quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

POESIA EM TEMPO DE GUERRA...

Caminhos de sangue (20)
(OTHONIEL MENEZES)

O pé das caboclas descuidadas
pisa agora a estrada da guerra
onde eu sou milionário.
Vão ao rio, descem ao vale ainda úmido,
cheirando, sob a diáfana bafagem da névoa,
a cajueiros em flor...
Breve, talvez, esse bucólico itinerário
onde há tinidos esparsos, sucupiras
de mantos lilases, ubaias douradas e
mel.
Soldados, pequenos soldados pardos,
ingênuos, cabeças de papel.
Furiosos sob a metralha, atravessando a
ponte, caindo como gafanhotos
verdes na cachoeira.
E somente restará, tímida, trêmula, sob
a bananeira da margem silenciosa,
a última da tribo dos mestiços da
Ponte Velha,
estúpida, olhando os heróis despedaçados
na água do rio inocente refletindo
pobres flores azuis e pau-d’arqueiros
com grandes túnicas de quaresma.
Todas as estradas por onde ainda
vagam sombras de sacrificados,
são iguais a essa da Ponte Velha.
Onde as caboclas felizes vão pela
manhã a cachoeira.
No vale onde estão ainda em paz
e em flor os cajueiros...

("Obra Reunida)

(20) O poema, certamente escrito durante a Segunda Guerra, não foi incluído
por OM no livro A canção da montanha (1955), tendo sido publicado em
1949, num dos jornais locais. O poeta fala em “estrada da guerra”, “Ponte
Velha”, “caboclas descuidadas”, “cachoeira”, pintando um quadro – sem
dúvida, crê o autor destas Notas – do que, diariamente via, ao se deslocar
de Natal para Parnamirim, onde trabalhava, à época do conflito mundial.
As caboclas eram a lavadeiras, a cachoeira a do rio Pitimbu e a ponte,
chamada de “Velha”, modernizada pela engenharia dos americanos, obra
d’arte da “Parnamirim Road”. O local, hoje em dia (2009), poluído e
devastado por obra e graça de especuladores e de autoridades desonestas,
não vale mais sequer um poema performático de algum maluco aqui da
Jerimulândia...(Nota de LAÉLIO FERREIRA DE MELO)


Lançado no Rio de Janeiro livro que discute a histórica insatisfação popular com os transportes públicos no Brasil

Os problemas de sempre

Janine Justen:

  • Linha Central. Foto: Acervo Biblioteca Nacional
    Linha Central. Foto: Acervo Biblioteca NacionalEm épocas de manifestações populares, que se estenderam desde o meio do ano por 350 cidades brasileiras, a pauta de transportes públicos está em alta. Mas “as jornadas de junho não começaram com a história dos 20 centavos”, explica Paulo Terra. Fruto de anos de pesquisa construídos desde a sua graduação, o livro Cidadania e Trabalhadores – Cocheiros e Carroceiros no Rio de Janeiro (1870-1906), resultado de sua tese de doutorado defendida na UFF em 2012, lançado nesta semana, no Rio de Janeiro.

    “Desde o século XIX, já se percebe o favorecimento do poder público às grandes empresas com assinaturas e manutenção de contratos, sem que houvesse um real cuidado com a qualidade desse serviço”, argumenta o historiador, que defende a ideia de que os transportes tomam um tempo enorme do cotidiano das pessoas sendo, por isso, elemento central para o entendimento de nossas relações sociais.
    Para o autor, o objetivo do trabalho é fugir de uma abordagem essencialmente técnica, ou seja, tratar da questão dos transportes como meros avanços da tecnologia. “A proposta é estudar os passageiros, os funcionários e suas visões sobre o serviço, além de perceber de que maneira se davam as intervenções do Estado e a postura dos empresários.”
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    Do nascimento do transporte de carga – ainda nos anos 1800, no auge da exportação do café – ao uso corriqueiro de bondes e carroças nos centros urbanos do país, o historiador enfatiza a questão dos trabalhadores, aspecto, para ele, muito pouco estudado até então: Quem eles eram? Como se davam as condições de trabalho (jornada, salário, relacionamento com os patrões e governo)? Como a população os percebia? Essas foram algumas perguntas-chave para o desenvolvimento do trabalho, que investiga, também, os serviços de fiscalização, as greves e as reivindicações de um público desde sempre insatisfeito.
    Entre atrasos, veículos lotados, inúmeros acidentes e aumento de tarifas, os problemas do transporte público são nossos velhos conhecidos. Segundo Terra, na virada do século XIX para o XX, os jornais passaram a ter colunas especificas baseadas em relatórios policiais para noticiar os casos de atropelamentos e descarrilamentos, reivindicações por tarifas mais brandas e greves de funcionários. “Temos aí um passado importante com a emblemática Revolta do Vintém e outros grandes protestos ocorridos em 1901 e 1902”, pontua o historiador.
    Além das vendas, o livro ficará disponível para download gratuito no site do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro. “Minha maior satisfação é esta possibilidade de circulação, já que na academia a gente fica restrito a quatro gatos pingados especialistas ou gente relacionada ao seu próprio tema (o que, no meu caso, são poucos). Prezo pelo livre acesso à obra para que se tenha discussão: outras leituras, comentários e críticas”, declara Paulo Terra, que não esconde as expectativas para o lançamento.

20 FATOS SOBRE A HISTÓRIA DO SEXO


Publicado em 12/12/2013


O sexo acompanha o ser humano em toda a evolução. Apesar de nossos antepassados e todos nós termos nascidos a partir de um ato sexual, o tema ainda é motivo de polêmica e taboo em várias culturas e/ou religiões ocidentais e orientais. Com o objetivo de conhecermos a forma como nossos ancestrais encaravam o tema, confira 20 fatos sobre a história do sexo.
- Estudos feitos por arqueólogos em objetos e pinturas rupestres indicam que os seres humanos na Pré-História já distinguiam sexo de reprodução, usavam cosméticos naturais para incrementar a paquera, faziam sexo em posições diferentes e usavam até mesmo métodos anticoncepcionais.
- As posições sexuais variavam. Uma imagem encontrada em Ur, na Mesopotâmia, datada de 3200 a.C., mostra a mulher por cima, posição também encontrada em obras de arte da Grécia, do Peru, da China e da Índia. Uma outra imagem mostra a mulher sentada com as pernas levantadas para facilitar a penetração.
- No Paleolítico, os machos dominantes se casavam com várias mulheres, seguindo o comportamento de animais polígamos, como bisão e veado. Já no Neolítico, a monogamia passa a ser predominante. Observando o estilo de vida dos animais domesticados, os homens passaram à monogamia.
- Não faltam exemplos da prática da masturbação na Pré-História: há de estátuas a bastões fálicos talhados em madeira ou em pedra. Uma das estátuas, de Malta, mostra uma mulher se masturbando de pernas abertas por volta de 4000 a.C. Outra retrata um homem no ato em 5000 a.C.
- Os homens usam plantas medicinais há pelo menos 40 mil anos. Arqueólogos desconfiam que plantas do gênero Aneilema eram usadas para evitar a gravidez, enquanto a borragem provavelmente já era usada para amenizar os sintomas da tensão pré-menstrual nas mulheres e como afrodisíaco para os homens.
Sexo-Venus-Willendorf
- Pesquisadores apontam que a atividade homossexual masculina e feminina é comum em mais de 200 espécies de mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes e insetos, o que poderia indicar que também era praticada pelos homens pré-históricos.
- O sexo entre homens e animais – a zoofilia – também era praticada. Há uma pintura rupestre de cerca de 3000 a.C., em Val Camonica, na Itália, que mostra um homem copulando com um asno! Já na Sibéria aparecem imagens de homens copulando com alces.
- Os homens faziam estátuas eróticas que podem ser consideradas ancestrais da pornografia. A mais famosa é conhecida como Vênus de Willendorf: uma mulher de nádegas e peitos grandes com traços de corante vermelho, encontrada em uma região ocupada há 40 mil anos atrás.
- Na hora da paquera, o homem pré-histórico já tinha à disposição cosméticos feitos de plantas, como a hena, usada nos cabelos. Sabe-se que extratos de beladona eram usados para dilatar as pupilas e, assim, chamar mais a atenção. Havia ainda pigmentos avermelhados, que destacavam partes da pele.
- Quando o homem virou bípede, o corpo passou a ter novos focos de atração sexual. Os peitos das mulheres, únicas fêmeas entre os primatas que têm seios permanentemente grandes, passaram a ser tão atrativos quanto a bunda. O ser humano passou a ser um dos poucos animais que fazem sexo cara a cara.
Sexo-Roma-Antiga
- Na Antiguidade, a prostituição era regulamentada, o divórcio começou a existir e havia até deuses do sexo! Os romanos, por exemplo, prezavam tanto o sexo que havia uma lei para desincentivar o celibato: a solteirice e a falta de filhos eram punidos, e as pessoas cheias de herdeiros tinham privilégios.
- Os conhecimentos sobre a atividade sexual começaram a se aprimorar com Hipócrates, considerado o pai da medicina. Os romanos também estudavam o corpo humano e já conheciam algumas doenças venéreas, como a gonorreia, termo cunhado por Galeno no século 2.
- Os gregos e romanos eram monogâmicos – no império de Diocleciano, em Roma, a bigamia foi declarada ofensa civil. Mas os greco-romanos descobriram que o amor nem sempre é eterno: foi nessa época que surgiu o divórcio. As mulheres adúlteras podiam ser condenadas à morte.
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- Em Roma, as posições sexuais apareciam em pinturas, mosaicos e objetos de uso cotidiano, como lamparinas, taças e até moedas. Em uma face, ficava a posição sexual, e, na outra, um número. Para alguns historiadores, as moedas eram fichas de bordel, e as posições com penetração tinham números maiores.
- na Grécia e na Roma antigas, a masturbação era vista como natural. No Egito, a masturbação era até parte do mito da criação. Um dos ditos piramidais afirma que Aton, o deus do Sol, teria criado o deus Shu e a deusa Tefnut através do sêmen de sua masturbação!
- Casais de homem com homem e mulher com mulher eram comuns na Grécia. Havia até mitos para explicar a origem da pederastia, a relação entre homens maduros e jovens: o primeiro dizia que Orfeu, um dos seres da mitologia grega, acabou se apaixonando por adolescentes depois que sua mulher, Eurídice, morreu.
- O grego Hipócrates achava que o útero poderia deslocar-se pelo corpo da mulher em busca de umidade e poderia chegar até o fígado! Mas ele também deu bolas dentro: calculou a duração da gravidez em 10 meses lunares (cerca de 290 dias do nosso calendário), tempo parecido com os 9 meses atuais.
Orfeu-Euridice
- Os galanteios dos romanos seguiam um manual: o livro A Arte de Amar, do poeta Ovídio, escrito entre 1 a.C. e 1 d.C. Entre as dicas, estava o uso do goró: “O vinho prepara os corações e os torna aptos aos ardores amorosos”. Recomendava: “Esconda os defeitos e, o quanto possível, dissimule suas imperfeições físicas”.
- A legislação sexual romana era polêmica! Eram puníveis com a morte: adultério cometido pela esposa, incesto e relação sexual entre uma mulher e um escravo. No estupro, a punição sobrava até para a vítima – se não gritasse por socorro, a virgem poderia ser queimada viva.
- Em Roma, as prostitutas eram registradas e pagadoras de impostos, se vestiam com tecidos floridos ou transparentes, e, por lei, não podiam usar a estola, veste das mulheres livres, nem a cor violeta. Os cabelos deviam ser amarelos ou vermelhos.
Pintura da Idade Média
Pintura da Idade Média
- Na Idade Média, o orgasmo não tinha nada a ver com um prazer racional; era considerado uma força incontrolável. O corpo feminino era considerado mais suscetível ao pecado e à corrupção, necessitando da vigilância maculina. Não se costumava ficar completamente nu, nem para fazer sexo.
- O centro de uma casa nobre era um casal procriador, cercado de filhos solteiros, parentes e agregados. Porém, o adultério era comum nas famílias nobres e a poligamia era praticada e até admitida. Segundo a literatura, numa casa repletas de irmãs, sogras, tias, primas e cunhadas, só podia rolar incesto.
- A noite de núpcias poderia acontecer antes da cerimônia oficial do casamento, porque os noivos já estavam comprometidos pelo desponsatio, a partir do qual a noiva se tornava responsabilidade do marido e se mudava para o novo lar.
- No período medieval, um único leito não servia apenas ao casal, mas também a filhos e parentes. Ou seja, era cama famliar e não de casal, o que causava grandes preocupações morais. Cortinas podiam isolar a área destinada ao senhor. Quem tinha mais riqueza e poder, mantinha seus criados íntimos num quarto vizinho.
- O rapto de mulheres era corriqueiro até o século XII. Frequentemente, era feito com a concordância da mulher ou instigado por ela. Tratava-se de um modo de fazer valer a vontade dos pombinhos contra um casamento arranjado ou um meio de uma mulher se livrar de um mau marido.
Espartilho
- Os cabelos longos eram obrigatórios para as mulheres. Porém, como as longas madeixas tinham grande poder erótico, deveriam sempre ser trançadas. Todas as mulheres que não fossem prostitutas ou meninas, bem como as casadas quando saíam do quarto, deveriam cobrir as tranças com touca.
- Os costumes medievais recatados continuaram na Idade Moderna, mas a Reforma Protestante ajudou a tornar alguns deles menos rígidos. O divórcio, por exemplo, que era proibido pelo catolicismo, passou a ser aceito na Igreja Anglicana.
- A partir deste período, mudarm os padrões de beleza – mulheres com cinturas fina e seios fartos passaram a ser as mais desejadas. No século XVI, surgiu o espartilho, peça de roupa que projetava o peito da mulherada para cima e afinava suas cinturas.
Sexo-Cortesas
- De 1545 a 1563, o Concílio de Trento tornou a Igreja a responsável pelo casamento – antes, os casamentos eram só civis, e aconteciam em casa mesmo. A partir daí, passaram a acontecer diante de um membro da igreja.
- No século XVI, o pintor italiano Giulio Romano pintou uma série de 16 desenhos para um livro de sonetos obscenos de Pietro Arentino, retratando várias posições sexuais. Em um dos quadros, um homem de joelhos segura uma mulher, que está na diagonal e com uma das pernas sobre seu pescoço.
- As pinturas de Giulio Romano são fichinha comparadas ao Kama Sutra, que foi escrito provavelmente entre os séculos 3 e 4, mas só foi popularizado no Ocidente a partir de 1883, quando ganhou uma tradução em inglês. O livro contém a descrição de 529 posições sexuais.
- Mesmo com a pena de morte por enforcamento, os homossexuais não deixavam de sair do armário. No século 18, começaram a surgir vário bordéis masculinos na Inglaterra, as “molly houses” (“molly” era a palavra em inglês para “efeminado”).
Imagem do livro Les Bijoux Indiscrets, de Diderot.
Imagem do livro Les Bijoux Indiscrets, de Diderot.
- As prostitutas eram chamadas de cortesãs e seus quartos eram cheios de pentes, caixas de pó e frascos de perfume. Havia dois tipos de cortesãs. Algumas atendiam em casa e tinham uma agente, a alcoviteira, que buscava clientes nas ruas. Havia ainda as que trabalhavam em bordéis, tabelados pelo estado.
- A paquera às moças solteiras tinha data para acontecer. Nas noites de 30 de abril, árvores parecidas com pinheiros, chamadas maio, eram plantadas diante das casas das moças. Plantas espinhosas eram dedicadas às garotas orgulhosas e o sabugueiro, que exala mau odor, era uma forma de debochar das pobrezinhas.
- Os casamentos por amor, e não apenas por interesse, passaram a se tornar mais comuns, assim como o hábito de trocar cartas entre apaixonados. Muitas cartas tinham códigos secretos – o rei Henrique IV, que governou a Inglaterra de 1399 a 1413, usava, por exemplo, o $ em seus textos quando queria esconder algo.
- Na escola, todos já ouviram falar de Rousseau e Voltaire. Esses intelectuais do Iluminismo também escreviam pornografia. Na era moderna, tornaram-se comuns livros de contos eróticos. Voltaire escreveu o livro Candide, que tem alguns textos eróticos, enquanto Diderot fala de sexo em Les Bijoux Indiscrets.
- As leis mais humilhavam que puniam. O adultério, por exemplo, era punido na França com um desfile dos maridos traídos e das mulheres traidoras. Os homens eram obrigados a montar um asno e passear pela cidade usando chifres, enquanto as mulheres adúlteras tinham que montar em um asno, cobertas de penas.
- Em 1495, os soldados franceses em Nápoles dão sinais de tumores genitais. É o início da sífilis na Europa, uma das piores doenças sexuais modernas. Só em 1527,  é empregada pela primeira vez a expressão doença venérea, por Jacques Bethercourt.
- Por volta de 1550, o médico italiano Gabriel Fallopius descreveu os órgãos reprodutivos femininos, e um deles ganhou seu nome: as trompas de Falópio, hoje chamadas de tubas uterinas. A invenção da camisinha moderna também é creditada a Fallopius e ocorreu nessa década.
- Em 1554, o médico alemão Johannes Lange descreve uma doença bizarra: a clorose, que atacava quem não fizesse sexo. Entre os sintomas, letargia e palidez. O tratamento para curar a doença, obviamente, era a prática sexual.
Livro-Breve-Historia-Sexo
Se você gostou desta lista, sugerimos a leitura do livro Uma breve história do Sexo, de Claudio Blanc, mostra ao leitor como a sociedade encarou o sexo desde os tempos mais longínquos da Pré-História, acompanhando as diferentes alterações passadas pelas concepções no decorrer da linha do tempo.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

ARQUEOLOGIA – ACERVO DO RN TEM 500 MIL PEÇAS

Publicado em 08/12/2013

Peças de estudos arqueológicos encontradas no RN ficam no Laboratório de Arqueologia do Museu Câmara Cascudo - Foto - Alex Regis - Fonte - http://www.tribunadonorte.com.br/
Peças de estudos arqueológicos encontradas no RN ficam no Laboratório de Arqueologia do Museu Câmara Cascudo – Foto – Alex Regis – Fonte –http://www.tribunadonorte.com.br/
Quem visita o laboratório de arqueologia do Museu Câmara Cascudo faz uma viagem ao passado. Dentro de caixas, prateleiras e em cima de mesas de trabalho, estão guardadas, segundo estimativas do professor Luiz Dutra – responsável pelo setor – mais de 500 mil peças descobertas em aproximadamente 1.500 sítios arqueológicos já identificados no Rio Grande do Norte. Isso não é tudo. Além da instituição comandada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), há peças arqueológicas depositadas na Universidade Estadual do RN (UERN).
Luiz Dutra explica que, na última década, houve um salto significativo na quantidade de áreas arqueológicas identificadas em território potiguar. “Em 2000, fiz um levantamento no que estava catalogado e havia apenas 100 sítios cadastrados. Implantei um projeto na UFRN e conseguimos multiplicar esse número”, diz.
Os números não são precisos. A Universidade não dispõe de um curso de graduação em Arqueologia e a equipe do professor Luiz Dutra é restrita. “Em contrapartida, há um volume extenso de trabalho no Estado”, coloca.
Arquelógico
O resultado das escavações da Alasca Arqueologia em João Câmara e Extremoz será encaminhado para o Museu. É o Iphan o órgão responsável por indicar onde os vestígios do homem serão depositados. “Para começar o estudo, é necessário a autorização por parte do Iphan porque o empreendimento está intervindo num bem da União, que é o sítio arqueológico.
Depois de publicado essa portaria no Diário Oficial, o arqueólogo vai a campo fazer a pesquisa e, se ele descobrir os sítios, haverá uma segunda fase da pesquisa que será determinada de acordo com a importância desse sítio. Por fim, o material é encaminhado para uma instituição. No RN, o normal é que vá para UFRN ou UERN”, explica Onésimo Santos.

Bom trabalho
O superintendente do Iphan diz ainda que o volume de trabalho representativo em terreno potiguar é explicado por alguns fatores. Um deles é o bom relacionamento entre Iphan e Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
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“O Iphan-RN tem um bom entendimento com o Idema e Ibama. Somos um bom exemplo para o Brasil. Em outros Estados há mais empreendimentos, mas a interação entre os órgãos ambientais não é bem articulada”, justifica.
Contratação de estudo arqueológico é obrigatório
A contratação de estudo de arqueologia é uma obrigação de toda empresa antes de iniciar qualquer empreendimento em áreas remotas dos grandes centros urbanos. É preciso autorização do Iphan para iniciar as atividades sob pena de responder civil e criminalmente. No Rio Grande do Norte, não é comum a desobediência à lei, no entanto, há casos de empresas que, literalmente, passam o trator por cima das recomendações e começam a construção sem a análise do solo.
O último caso registrado ocorreu há dois anos, no município de Guamaré, a 165 quilômetros de Natal. Após denúncia do Iphan, Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal do RN apuram um suposto crime cometido pela empresa Brasventos Aratuá Geradora de Energia S.A. A empresa é acusada de destruir um sítio arqueológico localizado na comunidade conhecida como “Alegria”, no município litorâneo.
De acordo com informações repassadas pela assessoria de imprensa da Polícia Federal, a denúncia chegou à mesa do delegado responsável pela caso em janeiro deste ano. A denúncia do Iphan ocorreu em outubro de 2011.
O delegado já indiciou o proprietário da empresa, mas ele ainda não foi ouvido pois mora em São Paulo.   A empresa é acusada de infringir o que diz a Lei número 9.605, de 1998, mais especificamente o artigo 62. A pena para esse tipo de crime é reclusão, de um a três anos, e multa.

Linhas de transmissão
Os sítios encontrados em João Câmara e Extremoz estão localizados em áreas onde vão ser instaladas subestações e linhas de transmissão de energia eólica no Rio Grande do Norte. A obra está atrasada. Segundo a Chesf, a razão do atraso é a dificuldade para obter autorizações de proprietários de terra para instalar as torres em suas áreas.
A companhia também justifica o atraso com o  fato de ter encontrado resquícios arqueológicos. Com as mudanças no cronograma, a linha que interligará Extremoz à João Câmara será ‘energizada’ – ligada à rede – apenas em janeiro de 2014 e a que ligará Paraíso (Santa Cruz) à Lagoa Nova, só em julho do próximo ano. A primeira linha deveria ter sido entregue ainda em junho de 2012 e a segunda, de acordo com o último cronograma apresentado, em maio de 2014. Ambas, no entanto, estão atrasadas em mais de um ano, se considerados os prazos originais.

SOBRE O AFASTAMENTO DA GOVERNADORA DO RGNORTE ROSALBA CIARLINI

“O QUE HOUVE NO TRIBUNAL FOI QUESTÃO DE INTERPRETAÇÃO”, DIZ NILO FERREIRA

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Para o ex-juiz do TRE, a questão é exclusivamente de interpretação da legislação eleitoral, se deve ser aplicada ou não a Lei da Ficha Limpa à governadora e se é extensiva.
O advogado, especialista em direito eleitoral e ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Nilo Ferreira, fala em relação ao afastamento da governadora Rosalba Ciarlini e destaca que o que houve ontem no Tribunal foi uma questão exclusivamente de interpretação da legislação eleitoral, se deve ser aplicada ou não a Lei da Ficha Limpa e se é extensiva.
“É preciso deixar de lado a parte fática, houve abuso do poder econômico devidamente comprovado. A governadora incidiu nos artigos da Lei da Ficha Limpa que fala sobre conduta vedada dos agentes públicos em campanha, o que é preciso analisar é se é a campanha dela ou de outro”, fala Nilo Ferreira.
Especialista em direito eleitoral lembra a possibilidade de recurso junto ao TSE, após a publicação do acórdão. Rosalba Ciarlini pode recorrer e pedir uma medida liminar para se manter em exercício.
Gerlane Lima/Nominuto

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

PROGRAMA "MEMÓRIA VIVA" - TVU Natal - Parte 1 (um)


Morre Mauricio Gomes dos Santos (BAÍTO)!
*17/11/1950 +10/12/2013

Velório
Centro Velório São José.
10/12/2013 às 09:30h

Sepultamento
Cemiterio de Nova Descoberta
10/12/2013 às 17:00h


POESIA NATALINA



ENTÃO É NATAL

Pra festejar o natal
As árvores se revestiram
Noites se coloriram
Esperando do céu o sinal
De bons tempos e esperança
Panetones de saúde
Recheados de virtudes
Pros velhinhos e crianças
Montemos a árvore plena
De amor, justiça e paz
Felicidade e bem mais
Prosperidade em centena
Assim, num pisca-pisca desigual
Vivendo somente de luz
Glória aos céus, chegou Jesus
ENTÃO É NATAL!!!

Autor: Edivam Bezerra
Assuense - Radicado atualmente em Salvador/BA.
Dezembro de 2013.

Do blog Assu na Ponta da Língua, de Ivan Pinheiro.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

PSC na Estrada - Fortaleza (CE)

MENSAGEM NATALINA DE ABELARDO RODRIGUES FILHO

Programa 'Mais Médicos' chega a Ipanguaçu para fortalecer serviço público de saúde

O município de Ipanguaçu a 214 km da capital do Estado do Rio Grande do Norte é um dos municípios brasileiros que está recebendo reforço na saúde através do programa federal “Mais Médicos”. A cidade localizada na região do Vale do Açu, acolheu o médico cubano de 47 anos, Roberto Rosalves Pena, ele é natural da província de Matanzas localizada no litoral norte da ilha de Cuba, 90 km a leste da capital Havana.A parceria com o Governo Federal vai pagar salário de R$ 10 mil, em troca dos recursos federais, Prefeitura ira arcar com a alimentação e hospedagem. Atendimento irá beneficiar mais de 600 famílias.

Saiba mais www.Ipanguacu.rn.gov.br
Twitter: @Pref_Ipanguacu
‪#‎Saúde‬ ‪#‎MaisMédicos‬ ‪#‎PSF‬ ‪#‎GovernoFederal‬ ‪#‎GovernandoNossaTerra‬


A CARNAUBEIRA

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS





Venho de público externar nossa gratidão aos inúmeros parceiros que contribuíram em duas edições simultâneas do projeto  editorial das revistas que produzimos e lançamos no mercado competitivo um produto de qualidade. 

A CARNAUBEIRA lançada durante o período emancipatório do cinquentenário de Carnaubais e a belíssima programação das festividades alusivas a padroeira Santa Luzia, foram alvos de inspiração para a contextualização destas publicações.

Quero falar da importância destes investidores, todos com visão de futuro e solidariedade, sem suas presenças, marcando seus espaços em nossas páginas, não seria possível a concretização de tão brilhante iniciativa da ADL- Assessoria, Comunicação e Marketing. Todo trabalho gera custos adicionais, mas, procuramos dentro de uma visão lógica, unir boa vontade e compreensão pra lançarmos ao conhecimento dos nossos leitores duas revistas que enfatizaram com propriedades singulares. um pouco da nossa cultura, nos aspectos, políticos, administrativos, educacional e religioso, sem preocupação com sucesso comercial.
 Estamos deveras satisfeito pelo êxito do que produzimos, certo de que culturalmente construímos um perfil respeitável na região.

Outros desafios ainda virão, sempre que for preciso bateremos as portas dos nossos inestimáveis parceiros: homens de visão publica, empresários do universo produtivo, empreendedores comerciais, gente identificada com o bem de servir ao desenvolvimento dos que buscam com dignidade sobreviver sendo útil a sociedade. 


EM DELÍRIO Por que é que nós vivemos tão distantes, Si estamos neste sonho todo incerto: - Eu ao teu lado em pulsações vibrantes, E tu, long...