sábado, 16 de novembro de 2019

ESQUINA LITERÁRIA - dois dias especiais dedicados ao livro, à leitura e à literatura. A poesia este ano teve lugar de destaque e as crianças poetizaram muito. A programação como sempre cheia de vida: Blitz Literária com distribuição de picolés de poesia, no trânsito, Leitura no Pé de Poesia, trocas de livros, Circuito de Leitura, rodas de leitura, certificações do Leitores do Ano e dos finalistas da Olimpíada Poética, Recital Poético, Chá Literário com cardápio poético, Almoço com Poesia e muita Leitura Pública no entorno da Praça Augusto Leite com as crianças ofertando leitura de poemas para as pessoas. Muito bonito de se ver! Parabéns para toda equipe da Eedr Manoel Dantas pelo êxito no desenvolvimento da programação. #EuAcreditoNaEscolaPública

Da Linha do Tempo/Face de 
De: Cláudia Santa Rosa

De: Cláudia Santa Rosa
A imagem pode conter: cavalo, céu e atividades ao ar livre

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

DOIS POETAS

Embriagados, cheios de cachaça Parati (antigo aguardente destilada),  os bardos assunses Renato Caldas e Jaime Wanderley vanguardeiros do folclore nordestino, ao passarem pela ponte de ferro de Igapó, sobre o rio Potengi, num repente, versejou Wanderley com graça:

Se o rio Potengi
Não tivesse tanto lodo
E fosse de parati,
Renato bebia todo!

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OS ENCANTOS DA CAPITAL POTIGUAR






Natal – A noiva do Sol,
Amante das belas luas
Que circula em caracol
Reluzindo pelas ruas...
E, bem longe as sereias
Sonham naquelas areias
Se banhando seminuas.

Dos Encantos de Natal
Irei mostrar muito pouco,
Trarei mais o ambiental
Para não lhe deixar louco,
Não vou abraçar a história,
Escavacar a memória,
Arriscando ficar rouco.

Natal – Cidade Presépio -,
Tua estrela dos Reis Magos,
É postal do município.
Praieira de bons afagos
Do velho Beco da Lama
Onde boêmios de fama
Tomam todos os seus tragos.

Natal tem o velho Forte
Lugar de grande atrativo
Do Rio Grande do Norte.
Construído por nativo,
Uma obra de engenharia
Sem usar maquinaria,
Apenas dom criativo.

Tem a Pedra do Rosário
Um lugar de devoção,
Um bucólico santuário
Da Mãe da Apresentação
- Padroeira da Cidade
Que com sua santidade
Dá-nos sempre uma bênção.

Belas praias o ano inteiro
Para todos os turistas
Encanto para estrangeiro...
As ondas, na dos Artistas,
Transformando a praia-mar
Num recanto pra se amar
Desde nossos seiscentistas.

Naquela ponta alvinegra
Tem o Morro do Careca
Na praia de Ponta Negra.
Tem caldo e muita moqueca
De peixe ou de camarão,
Seja inverno ou no verão,
Nunca fecha pra soneca.

As dunas vão escorrendo
Para se abraçar ao mar
E a água vai corroendo
Batendo, sem reclamar,
Um retrato da certeza,
Mostrando o que a natureza,
Fez para nos acalmar.

Um lugar apetitoso
É na praia da Redinha
Lugar tão harmonioso
Tem até uma igrejinha,
Tem ginga com tapioca
De farinha de mandioca
Comida topo de linha.

Areia Preta, e Artistas,
Desde a década de quarenta,
São as praias dos Turistas.
Da beleza se alimenta,
Vista a partir da ladeira
Dá no quengo uma doideira,
Deixa a pessoa foguenta.

De lá se vê quase tudo
Da velha urbe Potiguar
- Berço do gênio Cascudo
Que de forma singular
Escreveu com maestria
Pitadas de idolatria
Nossa história popular.

Se vê a Newton Navarro
De curvatura imponente
Unindo o asfalto ao barro
Do Leste para o poente.
Ponte que atrai os turistas,
Juntando-se aos banhistas,
De forma bem atraente.

Vê balsas de pescadores
Aportadas elegantes
Privilégio aos moradores
Destas marés verdejantes.
Se vê Redinha e o Forte,
O início da zona norte
- Atração pra visitantes.

Ali perto ainda tem
O farol de Mãe Luiza
Muito tempo que detém
E lhe caracteriza
Tá num bairro litoral,
De onde se avista Natal
Que neste se enfatiza.

Partimos para a Ribeira
Berço dos antepassados,
Que de forma pioneira,
Foi pelos anos dourados
Empório comercial,
Da cultura, social,
Recanto dos namorados.

É ali onde se encontra
O Alberto Maranhão,
Que nas artes se concentra
Artistas em comunhão,
Cantando vivas ao povo
Que come cuscuz com ovo
Na terra de Camarão.

Subindo na velha rua
Se chega a Cidade Alta,
Onde, com ou sem a lua,
A diversão é peralta...
Lá se afogam os desgostos
Com cachaça e tira-gostos
Bebedeira nunca falta.

Tem também o Centro Histórico
Famoso pelos seus feitos
Popular, clássico e folclórico
Deixa todos satisfeitos
Têm igrejas centenárias
Construções milionárias
- Prédios belos e perfeitos.

Destaco o Memorial
De Luiz Câmara Cascudo
- Sendo um referencial
Importante para estudo,
Essa foi a sua herança
Que nos deu a segurança
Para usá-lo como escudo.

Tem bairros dos mais diversos
Com particularidades
Todos eles dão bons versos,
Nas suas diversidades.
Mas, o Alecrim tem demanda
No comércio ele é quem manda
Com muitas variedades.

A feira e o cemitério
São seus referenciais,
Lá não existe mistério,
Une as classes sociais.
Buscando os objetivos
São encontrados motivos
Para os casos crucias.

Visitando a zona sul
Têm Shoppings como opções
Nos moldes do Mercosul
Atraem as populações
Como opção de lazer,
Ou as compras pra fazer
Em boas instalações.

Da Copa, suas heranças,
Nossa maior foi o Arena
Um lugar para festanças
E de segurança plena.
Tem uma visão de duna,
Nos custou uma fortuna
Mas, visitar vale a pena.

O Centro de Convenções
É um outro ponto de evento
Entre estas, as colações
- Momentos de grande alento.
Construído na costeira
Namora o mar da ladeira
Com seu porte corpulento.

Perto da rede hoteleira
Com oferta eficiente
Atende a moda estrangeira
Que é seleta e exigente.
O sol aqui beija o mar
É um lugar para se amar...
Gente cuidando de gente.

Niemeyer desenhou
Belo Parque da Cidade
Do jeito que ele sonhou:
Com a preciosidade
De exalar sua pureza
Abraçando a natureza,
Mostrando genialidade.

Também temos nosso Bosque,
Famoso Dos Namorados:
Tem fauna, flora, quiosque,
E até shows já programados,
Suas trilhas ecológicas
Nas eras tecnológicas,
Deixa-nos apaixonados.

Nessa terra Potiguar
A culinária é de ponta
Jamais deixa jejuar,
Rapidinho ela tá pronta,
Paladar de nordestinos,
Bem ao gosto dos latinos
Com os preços bem em conta.

Tem a Metropolitana
- Região predominante,
Muito rica e soberana,
Com clima bem excitante
E belezas naturais
De encantos fenomenais
Que cativa o visitante.

São Gonçalo do Amarante
Possui um aeroporto
Belo e bem aconchegante...
E em Natal temos um porto.
De Nísia à Parnamirim,
Tibau Sul, Ceará Mirim
Além doutras... Só conforto.

Nesse torrão nordestino
O mar abraça a caatinga
Como um homem libertino,
Come buchada com pinga,
Dança forró pé-de-serra,
Depois de beijar a terra,
Faz do cabaço a moringa.

Natal é sol, diversão...
Natal é mar, movimento...
Natal é amor, é paixão...
Natal é festa, momento...
Natal é paz, harmonia...
Natal é luz que alumia
O Natal do Nascimento.

Queremos a volta dos trens de passageiros por todo o Brasil!

Queremos a volta dos trens de passageiros por todo o Brasil!
Todos sabemos que os trens foram desativados, a partir dos anos de 1960, contra o interesse do povo. Todos sabemos que na década de 1990 houve a privatização "do resto dos trens", que a empresa que comprou a malha férrea, por interesse obscuro, não investe na recuperação dos trens, como se obrigou.
E todos sabemos que nem os representantes do povo nem o Ministério Público tomam medidas minimamente eficazes pela volta dos trens. Todos sabemos que o Brasil quer e precisa se desenvolver e que países desenvolvidos, sem exceção, têm muitos trens.
Diante disso, como "o poder emana do povo" (art. 1º da Constituição Federal), assinamos esta petição para que as autoridades finalmente nos representem nesse sentido.

ARQUIVO

O limite do mar é o mesmo,
não houve redemoinho.
O hotel está ali  é divertido ver a algazarra com que os hóspedes
desfilam para o público no palco. E é também
triste como os que assistem se esforçam por notarem suas bocas
[invisíveis.
À meia-noite o Reizinho fecha suas portas
para um baile de carnaval…  incerteza precisa.
Assim o é a ausência do artista recordando alguém
[cantando!!!…
Um bolero? Uma música de Roberto?:
“Quero que você me aqueça nesse inverno…”
de Caetano?: “Caminhando contra o vento…”
Não, é só a cantiga de um fã
que se recusou a deixar o quarto 366
do 3º andar, com vista para a piscina suja,
[agonizante, o poente dos suicidas!
Os resíduos de cerveja, coca-cola, salgadinhos
são os versos esquecidos que a orquestra não quis concluir…
E o ritmo musical se esvai na penumbra da noite…
…………………………………………….
O corpete lustroso! Envolvente!…
Gemendo como sua dona, açoita a íris
[que contempla a maré.
(Paulo Caldas Neto)
De ontem, 14/11, casamento de um primo e amigo Paulo de Macedo Caldas Neto com sua Jacyane. Ele, Paulo, é de tradicional família do Assu - Caldas e Soares de Macedo pelo lado paterno. É professor graduado em Letras (UFRN). Aliás, é uma figura eclética nas artes: escritor, poeta, ensaísta, músico. Tem diversos livros publicados que engrandece as letras potiguares, entre tantos o livro intitulado ‘Do picadeiro ao céu: o riso no teatro de Ariano Suassuna' (ensaio). Afinal, renovo e registro os meus votos de felicidades pro amigo casal. (Fernando Caldas).



quinta-feira, 14 de novembro de 2019

Bacalhau no forno com camarão


Ingredientes:

4 postas de bacalhau demolhadas
8 dentes de alho
12 camarões
Azeite q.b.
Pimenta e água q.b.
1 molhinho de coentros picados
Batatinhas pequenas cozidas com casca q.b.

Preparação

Num tabuleiro próprio para o forno coloque o bacalhau e os alhos laminados. Regue com bastante azeite  e leve ao forno, pré-aquecido a 200°.
A meio da cozedura do bacalhau junte as batatas cozidas com casca (dê-lhe um pequeno murro para abrirem). Volte a colocar no forno.
5 minutos antes de finalizar, junte os camarões tempere com pimenta.
Retire do forno, polvilhe com coentros picados e sirva de imediato.


Foto: Receitas Já

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

PELO RÁDIO AINDA LEMBRO O REPENTE
Lembro na minha antiga mocidade
Que escutei cantadores de viola
Cantavam na cidade e fazendola
Na rima com muita velocidade
Os violeiros no pé de igualdade
Hoje o sítio ficou abandonado
O show era matuto e arretado
Uma bela cantoria de outrora
Hoje a zona rural ainda chora
Adeus viola do lindo passado.
Eu sempre lembrarei a cantoria
Nas varandas dos velhos casarões
Decassílabos, sextilhas, mourões
A viola com linda poesia
No bonito sertão eu sempre ouvia
Escutei com a minha pouca idade
Raízes sertanejas de verdade
E que repente não pode acabar
Pois viola é cultura popular
Nordeste independente, liberdade.

(Marcos Calaça)

O professor e cordelista Marcos Calaça com o poeta e repentista Valdir Teles. Um dos nomes consagrados do repente nordestino.

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

SENTENÇA

" - Qual o remédio jocundo
" - Que aos mal nos serve de escudo?"
" Fechai os olhos a tudo e rir de tudo no mundo."

Foi essa a resposta clara
Que me deu, interrogado.
Um homem que tinha achado
- Coisa rara!
A ventura neste mundo.

João Lins Caldas

________________Em "O Brasil, jornal do Rio de Janeiros, edição de 8 de fevereiro de 1923.
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A SOLIDÃO DOS PÁSSAROS APRISIONADOS PELA IGNORÂNCIA HUMANA





Em sã consciência você não aprisionaria alguém inocente, correto? Não o imputaria culpa e nem ordenaria alguém a cumprir pena sem ter cometido crime algum, mesmo porque você não é um juiz,  correto? 

 Entretanto, é o que vemos diariamente pendurados em janelas, pessoas transportando  suas gaiolas, levando seus animais para "pegar sol" de manhã, estranho, não?  Sim, se pararmos para refletir sobre essas pequenas atitudes danosas a outros, e nos colocássemos no lugar desses, talvez agiríamos com mais senso de justiça, reconhecimento e o principal, compaixão.  Há falta de total empatia, onde não percebemos o mal que produzimos com essa atitude gerada pela ignorância, ganância e na prática, falta de inteligência. Se colocar no lugar dos outros nos faz um pouco melhor e quando nos sentimos bem com isso, pode ter certeza que estamos agindo no caminho certo, aquilo que por intuição nos diz "é isso, isso é o certo!" São seres vivos, pássaros, pequenos animais dotados da capacidade de voar. Esses, tem sua individualidade, sua existência e seu serviço à mãe Terra e infelizmente são enclausurados por "humanos" com capacidade baixíssima de entender e muito menos compreender o quanto todos os seres vivos são necessários e estão aqui por algum motivo de força maior. E vem alguém e quebra esse ciclo, trancafiando um pequeno  ser inocente e indefeso, dotado e capacitado para nos dar vida sem pedir nada em troca.  Você já refletiu Sobre isso? Nunca é tarde, já que à vida passa e a sua também. 

 Muitos de nós ou grande maioria, age mecanicamente, por costumes, culturas primitivistas, condicionamentos, repetições e digamos, adestramento social. Onde a pessoa age por instrução de alguém ou alguma coisa,  sem ao menos se questionar dessas atitudes que promove todos os dias, se formando um balé cruel e desproporcional a "racionalidade" que carregamos, porém, relativizada pelo antropocentrismo, copiada sistematicamente sem critério e colocada em prática sem ética nenhuma. 

 "Racionalidade" não quer dizer que tenha sobriedade, que não quer dizer que tenha lucidez, como também não quer dizer que seja justa. Consciência vai muito além disso, e é o fator primordial para a verdadeira e universal justiça, sobrepondo a racionalidade que gira em torno da espécie humana e a coloca acima de todos os outros seres. Tirar um passarinho possuidor de asas da natureza e o enclausurar dentro de uma gaiola de meros  30x40 de espaço, onde resume-se sua vida em zero, só tem um significado: crueldade produzida por cegueira não física, e sim, mental. Esses animais podem voar por quilômetros, atravessar Municípios, Estados, comer de todos os frutos que desejar e beber de todas as fontes. Mas não! Vai lá um ser que se diz "racional", o captura, trancafia e oferece uma alimentação repetida e água quente eternamente, onde  muitas vezes esses infelizes "humanos" os esquecem no banho de sol e muitos  morrem. Grande maioria compra e  vende como coisas, um objeto, apenas um negócio e não uma vida. Outro fator, o comércio lucrativo que retira da natureza milhares e milhares de animais todos os dias, onde um pouco mais de 1/3 chega com vida ao destino pelas  mãos de traficantes. Isso por causa de um dos maiores defeitos da espécie humana, à ganância.


 Engaiolar pássaros, você está privando seres de usufruir de sua principal característica que a existência lhe ofereceu, voar. Isso já fere todo contexto existencial desse ser, que tem sua vida amputada em sua maior dádiva que a natureza sabiamente lhe destinou e lhe deu sentido, que  por sinal,  deve ser maravilhoso.  Esses animais têm um papel fundamental no planeta,  dispersar sementes, distribuir sabiamente,  fazendo a polinização, assim, espalhando pólen colhidos das flores por onde voam, em um natural e equilibrado processo de semear vida por onde passam, inclusive promovendo bem estar  aos mesmos ignorantes que os trancafiam e os condenam.

 Cada espécie de pássaros  pertence a uma região e são responsáveis naturalmente a reflorestar  áreas, comendo específicas sementes, que retornarão ao solo através das fezes. Ou seja,  o ciclo biológico que nos faz vivos e toda forma de vida, são promovidas na maioria das vezes  por esses pequenos seres, nos fornecendo ar puro, sombra, bem estar ambiental, e todo tipo de suprimento para manter à vida na Terra. Lembrando também, seu papel fundamental no controle natural de vetores, exemplo: mosquitos, moscas, pernilongos e qualquer outro inseto, evitando que se tornem pragas, como por exemplo o transmissor da Dengue e suas vertentes. E por que os trancafia???    

 Você que está lendo esse texto, lembre-se que,  ao ver um pássaro em gaiola, saiba que aquilo não é uma vida no sentido real da palavra, e sim, um pobre animal condenado e explorado pelo seu tutor, esse meramente um carcereiro e ao mesmo tempo um juiz, que o condena  à prisão perpétua e mata aos poucos, fisicamente e psicologicamente. Reflita, dá tempo de você entrar nessa luta por justiça por aqueles que não podem ao menos se defender da maldade humana. Espalhe esse texto, compartilhe com amigos e familiares, debata, discuta pois as verdadeiras vítimas não podem falar e muito menos se defender, pois estão nesse momento cercadas de grades penduradas em uma canto frio e sem vida.

 Se você concorda com esse texto e acha interessante a colocação, compartilhe para que mais pessoas acordem para essa crueldade, e ajudem a libertar esses seres angelicais que além de nos proporcionar vida em qualquer bioma, nos embeleza a natureza e os sons dela. 

Jota Caballero

domingo, 10 de novembro de 2019

Certa coisa que eu já fiz
Com uma jovem em segredo
Revelar até faz medo
Eu não digo, ela não diz.
É que eu quis e ela quis
Só podia acontecer.
Mas, o bom é não dizer
Com quem isso aconteceu
Ela não diz e nem eu
Quem é que pode saber?

(Luiz Lucas Lins Caldas Neto)

Natal, Avenida Duque de Caxias, Ribeira, década de 1930. Fonte: Tok de História.

Um soneto de João Lins Caldas em "O Brasil", Rio de Janeiro, 22 de setembro de 1923.





Na voragem

Abre os olhos e fita-me desperto
Crença da vida ou saudade da maldade,
Não me curvaste a fé na mocidade,
Velhice não me dês neste deserto...

Porque eu segui de teus passos perto,
O vinho sobre o cálix da saudade,
No peito a te rugir a tempestade,
No peito a te rugir a tempestade,

Amor que se fez doce me amargando,
Pela vida de mal meu mal provando,
Vaza-me em ondas de ura ingrata...

E, dissabor, meu coração ferindo.
Anda-me as chagas da desdita abrindo
E as chagas da tortura me retrata.

_____________Em, "O Brasil", do Rio de Janeiro, 22 de setembro de 1922.



O INTELIGENTE E O SABIDO

Há duas categorias de pessoas que, sobretudo no Rio Grande do Norte, merecem um debruçamento maior, uma atenção mais atenta, um enfoque mais...