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by Henrique Araujo

Naquele ano a cidade tinha apenas amplificadores de som (as chamadas
divulgadoras), que estavam espalhados pelas ruas e praças da cidade
transmitindo músicas, dramas e notícias para a população.

Da qual a sede se localizava na Avenida Tavares de Lira no bairro da Ribeira. Esta rádio pertencia à Luís Romão de Almeida, e tinha uns 22 alto-falantes espalhados pelas cidade.

As notícias davam conta da movimentação provocada pelas operações militares ligadas à grande guerra.

E em Dezembro de 1940 foi instalada sua torre para melhorar as
transmissões, porém somente em 30 de Novembro do ano seguinte é que a
rádio foi levada ao ar, com o prefixo ZYB-5.
O radialista Genar Wanderley foi quem primeiro ocupou o microfone, lendo Ave Maria escrita por Luís da Câmara Cascudo em solenidade de inauguração.

Este foi o nome definitivo da emissora a partir de sua incorporação aos Diários Associados em 16 de Fevereiro de 1944.
A mudança aconteceu porque todas as emissoras associadas à REN representavam tabas indígenas características do Estado onde estavam localizadas. Tupi, Tamandaré, Farroupilha, Tamoio, Poti, etc. seus diretores eram conhecidos como “caciques”, e o “cacique” da Rádio Poti era o próprio Genar Wanderley.

Quase todos os profissionais que trabalhavam em Rádio na década de 40 e 50 no Rio Grande do Norte saíram de lá.

Como é o caso do mito Agnaldo Rayol.

Programas como Domingo Alegre, criado pelo próprio diretor da
emissora, Vesperado dos Brotinhos, comandado por Luís de Cordeiro. A
Estrela Canta, por Glorinha de Oliveira, Alegria na Taba, por Vanildo
Nunes, Sabatina da Alegria, por Ruy Ricardo, e Turbilhão de novidades,
por Edmilson Andrade.

Algumas eram feitas ao vivo contando com a participação de vários atores norte-rio-grandenses.
“Todos eram muito unidos chorávamos de verdade, quando o papel necessitava de emoção, quando não, fingiam. Era um por todos e todos por um. Atualmente as pessoas do meio artístico não são mais unidas, se puderem puxar o tapete uma das outras, elas puxam” – afirmava a radialista Glorinha de Oliveira.

Surgiram a Rádio Nordeste, fundada em 1954 pelo ex-Governador Dinarte
Mariz, a Rádio Cabugi, fundada em dezembro do mesmo ano pelo Senador
Giorgino Avelino, e, posteriormente, vieram às emissoras, Difusora de
Mossoró, de educação Rural de Natal, Mossoró e Caíco, Rádio Trairi.

Chamada Gilvanise Moreira.

Numa sociedade machista como a que concretizou o Brasil, até bem pouco tempo a mulher sempre foi mantida em segundo plano. Na “família ideal” ela era submissa ao homem, e os deveres que a cercavam eram muitos, mas direitos essenciais como o de trabalhar fora do lar eram praticamente nenhum.
Foi o caso da Eunice Campos, que em depoimento gravado no dia 15 de novembro de 2000, afirma que, ao ser convidada para trabalhar na Rádio Poti, no início dos anos cinqüenta, passou a usar o pseudônimo de Sandra Maria para que seu pai não descobrisse e a proibisse de trabalhar.
“Quando ingressei na rádio, o preconceito era muito grande, o meu pai só veio saber uns seis meses depois”, dizia Eunice. Que história pra filme essa!
Se você gostou não deixe de ver: 17 curiosidades sobre a vida boêmia de Natal no início dos anos 40
Fonte: texto de José Eduardo Vilar Cunha reproduzido por Manoel de Oliveira Cavalcanti Neto via Natal de Ontem
by Henrique Araujo

Essa história até quem não entende nada de rádio vai gostar.
Tudo começou em 1939 quando Natal tinha uma população com cerca de 50 mil habitantes

Rua do Comércio, Ribeira, Natal – início dos anos 40
Na cidade existia apenas uma “emissora” chamada Agência Pernambucana

Bondes no cruzamento da avenida Duque de Caxias com Tavares de Lyra entre 1941 e 1942. Foto: Revista Life
Além da programação comum, havia jornais falados, com notícias da Segunda Guerra em que Natal participou apoiando os EUA

Presidente Roosevelt dos EUA visitando a base aérea militar americana em Parnamirim na época da 2ª Guerra Mundial
Já nos anos 40 a Rádio Educadora de Natal (“REN”) foi fundada por um homem chamado Carlos Farache

Foto: Radio RCA (1942) superheterodino, 5 válvulas, 3 faixas de ondas médias e curtas, alto-falante de 5′ e caixa de baquelite.
O radialista Genar Wanderley foi quem primeiro ocupou o microfone, lendo Ave Maria escrita por Luís da Câmara Cascudo em solenidade de inauguração.
Mas depois a REN se tornou Rádio Poti

Fonte: Suplemento Nós do RN. A República, Setembro de 2005.
A mudança aconteceu porque todas as emissoras associadas à REN representavam tabas indígenas características do Estado onde estavam localizadas. Tupi, Tamandaré, Farroupilha, Tamoio, Poti, etc. seus diretores eram conhecidos como “caciques”, e o “cacique” da Rádio Poti era o próprio Genar Wanderley.
A partir daí a rádio virou berço profissional de muita gente

Doutor Januário Cicco – Vice-presidente da primeira emissora do RN – Rádio Educadora (REN)
Nomes consagrados nacionalmente ficaram conhecidos por causa dos programas de auditório da Rádio Poti

Aguinaldo Rayol no elenco da Rádio Poty AM (Natal)
Aliás os programas de auditório eram muitos disputados pela “juventude” da época e faziam um enorme sucesso

Programa de auditório na Radio Nacional durante os anos 50
Mas a grande audiência era mesmo das radionovelas

Elenco da radionovela Rosa de Sangue (1943) que foi um sucesso brasileiro
“Todos eram muito unidos chorávamos de verdade, quando o papel necessitava de emoção, quando não, fingiam. Era um por todos e todos por um. Atualmente as pessoas do meio artístico não são mais unidas, se puderem puxar o tapete uma das outras, elas puxam” – afirmava a radialista Glorinha de Oliveira.
E depois da Rádio Poti…

Ex governador Dinarte Mariz (RN)
E foi a Rádio Cabugi que teve a primeira locutora mulher do Rio Grande do Norte

Foto ilustração
E o que dizer desta outra locutora mulher que para poder trabalhar naquela época inventou um nome falso?

Numa sociedade machista como a que concretizou o Brasil, até bem pouco tempo a mulher sempre foi mantida em segundo plano. Na “família ideal” ela era submissa ao homem, e os deveres que a cercavam eram muitos, mas direitos essenciais como o de trabalhar fora do lar eram praticamente nenhum.
Foi o caso da Eunice Campos, que em depoimento gravado no dia 15 de novembro de 2000, afirma que, ao ser convidada para trabalhar na Rádio Poti, no início dos anos cinqüenta, passou a usar o pseudônimo de Sandra Maria para que seu pai não descobrisse e a proibisse de trabalhar.
“Quando ingressei na rádio, o preconceito era muito grande, o meu pai só veio saber uns seis meses depois”, dizia Eunice. Que história pra filme essa!
Se você gostou não deixe de ver: 17 curiosidades sobre a vida boêmia de Natal no início dos anos 40
Fonte: texto de José Eduardo Vilar Cunha reproduzido por Manoel de Oliveira Cavalcanti Neto via Natal de Ontem
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