quinta-feira, 11 de junho de 2020
quarta-feira, 10 de junho de 2020
Teatro Carlos Gomes (hoje Alberto Maranhão) já exibiu filmes
Entre 1900 e 1909 as exibições de filmes em Natal eram raras e em locais improvisados. A partir de 1909, entretanto, o Teatro Carlos Gomes (hoje Alberto Maranhão) passou a ter sessões com alguma regularidade. Este era também chamado de “Cinema Natal” e se caracterizou por exibir também films em sessões infantis. A máquina de projeção (cinematógrafo) chegou a Natal – vinda do Rio de Janeiro – em um dos navios do Loyd Brasileiro.
Entre 1900 e 1909 as exibições de filmes em Natal eram raras e em locais improvisados. A partir de 1909, entretanto, o Teatro Carlos Gomes (hoje Alberto Maranhão) passou a ter sessões com alguma regularidade. Este era também chamado de “Cinema Natal” e se caracterizou por exibir também films em sessões infantis. A máquina de projeção (cinematógrafo) chegou a Natal – vinda do Rio de Janeiro – em um dos navios do Loyd Brasileiro.
No dia 13 de outubro de 1928, ocorreu substituição do “cinematógafo
falante” por equipamento projetor mais moderno e o local passou a ser
chamado Cine-Theatro Carlos Gomes. A inauguração do empreendimento,
segundo anúncio do jornal, ocorreu às 7h30 em ponto, com exibição do
filme, “O Homem de Aço”. Os ingressos custavam: poltrona 2$000 (dois mil
réis), galeria 1$500 (hum mil e quinhentos réis) e geral 1$000 (hum mil
réis). Havia dias de sessão grátis. Como era de praxe nos cinemas de
então, a sessão iniciava com o som de gongos. Enquanto a cortina
lentamente se abria, ouvia-se pelos autofalantes a abertura da ópera “O
Guarani”. Então, começava a projeção.
Os ingressos eram considerados muito caros por parte da população, dessa forma os frequentadores eram tipicamente da elite da cidade. Os frequentadores do Cinema Natal e depois do Polytheama se vestiam muito bem para assistir filmes. Nos anos 1920, os rapazes iam de jaquetão, as moças usavam vestidos claros, indo até um pouco abaixo dos joelhos e sapatos com salto alto, além de se apresentar com os cabelos cortados à moda da atriz Luigi Rognoni.
De:Adriano Medeiros para Fatos e fotos de Natal Antiga
Os ingressos eram considerados muito caros por parte da população, dessa forma os frequentadores eram tipicamente da elite da cidade. Os frequentadores do Cinema Natal e depois do Polytheama se vestiam muito bem para assistir filmes. Nos anos 1920, os rapazes iam de jaquetão, as moças usavam vestidos claros, indo até um pouco abaixo dos joelhos e sapatos com salto alto, além de se apresentar com os cabelos cortados à moda da atriz Luigi Rognoni.
De:Adriano Medeiros para Fatos e fotos de Natal Antiga
ARTIGO - POÇO DE LAVAGEM, SANTA LUZIA E CARNAUBAIS
Com as decisões tomadas pelo Governo, quarentena e lockdown, distraído em meus monólogo entre as quatro paredes do meu habitat, espécie de muro das lamentações. Nenhum povo vive tranquilo sem razão de viver que repouse na confiança e na luta do bom senso de quantos creem na liberdade e no homem, nas ciências das grandes conquistas da humanidade.
Nesse aspecto procuro reunir o máximo de informações da terra de Santa Luzia.
Para mim o que deu vida real ao município foi as pessoas que por lá passaram ou vieram. Antônio Pereira de Albuquerque, primeiro habitante da localidade, em seguida chega Abel Alberto da Fonseca que iniciou as primeiras construções e foi pioneiro na organização urbanística da povoação que estava nascendo.
E no início do século XIX descendentes de portugueses e posteriormente grandes fazendeiros estabeleceram-se, as famílias Alves, Wanderley, Lacerda, Benevides e Montenegro.
A localidade recebeu o nome inicial de Poço da Lavagem e posteriormente mudou para Santa Luzia e em 30-12-43, teve seu nome mais uma vez mudado para Vila de Carnaubais.
Em 18/09/63 por proposição do deputado Olavo Lacerda Montenegro, ganhou autonomia definitiva em sua toponímia como município de CARNAUBAIS.
Sem esquecer da primeira professora Adalgisa Emília da Costa, da incentivadora cultural Celina Duarte de Moura e Monsenhor Honório que foi seu primeiro vigário.
Chico Torquato
Do blog de: Aluizio Lacerda
ARTIGO - ANTÔNIO DE SOUZA - UM GOVERNADOR ESQUECIDO
GOVERNADOR ANTÔNIO DE SOUSA
A diferença é sobre aquilo que o passado deveria ter sido para que a evidência faça o melhor sentido. Afirma GOLDSTEIN.
Nunca é demais afirmar que Antônio de Souza é o personagem da história do Rio Grande do Norte que sofreu o mais injusto esquecimento.
Fala-se muito e muito se escreve sobre Pedro Velho, Alberto Maranhão, José Augusto, Juvenal Lamartine e Aluísio Alves. Más não é reconhecido que Antônio de Souza foi o melhor Governador que já tivemos. Honradez, tino administrativo e conhecimento da problemática socioeconômico do Estado.
Vejamos a cronologia política de Antônio de Souza.
1892/1894 Deputado Estadual;1906-Em 09/12 é eleito Governador para completar o quadriênio em face da renuncia do Governador Augusto Tavares de Lira; 1907- 23/02 toma posse no cargo de Governador; 1908- 25/03 termina o mandato a frente do executivo estadual. Em 01/09 é eleito Senador na vaga de Pedro Velho; 1915- Reeleito Senador; 1920- 01/01, assume o cargo de Governador, para o qual foi eleito pela segunda vez; 1931- 09/08, assume o Governo no cargo de Interventor até 11/10;
1932- Em virtude da renúncia do Interventor, assume o Governo, permanecendo a frente do mesmo de 29/01 a 02/02. Nova substituição de 05/02 a 10/06; 1934- 23/01, ascende novamente a chefia do executivo estadual como substituto legal. Permanecerá no cargo até 06/03. Novas substituições de 08 a 17/10 e de 19 a 28/11. 1935- Substitui o Interventor de 2/9 e de 02/02 a 01/03.
1955 - 05 de julho, falece no Recife onde morava, seus restos mortais foram transladados para o cemitério do Alecrim - Natal/RN.
Chico Torquato
Do blog de: Aluizio Lacerda
terça-feira, 9 de junho de 2020
UMA VIAGEM NO TEMPO
Remexendo meus arquivos encontrei o registro destas imagens fotográficas em que gozamos de um especial momento, adquirindo mais experiência e aprofundamento no campo politico por ocasião de fazer assessoria parlamentar no gabinete do deputado Paulo Montenegro. Passamos dois anos de efetivo convívio com a classe politica co-estaduana na assembleia legislativa no inicio dos anos 90.
Exibimos aí uma das andanças acompanhando o deputado varzeano, vindo a cidade de Assu com o candidato a senador da república pelo RN, sindicalista Francisco Urbano.
Remexendo meus arquivos encontrei o registro destas imagens fotográficas em que gozamos de um especial momento, adquirindo mais experiência e aprofundamento no campo politico por ocasião de fazer assessoria parlamentar no gabinete do deputado Paulo Montenegro. Passamos dois anos de efetivo convívio com a classe politica co-estaduana na assembleia legislativa no inicio dos anos 90.
Exibimos aí uma das andanças acompanhando o deputado varzeano, vindo a cidade de Assu com o candidato a senador da república pelo RN, sindicalista Francisco Urbano.
Nesta reunião no sindicato da Lavoura, se fazia presente o deputado
Arnóbio Abreu candidato a vice governador, comandante Edgar Montenegro,
deputado Paulo Montenegro, vereador Astério Tinoco - Aluizio Lacerda
(assessor) e Nilton assessorando o sindicalista Urbano.
Ainda destacamos na foto Edgarzinho e Johnson.
Neste percurso de contatos tivemos um encontro com o deputado federal João Faustino no hotel Arraial do amigo Zé Wilson de Sousa e o agropecuarista Berg Barreto que foi candidato a prefeito em Carnaubais.
Ainda destacamos na foto Edgarzinho e Johnson.
Neste percurso de contatos tivemos um encontro com o deputado federal João Faustino no hotel Arraial do amigo Zé Wilson de Sousa e o agropecuarista Berg Barreto que foi candidato a prefeito em Carnaubais.
TERÇA-FEIRA
Quem seria aquele homem, amigo e contemporâneo de Olavo Bilac, Da Costa e Silva, Alberto de Oliveira, Tasso da Silveira, Mário Pederneiras da Silva, Alberto de Oliveira, Hermes Moreira, Murilo Araújo, Hermes Fontes, Osvaldo Aranha, Lima Campos e José Geraldo Vieira?
Quem seria aquele homem que amava os animais, convivia com eles, conversava com eles, como se fôsse o povorelo de Assis?
Quem seria aquele homem, quase réplica de São João Batista (padroeiro do seu povo) comendo gafanhoto e mel silvestre, também como ele, um caniço agitado ao vento?
Quem seria aquele homem que acreditava na encarnação e dizia e repetia que as palavras não se perderiam nunca, que um dia todas elas voltariam gravadas eletronicamente pelo absoluto?
Quem seria aquele homem, abandonado ao sonho, sonhando frutos e legumes na mesa de todos, sonhando pássaros cantando, calculando produção, vislumbrando exportação, numa terra bíblica para ele, onde o cordeiro e o lobo conviviriam um dia e que ele a chamou de Frutilândia?
Quem seria aquele homem, "ansioso por conhecer o outro lado", mistura de eremita e visionário, um pouco de demônio e muito de Deus, cujos versos já foram declamados na BBC de Londres?
Quem seria aquele homem que foi-se embora pra Frutilândia, mais bela do que Pasárgada, mais distante do que os asteróides de Saint-Exupery?
Quem seria aquele homem, cujos versos as escolas não conhecem e cujo nome não enfeita nem as praças, nem as avenidas, nem as portas dos botequins?
Se eu fosse prefeito do Açu, cada rua teria o nome de um poema de João Lins Caldas. Uma se chamaria Ïsabel"; outra, "Quando Laura Morrer", a praça do cemitério se chamaria "Sinfonia Negra"; o clube se chamaria "Dentro do Sonho"; a praça da matriz, "Deus Tributário"; o quartel, "Litanias de Um Doido"; o acesso à cidade "Chão de Enterro", o hotel se chamaria simplesmente "A Casa".
Se eu fosse prefeito do Açu, colocaria os poemas de João Lins Caldas nas estradas, nas pedras, nas porteiras, nas despedidas, nas saudações, e a quem não se confessasse convencido, eu repeteria o seu diálogo:
"Consola-te. Afinal não há mais nada".
Não há mais nada? E o coração da gente?"
Se eu fosse prefeito do Açu, eu pederia ao DNOCS para que o projeto de Irrigação se chamasse Frutilândia e que os técnicos antes de percorrer o vale, tivessem em suas mãos o sonho de João Lins Caldas:
Como essa manhã me acorda com os passarinhos
Que matinal de árvores e de pássaros
Pinga o orvalho das folhas como pérolas trêmulas, molhadas,
Cardeiros à distância e perto a cerca fulfa dos cercados.
No terreiro da casa, as galinhas ciscandos
Um pio de nambu é remoto à distância...
Ouço e vejo lá fora... há como que em mim um anseio de embriagado.
Vontade de correr, andar, ser como um pequeno cabrito a saltar pelo relvado...
O milho verde a subir, a cana grossa, o espigar das bonecas...
O louro-roxo do cabelo aqui e ali pelos ventos levado...
Parado... o ar aqui, agora, um ar parado...
Nem um grilo a trilar nem um mover de folhas...
Sáio... acendo o cigarro... as mãos trêmulas de gozo...
Isso que aqui plantei, que as minhas mãos cavaram...
cajueiros aos cem, azeitonas, mangueiras...
Ah! Se eu tivesse na vida como aqui sempre plantado.
E vejo, no crescer, pequena, a laranjeira
Tão verde no buraco fundo que lhe foi cavado
A minha laranjeira! A minha laranjeira!
Os frutos que dará encantando o cercado.
Meu rancho, ali, os potes na biqueira...
Pobreza assim riqueza só... um dia
Reposarei em mim essa pobre cabeça de cansado...
Lembrarei meus veros, direi versos para mim e para o céu estrelado...
A noiva que não tive... e recordo sem mágoa
Aquela que passou, culpa de mim que somente
Vão em cortejo ao olhar do meu pensamento, sombras vagas.
Arina! Um filho pela mão... lá atravessa seu filho...
E os filhos que não dei, as almas culpa de mim que não vingaram
Basta... volto-me ao sítio do meu silêncio proclamado
É a música de tudo em tudo que de mim, na sua essência...
O sol... o sol dessa manhã é agora todo o meu cuidado.
Olho o sol... a ânsia de talvez de pelo sol perder-me
E já não ser de tudo aquele mundo todo nas raíses...
As árvores que quero ver... as pequenas plantas que quero ver dos meus pequeninos berços elevadas.
E olho-as... as minhas crianças verdes, as minhas romanzeiras enramadas...
O cigarro se apaga, a fumaça não sobe...
Vamos entrar o rancho, agitar gravetos, fazer o fogo...
E brinquedo, o meu cão, que aqui por esse andar me tem sempre acompanhado...
Olhos aos olhos do cão... não, Brinquedo que nem sempre tem me acompanhado.
Agora eu entendi porque João lins Caldas disse certa vez: "O Açu é meu inferno".
Agora eu entendi porque em Bauru, ao ouvir em 1932, VIVAS a São Paulo, ele cortou a multidão como um relâmpago inesperado: "Alto lá! Viva o Brasil!"
Agora eu entendi os seus telegramas malcriados ao ditador Vargas e o seu voto permanente (mesmo que ele não fosse candidato) a Eduardo Gomes.
Agora eu entendi porque ele admirava tanto Carlos Lacerda e de repente em 1964, eliminou-o de sua convivência mental.
Agora eu entendi. Ele nasceu impregnado climaticamente de liberdade. Não foi por acaso que João Lins Caldas nasceu em 1888".
(José Luiz Silva, Em "Apesar de Tudo", 1986)
Outro dito popular...
Na vida não tenho pressa
Devagar, tudo consigo
Desde o pão, até o amigo
Busco o que me interessa
Juntando de peça em peça
Do linho fino ao trapo
Entre o afago e o sopapo
Vou aprendendo a lição
BICANDO, DE GRÃO EM GRÃO
A GALINHA ENCHE O PAPO
Fabio Gomes
Na vida não tenho pressa
Devagar, tudo consigo
Desde o pão, até o amigo
Busco o que me interessa
Juntando de peça em peça
Do linho fino ao trapo
Entre o afago e o sopapo
Vou aprendendo a lição
BICANDO, DE GRÃO EM GRÃO
A GALINHA ENCHE O PAPO
Fabio Gomes
segunda-feira, 8 de junho de 2020
sábado, 6 de junho de 2020
No início do século XX as pessoas não costumavam tomar banho de mar em Natal
Pois é! As praias eram frequentadas praticamente só por pescadores. O hábito de curtir uma praia começou quando a “Inspetoria de Hygiene Pública” passou a recomendar o banho de mar como “prática medicinal”.
Entre os anos 1920 e 1930, com a ampliação da linha dos bondes até o Monte Petrópolis (atual HUOL), e depois a´te Areia Preta, a construção do “balneário público”, as famílias começaram gradativamente a frequentar a “Ponta do Morcego”.
No início daquele século o acesso à praia de Areia Preta era feito por uma estrada precária. Mas no ano de 1915 a Companhia de Bondes Ferro Carril, empresa responsável pela exploração dos bondes de Natal, prolongou seus trilhos até a praia, com uma parada em Petrópolis, o que contribuiu para intensificar a ocupação da praia, até por residências de uso ocasional.
Antes de entrar na praia, as pessoas passavam pela “casa de banhos” (chamado de Balneário Público), onde trocavam de roupa. Os rapazes tomavam banho com calção e camisa esporte, nunca tiravam a camisa. No máximo 8 horas da manhã todos já estavam de volta e às suas casas e a praia voltava a ficar deserta.
Se gostou veja também 8 curiosidades sobre a chegada do surf à Natal (RN)
Informações de João Sizenando Rossiter através do livro “Natal do Século XX” (pág. 53) e “A Origem do Veraneio em Natal” de Brechando.com
De: https://curiozzzo.com
sexta-feira, 5 de junho de 2020
TANGO
A origem do tango data do final do século XIX, produto de uma mistura de vários ritmos provenientes dos subúrbios de Buenos Aires e de cidades do outro lado do Río de la Plata, no Uruguai. Esteve associado desde sua origem com bordéis e cabarés, âmbito de contenção da população imigrante massivamente masculina. Não passou muito tempo até que o tango se estendesse também aos bairros proletários e logo passasse a ser aceito “nas melhores famílias”, principalmente depois que a dança teve sucesso na Europa.
A melodia provinha de flauta, violino e violão, sendo que a flauta foi posteriormente substituída pelo bandoneón (espécie de sanfona). Os imigrantes acrescentaram ainda todo o seu ar nostálgico e melancólico e, desse modo, o tango foi se desenvolvendo e adquirindo um sabor único. Simultaneamente, uma linguagem paralela ia se formando dessa mistura de raças e ritmos, o denominado lunfardo.
Carlos Gardel foi o primeiro grande divulgador do tango no exterior, alcançando enorme repercussão no começo da década de 1930. Depois de alguns anos de esquecimento fora da Argentina, o interesse pelo gênero ressurgiu graças a Ástor Piazzolla, quem lhe deu uma perspectiva totalmente inovadora. O tango também deve muito aos grandes mestres e suas orquestras brilhantes, evocando nomes como Aníbal Troilo, Homero Manzi, Enrique Santos Discépolo, Osvaldo Pugliese, Mariano Mores, entre tantos outros.
Hoje em dia, o tango ocupa um lugar de honra no coração de argentinos de diversas gerações. Com epicentro em Buenos Aires, as referências a esse ritmo estão presentes em luxuosos, tradicionais ou modernos shows de tango e milongas, em canais de TV e em rádios, em sapatarias especializadas, em cursos para todos os níveis, na música eletrônica e, enfim, na constante reinvenção do tango.
No mundo, o ritmo tem adeptos fervorosos que vão do vizinho Brasil até o remoto Japão, o que se comprova no Campeonato Mundial de Tango que é disputado todo ano em Buenos Aires. Em 2009, o tango foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO.
Carrego o anseio na leveza das mãos
e o incenso na cor dos olhos.
A vida não me deixou espaço para as ilusões,
percebo o quão frágeis são as minhas maquilhagens.
Escrevo tanto quanto guardo a minha voz,
nada me foi fácil ou grácil; apenas a nudez
de quem caminha célere sem qualquer chão.
Foram tantos os quadros que pintei
nos sonhos murmurados no silêncio do meu pensamento.
Olhando o horizonte limitado pela realidade, cobro-me de incertezas
Não sei quem sou.
Sou difícil de entender,mais difícil de definir.
Tatuados na imperfeição do meu ser
pinto com palavras coloridas
os sonhos que em segredo me vestem a alma.
Descobrindo em cada um, que ainda estou viva.
Sou eu apenas, em segredo.
Em segredo me dou e em segredo me reencontro.
Cristina Costa
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