quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Igreja do Galo - Cidade Alta - Natal anos 70 ou 80
 
 

 

Grandes Esquadrões e Grandes Jogadores

ELE ACREDITOU QUE JOGARIA O MUNDIAL PELA SELEÇÃO BRASILEIRA: SIMONAL E A COPA DE 70 NO MÉXICO!
 
De todas as discussões que surgiram sobre a Copa do Mundo no Brasil, lembro de outro momento emblemático que ligou futebol, política e também música: a Copa do México de 1970.
Poucas competições foram tão bem utilizadas para criar um clima de nacionalismo. A ditadura fez isso com bastante força e as coisas reverberaram para o campo musical. Era época do “Eu te amo, meu Brasil”, dos Incríveis.
 
A seleção, que viajou um pouco desacreditada para Guadalajara, ganhou um grande reforço chegando lá: Wilson Simonal. A ideia de João Havelange era de usar toda a reverência que já existia em torno do nome do cantor, que estava em turnê pelo país, e fazer com que a torcida mexicana virasse a torcida brasileira. Ele conseguiu.
 
Wilson Simonal já era conhecido do meio futebolístico. Ele foi convidado para cantar na noite do milésimo gol de Pelé, em 1969. Aliás, coincidentemente ou não, os dois eram patrocinados pela mesma empresa.
 
No excelente livro “Nem vem que não tem: a vida e o veneno de Wilson Simonal” (Ed. Globo), de Ricardo Alexandre, tem uma ótima história: o intérprete já era muito amigo de Pelé, e isso fez com que ele conseguisse ficar na concentração da seleção. Fazia seus sambas ali até que um dia o convidaram para um coletivo.
 
Wilson Simonal acreditou que poderia ser jogador da seleção brasileira de 70! Um atleta tinha se contundido e estava prestes a ser cortado. Chamaram o cantor para preencher a vaga no coletivo e ele foi. Resultado? Menos de 20 minutos depois ele desmaiou por falta de oxigênio pela grande altitude local. Essa pode ter sido a maior peça feita pelos atletas daquele time.
 
Simonal se sentia o máximo, que podia tudo, e naquele período podia mesmo. Ele fazia um sucesso exemplar e engatilhava uma carreira de sucesso no exterior, pena que depois do caso que o relacionou com a ditadura – possivelmente ele não tinha nada a ver – ele tenha ficado distante da música e das histórias futebolísticas.
 
O sucesso por lá também resultou em disco: “México 70”, só lançado no Brasil recentemente. Aqui a fantástica versão de “Aqui É o País do Futebol”, de Milton Nascimento e Fernando Brant.
 
 Pode ser uma imagem de 2 pessoas, pessoas jogando futebol americano, pessoas em pé e bola


CHICO E CHICA

Por Renato Caldas
 
Sinha môça, eu conto um fato
De chico ôio de gato
E chica Passarinheira:
Ele, vendia missanga,
Pó de arroz e burundanga;
Era mascate de feira.
Chiquinha, uma roceira
Disposta e trabaiadeira...
Pegava os pásso e vendia.
Porém, tinha um priquito
Muito mansinho e bonito
Qui ela, vendê num queria.

Chico, toda menhanzinha,
Ia a casa de Chiquinha
Já cum mardósa intenção...
Na cunversa qui travaram,
Os óios, se encontraram:...
Tibungo, no coração.

Chico môço da cidade
Cunversa de verdade,
Dotô em tufularia,
Foi devagá se chegando,
Passando a mão alisando
E o priquitinho cedía
O bicho se arrupiava...
Ela, calada deixava,
Gostava daquele trato.
Nisso o amô pôz a canga!
Pôi-se a brincar cum a missanga
De Chico Oio de Gato.
Um brincando, outro alizando
E a missanga amariando
Nisso, um gritinho se ôviu.
Num é qui o priquito-rico,
Teve fome e abriu o bico...
Bufo - a missanga engoliu.

Chico mudô de caminho!
O verde priquitinho
Bateu asas e avuô...
E Chica Passarinheira,
Tá sôrta na buraqueira...
Inté o nome mudô.

Tristeza não é chorar. Tristeza é não ter para quem chorar.

Mia Couto


 

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Aluizio Lacerda: COMUNICADO - CANCELAMENTO DE EVENTO DA CONFRATERNI...

Aluizio Lacerda: COMUNICADO - CANCELAMENTO DE EVENTO DA CONFRATERNI...:   Impulsionado por um sentimento maior de afetividade familiar, tomado por uma emoção antecipada, decidimos fazer um grande encontro de fami...

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Pra viver sua vida com firmeza
Na labuta diária da campina
Sem temer as distâncias nem a sina
Segue os passos da lida com destreza
Tem a fé que caminha na incerteza
Seu andar é constante e diligente
Enfrentando o calor do sol ardente
Pede a Deus que segure sua mão
Camponês de raiz em seu torrão
Caminhou muitas léguas no sol quente.
 
Mote:Maria Willima
Glosa:Núbia Frutuoso

 


terça-feira, 9 de agosto de 2022

 

Compartilhado com Seus a
SAUDADE
De quem é esta saudade
que meus silêncios invade,
que de tão longe me vem?
De quem é esta saudade,
de quem?
Aquelas mãos só carícias,
Aqueles olhos de apelo,
aqueles lábios-desejo...
E estes dedos engelhados,
e este olhar de vã procura,
e esta boca sem um beijo...
De quem é esta saudade
que sinto quando me vejo?
(Poema de autoria de Gilka Machado [1893-1980]. Carioca, foi a primeira poetisa a escrever versos de cunho erótico, no Brasil, no início do século XX, alheio aos preconceitos da época. Poema do livro intitulado Velha Poesia, 1965).



sábado, 6 de agosto de 2022

 

No registro civil de Aluízio Alves constava como avô paterno, Manoel Alves Martins, e como avó materna, Josefina Emília, esta irmã daquele. Quando o pai deles foi assassinado em 1871, lá no Rosário, eles aparecem como filhos órfãos, no inventário. Manoel Alves Martins era o mais novo dos 9 irmãos, nessa data, com apena 4 anos. Eles tiveram como tutor o tio Manoel José Martins, morador de Cacimbas do Viana, na localidade hoje conhecida por Porto do Mangue.
 
 Nenhuma descrição de foto disponível.

 

Casarão na fazenda Dois Riacho no município de Catolé do Rocha PB. Cosntruido em 1885 pelo Coronel Valdivino Lobos Ferreira Maia. Daqui ele mandava em todo o sertão paraibano com grande poder e riqueza. Essa casa foi a sede da maior e mais rica fazenda de gado do sertão paraibano. Em 1922 um bando de cangaseiros comandado pelo Sinhó Pereira e também fez parte Lampião e dois dos seus irmãos. Que fizeram um dos mais valioso roubo da história do cangaço. Eles saíram daqui levando sacos de moedas de ouros e joias, facas e talheres de ouros. E os cavalos todos enfeitados de colares no pescoço e pulseiras de ouro nas patas.

 






Arte de Lucia Caldas

Pode ser arte

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Recife de Antigamente

Nenhuma descrição de foto disponível.
Em 1916 o então chamado Horto Florestal de Dois Irmãos foi fundado nas terras do Engenho Dois Irmãos, pertencente aos irmãos Antônio e Tomás Lins Caldas. Desse parentesco veio a origem do nome, que também batizou o bairro. O engenho foi um dos primeiros fundados no Brasil, no ano de 1577. Só em 14 de janeiro de 1939 transformou-se no então Jardim Zoobotânico de Dois Irmãos, cujo primeiro diretor foi o professor e ecólogo João de Vasconcelos Sobrinho. (Fonte: http://www.portaisgoverno.pe.gov.br/.../parque.../historico)

Foto: Ivan Granville, 1939, enviada por sua neta Danniele Granville

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Lembrando João Lins Caldas.
 
Hoje, 1/8/22, se vivo fosse, o lírico João Lins Caldas completaria 134 anos de idade. Nasceu em Goianinha, de família do Assu, ambos importantes municípios da terra potiguar. Caldas não alcançou a glória conforme desejava. Sonhava ganhar um Prêmio Nobel de Literatura. Tinha ele “o temor de não compartilhar com a humanidade a sua produção intelectual. O resultado de uma vida inteira dedicada ao manuseio e amor as letras. Resultado esse que já temia não ver repassado ao mundo literário."
 
Escreveu o bardo Caldas, na grandeza do seu poetar:
 
Não creiam ser na vida a morte o que eu mais temo.
A dor não me intimida, o mal não me apavora.
Eu só temo no fim, é o fim daquela aurora
Que fez grande Camões e que é meu bem supremo.
 
Pela morte eu não tremo e pela vida eu tremo.
Mas, a vida, que é mãe e do pesar senhora.
O sonho que me deu pesadamente escora
Com o gosto de querer da glória o sonho extremo.
 
Esse sonho me doma, esse sonho me arrasta:
Por ele adoro a vida esse profundo inferno
Por ele odeio a morte, essa miséria casta.
 
Braços dados com a vida , eu de de seguir-lhe o norte.
Braços dados com a vida, eu de segui-la eterno
Com os olhos para a vida e os braços para a morte.
 
Pena que João Lins Caldas não conseguiu publicar-se trilíngue: português, inglês e francês conforme desejava, seus mais de dez livros que tinha, ficaram apenas nos manuscritos, pois se tivesse publicado todo aquele seu trabalho, teria certamente conseguido a consagração.
 
(Fernando Caldas)
 
Na fotografia. Da esquerda para direita: João Lins Caldas e o romancista paulistano José Geraldo Vieira.
 

 

 Pode ser uma imagem de cão, flor e texto que diz "Rosa @Ca Casa "Animais são anjos disfarçados mandados à Terra por Deus para mostrar ao homem o que é fidelidade." Arthur da Távola"

Assu minha terra primeira
De antigas glórias
Banhada por rios
Açudes e lagos
Verdes carnaubeiras
A cidade é bela
A sua história é rica, vasta
Terra berço da poesia
De Renato, João Lins Caldas
Poetas geniais.
 
(Fernando Caldas)

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sexta-feira, 29 de julho de 2022

Mas, quem nos conduz: Deus
Pois, se Deus nos conduz
O nosso caminho
Seja feita a sua vontade
Ele é quem guia o nosso caminho!

Fernando Caldas

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...