1952.

País poderá ter mais feriados em 2014 do que em anos anteriores; confira todos os feriados do ano

Tradicionalmente, os brasileiros usufruem de nove feriados nacionais e de sete pontos facultativos por ano. Salvo quando algum desses dias cai no fim de semana. Mas o país poderá ter mais feriados este ano, por causa da Copa do Mundo, nos meses de 12 de junho a 13 de julho, com jogos em 11 capitais e no Distrito Federal.
Na fase inicial do torneio estão garantidos três jogos da Seleção Brasileira de Futebol em dias úteis: 12/6 (quinta-feira), 17/6 (terça-feira) e 23/6 (segunda-feira). Caso seja aplicada a Lei Geral da Copa e nossa seleção avance até a fase final da competição, serão mais quatro jogos, e teremos mais um jogo do Brasil em dia útil, já na fase semifinal, dia 8 ou 9 de julho.Mas, enquanto não há definição, o calendário oficial do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que vigorou no ano passado para os servidores públicos federais e, de acordo com portaria do ministério, adaptado para 2014, são feriados nacionais as seguintes datas:
1º de janeiro – Confraternização Universal (quarta-feira)
18 de abril – Paixão de Cristo (sexta-feira)
21 de abril – Tiradentes (segunda-feira)
1º de maio – Dia do Trabalho (quinta-feira)
7 de setembro – Dia da Independência (domingo)
12 de outubro – Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil (domingo)
2 de novembro – Dia de Finados (domingo)
15 de novembro – Proclamação da República (sábado)
25 de dezembro – Natal (quinta-feira)
São considerados pontos facultativos os dias:
3 de março – segunda-feira de Carnaval
4 de março – terça-feira de Carnaval
5 de março – Cinzas (até as 14h)
19 de junho – Corpus Christi (quinta-feira)
28 de outubro – Dia do Servidor Público (terça-feira)
24 de dezembro – véspera da Natal (a partir das 14h)
31 de dezembro – véspera de Ano Novo (a partir das 14h)
Além destes, as datas comemorativas de credos e religiões, de caráter local ou regional, podem ser respeitadas, mediante autorização da chefia imediata do trabalho do servidor, para posterior compensação.

Agência Brasil

TIRADAS DE ZÉ AREIA


Zé Areia (José Antônio Areia filho – 1901-1972) era tipo gordo, garboso, presepeiro, boêmio, folclórico. (Determinados autores potiguares já publicaram livros sobre suas estórias). Barbeiro de profissão, vendedor de loterias, jogo do bicho e rifa (sorteio). Nasceu em Natal, no bairro Rocas, onde morou até morrer. Fazedor de versos populares irreverente. Suas tiradas de espírito lhe fez famoso por toda Natal então provinciana. À época da Segunda Grande Guerra, parte do exercito norte-americano se encontrava na capital potiguar - Capital Espacial do Brasil. Tempo em que Zé Areia viveu os melhores momentos de sua vida. Conta-se que ele vendera um papagaio cego a certo milico americano. Dias depois, ao percebeu que aquele pássaro não tinha visão, o praça reclamou ao Consulado Americano, da Compra que fizera. O Consul logo tomou providências para que localizasse Zé Areia e, consequentemente, a sua presença no consulado, para prestar esclarecimento. Se apresentando, o Consul fora logo interrogando: “O senhor vendeu um papagaio cego a este soldado?” Areia não se fez de rogado respondendo assim: “Mas, “seu” Consul. Esse soldado quer papagaio pra falar ou pra levar pro cinema?”

De outra feita, certo soldado americano embriagado se aproxima de Zé Areia com um litro de uísque na mão perguntando assim:  “Do you like drink” (você gosta de beber, na tradução)?” Zé Areia respondeu: “É só o que eu laico!”

Noutra ocasião, Zé Areia procurava vender uma sela (assento acolchoado de couro, para cavalo), pelo Centro de Natal. O primeiro conhecido que encontrou, ofereceu a mercadoria: “Seu” Mário. Compre esta sela!”  “Eu não sou cavalo, pra que é que eu quero sela!” Respondeu o amigo Mário. Zé Areia que sempre tinha a resposta na ponta da língua, deu o troco:  “Ela serve também pra burro, “Seu” Mário!”

Terminado a Segunda Guerra Mundial (Zé Areia não gostava de trabalhar), a situação financeira ficou mais difícil pra ele, Zé Areia.. Passando por necessidades, certo amigo arrumou emprego de barbeiro pra Areia, na Casa de Detenção de Natal. Não durou muito tempo, Areia abandonou o serviço. Certo dia aquele amigo, ao se encontrar com ele, fora direto ao assunto: - “Mas, Zé Areia. Você abandonou o emprego?” Zé Areia saiu-se com essa: “Amigo. Eu subloquei o serviço.”

Certo dia, Zé Areia bebia na Confeitaria Delícia, no bairro Ribeira em Natal. Um frequentador assíduo daquele recinto lhe pedira para que ele, Areia, declamasse uma trova de sua autoria. Naquele instante, se aproximava um amigo a quem Areia devia certa quantia de dinheiro. Areia improvisou: “Não há dor igual à dor/ De um cabra que está devendo/.Todo cheio de remendo/ Diante de um cobrador."

Zé Areia rifou um carneiro pelo jogo do bicho. Pois bem. Certo amigo chamado Benvenuto, ao vê-lo passar pelas ruas da cidade com aquele carneirinho, perguntou a Zé Areia: "Zé, como se chama esse carneiro?" Sem nem pestanejar, Zé Areia respondeu: "Benvenuto."
Sobre Zé Areia, o escritor norte-riograndense  Câmara Cascudo, escreveu: "A morte de Zé Areia apaga em Natal o derradeiro representante da verve recalcitrante, do espírito da réplica, imediata e feliz, o último contribuinte para o patrimônio esfuziante da improvisação anônima e surpreendente. Desapareceu a 31 de janeiro de 1972 (mês em que nascera), quanto nos restava de Popular sem vulgarizar-se e constituir uma presença chistosa nas recordações bem-humoradas de todas as classes sociais da cidade. Sentindo a aproximação asfixiante do enfarte, ergue-se da rede, abraçando a mulher, vivendo a pilhéria da sua vida dolorosa: “Mulher feia! Quero morrer em teus braços!”.


Fernando Caldas

domingo, 5 de janeiro de 2014

FAMÍLIA SENADO:

Surgido espontaneamente em agosto de 2012 em pleno calor da disputa sucessória municipal na cidade do Assú, o Senadinho, agora oficialmente batizado de Família Senado, que surgiu no bairro da Cohab, virou coisa série e seus integrantes hoje trabalham para transformar a ideia numas organização não governamental (ONG).

Este projeto foi revelado por um das componentes da Família Senado, Annen Margareth, durante participação neste sábado (04) dentro do programa Registrando, na Rádio Princesa do Vale.

O grupo tem reuniões ordinárias mensais e, sempre que necessário, também se reúne extraordinariamente.

Annen Margareth declarou que está em curso todo o processo que pretende culminar com a constituição da citada ONG.

Em paralelo, os membros projetam a aquisição de um espaço físico no qual pretendem construir sua sede própria.

A representante registrou que o grupo está preocupado em atuar em várias frentes, com especial destaque para o campo social, enfatizando que várias ações do gênero já foram e estão sendo executadas, a mais recente delas a campanha “Melhores Dias para Léo”, em prol do adolescente de 13 anos vítima de um câncer no cérebro, na zona rural do Assú.

Annen Margareth frisou que a ideia de atuar no contexto social ganhou força porque se percebeu que é preciso preencher uma lacuna que tem sido deixada pelo poder público e que, segundo disse, se constitui em fato de muita reclamação dos cidadãos, principalmente nas comunidades fora do eixo urbano.

Postado por Pauta Aberta
Matriz de Parelhas em 1977. Fonte: Diário de Natal.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Matéria de Capa - Viagem a Marte - Parte 2

Mal de Alzheimer: cientistas canadenses conseguem reverter a doença


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Cientistas da Univerisidade de Toronto, no Canadá, conseguiram reverter o Alzheimer em pacientes com a doença, há mais de um ano.
Os cientistas usaram a técnica de estimulação cerebral profunda, com elétrodos, para aplicar pulsos de eletricidade diretamente no cérebro, como noticiamos aqui no SoNoticiaBoa em novembro passado, antes da publicação da descoberta.
Pesquisadores liderados por Andres Lozano, aplicaram a técnica em seis pacientes.
Em dois deles, a deterioração da área do cérebro associada à memória não só parou de encolher como voltou a crescer.
Nos outros quatro, foi parado o processo de deterioração.
Nos portadores de Alzheimer, a região do cérebro conhecida como hipocampo é uma das primeiras a encolher.
O centro de memória funciona no hipocampo, convertendo as memórias de curto prazo em memórias de longo prazo.
A degradação do hipocampo revela alguns dos primeiros sintomas da doença, como a perda de memória e a desorientação.
A equipe de  cientistas  instalou os dispositivos no cérebro de seis pessoas que tinham sido diagnosticadas com Alzheimer, há, pelo menos, um ano.
Após 12 meses de estimulação, um dos pacientes teve um aumento do hipotálamo de 5 por cento e, outro, 8 por cento.
Esta descoberta pode levar a novos caminhos para tratamentos de Alzheimer, uma vez que é a primeira vez que foi revertida a doença.
Os cientistas têm, contudo, ainda de conhecer mais sobre o modo como a estimulação funciona no cérebro.
I

20 livros fundamentais para conhecer o Brasil

Antonio Cândido, sociólogo, crítico literário e ensaísta indica 20 livros fundamentais para conhecer o Brasil

Por Antonio Cândido

Quando nos pedem para indicar um número muito limitado de livros importantes para conhecer o Brasil, oscilamos entre dois extremos possíveis: de um lado, tentar uma lista dos melhores, os que no consenso geral se situam acima dos demais; de outro lado, indicar os que nos agradam e, por isso, dependem sobretudo do nosso arbítrio e das nossas limitações. Ficarei mais perto da segunda hipótese.
Como sabemos, o efeito de um livro sobre nós, mesmo no que se refere à simples informação, depende de muita coisa além do valor que ele possa ter. Depende do momento da vida em que o lemos, do grau do nosso conhecimento, da finalidade que temos pela frente. Para quem pouco leu e pouco sabe, um compêndio de ginásio pode ser a fonte reveladora. Para quem sabe muito, um livro importante não passa de chuva no molhado. Além disso, há as afinidades profundas, que nos fazem afinar com certo autor (e portanto aproveitá-lo ao máximo) e não com outro, independente da valia de ambos.
Por isso, é sempre complicado propor listas reduzidas de leiturasfundamentais. Na elaboração da que vou sugerir (a pedido) adotei um critério simples: já que é impossível enumerar todos os livros importantes no caso, e já que as avaliações variam muito, indicarei alguns que abordam pontos a meu ver fundamentais, segundo o meu limitado ângulo de visão. Imagino que esses pontos fundamentais correspondem à curiosidade de um jovem que pretende adquirir boa informação a fim de poder fazer reflexões pertinentes, mas sabendo que se trata de amostra e que, portanto, muita coisa boa fica de fora.

O escritor Antônio Cândido (Foto: Divulgação)

São fundamentais tópicos como os seguintes: os europeus que fundaram o Brasil; os povos que encontraram aqui; os escravos importados sobre os quais recaiu o peso maior do trabalho; o tipo de sociedade que se organizou nos séculos de formação; a natureza da independência que nos separou da metrópole; o funcionamento do regime estabelecido pela independência; o isolamento de muitas populações, geralmente mestiças; o funcionamento da oligarquia republicana; a natureza da burguesia que domina o país. É claro que estes tópicos não esgotam a matéria, e basta enunciar um deles para ver surgirem ao seu lado muitos outros. Mas penso que, tomados no conjunto, servem para dar uma ideia básica.
Entre parênteses: desobedeço o limite de dez obras que me foi proposto para incluir de contrabando mais uma, porque acho indispensável uma introdução geral, que não se concentre em nenhum dos tópicos enumerados acima, mas abranja em síntese todos eles, ou quase. E como introdução geral não vejo nenhum melhor do que O povo brasileiro (1995), de Darcy Ribeiro, livro trepidante, cheio de ideias originais, que esclarece num estilo movimentado e atraente o objetivo expresso no subtítulo: “A formação e o sentido do Brasil”.
Quanto à caracterização do português, parece-me adequado o clássico Raízes do Brasil (1936), de Sérgio Buarque de Holanda, análise inspirada e profunda do que se poderia chamar a natureza do brasileiro e da sociedade brasileira a partir da herança portuguesa, indo desde o traçado das cidades e a atitude em face do trabalho até a organização política e o modo de ser. Nele, temos um estudo de transfusão social e cultural, mostrando como o colonizador esteve presente em nosso destino e não esquecendo a transformação que fez do Brasil contemporâneo uma realidade não mais luso-brasileira, mas, como diz ele, “americana”.
Em relação às populações autóctones, ponho de lado qualquer clássico para indicar uma obra recente que me parece exemplar como concepção e execução: História dos índios do Brasil (1992), organizada por Manuela Carneiro da Cunha e redigida por numerosos especialistas, que nos iniciam no passado remoto por meio da arqueologia, discriminam os grupos linguísticos, mostram o índio ao longo da sua história e em nossos dias, resultando uma introdução sólida e abrangente.
Seria bom se houvesse obra semelhante sobre o negro, e espero que ela apareça quanto antes. Os estudos específicos sobre ele começaram pela etnografia e o folclore, o que é importante, mas limitado. Surgiram depois estudos de valor sobre a escravidão e seus vários aspectos, e só mais recentemente se vem destacando algo essencial: o estudo do negro como agente ativo do processo histórico, inclusive do ângulo da resistência e da rebeldia, ignorado quase sempre pela historiografia tradicional. Nesse tópico resisto à tentação de indicar o clássico O abolicionismo (1883), de Joaquim Nabuco, e deixo de lado alguns estudos contemporâneos, para ficar com a síntese penetrante e clara de Kátia de Queirós Mattoso, Ser escravo no Brasil (1982), publicado originariamente em francês. Feito para público estrangeiro, é uma excelente visão geral desprovida de aparato erudito, que começa pela raiz africana, passa à escravização e ao tráfico para terminar pelas reações do escravo, desde as tentativas de alforria até a fuga e a rebelião. Naturalmente valeria a pena acrescentar estudos mais especializados, como A escravidão africana no Brasil (1949), de Maurício Goulart ou A integração do negro na sociedade de classes (1964), de Florestan Fernandes, que estuda em profundidade a exclusão social e econômica do antigo escravo depois da Abolição, o que constitui um dos maiores dramas da história brasileira e um fator permanente de desequilíbrio em nossa sociedade.

Esses três elementos formadores (português, índio, negro) aparecem inter-relacionados em obras que abordam o tópico seguinte, isto é, quais foram as características da sociedade que eles constituíram no Brasil, sob a liderança absoluta do português. A primeira que indicarei é Casa grande e senzala (1933), de Gilberto Freyre. O tempo passou (quase setenta anos), as críticas se acumularam, as pesquisas se renovaram e este livro continua vivíssimo, com os seus golpes de gênio e a sua escrita admirável – livre, sem vínculos acadêmicos, inspirada como a de um romance de alto voo. Verdadeiro acontecimento na história da cultura brasileira, ele veio revolucionar a visão predominante, completando a noção de raça (que vinha norteando até então os estudos sobre a nossa sociedade) pela de cultura; mostrando o papel do negro no tecido mais íntimo da vida familiar e do caráter do brasileiro; dissecando o relacionamento das três raças e dando ao fato da mestiçagem uma significação inédita. Cheio de pontos de vista originais, sugeriu entre outras coisas que o Brasil é uma espécie de prefiguração do mundo futuro, que será marcado pela fusão inevitável de raças e culturas.
Sobre o mesmo tópico (a sociedade colonial fundadora) é preciso ler também Formação do Brasil contemporâneo, Colônia (1942), de Caio Prado Júnior, que focaliza a realidade de um ângulo mais econômico do que cultural. É admirável, neste outro clássico, o estudo da expansão demográfica que foi configurando o perfil do território – estudo feito com percepção de geógrafo, que serve de base física para a análise das atividades econômicas (regidas pelo fornecimento de gêneros requeridos pela Europa), sobre as quais Caio Prado Júnior engasta a organização política e social, com articulação muito coerente, que privilegia a dimensão material.
Caracterizada a sociedade colonial, o tema imediato é a independência política, que leva a pensar em dois livros de Oliveira Lima: D. João VI no Brasil (1909) e O movimento da Independência (1922), sendo que o primeiro é das maiores obras da nossa historiografia. No entanto, prefiro indicar um outro, aparentemente fora do assunto: A América Latina, Males de origem (1905), de Manuel Bonfim. Nele a independência é de fato o eixo, porque, depois de analisar a brutalidade das classes dominantes, parasitas do trabalho escravo, mostra como elas promoveram a separação política para conservar as coisas como eram e prolongar o seu domínio. Daí (é a maior contribuição do livro) decorre o conservadorismo, marca da política e do pensamento brasileiro, que se multiplica insidiosamente de várias formas e impede a marcha da justiça social. Manuel Bonfim não tinha a envergadura de Oliveira Lima, monarquista e conservador, mas tinha pendores socialistas que lhe permitiram desmascarar o panorama da desigualdade e da opressão no Brasil (e em toda a América Latina).
Instalada a monarquia pelos conservadores, desdobra-se o período imperial, que faz pensar no grande clássico de Joaquim Nabuco: Um estadista do Império (1897). No entanto, este livro gira demais em torno de um só personagem, o pai do autor, de maneira que prefiro indicar outro que tem inclusive a vantagem de traçar o caminho que levou à mudança de regime: Do Império à República (1972), de Sérgio Buarque de Holanda, volume que faz parte da História geral da civilização brasileira, dirigida por ele. Abrangendo a fase 1868-1889, expõe o funcionamento da administração e da vida política, com os dilemas do poder e a natureza peculiar do parlamentarismo brasileiro, regido pela figura-chave de Pedro II.
A seguir, abre-se ante o leitor o período republicano, que tem sido estudado sob diversos aspectos, tornando mais difícil a escolha restrita. Mas penso que três livros são importantes no caso, inclusive como ponto de partida para alargar as leituras.
Um tópico de grande relevo é o isolamento geográfico e cultural que segregava boa parte das populações sertanejas, separando-as da civilização urbana ao ponto de se poder falar em “dois Brasis”, quase alheios um ao outro. As consequências podiam ser dramáticas, traduzindo-se em exclusão econômico-social, com agravamento da miséria, podendo gerar a violência e o conflito. O estudo dessa situação lamentável foi feito a propósito do extermínio do arraial de Canudos por Euclides da Cunha n’Os sertões (1902), livro que se impôs desde a publicação e revelou ao homem das cidades um Brasil desconhecido, que Euclides tornou presente à consciência do leitor graças à ênfase do seu estilo e à imaginação ardente com que acentuou os traços da realidade, lendo-a, por assim dizer, na craveira da tragédia. Misturando observação e indignação social, ele deu um exemplo duradouro de estudo que não evita as avaliações morais e abre caminho para as reivindicações políticas.
Da Proclamação da República até 1930 nas zonas adiantadas, e praticamente até hoje em algumas mais distantes, reinou a oligarquia dos proprietários rurais, assentada sobre a manipulação da política municipal de acordo com as diretrizes de um governo feito para atender aos seus interesses. A velha hipertrofia da ordem privada, de origem colonial, pesava sobre a esfera do interesse coletivo, definindo uma sociedade de privilégio e favor que tinha expressão nítida na atuação dos chefes políticos locais, os “coronéis”. Um livro que se recomenda por estudar esse estado de coisas (inclusive analisando o lado positivo da atuação dos líderes municipais, à luz do que era possível no estado do país) é Coronelismo, enxada e voto (1949), de Vitor Nunes Leal, análise e interpretação muito segura dos mecanismos políticos da chamada República Velha (1889-1930).
O último tópico é decisivo para nós, hoje em dia, porque se refere à modernização do Brasil, mediante a transferência de liderança da oligarquia de base rural para a burguesia de base industrial, o que corresponde à industrialização e tem como eixo a Revolução de 1930. A partir desta viu-se o operariado assumir a iniciativa política em ritmo cada vez mais intenso (embora tutelado em grande parte pelo governo) e o empresário vir a primeiro plano, mas de modo especial, porque a sua ação se misturou à mentalidade e às práticas da oligarquia. A bibliografia a respeito é vasta e engloba o problema do populismo como mecanismo de ajustamento entre arcaísmo e modernidade. Mas já que é preciso fazer uma escolha, opto pelo livro fundamental de Florestan Fernandes, A revolução burguesa no Brasil(1974). É uma obra de escrita densa e raciocínio cerrado, construída sobre o cruzamento da dimensão histórica com os tipos sociais, para caracterizar uma nova modalidade de liderança econômica e política.
Chegando aqui, verifico que essas sugestões sofrem a limitação das minhas limitações. E verifico, sobretudo, a ausência grave de um tópico: o imigrante. De fato, dei atenção aos três elementos formadores (português, índio, negro), mas não mencionei esse grande elemento transformador, responsável em grande parte pela inflexão que Sérgio Buarque de Holanda denominou “americana” da nossa história contemporânea. Mas não conheço obra geral sobre o assunto, se é que existe, e não as há sobre todos os contingentes. Seria possível mencionar, quanto a dois deles, A aculturação dos alemães no Brasil (1946), de Emílio Willems; Italianos no Brasil (1959), de Franco Cenni, ou Do outro lado do Atlântico (1989), de Ângelo Trento – mas isso ultrapassaria o limite que me foi dado.
No fim de tudo, fica o remorso, não apenas por ter excluído entre os autores do passado Oliveira Viana, Alcântara Machado, Fernando de Azevedo, Nestor Duarte e outros, mas também por não ter podido mencionar gente mais nova, como Raimundo Faoro, Celso Furtado, Fernando Novais, José Murilo de Carvalho, Evaldo Cabral de Melo etc. etc. etc. etc.

Artigo publicado originalmente na edição 41 da revista Teoria e Debate – com blog da boitempo




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