segunda-feira, 18 de abril de 2016

O voto de cada senador no impeachment

Confira o posicionamento dos 81 senadores no processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff

votos necessários para
aprovar processo: metade 
mais 1 dos presentes
  • 46 A FAVOR
  • 5INDECISOS
  • 11SEM RESPOSTA
  • 19CONTRA
81 SENADOR(ES)
46 A FAVOR, 5 INDECISO(S), 11 SEM RESPOSTA E 19 CONTRA
  • Aloysio Nunes Ferreira
    PSDB - SP
  • Alvaro Dias
    PV - PR
  • Ana Amélia
    PP - RS
  • Antonio Anastasia
    PSDB - MG
  • Antonio Carlos Valadares
    PSB - SE
  • Ataídes Oliveira
    PSDB - TO
  • Aécio Neves
    PSDB - MG
  • Blairo Maggi
    PR - MT
  • Cássio Cunha Lima
    PSDB - PB
  • Cristovam Buarque
    PPS - DF
  • Dalirio Beber
    PSDB - SC
  • Dário Berger
    PMDB - SC
  • Davi Alcolumbre
    DEM - AP
  • Delcídio do Amaral
    s/ sigla - MS
  • Eduardo Amorim
    PSC - SE
  • Fernando Bezerra Coelho
    PSB - PE
  • Flexa Ribeiro
    PSDB - PA
  • Garibaldi Alves Filho
    PMDB - RN
  • Gladson Cameli
    PP - AC
  • Ivo Cassol
    PP - RO
  • José Agripino
    DEM - RN
  • José Maranhão
    PMDB - PB
  • José Medeiros
    PSD - MT
  • José Serra
    PSDB - SP
  • Lasier Martins
    PDT - RS
  • Lúcia Vânia
    PSB - GO
  • Magno Malta
    PR - ES
  • Marcelo Crivella
    PRB - RJ
  • Marta Suplicy
    PMDB - SP
  • Omar Aziz
    PSD - AM
  • Paulo Bauer
    PSDB - SC
  • Raimundo Lira
    PMDB - PB
  • Reguffe
    s/ sigla - DF
  • Ricardo Franco
    DEM - SE
  • Ricardo Ferraço
    PSDB - ES
  • Romário
    PSB - RJ
  • Romero Jucá
    PMDB - RR
  • Ronaldo Caiado
    DEM - GO
  • Rose de Freitas
    PMDB - ES
  • Sérgio Petecão
    PSD - AC
  • Simone Tebet
    PMDB - MS
  • Tasso Jereissati
    PSDB - CE
  • Valdir Raupp
    PMDB - RO
  • Waldemir Moka
    PMDB - MS
  • Wilder Morais
    PP - GO
  • Zeze Perrella
    PTB - MG
  • Benedito de Lira
    PP - AL
  • Edison Lobão
    PMDB - MA
  • Hélio José
    PMDB - DF
  • Randolfe Rodrigues
    REDE - AP
  • Wellington Fagundes
    PR - MT
  • Acir Gurgacz
    PDT - RO
  • Ciro Nogueira
    PP - PI
  • Elmano Férrer
    PTB - PI
  • Eunício Oliveira
    PMDB - CE
  • Fernando Collor
    PTC - AL
  • Jader Barbalho
    PMDB - PA
  • Otto Alencar
    PSD - BA
  • Renan Calheiros
    PMDB - AL
  • Roberto Rocha
    PSB - MA
  • Sandra Braga
    PMDB - AM
  • Walter Pinheiro
    s/ sigla - BA
  • Angela Portela
    PT - RR
  • Donizeti Nogueira
    PT - TO
  • Douglas Cintra
    PTB - PE
  • Fátima Bezerra
    PT - RN
  • Gleisi Hoffmann
    PT - PR
  • Humberto Costa
    PT - PE
  • João Alberto Souza
    PMDB - MA
  • João Capiberibe
    PSB - AP
  • Jorge Viana
    PT - AC
  • José Pimentel
    PT - CE
  • Lídice da Mata
    PSB - BA
  • Lindbergh Farias
    PT - RJ
  • Paulo Paim
    PT - RS
  • Paulo Rocha
    PT - PA
  • Regina Sousa
    PT - PI
  • Roberto Requião
    PMDB - PR
  • Telmário Mota
    PDT - RR
  • Vanessa Grazziotin
    PCdoB - AM
  • Vicentinho Alves

Dilma pode reverter impeachment, mas paga pela falta de diálogo, diz Costa


Do UOL, em São Paulo
  • Waldemir Barreto/Agência Senado
    Senador Humberto Costa (PT-PE) Senador Humberto Costa (PT-PE)
O senador Humberto Costa (PT-PE), líder do governo no Senado, disse que o governo tem chances de reverter a decisão pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado. Mas admitiu que o PT errou em não fazer a reforma política e em não manter um diálogo com a base aliada. Ontem a Câmara dos Deputados votou pela continuidade do processo de impeachment de Dilma.

"É possível se reverter [a decisão pelo impeachment] no Senado. Nesse primeiro momento, é um pouco mais difícil porque se trata de uma decisão de uma votação que a maioria simples define a posição do Senado. Mas há algumas características diferentes da Câmara. É um espaço menor de parlamentares e permite um aprofundamento maior sobre o tema", disse Costa ao UOL, por telefone.
De acordo com Costa, houve um complô contra Dilma e o PT.

"Se nós não conseguirmos reverter na questão da admissibilidade, temos ai seis meses para fazer o julgamento, período no qual ficará absolutamente claro o complô que foi montado sob a inspiração do vice-presidente, o conspirador mor da República e do senhor Eduardo Cunha, um parlamentar sobre o qual já pairam processos no STF", disse.

Costa afirma, no entanto, que a derrota sofrida pelo governo também é fruto da falta de diálogo de Dilma com sua base e pela falta de pulso em fazer a reforma política.

"Os governos do PT falharam profundamente em não ter feito as reformas políticas. [...] O PT não mudou aquilo que existia anteriormente em termos de cultura política da governabilidade, e de como se construir a governabilidade e a cultura política do financiamento das campanhas. A negociação não é aquilo que ela [Dilma] tem mais prazer em fazer e aí não dá para resolver um déficit de seis anos em 15 dias. É claro que temos nossa parcela de culpa", afirmou.

Impeachment de Dilma recebe 'ok' de deputados. E agora, Brasil?

Segundo mandato de Dilma Rouseff pode acabar bem antes de 2018.

© Getty Images
Mundo Dilma Rousseff Há 7 Horas POR Pedro Filipe Pina
 
Foram seis horas de votação com um resultado claro mas de consequências ainda imprevisíveis. Entre os 513 deputados que compõem a Câmara dos Deputados, houve apenas sete abstenções e duas ausências. Uma larga maioria de 367 votou a favor do impeachment, 137 votaram contra. E agora, Brasil?
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Nos meses mais recentes, o Brasil tem sido marcado por uma rutura que divide a sociedade brasileira. Ontem mesmo voltava a haver manifestações, entre os #ForaDilma e os #NãoVaiTerGolpe, expressões que têm dominado as redes sociais no Brasil e que respetivamente representam quem era a favor do impeachment e contra o impeachment.

O voto favorável à impugnação da presidente ainda não o tornou oficial. Mas é um passo dado, um dos maiores dados até ao momento, a caminho da destituição de Dilma.

Segue-se agora o Senado, que será mais uma etapa decisiva nas próximas semanas, porque se o pedido de impeachment for aprovado no Senado, Dilma será temporariamente afastada da presidência. Será o seu vice-presidente, Michel Temer, a assumir a Presidência durante esse período. Foi precisamente para casa de Temer que muitos políticos se dirigiram quando o impeachment foi aprovado pelos deputados, dá conta o jornal Folha de São Paulo. Entretanto, prossegue a história de um país em ebulição.

A votação que marcou o último domingo teve vários momentos de exaltação. As reações de deputados eram audíveis, entre apupos e festejos, à medida que o pedido de impugnação ia conquistando os números mínimos necessários para vencer.

Pelo meio, entre vários deputados que invocavam Deus para justificar o voto a favor da destituição de Dilma, destacam-se declarações como a de Jair Bolsonaro (PSC), a favor do impeachment, que homenageou o Coronel Ustra, tido como um dos torturadores de Dilma no tempo da ditadura, ou a de Jean Wyllys, contra o impeachment, que terminou a sua declaração com um audível: “Canalhas”.

Contestada por uma considerável camada da população, Dilma procurou o apoio de Lula da Silva, seu antecessor. Conseguiu-o, mas esse apoio de pouco valeu para conseguir os votos necessários de deputados. Entretanto, mantêm-se as críticas, dentro e fora do Brasil, à forma como o processo tem sido conduzido, com acusações de falta de respeito pela democracia.

https://www.noticiasaominuto.com

domingo, 17 de abril de 2016

Amor
Amor recompensado, que compensa,
Que se revela amado e, se não fosse,
O mesmo não seria, atado e doce,
- O coração talhado na descrença.
Amor que sente e vê, amor que pensa,
Que pensando se fez e calculou-se,
Amor que se escondeu, e revelou-se
Só quando refletido n'outra crença.
Amor que os passos vê, que conta os passos,
Fugitivo da dor, dos embaraços,
Os pesares notando, os males vendo.
Não é este, sem dúvida o amor buscado.
Porque o amor no meu amor notado
É o bem mais cego na cegueira ardendo.

João Lins Caldas


sábado, 16 de abril de 2016

Cunha nega que impeachment seja estratégia para ele se tornar vice-presidente


"O presidente da Câmara não é sucessor de ninguém. Existe uma diferença: o vice-presidente da Republica é sucessor do presidente da República e substituto eventual. O presidente da Câmara, assim como o do Senado ou o do Supremo Tribunal Federal (STF), são substitutos eventuais. A sucessão do vice e do presidente jamais é o presidente da Câmara, do Senado ou do STF", afirmou neste sábado, 16, o político ao deixar o plenário para almoçar, segundo divulgado pela Agência Brasil.
Segundo ele, as pessoas querem criar um constrangimento para tentar fazer um debate político de outra natureza. Cunha disse ainda "repudiar" esse tipo de suspeita levantada pelos governistas. "Acho que temos de colocar as coisas em seu devido lugar. Há uma denúncia grave, que é a mais grave do País: o crime de responsabilidade da presidente da República. E será apreciada a sua autorização para abertura de processo no plenário da Câmara dos Deputados. É sobre isso que a gente tem de discutir e é sobre isso que a presidente da República deveria falar."
Cunha ressaltou ainda que não há a "menor possibilidade" de "qualquer adiamento" do processo de impedimento de Dilma e que a sessão do domingo, 17, começará às 14 horas, com término no domingo mesmo. "Depois de entrar os discursos individuais dos deputados, bastando ter quatro oradores poderemos encerrar a discussão com um simples requerimento. Então vai acabar. A gente vai dosando de acordo com a vontade. Muitos querem falar. Não há nenhuma dúvida de que acabará essa discussão", explicou.
Leia mais em: http://zip.net/bls8qg

http://noticias.bol.uol.com.br/
Merece perdão nacional!!!!
Gregorio Junior 
Presidente do Conselho Regional de Contabilidade em uma entrevista no Bom dia RN, sobre Imposto e Renda
Esporte Interativo

É CAMPEÃO! Depois de um belo jogo, o ABC Futebol Clube bateu o Alecrim com dois gols de Nando e sagrou-se campeão da Copa Rio Grande do Norte!
É impossível não CURTIR mais essa conquista, torcedor abecedista!

Farda de Gala do Educandário Nossa Senhora das Vitórias (Clégio das Freiras, de Assu/RN).

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Advocacia-Geral da União não tem legitimidade para defender o Presidente da República em processo por crime de responsabilidade

Publicado por Hyago de Souza Otto - 1 dia atrás

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AGU no tem legitimidade para defender o Presidente da RepblicaA Advocacia-Geral da União é uma instituição com previsão constitucional, que tem como objetivo a defesa dos interesses e da legitimidade dos atos da União em processos em geral.
O art. 131 da Constituição Federal assevera:
Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.
De forma genérica, cabe à AGU representar a União, ou seja, pessoa jurídica de direito público interno, integrante da Administração Direta, que engloba os três poderes no âmbito Federal. Outrossim, a AGU tem como função, conforme disposição legal, a consultoria e o assessoramento do Poder Executivo.
A representação judicial é exercida em defesa dos interesses dos referidos entes nas ações judiciais em que a União figura como autora, ré ou, ainda, terceira interessada. A representação extrajudicial é exercida perante entidades não vinculadas à Justiça, como órgãos administrativos da própria União, Estados ou Municípios. (fonte: Site Oficial AGU)
A Lei Orgânica da AGU (LC n. 73/1993) dispõe um rol de atribuições da instituição, quais sejam:
Art. 4º - São atribuições do Advogado-Geral da União:
I - dirigir a Advocacia-Geral da União, superintender e coordenar suas atividades e orientar-lhe a atuação;
II - despachar com o Presidente da República;
III - representar a União junto ao Supremo Tribunal Federal;
IV - defender, nas ações diretas de inconstitucionalidade, a norma legal ou ato normativo, objeto de impugnação;
V - apresentar as informações a serem prestadas pelo Presidente da República, relativas a medidas impugnadoras de ato ou omissão presidencial;
VI - desistir, transigir, acordar e firmar compromisso nas ações de interesse da União, nos termos da legislação vigente;(Regulamento)
VII - assessorar o Presidente da República em assuntos de natureza jurídica, elaborando pareceres e estudos ou propondo normas,medidas e diretrizes;
VIII - assistir o Presidente da República no controle interno da legalidade dos atos da Administração;
IX - sugerir ao Presidente da República medidas de caráter jurídico reclamadas pelo interesse público;
X - fixar a interpretação da Constituição, das leis, dos tratados e demais atos normativos, a ser uniformemente seguida pelos órgãos e entidades da Administração Federal;
XI - unificar a jurisprudência administrativa, garantir a correta aplicação das leis, prevenir e dirimir as controvérsias entre os órgãos jurídicos da Administração Federal;
XII - editar enunciados de súmula administrativa, resultantes de jurisprudência iterativa dos Tribunais; (Vide Lei 9.469, 10/07/97)
XIII - exercer orientação normativa e supervisão técnica quanto aos órgãos jurídicos das entidades a que alude o Capítulo IX do Título II desta Lei Complementar;
XIV - baixar o Regimento Interno da Advocacia-Geral da União;
XV - proferir decisão nas sindicâncias e nos processos administrativos disciplinares promovidos pela Corregedoria-Geral e aplicar penalidades, salvo a de demissão;
XVI - homologar os concursos públicos de ingresso nas Carreiras da Advocacia-Geral da União;
XVII - promover a lotação e a distribuição dos Membros e servidores, no âmbito da Advocacia-Geral da União;
XVIII - editar e praticar os atos normativos ou não, inerentes a suas atribuições;
XIX - propor, ao Presidente da República, as alterações a esta Lei Complementar;
Dentre o rol proposto pela LC supracitada, assim como do restante do aludido diploma normativo, não há qualquer dispositivo do qual se extraia a conclusão da possibilidade de a AGU exercer atribuições de defesa pessoal do Presidente da República, ainda que por atos inerentes a sua função.
A Lei n. 9.028 assevera, ainda:
Art. 22. A Advocacia-Geral da União e os seus órgãos vinculados, nas respectivas áreas de atuação, ficam autorizados a representar judicialmente os titulares e os membros dos Poderes da República, das Instituições Federais referidas no Título IV, Capítulo IV, daConstituição, bem como os titulares dos Ministérios e demais órgãos da Presidência da República, de autarquias e fundações públicas federais, e de cargos de natureza especial, de direção e assessoramento superiores e daqueles efetivos, inclusive promovendo ação penal privada ou representando perante o Ministério Público, quando vítimas de crime, quanto a atos praticados no exercício de suas atribuições constitucionais, legais ou regulamentares, no interesse público, especialmente da União, suas respectivas autarquias e fundações, ou das Instituições mencionadas, podendo, ainda, quanto aos mesmos atos, impetrarhabeas corpus e mandado de segurança em defesa dos agentes públicos de que trata este artigo.(Redação dada pela Lei nº 9.649, de 1998) (Vide Medida Provisória nº 2.216-37, de 2001)
Todavia, há de ressaltar que a ampliação do rol de atribuições da AGU por meio de lei advinda de conversão de medida provisória é inconstitucional, uma vez que a Constituição não tratou de tais atribuições (representação dos membros, ou aludidas matérias criminais e afins).
O artigo 131 da Constituição Federal, aliás, exige que a disciplina do assessoramento e consultoria do Poder Executivo se dê por meio de Lei Complementar. Seria, aliás, bastante conveniente que o defendido viesse a ampliar o rol de atribuições do ente, por simples Medida Provisória, para ser protegido por ele, extrapolando todo e qualquer parâmetro previsto na Carta Magna e desfigurando as finalidades institucionais.
O artigo 62 da Constituição Federal, em seu § 1º, elucida que: "É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: III – reservada a lei complementar;".
Legitimidade extraordinária é taxativa, não meramente exemplificativa. O Advogado-Geral da União não é advogado do Presidente da República. Por mais óbvio que pareça, faz-se necessário ressaltar que o Advogado-Geral da União defende os interesses da União, recebe seu subsídio da União, e há vedação implícita de que ele advogue contra ela.
Ainda que se considere tal rol exemplificativo, é absurda a ideia de que a AGU possa defender o Presidente da República em eventuais processos apurando crime de responsabilidade, pois nos crimes de responsabilidade, geralmente, a grande lesada é justamente a União; logo, seria inconcebível aceitar que a Advocacia-Geral da União pudesse advogar para defender atos de agente que lesou a própria União.
Defender a legalidade (lato sensu) dos atos da União é absolutamente distinto de defender a legalidade dos atos do Presidente da República.
É que não há como associar a defesa subjetiva do Presidente da República por atos pessoais com a defesa de atos da União. A defesa dos atos da União tem como objetivo principal resguardar a presunção de legalidade dos atos emanados pelo poder público e a manutenção de seus efeitos.
Por outro lado, a defesa do Presidente da República em um processo por crime de responsabilidade visa, exclusivamente, evitar o afastamento do agente do cargo de Presidente e sancioná-lo com a pena de inabilitação.
Não há, portanto, no último caso, qualquer prejuízo efetivo ao ato emanado pela União.
Não cabe ao Presidente da República utilizar instituições públicas para defendê-lo de processos sancionatórios de índole estritamente subjetiva.
Contrario sensu, o Presidente da República poderá, em breve, também ser defendido em ações criminais pela AGU. Trata-se de claro desvirtuamento da instituição em flagrante desvio de finalidade e abuso de poder, ao passo em que se extrapolam as atribuições do ente.
O processo de impeachment tem índole claramente política, enquanto o caráter da AGU é técnico no âmbito jurídico. Embora, por óbvio, ambas se entrelaçam, não se confundem.
A defesa do Presidente da República deve ser feita por meio de parlamentares e de advogado especialmente contratado para tal fim.
Tal incumbência desfigura a AGU ao ponto de torná-la ente político, com discursos sem qualquer caráter legal em clara defesa à pessoa do Presidente da República, não ao cargo de Presidente, nem à União.
No processamento por crime de responsabilidade não se está em um embate entre os Poderes Executivo e Legislativo. Está sendo averiguada a responsabilidade pessoal de indivíduo que ocupa o cargo do executivo; ou seja, não se trata do cargo de Presidente; não se trata do Poder Executivo, e tampouco da União.
Pior do que isso é a AGU tentar interferir no procedimento com defesas procrastinatórias, recursos infundados. Além de um desvio de percurso da instituição, isso retira da entidade a credibilidade que lhe conferiu a Constituição Federal e põe em segundo plano atribuições que verdadeiramente lhe cabem, mas que têm sido esquecidas

Bacharel em Direito pela UNOESC, aprovado no XIV exame da Ordem dos Advogados do Brasil aos 21 anos, apaixonado pelo Direito e pela Política.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Lula diz que não sairá das ruas se Dilma for derrotada em impeachment

 
http://www1.folha.uol.com.br
 
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva avisou a aliados que, caso o governo não consiga barrar o processo de impeachment na Câmara, entrará em campanha permanente e não sairá mais das ruas. O petista também deixou claro que não pretende dar trégua a um eventual governo capitaneado pelo vice-presidente Michel Temer.

Segundo pessoas próximas, o recado de Lula foi claro: "não estaremos nessa de união nacional. Não vamos colaborar". A fala é uma referência à pregação que Temer tem feito para se consolidar como a principal opção à presidente Dilma Rousseff. O vice se define como homem aberto ao diálogo e capaz de reunir diversos partidos para tirar o país da crise.

Lula pediu a colaboradores que antes dividiam seu tempo entre o auxílio a ele e outras atividades que passassem a considerar dedicação integral ao seu projeto. Ele orientou seu núcleo mais próximo a, caso o governo seja derrotado, manter a base social do PT mobilizada contra o que chama de "governo ilegítimo".
O PT já designou um nome para tratar da agenda do ex-presidente: Paulo Frateschi, ex-secretário de relações governamentais do prefeito Fernando Haddad (PT-SP).

O ex-presidente segue recebendo parlamentares e dirigentes partidários no hotel em que montou uma espécie de sede anti-impeachment, em Brasília, porque não quer parecer que lavou as mãos.
Lula tem pedido que os petistas trabalhem "até o último minuto de domingo" (17), quando a Câmara vota o pedido de impeachment.

O ex-presidente viu com preocupação a debandada de partidos antes tidos como fiéis ao governo, como o PP, PSD e PR. Disse que não é "impossível" derrotar a tese do afastamento, mas que a situação está muito difícil.

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...