Poucas vezes temos assistido uma manifestação de apreço, tão
espontânea, tão sincera, quanto esta que, as alunas do Educandário N. S. das
Vitórias, prestaram à Madre Cristina Wlastnick, ex-diretôra deste
estabelecimento, no dia de sua partida para Caicó, em obediência às determinações
da Madre Geral da Congregação das Filhas do Amor Divino.
Impossível, nos estreitos limites de uma notícia de jornal,
dizer o que foi esta demonstração de estima e de gratidão à abnegada religiosa,
que por mais de 20 anos, dirigiu este modelar estabelecimento de educação e
ensino, com inexcedível dedicação e paternal carinho.
Realmente, Madre Cristina Wlastnick, é preciso que se repita
sempre, foi dentro do “Educandário N. S. das Vitórias, uma mãe carinhosa que as
centenas dirigiu as suas alunas, merecendo a confiança especial das famílias
assuenses e os aplausos de toda população.
Amável, dedicada, tendo sempre um riso acolhedor e carinhoso
para todos, Madre Cristina Wlastnick, deixa em nossa terra, fundas saudades –
fruto do seu esforço e de sua dedicação, em cooperar conosco, para o
desenvolvimento intelectual e moral da mocidade assuense.
Por ocasião da solene
despedida, falou em nome do povo assuense, o jornalista Francisco Amorim e em
nome das alunas do “Educandário Nossa Senhora das Vitórias”, a senhorita
Terezinha Leitão, cujas palavras foram proferidas, entrecortadas de soluços.
Para fielmente descrever a emoção do momento, teríamos de
alongar esta nota, feita já a última hora.
Limitando-nos a este ligeiro registro, na primeira página de
“ATUALIDADE”, como justa homenagem ao autêntico valor de Madre Cristina Wlastnick,
ex-diretôra do “Educandário Nossa Senhora das Vitórias”, que, com amor, desprendimento
e abnegação, somente próprios nos espíritos crentes e iluminados pela graça da
fé, vinha dirigindo este nosso importante estabelecimento educacional, que
constitui um dos motivos de que se pode orgulhar a nossa querida terra, temos,
assim, expressado a nossa admiração e, tornada público o reconhecimento do povo
assuense
De: Jornal Atualidade, de Assu, edição de 19 de Março de 1950.
Atual treinador do Team Taekwondo Escola, em Assú, o professor Fábio Lourenço da Silva tem desde a última sexta-feira (23) mais uma atribuição de peso. Ele foi nomeado pela direção técnica da Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD) para assumir a condição de técnico da Seleção Brasileira feminina da referida modalidade na categoria Juvenil. Sua estreia no comando técnico da representação brasileira ocorrerá dia 17 de novembro, quando se dará a realização do Campeonato Sul-americano da modalidade, competição que será disputada em Lima, capital do Peru, segundo informação do blog Assurn.com.br. Além de Fábio Lourenço na condição de treinador, outros assuenses estarão no torneio como lutadores defendendo o selecionado brasileiro: Paulo Ricardo, Peterson Endres, Maria Eduarda, Nívia Barros e Clécia Albano. Fábio Lourenço embarca no dia 14 do mês que vem para participar de um estágio preparatório organizado pela WTF, sigla em inglês da Federação Mundial de Taekwondo, visando bem desempenhar a missão que tem pela frente.
IMORTAL ASSUENSE TEM LIVRO PUBLICADO NA ALEMANHA
Fruto do trabalho final de pesquisa do Curso de Mestrado em Linguística pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte foi publicado, esta semana na Alemanha, o livro Procedimentos de Abertura e Fechamento de Tópicos na Interação em Sala de Aula, de autoria do Acadêmico Francisco José Costa dos Santos, ocupante da cadeira de número 04, na Academia Assuense de Letras, que tem por patrono Francisco Agripino de Alcaniz - Chico Traíra.
A obra trata da organização de tópicos discursivos na interação que se desenvolve no interior da sala de aula entre professor e alunos e prima pela observação nas funções exercidas pelo marcador discursivo ENTÃO.
O livro foi publicado pela Editora “Novas Edições Acadêmicas” sediada na cidade de Saarbrücken – Alemanha e tem 193 páginas, na qual o autor realiza “uma viagem teórica” ao ambiente da interação na sala de aula.
O autor comemora mais essa publicação. Anteriormente, ele já havia publicado pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores do Rio de Janeiro – RN, quatro obras também da área de linguística e publicará, provavelmente em janeiro de 2016 pela mesma editora carioca, a obraRetalhos de Mim que tem cunho poético/histórico e se volta para decantar o Assu. Parabenizamos o amigo e confrade Francisco José Costa dos Santos por mais esta vitória nos caminhos garranchentos e difíceis da literatura.
Livro de Patrick Modiano, Nobel de literatura em 2014, mostra que a criação literária é um caminho de sensibilização histórica e de rememoramento
As fronteiras entre pesquisa histórica e criação literária sempre foram bastante porosas, capazes de permitir contatos e intercâmbios interessantes. A própria dimensão da narrativa é fundamental no âmbito da investigação e reconstituição histórica do passado, embora durante certo tempo tivesse sido como que colocada no escanteio, quase abandonada em favor de abordagens que privilegiavam as análises quantitativas e seriais. Mas fazer história é também saber narrar uma boa história, construindo pontes entre seus leitores e aqueles pilares que sustentam o trabalho do historiador: os documentos e as fontes.
De forma análoga age o bom escritor quando sua criação literária busca pontos de sustentação ou de referência em eventos históricos, fatos do passado comum de um país ou de uma sociedade. De Tolstói a Stendhal, de Júlio Verne a Thomas Mann, os exemplos são inúmeros, mas chegando mais próximos dos tempos atuais, baste pensar na Festa do Bode, de Vargas Llosa ou em obras de Javier Cercas, como Soldados de Salamina ou Anatomia de um instante, ou ainda em O Cemitério de Praga de Umberto Eco, em HHhH de Laurent Binet, ou O Projeto Lazarus, de Hemon. Cada um segundo um estilo e uma dinâmica própria, mas sempre buscando indagar limites e possibilidades do encontro entre ficção literária e realidade histórica
Assim, o simples anúncio do desaparecimento de uma jovem, denunciado por seus pais, encontrado, já no final dos anos ’90, numa edição de 1941 de Paris Soir, faz com que o escritor mobilize sua fantasia para tentar imaginar os caminhos da garota numa Paris ocupada pelos nazistas, e ao mesmo tempo se lance, com faro de autentico historiador, em busca de rastros, sinais, pegadas, isto é, documentos, que sustentem sua narração. O autor da obra – Dora Bruder, publicada pela Editora Rocco – é o premio Nobel de Literatura de 2014, o francês Patrick Modiano, e a jovem desaparecida é a que dá o titulo ao livro. As seis linhas do anúncio no diário parisiense apresentam elementos a partir dos quais o narrador vai elaborando reflexões, perguntas, considerações e sugestões, misturadas com lembranças de sua própria vida, do relacionamento doloroso com o pai, da Paris de antigamente, de seu perambular de juventude pelas ruas da cidade.
Dramas e feridas que a ocupação nazista deixou no tecido urbano e social da França aparecem no livro como pano de fundo de uma história de vida e luta de uma família judia, o pai austríaco, a mãe húngara, ambos judeus aportados a Paris em anos difíceis, vivendo em meio a mil dificuldades. E Dora, a filha de quinze anos, que abandona repentinamente o colégio católico onde estuda e desaparece. A polícia, as buscas, ao mesmo tempo as investigações e prisões de cidadãos de origem judaica, as cumplicidades das autoridades francesas com os ocupantes alemães, os campos de concentração ao redor da capital, as viagens para a morte.
E as perguntas, que perpassam as páginas e levam a sucessivos questionamentos e buscas, e encontros, às vezes, com fios de memoria e fragmentos de documentos: anônimos relatos policiais, listas de alunos de colégio, fotografias sem datas. Para onde foi Dora naquelas semanas e meses de fuga? Por que se subtraiu à escola, aos pais, ao seu cotidiano? Quem a encontrou e/ou a denunciou? Como e quando se reencontrou com a família e em que circunstâncias foi enviada para Auschwitz? Deste modo o pesquisador, junto ao escritor, tece a teia de sua imaginação narrativa. Mas confessa também, encerrando seu livro: “Ignorarei para sempre como ela passava seus dias, onde se escondia, em companhia de quem se encontrava no inverno de sua primeira fuga e nas poucas semanas daquela primavera em que fugiu de novo. É o segredo dela. Pobre e precioso segredo que os carrascos, os decretos da polícia, as autoridades assim chamadas de ocupação, os quarteis, os campos, a História, o tempo – tudo o que suja e destrói – não conseguiram roubar-lhe”.
Ficção e realidade. Acontecimentos documentados, fatos e registros históricos e livre exercício da capacidade criativa. O resultado é um livro intrigante, doloroso em sua tentativa de resgate de fragmentos de existência, magnificamente escrito.
AUTOR – Marcello Scarrone é pesquisador da Revista de História da Biblioteca Nacional e autor da tese “Nello, Libero e Giuseppe: do Rio contra Mussolini. Percursos políticos do Antifascismo Italiano na Capital Federal (1922-1945)” (UFRJ, 2013)
Livro de Patrick Modiano, Nobel de literatura em 2014, mostra que a criação literária é um caminho de sensibilização histórica e de rememoramento
As fronteiras entre pesquisa histórica e criação literária sempre foram bastante porosas, capazes de permitir contatos e intercâmbios interessantes. A própria dimensão da narrativa é fundamental no âmbito da investigação e reconstituição histórica do passado, embora durante certo tempo tivesse sido como que colocada no escanteio, quase abandonada em favor de abordagens que privilegiavam as análises quantitativas e seriais. Mas fazer história é também saber narrar uma boa história, construindo pontes entre seus leitores e aqueles pilares que sustentam o trabalho do historiador: os documentos e as fontes.
De forma análoga age o bom escritor quando sua criação literária busca pontos de sustentação ou de referência em eventos históricos, fatos do passado comum de um país ou de uma sociedade. De Tolstói a Stendhal, de Júlio Verne a Thomas Mann, os exemplos são inúmeros, mas chegando mais próximos dos tempos atuais, baste pensar na Festa do Bode, de Vargas Llosa ou em obras de Javier Cercas, como Soldados de Salamina ou Anatomia de um instante, ou ainda em O Cemitério de Praga de Umberto Eco, em HHhH de Laurent Binet, ou O Projeto Lazarus, de Hemon. Cada um segundo um estilo e uma dinâmica própria, mas sempre buscando indagar limites e possibilidades do encontro entre ficção literária e realidade histórica
Assim, o simples anúncio do desaparecimento de uma jovem, denunciado por seus pais, encontrado, já no final dos anos ’90, numa edição de 1941 de Paris Soir, faz com que o escritor mobilize sua fantasia para tentar imaginar os caminhos da garota numa Paris ocupada pelos nazistas, e ao mesmo tempo se lance, com faro de autentico historiador, em busca de rastros, sinais, pegadas, isto é, documentos, que sustentem sua narração. O autor da obra – Dora Bruder, publicada pela Editora Rocco – é o premio Nobel de Literatura de 2014, o francês Patrick Modiano, e a jovem desaparecida é a que dá o titulo ao livro. As seis linhas do anúncio no diário parisiense apresentam elementos a partir dos quais o narrador vai elaborando reflexões, perguntas, considerações e sugestões, misturadas com lembranças de sua própria vida, do relacionamento doloroso com o pai, da Paris de antigamente, de seu perambular de juventude pelas ruas da cidade.
Dramas e feridas que a ocupação nazista deixou no tecido urbano e social da França aparecem no livro como pano de fundo de uma história de vida e luta de uma família judia, o pai austríaco, a mãe húngara, ambos judeus aportados a Paris em anos difíceis, vivendo em meio a mil dificuldades. E Dora, a filha de quinze anos, que abandona repentinamente o colégio católico onde estuda e desaparece. A polícia, as buscas, ao mesmo tempo as investigações e prisões de cidadãos de origem judaica, as cumplicidades das autoridades francesas com os ocupantes alemães, os campos de concentração ao redor da capital, as viagens para a morte.
E as perguntas, que perpassam as páginas e levam a sucessivos questionamentos e buscas, e encontros, às vezes, com fios de memoria e fragmentos de documentos: anônimos relatos policiais, listas de alunos de colégio, fotografias sem datas. Para onde foi Dora naquelas semanas e meses de fuga? Por que se subtraiu à escola, aos pais, ao seu cotidiano? Quem a encontrou e/ou a denunciou? Como e quando se reencontrou com a família e em que circunstâncias foi enviada para Auschwitz? Deste modo o pesquisador, junto ao escritor, tece a teia de sua imaginação narrativa. Mas confessa também, encerrando seu livro: “Ignorarei para sempre como ela passava seus dias, onde se escondia, em companhia de quem se encontrava no inverno de sua primeira fuga e nas poucas semanas daquela primavera em que fugiu de novo. É o segredo dela. Pobre e precioso segredo que os carrascos, os decretos da polícia, as autoridades assim chamadas de ocupação, os quarteis, os campos, a História, o tempo – tudo o que suja e destrói – não conseguiram roubar-lhe”.
Ficção e realidade. Acontecimentos documentados, fatos e registros históricos e livre exercício da capacidade criativa. O resultado é um livro intrigante, doloroso em sua tentativa de resgate de fragmentos de existência, magnificamente escrito.
AUTOR – Marcello Scarrone é pesquisador da Revista de História da Biblioteca Nacional e autor da tese “Nello, Libero e Giuseppe: do Rio contra Mussolini. Percursos políticos do Antifascismo Italiano na Capital Federal (1922-1945)” (UFRJ, 2013)
Assu, cidade polo do Vale do Assu, é a sétima melhor do Rio Grande do Norte em qualidade de vida, de acordo com pesquisa realizada pela reconhecida empresa nacional de consultoria Austin Rating para a revista IstoÉ. Este e outros resultados do amplo estudo envolvendo 5.565 municípios brasileiros se encontram no anuário “As Melhores Cidades do Brasil”, veiculado recentemente pela publicação. Foram avaliados indicadores; Fiscais, Sociais, Econômicos e Digitais.
A análise considera informações fornecidas por órgãos como Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Secretaria do Tesouro Nacional (STN), Datasus, Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), entre outros. Como foi realizado a partir de dados oficiais, a publicação é uma chancela e um selo de qualidade das boas administrações do país.
No ranking geral entre as cidades do Rio Grande do Norte a liderança fica com 1º Natal, seguindo de 2º Mossoró, 3º Parnamirim, 4º Caicó, 5º São Gonçalo do Amarante, 6º Macaíba, 7º Assú, 8º Currais Novos, 9º Apodi, 10º Ceará-Mirim, 11º Pau dos Ferros, 12º Parelhas, 13º Santa Cruz, 14º São José de Mipibu, 15º Macau, 16º Areia Branca, 17º Extremoz, 18º Goianinha, 19º Nova Cruz, 20º Touros. Na avaliação nacional entre as 5.565 cidades o Rio Grande do Norte aparece com Natal em 320º, seguindo de Mossoró em 569º, Parnamirim em 807º e logo em seguida Caicó 889º.
Com uma proposta inovadora e pioneira no Rio Grande do Norte surge a Residência Artística em Fotografia durante o mês de novembro, sempre aos sábados e domingos. Serão apresentados aos novos nomes da fotografia nacional e internacional e de profissionais da área que são referência para a produção fotográfica atual. O programa visa estimular a criatividade, o aprendizado e especialmente o crescimento e progresso individual de cada participante. A programação inclui exercícios que deverão ser realizados durante o período da residência para que sejam avaliados e comentados. A intenção desta convivência é que além de analisar o trabalho previamente existente de cada fotógrafo, novos trabalhos sejam produzidos durante as duas semanas da residência. Conduzirão a "Residência" as profissionais Elisa Elsie e Mariana Do Vale, do Duas Estúdio. As vagas são limitadas. Mais informações através do (84) 3331 8304 ou na sede do SEBRAE em Assu.
Governador garante recursos para construção da terceira ponte sobre o Potengi
O Governador Robinson Faria (PSD) anunciou (26) a retomada do projeto de construção da terceira ponte sobre o Rio Potengi. A declaração foi dada durante a abertura da reunião do Conselho de Desenvolvimento Metropolitano – composto pelos municípios formadores da Região Metropolitana de Natal –, em que se estuda a criação de consórcios para mobilidade urbana.
Segundo Robinson Faria, os recursos para a edificação da ponte estão garantidos pelo Banco Mundial. A obra está orçada em R$ 1 bilhão. “A negociação foi feita na semana passada, em Brasília. Conseguimos redirecionar o projeto com o Banco Mundial”, disse Robinson. Previsão de que o projeto seja iniciado ainda este ano.
A necessidade de uma terceira ponte ligando a zona Norte de Natal ao restante do município ocorre devido ao crescimento da cidade e do fluxo entre as regiões e aos muncípios limitrofes. Dados da Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU) dão conta de que 78 mil veículos passam diariamente pela ponte de Igapó.
Além disso, a ponte Newton Navarro, com apenas sete anos de uso, já opera com cerca de 60% de sua capacidade instalada – lá passam 38 mil veículos por dia, quando a capacidade é de 60 mil. A estrutura foi projetada para atender o fluxo nas duas décadas seguintes à sua conclusão.
Apesar dos recursos garantidos, o governador não delimitou qual será o traçado do equipamento viário. Uma estrutura projetada pelo Governo do Estado pode ser construída no município de Macaíba, ligando a rodovia federal BR-226 à rodovia estadual RN-160, o que desafogaria o fluxo de veículos na ponte de Igapó, em Natal. A estrutura teria 70 metros de extensão.
Um estudo elaborado inicialmente pela prefeitura e posteriormente enviado ao governo estadual, visava a construção de uma ponte saindo da Avenida Juvenal Lamartine (na continuação do viaduto do Baldo) com chegada na avenida Itapetinga. Outra proposta é construí-la a partir da Avenida Mor Gouveia com ligação com a Avenida Itapetinga.
Novo Jornal – http://novojornal.jor.br/cotidiano/governador-garante-recursos-para-construcao-da-terceira-ponte-sobre-o-potengi
Sons, imagens e cheiros de um hospital podem fazer do espaço um lugar terrível para a maioria das pessoas, especialmente para as crianças. Mas, quem disse que um hospital tem que ser sempre assim? Pensando em fazer do hospital um ambiente mais agradável e colorido, a Vital Arts, uma organização de artes britânica que é encarregada de introduzir arte nos hospitais da Grã Bretanhareuniu 15 artistas, que juntos deram uma cara mais colorida e divertida ao local.
O Hospital de Londres Royal Children tornou-se mais divertido, e apesar de ser um pouco limitado pelo fato de que ambientes hospitalares precisam ser fáceis de limpar, os artistas usaram diversas técnicas, vinil, cerâmica, madeira, criando as diferentes alas.
As criações trazem elementos do circo, art deco, cultura asiática, orgânico e muitos outros. O objetivo de toda essa criatividade é trazer um pouco mais de alegria e esperança no dia a dia das crianças, e tornar o espaço com mais vida e mais acolhedor; fazer do hospital um pouco menos hospital, e um lugar onde pais, pacientes e enfermeiros possam se sentir mais relaxados, estimulados e em um ambiente para levantar o humor.
Encontrei num recorte do Jornal de Fato, (não tinha data, acredito que de 2010), na coluna Outras Palavras - do jornalista José Nicodemos -, uma crônica contando um pouco da vida na Várzea do Assú nos idos de setenta para oitenta, quando o então jovem areia-branquense, residente em Mossoró, José Nicodemos, vinha passar finais de semana ou períodos de férias na comunidade rural de Santo Antonio. Vejam a crônica:
"Ainda resta um pedaço de carnaubal no vale do Assú, digo um pedaço porque ainda alcancei o carnaubal um estirão verde a se perder de vista vale a dentro. Mas, se não me engano, tudo indica que a tendência é desaparecer por completo, se a carnaubeira não fosse um símbolo não só da 'terra dos poetas', mas de toda a região. Um símbolo telúrico.
Até uns vinte e tantos anos atrás (quem disse que está errado?) eu costumava passar dias em Santatônio, ali no vale, na casa de um amigo e parente afim, de férias do emprego. Ainda tinha carnaubal muito, mas diziam os moradores antigos que já não era como antes, nem a metade. Imagino como não será hoje, duas décadas mais tarde, quase três. Carnaubeiras esparsas.
Tinha um morador da casa que me hospedava, e que era chamado de Nego Veio, já ali pegando os noventa, com quem eu gostava de conversar, debaixo do alpendre, depois do banho no rio, que tinha uns duzentos metros da casa. O olhar baço perdido além do carnaubal, ele me contava muitas coisas do tempo em que o carnaubal “não tinha fim”, cobrindo aquele mundo afora.
Tinha muita ema, e de madrugadinha “era aquela zoada dentro do carnaubal”. Já não se encontrava mais uma. Caça? Veados e porcos do mato, pebas e tatus amanheciam comendo na beira dos terreiros que nem bichos de casa. Acabou-se tudo, dizia ele, lembrando que era um tempo de fartura do que comer, ali no vale. Era de ver a fartura nas feiras, “peixe de fazer lama”. De inverno a verão.
Por aí assim, fico-me a pensar no grande mal que o homem, em nome de tudo e de nada, tem causado à sobrevivência no futuro, que se anuncia tão perto. E os governantes – não é comigo, devem pensar assim. De modo que segue, de vento à popa, a destruição da natureza, sem preocupação nenhuma com a vida para as gerações vindouras. Na verdade, o homem é o grande mal do mundo".
Quem teve oportunidade de viver (em épocas áureas dos carnaubais na várzea do Assú) pode confirmar a fartura que o cronista José Nicodemos relata. O Assú, de maneira especial a Várzea, sempre foi uma terra rica, de muita fartura, tanto na área agrícola quanto na pecuária. A realidade hoje é diferente. Infelizmente.
Ilustração: Capa do livro de Manoel Rodrigues de Melo - Coleção Potiguariana.
João Crisóstomo Tavares (João de Totó) partiu hoje (25). Ele era meu parente e amigo desde os tempos de menino na Rua Alfredo Simonetti, Centro da cidade de Assu. Senão fora o primeiro, pelo menos, um dos primeiros a instalar em Assu, uma escola de datilografaria. O jornalista assuense Paulo Sérgio depõe que João escreveu duas ou três peças de teatro, encenadas salvo engano na Liga Operária. Peças 'chorosas', segundo as palavras do próprio autor. Também foi carnavalesco, fundou dirigiu o bloco Os Pombos.
Fica registrado o meu pesar e a minha solidariedade aos seus familiares e amigos.
Fernando Caldas
sexta-feira, 23 de outubro de 2015
O @institutocascudo, localizado em Natal/RN, é uma instituição privada cujo maior objetivo é a preservação e difusão do legado intelectual de Câmara Cascudo. A casa foi a residência do Mestre Potiguar durante quase 40 anos e guarda todo o seu acervo museológico e bibliográfico. Os espaços da casa foram recriados na exposição sobre Cascudo que está em cartaz no @museudalinguaportuguesa em São Paulo, como as paredes da biblioteca, o ladrilho hidráulico da cozinha e várias peças do seu mobiliário.
Visite Natal e conheça o @institutocascudo, um espaço impregnado de arte, cultura e história!!!