Entre nós tudo é inconsistente, provisório, não dura.
Lima Barreto
“Afonso Henriques de Lima Barreto (1881-1922) nasceu num 13 de maio, sete anos antes da Abolição da Escravatura no Brasil, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio de Janeiro. O pai, João Henriques, tipógrafo da Imprensa Nacional, e a mãe, Amália Augusta Barreto, eram filhos de escravizados.
Cedo Lima Barreto decidiu que toda sua vida seria dedicada à literatura. A preocupação social, o empenho na defesa dos excluídos da sociedade, a luta contra a desigualdade, contra o racismo, contra agressões a mulheres e contra os desmandos dos governantes, o desejo de dar voz a todos que ainda não podiam falar por si mesmos, na Primeira República do Brasil, se constituíam em missão a ser cumprida por meio da escrita.
Em sua breve vida, Lima Barreto escreveu cinco romances, contos que fazem parte do cânone da literatura brasileira, obras de sátira, a narrativa da experiência de vida em um hospício, o Diário do hospício, e anotações de diário. Desde sua primeira experiência com publicações, ainda como estudante, até o final da vida, nunca deixou de escrever crônicas.
A partir da publicação do romance Recordações do escrivão Isaías Caminha, com críticas ao dono de poderoso jornal Correio da Manhã, foi decretado silêncio completo sobre sua obra. Essa exclusão da grande imprensa, na verdade, terminou por colaborar para que sua vida como cronista fosse completamente independente do poder exercido pelos mandatários. Fez-se crítico de prefeitos e presidentes, intérprete e defensor da sua cidade, imune à frequente cooptação que ocorria com os intelectuais, jornalistas e escritores.
Lima Barreto colaborou, por toda a vida, com o que hoje chamaríamos de “imprensa alternativa” e mesmo quando a presença de suas crônicas se tornou constante em publicações da importância da Careta, ou quando contos e crônicas apareceram na elegante Revista Souza Cruz, continuou enviando textos para as pequenas revistas de oposição ao poder constituído. Em A Voz do Trabalhador, sob pseudônimo, defendeu a Revolução Russa, em A.B.C. escreveu sobre os males da guerra e do nacionalismo, fez a defesa dos anarquistas e atacou a ganância do empresariado paulista.
Foi um homem da cidade, atravessando-a todos os dias para poder falar
de “todas as mágoas, todos os sonhos, todas as dores dos brasileiros”.
Sua maior inovação como cronista, porém, foi trazer para o cotidiano do
Rio de Janeiro a realidade dos subúrbios, a vida dos moradores negros,
pardos, pobres, que viviam para além da Central do Brasil.”
– por Beatriz Resende** (Portal da Crônica Brasileira).
Afonso Henriques de Lima Barreto – escritor
*Leia também: Lima Barreto – biografia, obra publicada, adaptações, fortuna crítica e afins.
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Sobre a autora do texto de “introdução”
** Beatriz Resende, nascida no Rio de Janeiro, Beatriz Resende é crítica, pesquisadora, doutora em Literatura Comparada e Professora Titular de Poética do Departamento de Ciência da Literatura da Faculdade de Letras da UFRJ. É coordenadora-adjunta do Programa Avançado de Cultura Contemporânea – PACC, na UFRJ. Edita, junto com Heloisa Buarque de Holanda, a Revista Z Cultural. É autora, dentre outras publicações, de Contemporâneos – Expressões da literatura brasileira no século XXI (Casa da Palavra/Biblioteca Nacional, 2008); Apontamentos de crítica cultural (Aeroplano, 2000) e Lima Barreto e o Rio de Janeiro em fragmentos (Editora UFRJ/Editora UNICAMP, 1993). Organizou Cocaína, literatura e outros companheiros de viagem (Casa da Palavra, 2006); Rio Literário (Casa da Palavra, 2005); Lima Barreto: toda crônica. 2 vol’s. (Agir, 2004/ com Raquel Valença), A literatura latino-americana do século XX (Aeroplano, 2005); Lima Barreto: melhores crônicas (Global Editora, 2005) e Lima Barreto: cronista do Rio (Autêntica, 2017). Escreve regularmente para suplementos literários do Rio e São Paulo. Principais áreas de interesses e temas: Literatura contemporânea, Estudos da Cidade, Lima Barreto, Literatura e novos suportes.
* Capa: Lima Barreto, por Cássio Loredano (recorte)
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Da Agência Brasil
Retomado nesta segunda-feira (14), o sistema do Banco Central (BC) que permite a consulta a valores esquecidos em bancos e outras instituições financeiras funciona em novo endereço. Chamada de Sistema de Valores a Receber (SVR), a ferramenta passou a funcionar no site valoresareceber.bcb.gov.br, em ambiente desvinculado do Sistema Registrato, que hospedou o serviço nos primeiros dias de funcionamento.Para evitar excesso de demanda, que derrubou o site do Banco Central na versão anterior do sistema, foi criada a página específica para as consultas e agendamentos do crédito. Para os cidadãos com dinheiro a receber, será necessária conta no Portal Gov.br, que fornece acesso a serviços públicos digitais. O cadastro para ter a conta é gratuito e pode ser feito na área de login do Gov.br ou pelo aplicativo Gov.br, disponível para usuários de dispositivos móveis dos sistemas Android e iOS.
Publicado: 00:00:00 - 13/02/2022
Título do blog.
Caro amigo Fernando Caldas.
Pedi, novamente, um espaço do seu blog. Para voltar a falar do Assú nas pessoas e famílias que desenharam um tempo que já é antigo.
Hoje falo de um conterrâneo que gostava do velho Mercado na praça da Matriz, onde
muitos anos atrás em um dos prédios existentes, seu pai mantivera negócios. Esse conterrâneo, nos fulgores da vida, continuava a prezar a cachaça e a buchada do mercado.
Era uma pessoa de fala mansa e sorriso contido. E tinha um anjo da guarda que jamais esmoreceu nos dias cinzentos da doença que o afastava lentamente do mundo.
Hoje falo de um conterrâneo nascido em família numerosa, meninas e meninos, moças e rapazes, que partiram do Assú para os caminhos da vida. No seu percurso Abreu Júnior cultivou a família formada com Crinaura, os três filhos e uma filha, que lhe trouxeram noras e genros e netas e netos, dando convivência de afetos reunidos todas as sextas-feiras na larga mesa de almoço com a fartura das comidas mais variadas.
O conterrâneo guardou as imagens de sua juventude e, de vez em quando, as buscava lá na festa de São João, as lembranças de sua mãe na casa ali perto do colégio, de sua doce irmã que trabalhava em escritório na Rua São Paulo próxima da mesma casa.
Tudo tinha o sinete da proximidade. Lugares e pessoas em uma cidade sertaneja e
simples.
Talvez essa simplicidade da cidade perdida tenha ficado dentro do seu coração, nos meandros dos negócios em que foi tão ativo e bem sucedido. Talvez por isso sempre tivesse um tempo especial para acolher no belo espaço de sua granja e ouvir Núbia Lafayette cantando sambas-canção. Talvez por isso sempre tivesse um tempo especial para ouvir comentários e provocações políticas de João Batista Machado e de Arnóbio Abreu. Talvez a saudade do rio Assu o levasse a olhar o mar em Muriú, Certamente era tudo isso que levava Abreu Júnior a estar presente nos momentos da Colônia Assuense.
O conterrâneo partiu para o tempo eterno. Já na entrada encontrando São Pedro, disse-lhe que tinha uma fazenda em terras protegidas pelo guardião do céu, lá em São Pedro do Potengi. Agora, vai reencontrar aquelas figuras que se juntarão a seus maiores para o acolher e o conduzirão até a presença infinita da bondade. Com acento ponderado, Machadinho talvez dirá a Deus, “Mestre, chegou mais um assuense”. E o Majó começará uma glosa com o tema - “Um conterrâneo no reino de Cristo”.
E, ouvindo a voz de dona Auta e de Auta/Andréa, Deus dirá apenas e simplesmente :
Abreu, junte-se aos seus conterrâneos pois esse espaço é também seu.
Maria do Perpétuo Socorro Wanderley de Castro
Você já se perguntou qual é a sua maneira de expressar amor? Este teste revelará sua resposta!
Por LUIZA FLETCHER
Este desafio trará
uma importante revelação sobre a forma como você encara o amor!
É impressionante
como uma mesma imagem ou situação pode ser percebida de tantas maneiras, essa
complexidade é uma prova da pluralidade da sociedade e o que faz dela mais interessante.
Os testes de
percepção visual são algumas das maneiras mais divertidas de provar que podemos
ser muito diferentes das outras pessoas, mesmo aquelas mais próximas a nós.
Esses desafios sempre fazem sucesso porque colocam à prova a nossa percepção,
agilidade visual e atenção a erros, muitas vezes trazendo consigo alguma teoria
sobre nossa personalidade que podem se provar verdadeiras.
Por aqui
constantemente trazemos este tipo de teste, e o de hoje com certeza chamará a
sua atenção, isso porque é ambientado numa das áreas da vida mais importantes
para muitos de nós: o amor.
A sua interpretação
da imagem acima o ajudará a descobrir a sua linguagem de amor.
Por Aluizio Lacerda - professor, blogueiro, ativista político
http://aluiziodecarnaubais.blogspot.com/
Foto do blog.
Fazendo uma retrospectiva histórica desta importante representatividade senatorial pelo o RN, convém lembrar que o Vale do Açu, teve a primazia no tempo do Brasil Imperial com o varzeano Brito Guerra, sendo a voz dos potiguares.
De lá pra cá lembro apenas dois assuenses tiveram este projeto como objetivo de representação politica: Olavo Lacerda Montenegro, manifestou este desejo na década de 70, tendo retirado seu nome na data convenção do MDB para atender caprichos e decisão política do seu amigo Aluizio Alves.
Outro que colocou seu nome em pauta e sendo votado, foi o professor Vouclenes Bezerra, pelo Partido dos Trabalhadores, quando a sigla do PT, era um embrião da democracia contra a ditadura militar.
Agora uma luz ressurge no fim do túnel, Fanfa, filho do associativista rural Edmilson Caldas, vem levantando esta bandeira.
Para muitos pode até ser gozação aventureira, o projeto de Fernando Caldas.
Para minha concepção de lutas e conquistas de cada indivíduo - a esperança é o sonho do homem acordado.
Fanfa tem qualificativos suficiente para pleitear o alvo sonhado.
Tem origem familiar de relevante consideração e respeito na historicidade cotidiana do Vale do Açu.
Da forma que o RN já mandou pra Brasília uma fornalha de membros das oligarquias políticas do Estado, entre os mais destacáveis podemos citar: Medeiros Mariz, Alves, Maias, Rosados, Sousa, Ciarlini, Bezerra, e outros de menor potencial político como os Martins, Nunes de Maria e até um truculento policial (Valentim) - que faz da valentia seu cartão de apresentação com outro de raízes dissociados dos verdadeiros costumes e tradições nordestinas com sotaque carioca ou francês, brigando para emplacar sua reeleição.
Diante desta realidade, Fanfa tem todo o direito de querer como herdeiro dos Tavares e Caldas, lutar por um lugar ao sol.
Nesta escassez de opção viável, sinceramente sou mais votar no conterrâneo Fanfa!
E a experiência? A experiência se consegue a proporção que os dias se passam! (Fernando Caldas).