segunda-feira, 30 de setembro de 2013
Meu olhar perdido no horizonte
procura inútil a tua presença.
Na imaginação deslizo as minhas mãos
pouso as pontas dos dedos no contorno dos teus lábios
suplicando em cada toque o beijo tão esperado.
O tempo passa tudo parece tão distante
tudo se traduz em saudade
meu olhar perde -se no escuro
minhas mãos tacteiam o vazio
e a tua ausência grita dentro de mim
Voo nas asas da saudade.
Sinto a textura da tua pele sedenta
onde pousei os meus lábios sem receios, no teu peito.
Onde senti fluir o teu desejo repleto de pedidos
Confundo sonho com realidade
e sinto o teu toque
escorrendo no íntimo do meu poema
corando nas páginas da minha pele a tua mestria.
A tua ausência grita dentro de mim
numa explosão de saudade
num remoinho de tristeza
num vendaval de dor
num turbilhão de sentimentos.
As tuas mãos voam
nos meus sonhos esquecidos
acariciando os mistérios da minha poesia
dominando a paixão
que assalta as ondas do improviso.
As minhas lágrimas descem quentes
pelo meu rosto sofrido
as minhas mãos tacteiam o espaço vazio ao meu lado.
Como um navegante
das marés altas no impulso dos versos
roubas-me um beijo escondido
encantando com a arte da tua sedução.
Na ilusão de um poema sem véus
num tempo esquecido.
Cristina Costa
ADMINISTRADORES DO ASSU, DESDE 1803
CAPITANIA
1 – Caetano Fernandes de Carvalho – 1803
2 – Alferes José Joaquim de Arruda Câmara – 1803
3 – Capitão Manoel Antonio de Macedo – 1804
4 – José Antonio de Figueiredo – 1806
5 – Capitão Manoel Antonio de Macedo 1810 – 2ª vez
6 – Francisco Manoel dos Santos – 1813
7 – José Joaquim Bezerra Cavalcante – 1814
8 – Capitão-mór – Francisco Dantas Cavalcante – 1817
9 – Ponciano Barbalho Bezerra – 1821
MONARQUIA
10 – Gonçalo Lins Wanderley – 01/01/1822
11 – José Joaquim Bezerra Cavalcante , 2ª vez – 01/01/1824
12 – Alferes Leandro Bezerra Cavalcante de Albuquerque - 01/01/1825
13 – Joaquim da Silveira Borges – 1826
14 – Tenente José Varela Barca – 1826
15 – Francisco de Souza Caldas – 1827
16 – Gabriel Soares Raposo da Câmara – 1828
17 – Cel Manoel Lins Bandeira – 1829
18 – Major Antonio Barbalho Bezerra – 1833
19 – Cel. Manoel Lins Wanderley – 1840
20 – Tenente Coronel Bernardo Ferreira Lima - 1841
21 – Dr. Luiz Gonzaga de Brito Guerra – 1845
22 – Tenente Bernardo Ferreira Lins – 1849
23 – Capitão José Gomes de Amorim – 1853
24 – Dr. Teocádio Cabral Raposo da Câmara – 1857
25 – Capitão Luiz Francisco de Araújo – 1860
26 - João Francisco de Azevedo – 1860
27 – Dr. Joaquim Antão de Sena – 1861
28 – Major Manoel Lins Caldas – 1865
29 – Dr. Luiz Carlos Lins Wanderley – 1869
30 – Major Manoel Lins Wanderley – 1877
31 – Major Manoel Lins Wanderley – reeleito – 1881
32 – Paulo Soares de Araújo – 1883
33 – João Rodrigues Ferreira de Melo – 1884
34 – Capitão Luiz Correia de Araújo Furtado – 1887
35 – Manoel Cândido Maciel de Brito – 1889
REPÚBLICA
36 – Torquato de Oliveira – 1890
37 – José Soares de Macedo – 1891
38 – Tenente Coronel – Luiz Gomes de Amorim – 1895
39 – Joaquim Antão de Sena – 1896
40 – José Laurentino Martins de Sá – 1898
41 – José Paulino de Oliveira – 1899
42 – Jose Paulino de Oliveira – reeleito – 1902
43 – Olyntho Lopes Galvão – 1905
44 – Tenente Coronel Antonio Sabóia de Sá Leitão – 1908
45 – Antonio Saboya de Sá Leitão – Reeleito – 1911
46 – Dr. Pedro Soares de Araújo Amorim – 1914. Natural de Assu, nascido a 28 de setembro de 1880 e faleceu em Natal no dia 6 de outubro de 1961, filho de Pedro Soares de Amorim (2/12/1845 – 27/9/1915) e de Maria Francisca Araújo Amorim. No Atheneu Norte-Riograndense, em Natal, fez os seus preparatórios. Em seguida, matriculou-se na Faculdade de Medicina da Bahia, Titulando-se primeiro em Farmácia, turma de 1902 e, pois, em 1903, recebia o seu diploma de Médico, defendendo a tese “Afecção Calculoso Vesical”, que mereceu aprovação distinta. Regressando ao seu Estado, clinicou vários anos em Macau, atendendo, também, em Mossoró e Areia Branca, conquistando pela sua comprovada dedicação, competência e desprendimento pessoal, nessas localidades, um numeroso circulo de afetuosas estimas. Em 1911 foi residir em sua terra natal, depois de ter contraído núpcias com Maria Beatriz Montenegro Amorim (que solteira usava o sobrenome de Paes Barreto, de Pernambuco, uma das famílias mais antigas do Brasil) cujo matrimônio ocorreu no dia 29 de maio de 1909, na fazenda Picada, pertencente hoje ao município de Ipanguassu, que foi desapropriada pelo INCRA. Em 2 de setembro de 1928, elegeu-se o primeiro prefeito constitucional do município de Assu, tomando posse em 1º de janeiro de 1929.
47 – Minervino Wanderley – 01/01/1917, grande comerciante de compra e venda de cera de carnaúba. Foi durante muito tempo responsável pelo patrimônio do Padroeiro do Açu, São João Batista.
48 – Ezequiel Epaminondas da Fonseca – 01/01/1920. .
49 – Dr. Pedro Soares de Amorim – 01/01/1923
50 – Dr. Pedro Soares de Amorim – 01/01/1926
PREFEITO CONSTITUCIONAL
51 - Dr. Pedro Soares de Amorim. Eleito em 02/09/1928. Posse em 01/01/1929
PREFEITOS NOMEADOS
52 – Ezequiel Epaminondas da Fonseca Filho – 1930. Médico formado pela Universidade do Rio de Janeiro. Voltou a sua terra natal para clinicar até, salvo engano, finais de 1970. Fundou com a ajuda de Dom Eliseu a Maternidade Mário Pinotte e dirigiu por muito tempo o Hospital da Fundação SESP. Deputado estadual chegando a presidir a Assembléia Legislativa do seu Estado cargo que equivalia ao de vice-governador. Quando o presidente Getúlio Vargas esteve no Açu em sua casa onde hoje funciona a Casa de Cultura conhecido como Sobrado da Baronesa, solicitou daquele estadista a construção da ponte Felipe Guerra.
53 – Manoel Pessoa Montenegro – 1935
54 – Dr. Joaquim das Virgens Neto – 1937
55 – Manoel Pessoa Montenegro – 1938
PREFEITOS CONSTITUCIONAIS:
56 – Edgar Borges Montenegro – 16/04/1948. Eleito em 21/03/1948. Posse em 16/04/1948. Natural de Assu, nascido a 22 de junho de 1920, filho de Manoel de Melo Montenegro e de Cândida Borges Montenegro. Estudou o primário no Colégio Nossa Senhora das Vitórias, em Assu, matriculando-se a 4 de janeiro de 1928. Depois frequentou o Colégio Pedro II, em Natal,e posteriormente, o Ginásio de Lavras, do Instituto Gamon em Minas Gerais. Ingressando em Lavras na ESCOLA Superior de Agronomia e recebeu o seu diploma de Engenheiro Agrônomo a 8 de dezembro de 1945. Regressando a sua terra natal exerceu as funções de Prefeito, eleito em 21 de março de 1948, tomando posse e 16 de abril daquele ano e governou até 31 de março de 1953, sendo depois eleito deputado estadual para os períodos de 1954/58, 1598/62 e 1966/70. Foi Vice-prefeitos por duas vezes pelo município de Ipanguaçu.
57 – Francisco Augusto Caldas de Amorim – 31/01/1953. Eleito em 07/12/1952. Posse em 31/03/1953. Vice – Francisco Martins Fernandes. Grande comerciante, fundou cinema em Açu, empreendedor, representante do Banco do Brasil em Açu (quando não existia agência bancária naquela cidade), negociava com compra e venda de cera de carnaúba e algodão.
58 – Arcelino Costa Leitão – 31/01/1958. Eleito em 5 de janeiro de 1958. Vice – Pedro Borges de Andrade. Pedro Borges era fazendeiro na várzea do Açu e Costa dirigiu antes de ser prefeito, a firma algodoeira João Câmara & Irmãos, foi também como desportista presidente do importante clube de Futebol Fortaleza Futebol Clube, da capital cearense. A sua fotografia está imortalizada na galeria dos ex-presidentes daquela agremiação futebolística. Dirigiu em Assu o escritório da COSERN.
59 – Maria Olímpia Neves de Oliveira - 31/01/1963. Eleita em 07/12/1962. Posse em 31/03/1963. Natural de Assu, nascida a 18 de dezembro de 1920, filha de Joel de Oliveira e de Júlia Neves de Oliveira. ingressando na Escola Normal do Colégio Nossa Senhora das Vitórias, em Assu, a 24 de dezembro de 1938, foi diplomada professora. Nomeada professora interina para a Escola Noturna do Grupo Escolar Tenente Coronel José Correia, em 20 de fevereiro de 1940, foi efetivado no cargo a 10 de outubro de 1940. De 1942 a 1945 foi Secretaria da Comissão Municipal da LBA, em Assu, recebendo em 19 de junho de 1945 o diploma de Auxiliar do Serviço Social expedido pela referida instituição. Recenseadora do Censo Demográfico de 1945 alcançou o 1º lugar, sendo premiada pela Prefeitura de Assu. Posta À DISPOSIÇÃO DE Execução do Pleno FIBI, no Departamento de Saúde Publica, de 3 de abril de 1951 a 30 de junho de 1952. Exerceu, por duas vezes, as funções de Diretora do Grupo Escolar Tenente Coronel José Correia, Orientadora do ensino no Grupo Escolar José Correia, de 28 de março de 1961 a 15 de agosto de 1951. Em 5 de janeiro de 1958 foi eleita a primeira vereadora do município de Assu, sendo empossada em 31 de março de 1958, permanecendo nessa função até 31 de março de 1963. Em 7 de dezembro de 1968 foi eleita prefeita de sua terra natal, tomando posse a 31 de março de 1963 e governou até 31 de janeiro de 1969. Como prefeita participou do Congresso Hispano-Filipino em Brasília Em 24 de julho de 1965, foi pelo Governo do Estado posta à disposição do Instituto do Desenvolvimento Agrário- ANDA, hoje INCRA, sendo designada pela Portaria n° 318 para Assistente Administrativa da Procuradoria-Geral, símbolo 3-F, em 19 de agosto de 1969. Vice – Sebastião Pinheiro de Oliveira (Sebastião Borges).
60 – João Batista Lacerda Montenegro. Eleito em 15/11/1968. Posse em 31/01/1969. Vice - Sebastião Alves Martins.
1 – INTERVENTOR – Capitão Virgilio Tavares da Silva – 14/05/1971 a 14/04/08/1971. Natural de São José de Mipibu-RN, nascido em 3 de maio de 1933, filho de Joaquim Lourenço Tavares e de Francisca Gomes da Silva. Casado com Maria Hélia Moura da Silva, natural de Natal, nascida em 26 de janeiro de 1934, com os seguintes filhos: VALTER MUNIZ TAVARES, VILMA LÚCIA MUNIZ TAVARES, VIRGÍLIO TAVARES DA SILVA JÚNIOR E MARCOS ALEXANDRE MOURA TAVARES. Ingressou na amada Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Norte no dia 3 de fevereiro de 1953 e em 25 de agosto de 1959 foi declarado a Aspirante a Oficial e em 25 de dezembro de 1982 foi promovido ao posto de coronel e no dia 16 de março de 1987 tomou posse como comandante Geral da PMRN, recebendo do também coronel PM – Valdomiro Fernandes da Costa (20/11/1935 – 05/06/2006) e comandou a nossa gloriosa corporação até 20 de março de 1991, passando para o coronel PM LUIZ PEREIRA.
Principais funções:
a) Como Oficial Subalterno e Intermediário: - Cmt da 3ª CPN/2º BPM, sediada em Patu; comandante da Companhia de Comando, sediada em Natal, Interventor (PREFEITO) do município de Cerro Cora-RN, Interventor do município de Assu-RN.
b) Como Oficial Superior: - Comandante do 1º BPM, sediado em Natal; comandante do CPC-Comando do Policiamento da Capital; Chefe da 3ª Seção/EM; Diretor da Diretoria de Finanças; Diretor da DAL-Diretoria de Apoio Logístico; Chefe do Estado Maior e Sub Comandante da PMRN e comandante Geral da Polícia Militar no período de 16/3/1987 A 20/3/1991, na gestão do então governador Geraldo Melo.
O Coronel Virgílio Tavares transferiu-se para a reserva remunerada no dia 11 de março de 1991.
62 – Valter de Sá Leitão. Eleito em 15/11/1972. Posse em 31/01/1973. Natural de Assu, nascido a 27 de dezembro de 1918, filho de Giovane Wanderley de Sá Leitão. Iniciou os seus estudos no Grupo Escolar Tenente Coronel José Correia, em Assu, iniciando em 20 de fevereiro de 1925 e concluindo em 18 de dezembro de 1932. Cursou também, a Escola Josefina Fontes, em Assu, terminando o Curso Comercial. Fez o artigo 100 em Natal, no colégio Santo Antonio (Marista) desistindo de prosseguir o curso Superior. Portador do diploma de professor pelo Grupo onde iniciou os estudos. Casou-se com Maria Evangelista Tavares de Sá Leitão. Em 15 de novembro de 1972 foi eleito prefeito Municipal de Assu, tomando posse em 31 de janeiro de 1973 e governando até 31 de janeiro de 1977. É PATRONO DO Campus Avançado da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte, em Assu, criado através do Ato Executivo nº 007/74-FURRN, de 20 de novembro de 1974, inaugurado em 16 de outubro de 1974. Faleceu em Assu a 1º de dezembro de 1983, aos 65 anos de idade.Foi teambém contador e comerciante dirigindo a Firma Fernando Tavres & Cia, além de agropecuarista e emprendedor.
63 – Sebastião Alves Martins. Eleito em 15/11/1976. Posse em 31/01/1977. Vice - Vice – Agnaldo Gurgel de Freitas.
64 – Ronaldo da Fonseca Soares. Eleito em 15/11/1982. Posse em 31/01/1983.
65 – José Maria Macedo Medeiros. Eleito em 15/11/1988. Posse em 01/01/1989.
66 – Lourinaldo Francimari da Fonseca Soares. Eleito em 03/10/1992. Posse em 01/01/1993. É agrônomo formado pela Escola Superior de Agricultura de Mossoró - ESAM. Funcionário da EMATER, presidiu durante muito tempo a Cooperativa de Desenvolvimento Rural do Vale do Açu Ltda - CERVAL.
67 – José Maria de Macedo Medeiros – 2ª vez – Natural de Assu, nascido a 5 de fevereiro de 1948
Eleito em 03/10/1996. Posse em 01/01/1997. Vice - Núcio Pinto de Medeiros Junior. José Maria foi gerente e presidente da Cooperativa de Eletrificação Rural do Vale do Açu Ltda. Atualmente é agropecuarista. Técnico Agricola formado pelo Colégio Agrícola de Jundiaí-RN.Foi também avaliador do Banco do Brasil, de Açu.
68 – Ronaldo da Fonseca Soares – 2º mandato. Eleito em 01/10/2000. Posse em 01/01/2001.
69 – Ronaldo da Fonseca Soares – 3ª vez. Reeleito em 03/10/2004. Posse em 01/01/2005. Natural de Assu-RN, nascido a 13 de julho de 1954, filho de Francisco Soares de Macedo e de Maria Fonseca Soares. Em 15 de novembro de 1982 foi eleito prefeito de sua terra natal pelo PDS.. Deputado estadual em três legislaturas. No período de 1991 a 1993, assumiu a Secretaria Estadual de Agricultura, no Governo de José Agripino No ano de 2000, interrompeu seu mandato como deputado estadual, para se candidatar a prefeito de Assu, e foi novamente eleito com expressiva votação. Em 3 de outubro de 2004 foi reeleito governando o município do Açu até 31 de dezembro de 2008. Foi também gerente da importante Cooperativa de Desenvolvimento Rural do Vale do Açu Ltda - CERVAL. Atualmente é agropecuarista.
70 - Ivan Lopes Junior. É o atual prefeito, tendo sido eleito nas eleições de 2008 pelo PP. É Bioquímico formado pela UFRN. Foi Secretário de Saúde da Prefeitura Municipal do Açu, nos dois últimos governos de Ronaldo da Fonseca Soares.
(Permita-me Jota Maria ter feito algumas alterações neste seu trabalho de pesquisa).
PEREGRINOS DA FÉ
O grupo de cavaleiros que foi denominado de Peregrinos da Fé está concluindo neste domingo (29) sua missão depois de 15 dias de cavalgada, chegando ao Abrigo Dom Pedro II, em Salvador (BA).
Através de vias carroçáveis, os cavaleiros saíram de Assú e percorreram um total de 1.050 km até a capital baiana.
Eles fizeram uma visita ao túmulo onde repousam os restos mortais da beata assuense Irmã Lindalva Justo de Oliveira, num instante de reverência e espiritualidade. “Foi um momento de emoção e respeito”, sintetizou um dos cavaleiros, ex-prefeito Ronaldo Soares.
A viagem começou a duas semanas, tendo a caravana principiado sua jornada a partir da igreja matriz da Bem Aventurada Irmã Lindalva & São Cristóvão, no bairro da Cohab, em Assú, e está tendo o desfecho neste domingo na capital soteropolitana.
A religiosa assuense, nascida em 20 de outubro de 1953 e assassinada em 09 de abril de 1993, pertenceu à Congregação Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, e foi proclamada beata mártir pela Igreja Católica no dia 02 de dezembro de 2007.
Ao chegar ao Abrigo Dom Pedro II, os peregrinos foram acolhidos por uma delegação de amigos de Assú, incluindo o deputado estadual George Soares (PR).
O percurso de regresso será todo ele realizado de automóvel.
Postado por Pauta Aberta.
O percurso de regresso será todo ele realizado de automóvel.
Postado por Pauta Aberta.
Postado por Ivan Pinheiro Bezerra
EM BUSCA DA “GUERRA BOA” DOS PRACINHAS
Publicado em 25/09/2013 por Rostand Medeiros
Há 70 anos, no dia 13 de agosto de 1943, foi criada a Força Expedicionária Brasileira (FEB). As tropas saíram para o combate no dia 2 de julho de 1944. Pouco antes de o navio-transporte General Mann partir, com 5.075 soldados a bordo, Getúlio Vargas despediu-se dos “pracinhas”: “Soldados da Força Expedicionária. O chefe do governo veio trazer-vos uma palavra de despedida, em nome de toda a nação. O destino vos escolheu para essa missão histórica de fazer tremular nos campos de luta o pavilhão auriverde. É com emoção que aqui vos deixo os meus votos de pleno êxito. Não é um adeus, mas um ‘até breve’, quando ouvireis a palavra da pátria agradecida”.
No retorno, em 1945, a promessa não foi cumprida. “A gestão da desmobilização dos pracinhas foi politicamente conservadora a fim de evitar a participação dos expedicionários nos conflitos de poder do Estado Novo com um progressivo esquecimento social dos expedicionários. Os veteranos foram abandonados pelas autoridades civis e militares e a legislação de benefícios foi apenas praticamente ignorada e houve uma apropriação crescente dos benefícios destinados apenas aos combatentes por não expedicionários”, explica o historiador Francisco César Alves Ferraz, da Universidade Estadual de Londrina e pesquisador visitante da University of Tennessee. Ferraz trabalhou a reintegração social dos pracinhas em A guerra que não acabou (Editora da Universidade Estadual de Londrina, 2012) e, mais recentemente, nas pesquisas A preparação da reintegração social dos combatentes estadunidenses da Segunda Guerra Mundial (1942-1946) e A reintegração social dos veteranos da Segunda Guerra Mundial: estudo comparativo dos ex-combatentes do Brasil e dos Estados Unidos (1945-1965).
Segundo o pesquisador, diferentemente dos ex-combatentes da Europa e da América do Norte, que fizeram de suas expressões públicas movimentos sociais organizados (o que tornou possível a conquista de benefícios e de reconhecimento social), os veteranos, também pelo seu pequeno número, tiveram pouco sucesso em chamar a atenção da sociedade e do aparelho estatal para seus problemas. Ferraz, que analisou a diferença da reintegração dos ex-combatentes americanos e brasileiros, lembra que, já em 1942, foram encomendados estudos, realizados por diversos órgãos do governo dos EUA, Forças Armadas, comissões do Congresso e iniciativa privada. “Um dos resultados mais expressivos foi o conjunto de leis chamado de G.I. Bill of Rights, que concedia estudo técnico e superior gratuito aos veteranos, transformava o governo federal em fiador de empréstimos bancários e concedia auxílio-desemprego e assistência médica gratuita para os que estiveram em serviço ativo em guerra por pelo menos 90 dias.
Por isso o Departamento de Guerra americano enviou, em 6 de abril de 1945, correspondência ao general comandante das forças do Exército dos EUA no Atlântico Sul, sob as quais os brasileiros estavam subordinados, alertando para a inconveniência da desmobilização imediata da FEB quando do seu retorno ao Brasil. “Uma vez que é a única unidade do Exército brasileiro, inteiramente treinada pelos EUA, considera-se que tem grande valor como um núcleo para o treinamento de outros elementos do Exército brasileiro e como uma contribuição potencialmente valiosa do Brasil à defesa hemisférica”, observa o documento. O aviso já refletia os rumores, iniciados a partir de março de 1945, de que as autoridades militares brasileiras pretendiam desmobilizar sumariamente a FEB, o que aconteceu efetivamente.
“O Exército fez o possível para marginalizar e desconsiderar quem esteve na linha de frente. Havia enorme preconceito e inveja daqueles que estiveram com a FEB. Toda a experiência adquirida foi desprezada, contrariando o conselho dos EUA para que se vissem os expedicionários como núcleo de um esforço de modernização e renovação do nosso Exército”, analisa o historiador Dennison de Oliveira, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que trabalha o tema, entre outros, na pesquisa atual Reintegração social do ex-combatente no Brasil: o caso da Legião Paranaense do Expedicionário (1945-1980). “Na ânsia de se livrarem da FEB, tida como politicamente não confiável pelo Estado e pelos militares, os pracinhas foram rapidamente desmobilizados sem que tivessem se submetido a exames médicos, que mais tarde seriam fundamentais para que obtivessem pensões e auxílios no caso de doenças ou ferimentos adquiridos no front, lembra o professor. Havia temores políticos: a ameaça que representava para o Exército de Caxias esse novo tipo de força militar, mais profissional, liberal e democrático; o medo de que os oficiais febianos pudessem se tornar o fiel da balança político-eleitoral e fossem cooptados pelos comunistas; acima de tudo, temia-se que os expedicionários, entre os quais Vargas tinha grande popularidade, pudessem apoiá-lo e empolgar a população para soluções diferentes daquelas do pacto conservador das elites políticas para a sucessão do antigo líder do Estado Novo.
O Comando Brasileiro, no Aviso Reservado de 11 de junho, emitido pelo Ministério da Guerra e assinado pelo ministro Dutra, observava que: “Não obstante reconhecer o interesse do público, fica proibido, por motivo de interesse militar, aos oficiais e praças da FEB fazer declarações ou conceder entrevistas sem autorização do Ministério da Guerra”. Para Ferraz, a proibição de falar sobre o histórico das ações é um ato de censura, não de segurança. O objetivo parece ter sido “quebrar o impacto” da chegada da FEB, evitar as declarações que pudessem embaraçar a instituição militar ou envolvê-la nas questões políticas que fermentavam naquele momento.
Isso, segundo ele, fica mais evidente quando se compara com as instruções emitidas ao Grupo de Caça da FAB, enviadas pelo Comando Americano: “Quando você chegar à sua cidade natal, provavelmente a imprensa local desejará entrevistá-lo. Você terá liberdade de falar de suas atividades aos jornalistas, mas não deve especular sobre o futuro de nossas unidades. A guerra continua no Oriente Próximo. Estamos interessados, porém, que a sua história seja contada várias vezes, nos EUA e no Brasil. Boa sorte no futuro”, assinado Charles Myers, brigadeiro do ar.
A FEB não era bem-vinda também por boa parte dos membros do Exército, os militares de carreira que conseguiram, de alguma forma, escapar da ida à guerra. “O envio de expedicionários, os cidadãos-soldados, era motivo de piada nos quartéis. Quando eles voltaram com prestígio popular, muitos sentiram que poderiam ‘ficar para trás’ em suas carreiras e se iniciou uma conspiração surda da maioria que temia ser ultrapassada em suas promoções e cargos”, observa Dennison Oliveira.
Ferraz, na comparação entre americanos e brasileiros, mostra como um dos pontos importantes na reintegração de veteranos dos dois países foi como lidar com o passado, que trazia justamente essas questões políticas associadas aos ex-combatentes. No caso nacional, a última guerra externa em que houve mobilização de jovens que não eram militares regulares foi a Guerra da Tríplice Aliança (1856-1870), cujo retorno à sociedade foi longe do satisfatório, com a maioria dos veteranos indo parar no Asilo de Inválidos da Pátria. “Uma consequência não planejada pelo Império foi o crescimento da participação ativa de oficiais, inclusive de baixa patente, na política do país.
O legado disso foi mais o receio das autoridades pelo protagonismo político dos combatentes do que o reconhecimento dos deveres da sociedade e do Estado com os veteranos de guerra, nota Ferraz. Nos EUA, as mobilizações da Guerra Civil e, em especial, na Primeira Guerra Mundial”, quando os veteranos tiveram suas questões potencializadas com a Depressão e explodiram distúrbios nas ruas americanas, ensinaram as autoridades como fazer a reintegração de seus jovens.
“Eles viram que o perfil dos combatentes recrutados influi diretamente na reintegração social: as chances de sucesso na reentrada da vida profissional e da cidadania aumentam com o maior grau de formação escolar e qualificações profissionais. E também quanto mais igualitário e socialmente distribuído for o recrutamento, melhores as condições de uma recepção positiva da sociedade”, explica Ferraz. No caso da FEB, lembra o pesquisador, todo um arsenal de “jeitinhos” foi utilizado para tirar da unidade filhos de classes mais abastadas. Mesmo assim, apesar da maioria pobre e de baixa escolaridade, a força brasileira exibiu uma amostragem melhor que a média do país.
“Sargentos, cabos e soldados eram majoritariamente de origem urbana, alfabetizados, e apresentavam robustez e resistência física, a ponto de a FEB precisar confeccionar uniformes maiores que os do fardamento normal do Exército”, observa o historiador Cesar Campiani Maximiano, pesquisador do Núcleo de Estudos de Política, História e Cultura da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), autor, entre outros, de Barbudos, sujos e fatigados: soldados brasileiros na Segunda Guerra(Grua, 2010). “Do total de praças, 80,7% eram originários das regiões Sul e Sudeste do país. Os convocados oriundos do Nordeste, escolhidos por suas ótimas condições de saúde e grau de instrução, eram, na maioria, estudantes que serviram como cabos e sargentos, incorporados para suprir a deficiência de graduados experientes”, nota o autor.
Nos EUA, dos primeiros 3 milhões convocados, 47% estavam abaixo dos padrões; entre 1942 e 1943, dos 15 milhões de examinados, 32,4% foram rejeitados por causas físicas ou psiquiátricas e um terço considerado “inaptos para aproveitamento em qualquer grau”. Os americanos queriam apenas o melhor e adotaram critérios rigorosos para isso. A diferença mais gritante, porém, é que não houve distinção de classe no recrutamento para a guerra e um rigoroso controle no sistema de inserções, ao lado de campanha de mobilização da opinião pública, fez com que se recrutassem até o final da guerra mais de 16 milhões de soldados. “Praticamente cada ramo familiar americano tinha um combatente entre os seus, o que ajudou na compreensão dos deveres da sociedade para com aqueles que lutaram”, avalia Ferraz.
No Brasil, apesar das festas, os expedicionários foram rapidamente desmobilizados. “A razão foi política: tanto as autoridades do Estado Novo em decadência quanto as forças políticas de oposição temiam o pronunciamento político dos expedicionários, no que poderia ser a repetição do envolvimento político dos militares no século anterior após a Guerra da Tríplice Aliança”, fala Ferraz. A pressa foi tão grande em acabar com a FEB que os pracinhas já saíram da Itália com seus certificados de baixa e quando chegaram ao Brasil já não estavam mais sob a autoridade do comandante da FEB, mas do comandante militar do então Distrito Federal, não exatamente simpatizante dos febianos.
“A partir de então estavam à própria sorte. Traumas psicológicos de todo o tipo e rotina da luta de sobrevivência no mercado de trabalho dificultaram o retorno dos milhares de brasileiros que estiveram nos campos de batalha. As primeiras leis de amparo só foram aprovadas em 1947”, afirma Dennison de Oliveira. A maioria delas não foi sequer cumprida. Algumas, por sua vez, caíram mal entre os ex-combatentes, como o decreto-lei assinado por Vargas em julho de 1945 que concedia anistia aos militares da FEB, cujo efeito prático foi anistiar aqueles que desertaram no Brasil ao período anterior à campanha militar.
Para Oliveira, o ápice foi a chamada Lei da Praia, assinada em 1949 por Dutra. “De acordo com ela, qualquer pessoa enviada à ‘zona de guerra’ tinha direito aos auxílios e pensões. A lei incluía vias navegáveis e cidades no litoral brasileiro que se encontravam nessa ‘zona de guerra’. Assim, seja o soldado que corria perigo e lutava no frio dos Apeninos, seja o bancário que fora transferido para uma cidade litorânea, todos recebiam o mesmo”, diz o historiador.
“Claro que nos EUA também houve dificuldades de reintegração, mas houve um esforço da sociedade em receber os milhões de retornados da guerra. Os seus combatentes seriam conhecidos como a ‘boa geração’, aquela que garantiu a vitória contra a barbárie. Para os veteranos brasileiros, esse reconhecimento não aconteceu”, observa Ferraz. Segundo o historiador, a busca por apoio institucional às necessidades dos veteranos levou-os à aproximação com as Forças Armadas e, logo, com suas práticas políticas, inclusive o golpe de 1964. Transformados em símbolos e apoiadores do regime militar, viraram alvo dos críticos da ditadura do pós-64. “Ao invés de colocar em questão essa identidade entre Exército, governo militar e FEB, esses críticos preferiram investir contra a memória expedicionária, o que só reforçou os laços entre o Exército e os veteranos”, observa Ferraz.
Não se pode negar, é claro, que muitos pracinhas apoiaram o regime militar, até porque na primeira geração dos golpistas tinha alguns febianos, como o primeiro presidente do regime militar, Castello Branco, cuja ascensão ao poder deu a esperança aos veteranos de que seriam “vingados”. Mas as memórias desses combatentes revela outras histórias, como verificou o historiador e brasilianista israelense radicado nos EUA Uri Rosenheck, da Emory University, que pesquisou a FEB em Fighting for home abroad: remembrance and oblivion of World War II in Brazil. Entre os seus objetos de estudo estão as memórias dos ex-combatentes e os monumentos que celebram os expedicionários em “espaços cívicos” das cidades.
“No caso dos pracinhas, as memórias são apenas lembranças do passado, mas, por meio de um olhar analítico, elas se revelam como instrumentos de crítica política contemporânea. No caso brasileiro, ler as memórias de guerra é ver como esses homens desafiavam a ditadura militar e condenavam a política armada”, explica Rosenheck, que passou em revista as 150 memórias escritas sobre a FEB. Segundo ele, apesar de publicamente defenderem as suas lideranças, os cidadãos-soldados criticam os militares.
“A maioria das observações tem a ver com a ineficiência do Exército brasileiro, comparado com o similar americano, e o contraste entre os oficiais regulares e reservistas. Critica-se a falta de logística, como eles sofriam no frio por falta de uniformes apropriados, como tiveram que pagar por suas passagens de trem enquanto esperavam para embarcar para o Rio e mesmo a carência de identificações, as dog-tags, que não eram dadas a eles”, conta o brasilianista. As críticas mais ácidas vão para os oficiais do Exército regular, ou seja, o Exército de Caxias em oposição aos voluntários combatentes da FEB. “Eles lembram como esses primeiros tinham percepções antiquadas sobre as relações entre pracinhas e oficiais, sobre a ética e a moral do corpo de oficiais e sobre o profissionalismo em combate real.” Alguns recordam que foram roubados por seus superiores e que decisões eram arbitrárias e baseadas em que tipo de presente poderiam dar para seus oficiais.
O mesmo acontecia quando o assunto era racismo. “Em muitas memórias, os soldados se dizem horrorizados com o racismo dos militares americanos, mas em muitos casos nessas memórias se pegam ‘lapsos’ em que se percebe o racismo dos próprios pracinhas. Mas o importante é se perceber que eles preferem atribuir casos de preconceito a ‘ordens de superiores’. Assim, tudo fica como sendo ‘coisa de americano’ ou ‘dos superiores’, separando ‘os soldados’, ‘a FEB’ e por extensão ‘os brasileiros’ dos outros responsáveis por tais atos horríveis, seja pessoas domésticas ou estrangeiras.” Para Rosenheck, as acusações contra comandantes como racistas e incompetentes podem ser entendidas como um ataque implícito sobre as Forças Armadas e seu papel na sociedade. “A crítica não precisa ser explícita para ser efetiva. O fato de que veteranos da maior força de combate militar desde a Guerra do Paraguai critiquem o Exército dá a suas observações credibilidade e força. Tudo está centrado nos militares, não no governo político, na sociedade civil, o que só reforça essa leitura.”
Rosenheck também estudou os monumentos dedicados à FEB, com conclusões semelhantes. “Apesar de dizerem que os pracinhas foram esquecidos, há 192 monumentos dedicados à FEB, com 451 mortos, ou seja, quase três monumentos para cada sete mortos”, conta. São construções que não celebram mortos, mas celebram os vivos, os que voltaram, uma visão pouco militarista. As Forças Armadas estão quase ausentes nos textos que acompanham esses monumentos, com escritos que destacam a democracia, a liberdade, o civismo. Dos 192, 120 foram construídos entre 1945 e 1946, e 32 antes da instalação da ditadura militar. São poucos os que mostram soldados (a maioria é de obeliscos) e a representação visual deles não é de combate. “A narrativa não comunica a importância do Exército ou seu papel na construção da nação, mas os valores de uma sociedade civil”, diz o historiador. “Temos que reconhecer que as ligações da FEB com a história militar são importantes, mas há outras narrativas. É preciso criar ligações entre a história da FEB e outros aspectos da história e sociedade brasileira como um todo”, avisa.
CARLOS HAAG | Edição 210 – Agosto de 2013 - Revista de Pesquisa da FAPESP
domingo, 29 de setembro de 2013
"O ASSÚ EM VERSOS DE UM FILHO SEU"
Rosivaldo
Quirino é poeta assuense da nova geração. Ele, salvo engano, ainda é funcionário
da Caixa Econômica Federal, agência de Assu, Terra de tantos poetas de boa qualidade. Em 17 de Dezembro de 2010 postei a a imagem acima do livro deste bardo assuense que enriquece as letras potiguares. De Rosivaldo recebo o seguinte comentário em forma de versos/sextilha que diz assim:
Amigo Fernando Caldas Eu não sou bom de oratória Por isso tento nos versos Falar da nossa história Por isso meus parabéns Por trazer nossa memória Rosivaldo Em tempo: Rosivaldo envie para este blog, os versos constantes neste livro. Aguardo ansioso! Com o abraço do seu conterrâneo Fernando Caldas/Fanfa. |
RQBEZERRA27/09/2013 20:43:00
sábado, 28 de setembro de 2013
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Paróquia revitalizará igreja matriz e prédio do antigo Seminário
Por toda esta sexta-feira (27), o padre Flávio Augusto Forte Melo, vigário-geral da Diocese de Mossoró e administrador da paróquia de São João Batista, em Assú, espera ter em seu poder toda a previsão orçamentária com vistas ao trabalho de revitalização de duas estruturas paroquiais: a igreja matriz de São João Batista e o prédio que abrigou o antigo Seminário.
De posse de tais informações econômico-financeiras, o pároco pretende expô-las ao bispo diocesano, Dom Mariano Manzana, que cumpre agenda nesta sexta-feira em Assú, presidindo a celebração eucarística que se verificará, às 19h30, na continuidade da programação socioreligiosa da festa de Santa Terezinha, na comunidade rural de Poré, povoado situado no limite territorial entre Assú e Carnaubais.
Entretanto, de antemão o sacerdote adiantou que o trabalho de revitalização começará com a pintura de toda a área externa da igreja matriz.
Com referência ao antigo Seminário, a ação estrutural será mais complexa visto que, conforme declaração de padre Flávio Melo, todo o pavimento superior do prédio terá que ser totalmente refeito.
O espaço físico já acolhe as instalações da Secretaria Geral da paróquia.
Postado por Pauta Aberta
Postado por Ivan Pinheiro Bezerra
CORDEL
ME ENGANEI COM MINHA NOIVA
Quando solteiro eu vivia
Era o maior aperreio,
Devido ser muito feio
As moça não me queria.
Quando pr’um forró eu ia
Com qualquer colega meu,
Eles confiava neu
Ia beber e brincar
No fim da festa ia arengar
Quem ia preso era eu.
E pra arranjar namoro
Eu toda via fui mole.
Eu cantei samba, eu puxei fole,
Usei um cabelo louro,
A boca cheia de ouro,
Chega brilhava de dia.
Quando pr’um forró eu ia
Cheirava que nem uma rosa,
Mas, se eu caçava umas prosa,
As moça não me queria.
Aí eu dizia: “É catimbó
Que alguém botou, mas não sai,
Que mamãe casou com papai,
Vovô casou com vovó,
Inté meu irmão Chicó,
Que é muito mais feio que eu,
Namorou, casou, viveu
Com duas mulher, inté,
Só eu não acho muié
Que queira se esfregar neu.
Um dia Deus descuidou-se,
O satanás se esqueceu,
Que Vicença olhou pra eu
Com uns oião de bico dôce,
Nossos ói se amisturou-se
Como feijão com arroz,
Se abufelemo nós dois
Num amor tão violento
Que marquemo o casamento
Pra quatro dias depois.
No dia de se amarrar,
Se arrumou, eu e ela.
Dei de garra na mão dela
E fui pra igreja casar.
Cheguei no pés do altar,
Recebi a santa bença,
Jurei não ter desavença
Entre eu e minha esposa,
O padre disse umas côsa
E fui viver com Vicença.
Cheguei em casa mais ela,
Fui logo me agasalhando
Que mermo que eu ia pensando
Que ia dormir na costela.
Vicença fez a novela
Por dentro da camarinha,
Quebrou uns troçim que eu tinha,
Me ameaçou na bala.
Ela foi dormir na sala
Eu fui dormir nca cozinha.
Da vida perdi o gosto
Porque Vicença fez isso.
De manhã fui pro serviço,
Mas pra morrer de desgosto.
Cheguei em casa, o sol posto,
Vicença me arrecebeu,
Inté um café freveu,
Botou pra nós dois cear,
Mas, quando foi se deitar,
Nem sequer olhou pra eu.
De Deus perdi a crença,
De nome chamei uns trinta,
Botei uma faca na cinta,
E fui conversar com Vicença.
Vicença deu uma doença
Quando falei em amor,
Aí ela me perguntou:
“Cê pensa que eu sou o que?
Eu me casei com você
Pra lhe fazer um favor”.
Bati com ela no chão,
Puxei a lapa de faca,
Cortei o cóis da casaca
E o elástico do calção.
Vicença tinha razão
De não querer bem a eu.
Não era com nojo deu,
Ou porque não fosse séria,
Sabe Vicença quem era,
Era macho que nem eu.
Eu muito me arrependi
Porque me casei com ela.
Falei logo com o pai dela
E de manhã devolvi.
Muito desgosto eu senti,
Que quase morri inté,
Homem em trajo de muié
Tem muito de mundo afora,
Só caso com outra agora
Logo sabendo quem é.
Era o maior aperreio,
Devido ser muito feio
As moça não me queria.
Quando pr’um forró eu ia
Com qualquer colega meu,
Eles confiava neu
Ia beber e brincar
No fim da festa ia arengar
Quem ia preso era eu.
E pra arranjar namoro
Eu toda via fui mole.
Eu cantei samba, eu puxei fole,
Usei um cabelo louro,
A boca cheia de ouro,
Chega brilhava de dia.
Quando pr’um forró eu ia
Cheirava que nem uma rosa,
Mas, se eu caçava umas prosa,
As moça não me queria.
Aí eu dizia: “É catimbó
Que alguém botou, mas não sai,
Que mamãe casou com papai,
Vovô casou com vovó,
Inté meu irmão Chicó,
Que é muito mais feio que eu,
Namorou, casou, viveu
Com duas mulher, inté,
Só eu não acho muié
Que queira se esfregar neu.
Um dia Deus descuidou-se,
O satanás se esqueceu,
Que Vicença olhou pra eu
Com uns oião de bico dôce,
Nossos ói se amisturou-se
Como feijão com arroz,
Se abufelemo nós dois
Num amor tão violento
Que marquemo o casamento
Pra quatro dias depois.
No dia de se amarrar,
Se arrumou, eu e ela.
Dei de garra na mão dela
E fui pra igreja casar.
Cheguei no pés do altar,
Recebi a santa bença,
Jurei não ter desavença
Entre eu e minha esposa,
O padre disse umas côsa
E fui viver com Vicença.
Cheguei em casa mais ela,
Fui logo me agasalhando
Que mermo que eu ia pensando
Que ia dormir na costela.
Vicença fez a novela
Por dentro da camarinha,
Quebrou uns troçim que eu tinha,
Me ameaçou na bala.
Ela foi dormir na sala
Eu fui dormir nca cozinha.
Da vida perdi o gosto
Porque Vicença fez isso.
De manhã fui pro serviço,
Mas pra morrer de desgosto.
Cheguei em casa, o sol posto,
Vicença me arrecebeu,
Inté um café freveu,
Botou pra nós dois cear,
Mas, quando foi se deitar,
Nem sequer olhou pra eu.
De Deus perdi a crença,
De nome chamei uns trinta,
Botei uma faca na cinta,
E fui conversar com Vicença.
Vicença deu uma doença
Quando falei em amor,
Aí ela me perguntou:
“Cê pensa que eu sou o que?
Eu me casei com você
Pra lhe fazer um favor”.
Bati com ela no chão,
Puxei a lapa de faca,
Cortei o cóis da casaca
E o elástico do calção.
Vicença tinha razão
De não querer bem a eu.
Não era com nojo deu,
Ou porque não fosse séria,
Sabe Vicença quem era,
Era macho que nem eu.
Eu muito me arrependi
Porque me casei com ela.
Falei logo com o pai dela
E de manhã devolvi.
Muito desgosto eu senti,
Que quase morri inté,
Homem em trajo de muié
Tem muito de mundo afora,
Só caso com outra agora
Logo sabendo quem é.
Cordel de Luiz Campos - Mossoró/RN.
terça-feira, 24 de setembro de 2013
História
Monumento (centro) da Praça da Matriz
(Por volta dos anos 40 ou 50)
01 de janeiro de 1901 – MONUMENTO – O Assú, euforicamente, homenageia a entrada do último século do milênio. No centro da Praça, ao lado da Matriz, foi edificada uma coluna de nove metros de altura. O Projeto Gráfico do Munumento foi do artista decorador José Severo, dono do Atelier J. Severo. “À uma hora da manhã do dia primeiro de janeiro de mil novecentos e hum, anno do nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo e treze da república, no antigo ‘Alto do Império’, reunido grande número de povo de todas as classes, entre o qual sobresahiam duas alas de excellentíssimas senhoras, para assistir ao acto inaugural do Monumento commemorativo erigido por uma distincta pleiade de assuenses, em homenagem à Jesus Christo Redemptor, no fim do século que se ultima e no princípio do que vae começar, e sendo acclamado Presidente o reverendíssimo Vigário da Freguesia, illustre Conego Estevam José Dantas, este chamou para servir de secretário dos respectivos trabalhos o cidadão Afonso Soares de Macedo. Constituida assim a meza, o alludido Presidente declarou achar-se aberta a sessão, depois do que discorreu lucida e satisfatoriamente sobre os fins da presente reunião, enaltecendo os sentimentos religiosos do povo assuense, que acabava de provar seu sincero apoio às públicas e fervorosas demonstrações de reconhecimento e de amor filial, de gratidão e respeito, em homenagem ao Chefe invisível da nossa regeneração – Jesus Christo, - feitas em todo o orbe catholico; e terminou por acrescentar que a comissão encarregada da erecção do Monumento, que se acabava de inaugurar, pelo pouco tempo de que dispoz para empregar os meios necessários, aguardava-se com a pretenção de, em opportuna quadra, promover a consecução da Imagem de Christo Redemptor, afim de ser collocada no alto do mesmo Monumento para maior realce do seu objectivo; manifestando que, para a realização da referida idéa, elle mesmo prestaria a sua mais franca e sincera adhesão, o seu mais vivo interesse.
Foi unanimimente applaudido em sua allecução, finda a qual ouviu-se os sons da música na execução do hymno nacional. Tomou, em seguida, a palavra o orador oficial, representando na pessoa do digno Juiz de Direito da Comarca, Doutor Luiz de Oliveira, que proferiu um agradável discurso, no qual teve de levantar merecidos elogios aos factores e realisadores da grandiosa idéa. Eneas Caldas, João de Macedo e Palmério Filho, que, a custa de penosos sacrifícios, conseguiram que fosse legado à posteridade um testemunho solemne dos sentimentos religiosos e do genio progressista dos assuenses. Fallou mais sobre o desenvolvimento patente de diversos ramos de progressos no decurso do século dezenove, fazendo, por ultimo, apresentação do ancião de nome Fellipe Barbosa da Fonsêca, que tendo visto o raiar do século que findou, ainda esperto e no gozo de todas as suas faculdades, achava-se entre nós presenciando também o surgir do que vae começar, pelo que a commissão, acima já alludida lembrara-se de, em nome do mesmo ancião, offerecer o presente Monummento ao religioso e patrioco povo assuense. As suas últimas palavras seguiram-se os applausos do auditório. Foi neste interim distribuída à mesa o hebdomadário “A Semana” que se publica nesta cidade, sob a hábil e criteriosa redação do nosso sympathico conterrâneo Palmério Filho. Pelo cidadão Antonio Soares de Macêdo foram carolosamente erguidos diversos vivas, nos quases o auditorio com enthusiasmo o acompanhou. Occuparam ainda a tribuna o illustre cidadão Doutor Angelo Caetano de Souza Cousseiro, que, em breves, mas significativas phrases, satisfez os assistentes sobre o assumpto em questão, e os moços Américo de Macedo, Palmério Filho, Abdon Soares de Macedo, João Gomes de Amorim e Affonso Soares de Macedo, sendo todos applaudidos em suas exibições, findas as quaes secundaram sempre os sons do hymno nacional.
Não havendo então quem mais pedisse, a palavra, foi incerrada a sessão. E para que tudo isso contasse, lavrei eu, Affonso Soares de Macedo, servindo de secretário, a presente acta, que fica pelo Presidente, por mim e por diversos assistentes assignada.
Conego Estevam José Dantas.
Affonso Soares de Macedo.
Postado por Ivan Pinheiro Bezerra
POETA DE OUTRORA
Dos poetas da velha Assú” não poderíamos deixar de citar Marcolino Wanderley que pertencia a uma das famílias mais ilustres e mais antigas da Região.
Dizem que seus bisavôs vieram da Holanda com o Príncipe de Nassau e que depois de restaurado o domínio português fixaram residência no Rio Grande do Norte, em terras do Assú.
A tradição informa mais que pelos serviços prestados na guerra, foram-lhes conferidos os títulos de nobreza. Uma das irmãs de Marcolino chamava-se Maria Gorgônia de Holanda Wanderley. Sabe-se que o sobrenome Wanderley é de origem holandesa, e que faz crer que, de fato, Marcolino tinha as suas raízes genealógicas fincadas nos países baixos.
Era o homem mais esquisito daqueles tempos. Casou-se a meia noite com uma sobrinha, por mera caturrice, e quando ela veio a falecer, muitos anos depois, fez questão que fosse sepultada ao pé de uma tamarineira no quintal de sua residência. E como a família não consentiu, indispôs-se com a família.
Colecionava em uma sala de sua casa aves e animais empalhados, inclusive a tíbia de uma das pernas de Jesuíno Brilhante - afamado cangaceiro que fez época nos sertões nordestinos. Dizem que esta peça anatômica ele ofertou a um amigo de Recife, Pernambuco.
Era poeta, porém Bocageano. Suas produções são impublicáveis. Era anticlerical e não perdoava os inimigos.
Certa vez alguém censurou os seus procedimentos ele respondeu com estes versos:
Da raça barbalhada e dissoluta.
Dela surge vil jumento corcovado
É tão descomunal este aleijado
Como é ele um cabrão filho da puta.
Descendente desta corja assás poluta.
É ele alcoviteiro e tão danado
Que do Cuó onde foi gerado
Vai às praias descobrir mulher inculta.
Só assim ela acharia casamento
Disse-me seu irmão que assistiu
A tão torpe e imundo ajuntamento.
E como nenhum segredo me pediu
Em resposta ao que de mim disse o jumento
Eu lhe digo: vá à puta que o pariu.
Atribuem a Marcolino Wanderley diversos versos regrados a putaria que não são recomendáveis serem divulgados nesta blog. Na verdade, Marcolino passou pelo Assú, marcou uma época e foi esquecido. Nada na cidade leva o seu nome.
Coisas do Assú.
Postado por Ivan Pinheiro Bezerra
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