quarta-feira, 22 de maio de 2013

Manoel Calixto cheio de graça

E quem não se lembra de Manoel Calixto Dantas, que era também chamado "Manoel do Lanche". Ele tinha um local (box) no Mercado Público de Assu. Na política, seguia fielmente João Batista Lacerda Montenegro que foi prefeito do Assu (1969-72), além de vereadora por duas legislaturas, pelo PMDB. Pois bem, Manuel Calixto, era natural de Carnaúba dos Dantas e assuense por opção e escolha, onde se fez poeta dos versos populares, retratando o cotidiano da cidade. Os fatos políticos local e estadual, ele não perdia a oportunidade para produzir uma quadrinha, uma sextilha  uma décima jocosa. Quando João Batista, salvo engano, candidatou-se a prefeito, ele saiu candidato a vereador (os poetas populares do Assu, sempre em épocas de eleições usavam o verso como marketing para satirizar os candidatos). Como não podia ser diferente, explorou a sua verve para fazer em forma de versos a sua propaganda política, conforme adiante:

Negue o soldado ao Tenente,
Negue esmola ao aleijado,
Negue ao faminto o bocado,
Negue ao Major a patente,
Negue ao seu filho a benção,
Negue o direito ao patrão,
Negue tudo, isto eu suporto
Só não me negue o seu voto
No dia da eleição.

Ou esta outra:

Falte uma noite a seresta,
Falte ao garoto inocente,
Falte o remédio ao doente,
Falte uma noite de festa.
Numa fase como esta,
Falte tudo ao seu irmão,
Falte a festa de São João,
Todas as faltas suporto
Só não me falte esse voto
No dia da eleição.

blogdofernandocaldas.blogspot.com

POESIA POLÍTICA

COMO É DIFÍCIL!...

Se tiver jeito pra morte
Se o câncer for curado
Se o mundo ficar parado
Tuberculoso for forte
Se azar virar sorte
Se santo for pecador
Se ladrão tiver pudor
Se louco tiver juízo
Só nêsse tempo Aluízio
Pode ser Governador.

Campanha de 1960
Autor assuense desconhecido.

Do blog Assu na ponta da língua, de Ivan Pinheioro.

UMA NOITE DE GALA NA PINACOTECA

Por Franklin Jorge

A Pinacoteca do Estado inaugurou ontem a noite, simultaneamente, mostras de quatro artistas que investigam a fotografia e se afirmam como expoentes nesse âmbito. Porém, ressalte-se, aqui, a renovação do público que passeou por seus salões e extasiou-se com obras que dão à fotografia o status de arte contemporânea.

Um público de todas as idades, mas visivelmente amante da arte e apreciador da cultura popular, como quisemos implantar na Pinacoteca do Estado num esforço de acolhimento da arte popular urbana que se faz presente, nos dias de hoje, em toda a parte. Um público visivelmente renovado, como se verá nas fotografias tiradas durante o evento que ocupou a maior das salas do térreo e quatro salas no segundo piso do Palácio Potengi, onde, como sabem todos, está instalada a Pinacoteca do Estado – endereço que deve constar na agenda das pessoas bem informadas. Um público que sabia o que estava vendo e falava da fotografia como uma arte apaixonante em uma sociedade da imagem e do ruído.

O brilho dessa noite que pôs em evidencia a arte de Paula Geórgia Fernandes, primeira dos nove artistas premiados este ano nos editais de ocupação da Pinacoteca. São obras inspiradas na paisagem a um tempo surpreendente e desolada dos sertões seridoenses capturados, esses sertões forjados no âmago do silencio pelo talento e acuidade visual de uma artista séria e exigente.

Emocionante lembrar-me que ainda a pouco, em outubro para ser preciso, o grande mestre da gravura Rossini Quintas Perez - nosso conterrâneo de Macaíba atualmente dedicado à fotografar o mundo com um olhar etnográfico -, ao visitar a Pinacoteca, admirava-se que não tivéssemos ainda um departamento de fotografia entre as coisas necessárias ao serviço rotineiro de uma instituição do gênero.

Creio que todos os que estiveram ontem à noite na Pinacoteca do Estado sentiram claramente que participavam de um momento histórico, que ficamos a dever à colaboração de uma plêiade de artistas prestigiados por seu talento e contribuição às artes, em sua grande noite, por um público de sangue novo.

TALENTO POTIGUAR


Jogador é destaque fora do Brasil.

          Douglas Junior tem sido orgulho para sua família e para o povo do município de Guamaré. No próximo final de semana, Douglas Junior irá participar da grande final de futsal, entre TANGO BRNO X ERAPACK. Superação, garra e vontade de vencer Douglas têm de sobra e isto já o credencia.
           O guamareense dá o exemplo que todo sonho pode sim se tornar realidade.


Potado por Ivan Pinheiro

terça-feira, 21 de maio de 2013


nem sempre tenho palavras boas e nem ao menos palavras bonitas mas saiba que sempre serão palavras verdadeiras...

PABLO NERUDA
De: Pablo Neruda Poemas da Alma 
Nem sempre tenho palavras boas e nem ao menos palavras bonitas mas saiba que sempre serão palavras verdadeiras...
Pablo Neruda


O Rio Grande do Norte na obra de Luiz Gonzaga

Publicação: 21 de Maio de 2013 - Tribuna do Norte

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Ao longo de sua carreira, Luiz Gonzaga estabeleceu muitas parcerias e não foi diferente com os artistas potiguares. O compositor seridoense Severino Ramos, por exemplo, foi o principal parceiro musical  potiguar do velho Lua. Os dois assinaram doze parcerias, entre as quais uma das mais conhecidas músicas do repertório final de Gonzaga: Ovo de codorna, que enfrentou problemas com a censura durante a ditadura militar mas foi gravada três vezes (1971, 1978 e 1979) pelo Rei do Baião.
Alex RégisPaulo Tito e Leide Câmara durante gravação no Estúdio TNPaulo Tito e Leide Câmara durante gravação no Estúdio TN

A parceria com Severino Ramos é um das muitas histórias que conectam o ícone do forró com a música potiguar. A maioria delas está no livro Luiz Gonzaga e a Música Potiguar, que a pesquisadora Leide Câmara autografa nesta terça-feira, às 19h, na Pinacoteca do Estado (Praça 7 de Setembro - Cidade Alta). O título é o número 36 da coleção Cultura Potiguar, editada pela Secretaria Extraordinária de Cultura do RN e Fundação José Augusto, através da Gráfica Manimbu.

A obra traz um minucioso levantamento das relações entre Gonzaga e os músicos potiguares. De acordo com a pesquisadora, as músicas de Gonzaga foram gravadas por 54 cantores ou grupos potiguares. Em contrapartida, o pernambucano gravou desde 1945, além de Severino Ramos, cinco compositores locais — Henrique Brito, Frei Marcelino, Janduhy Finizola, Chico Elion e Celso da Silveira. Finizola também foi parceiro de Gonzaga.

Luiz Gonzaga e a Música Potiguar documenta as andanças do Rei do Baião por todo o Rio Grande do Norte, ao longo de várias décadas. Também registra homenagens fora da música — seminários, publicações em livro e folheto de cordel — e uma iconografia que ilustra a presença de Gonzaga na cena artística potiguar. Leide é uma das mais respeitadas pesquisadoras musicais do País, sendo autora do Dicionário da Música Potiguar.

Notícias sugeridas:

"História do dia em que os comunistas governaram o Rio Grande do Norte" - Cordel

www.dhdnet.org.br


Walter Medeiros, Cordel

Nestes dias de novembro, 
Transcorre o aniversário,
De um fato que eu lembro,
Para o nosso calendário;
Foi a grande insurreição,
Que houve em nossa nação,
Com ideal libertário.
Era o dia vinte e três,
Do ano de trinta e cinco,
O povo de uma só vez,
Se revoltou com afinco,
Para tomar o poder,
Resolveu então dizer:
Com a reação não brinco.
Operários, camponeses,
Patriotas, democratas,
Sofriam com os burgueses,
Ganhando poucas patacas;
Queriam revolução,
Puseram armas na mão
E fizeram sua prática.
Querendo um Brasil livre,
Próspero e independente,
Os fatos que eu revivo
São muito efervescentes;
Pra derrubar os fascistas
E todos os integralistas,
Era um grande movimento.
Vargas ajudava Hitler,
E também a Mussolini,
Era mais do que um títere
Ditando o nosso destino,
Mas o partido operário,
Promoveu seu ideário
Apesar de clandestino.
Amplas massas descontentes
Começaram a protestar
E a luta foi pra frente
A fim de organizar
Combate aos imperialistas
Buscando grandes conquistas
Pra nosso Brasil salvar.
Pão, terra e liberdade,
Todos unidos almejavam,
Operários e soldados,
Aos milhares se juntavam;
Auspiciosas ações
Grandes manifestações
Logo desencadeavam.
Diversas camadas pobres
E inúmeros marinheiros
A ditadura encobre,
Mas foram até dos primeiros,
Combateram a exploração,
Lutando contra a opressão,
Do nosso povo obreiro.
Todos queriam mudança,
Estavam bem conscientes,
De que viria bonança
Para toda nossa gente,
Quando tivessem direito
De bater a mão no peito,
Com a vitória contente.
O governo já temia
A vitória da Aliança,
Que liberdade queria,
Para a classe que não cansa,
Desde sua fundação
Liberdade pra nação
Pregava com confiança.
Depois de passar três meses,
Aquela organização,
Atuando com firmeza
Foi vítima da repressão;
Pode defender a verdade,
Veio a ilegalidade,
Mas não parou sua ação.
Comunistas continuavam,
Combatendo o fascismo,
Nunca eles vacilavam
Contra o imperialismo;
A crise se agravava,
A reação ameaçava,
querendo o entreguismo.
Veio a palavra de ordem
De conquistar um governo
Popular, revolucionário,
Com decisão e com zelo;
Um governo nacional,
Com preocupação total
Pelo bem do povo inteiro.
A aliança clandestina
Estava sob a direção
Do Partido Comunista
Que é de todo cidadão,
E que fazia um trabalho
Apoiando os operários
Contra toda traição.
Na cidade de Natal,
Soldados se rebelaram,
E com o mesmo ideal
Todas as praças lutaram,
Ficaram aquartelados
E foram muito apoiados
Por inúmeros operários.
Após ásperos combates
Com as forças da reação
Que se davam em toda parte
Da nossa grande nação
Instalados no poder
Começaram a fazer
A nossa revolução.
Na história do país,
Era o primeiro caso,
Foi o povo quem o quis,
Esse nosso povo bravo,
Isso ficou bem provado
Pois não mandaram recado
em todo canto estavam.
No outro dia, em Recife,
Foi em outro batalhão,
Que com garra decidiu-se
Fazer sublevação;
Natal tomaram primeiro,
Mas no Rio de Janeiro
Também houve emoção.
Durante dias seguidos
Os comunistas mandaram,
E os burgueses, vencidos,
Também não se acomodaram,
Formaram tropas maiores
E com armas bem melhores
O governo retomaram.
Violentíssimos combates
Foram travados em Natal,
No Rio e em outras partes
A coisa se deu igual;
Mas as tropas dos fascistas
Desfizeram as conquistas
De forma descomunal.
Eles usaram aviões
E toda artilharia
Fizeram destruição
Durante mais de um dia
Reduziram a escombros
O prédio de um regimento
Sede da infantaria.
Desta forma o movimento
Que durou por quatro dias
Foi batido com um cruento
Ataque da burguesia
Mas nos heróicos combates
Que se deram em várias partes
O povo quem lucraria.
A grande insurreição
Nacional libertadora
Animou os corações
Das massas trabalhadoras
Levava a esperança
De um tempo de bonança
Com a idéia salvadora.
Devotados companheiros
Com a bravura do povo
Lutaram o tempo inteiro
E suas mortes ou louvo
Eles deram suas vidas
Para acabar as feridas
Que hoje doem de novo.
Apesar de derrotado
O movimento projetou-se
E por isso é lembrado
Pelo exemplo que trouxe;
Aquela grande façanha
Mostrou que o povo ganha
Com o fuzil ou com foice.
Os belos ensinamentos
Permanecem atuais
Os operários são sedentos
E querem fazer bem mais
Pão, terra e liberdade
Todos querem de verdade
Vamos ser um dia iguais.
A reação em geral
Ainda está no poder
E só pode fazer mal
Ao Brasil, digo por quê
Instituíram o regime
Militar que nos oprime
Sem nada por nós fazer.
Os revolucionários
Mostraram o nível das massas
Camponeses e operários
Querem o fim da desgraça
Dinâmica e muito unida
A vanguarda combativa
Inda vai voltar à praça.
A insurreição do Partido
Comunista do Brasil
Teria um grande sentido
Como todo mundo viu
Extinguiu a ditadura,
Acabando a vida dura,
conforme o povo pediu.
O caminho desta luta
Foi mais tarde abandonado
No meio dessa labuta
Houve os que se acovardaram
Querendo mudar a vista
Ficaram revisionistas
E nunca mais se ajeitaram
Por tudo que representa
A insurreição armada
Pela força, violenta,
Inda será retomada,
libertação nacional,
e o bem-estar social
são as coisas desejadas.
(1980


ATIVIDADE PARLAMENTAR

GEORGE SOARES PARTICIPOU DE AUDIÊNCIA PÚBLICA QUE DISCUTIU A EXPANSÃO DO ENSINO SUPERIOR NO VALE DO ASSU
O deputado George Soares (PR) participou hoje à tarde, 20, de audiência pública no município de Assu onde discutiu a expansão do ensino superior no Vale do Assu. 

Desde 2011, quando assumiu uma cadeira na Assembleia Legislativa, o deputado mais votado da região vem desenvolvendo um trabalho intenso para conseguir novos cursos para as instituições que atuam no Vale.

“A luta do nosso mandato por cursos de nível superior não é de hoje”. Durante seu pronunciamento o parlamentar lembrou que em 2011 realizou no município a primeira audiência pública para falar sobre o tema. “Recebemos a presença do reitor da UERN Milton Marques. Foi uma audiência muito proveitosa, onde tivemos como resultado a implantação do curso de Geografia. A nossa luta pelo ensino superior continua”, registrou.

George disse ainda que através de seu mandato vem lutando pela instalação das entidades de ensino superior federal UFERSA e UFRN. “A luta continua e nosso mandato apoia no que for preciso. O Vale do Assu merece e vamos lutar por mais essa conquista”, revelou. 

Assessoria Parlamentar Deputado Estadual George Soares

segunda-feira, 20 de maio de 2013

domingo, 19 de maio de 2013


Aluízio Lacerda (esquerda), falando no Encontro do PSB, realizado em Carnaubais, sábado, 18, com a presença da ex-governadora Wilma de Faria e lideranças locais.
Ex-alunos do Colégio Nossa Senhora Das Vitórias, início da década de setenta.

Nos velhos tempos da Codeva


Direta para esquerda: Astério Tinôco (presidente do Sindicato Rural de Açu), Joaquim de Carvalho (representando a CERVAL), Edmilson Lins Calas (gerente da Cooperativa Agropecuária do Vale do Açu Ltda - Coapeval) e o ministro da Agricultura Cyrne Lima (sentado). 

A CODEVA - Comissão de Desenvolvimento do Vale do Açu (constituída no início dos anos sessenta) era um órgão de caráter consultivo e executivo, criada por Osvaldo Amorim, Dom Eliseu Simões Mendes (os gigantes do vale), dentre outros. Era presidido por Edgard Montenegro então deputado estadual e secretariada por Osvaldo. Aquele órgão tinha o objetivo de retomar o desenvolvimento do Vale do Açu (sem politicagem ou politicalha nenhuma), até porque o combativo deputado assuense Olavo Montenegro, dentre outras pessoas do seu grupo político local de oposição ao deputado udenista Edgard Montenegro, faziam parte daquela instituição. Pois bem, corria o ano de 1969, os agricultores e pecuaristas daquela importante terra varzeana foram surpreendidos por um decreto do presidente Garrastazu Médici, no sentido de que 22 mil hectares de terras de aluvião daquela região, fossem desapropriados. Fato este que ocasionou durante alguns anos, grandes dificuldades para  os proprietários e agricultares, que ficaram impedidos de fazer empréstimos agrícolas no Banco do Brasil  (única casa bancária então existente no Assu. Foi então que Osvaldo Amorim na qualidade de secretário da CODEVA, figura habilidosa, começou a se articular. Tomou conhecimento  da vinda do Ministro Cyrne Lima ao Estado de Pernambuco (para incentivar já naquele tempo, a caprinocultura no Nordeste), entrou em contato com os auxiliares daquele simpático ministro e, consequentemente, a sua ida ao Vale do Açu, para tomar conhecimento da realidade.

O que ocorreu: aquele ministro atendendo aquele dramáticaapelo, através de Osvaldo, se comprometeu ir até a cidade de Ipanguaçu onde foi realizada uma concentração pública, e aquela situação fora resolvida ali mesmo, na praça pública da terra ipanguaçuense. Era prefeito de Ipanguaçu Nelson Montenegro.

Terminado aquele ato público, Cyrne Lima fora recebido com muita festa pelo Major Montenegro que ofereceu um jantar ao ministro Lima e sua comitiva, bem aqueles que faziam parte da Codeva, na casa da sua Fazenda Picada/Itu, onde também foi lido pelo poeta matuto Renato Caldas, uma carta rimada reivindicatória  intitulada de "Carta Aberta ao Ministro Cyrne Lima", que muito agradou aquele simpático ministro e aos demais circunstantes, que diz mais ou menos assim:

Senhor Ministro Cyrne Lima
Se é tão grande a nossa estima
Maior é a admiração.
O senhor veio decretado
Conhecer o nosso Estado
Vendo e sentindo o sertão.
Chegou na hora aprazada
De ver a terra molhada
E a triste situação.
Senhor Ministro, a hora é triste
O dinheiro não existe
E o banco não quer soltar.
Como pode a criatura
Trabalhar na agricultura
Sem semente pra plantar?
O sertanejo é um forte
Vive jogando com a sorte
Dando uma em cheia e outra em vão!
(...)
Leve na sua bagagem,
A lealdade e a coragem
Dos filhos deste sertão.

Fernando Caldas

Assim é Minha Vida

Meus deveres
caminham com meu canto.
Sou e não sou:
é esse meu destino.
Não sou,
se não acompanho as dores
dos que sofrem:
são dores minhas.
Porque não posso ser
sem ser de todos,
de todos os calados
e oprimidos.
Venho do povo
e canto para o povo.
Minha poesia
é cântico e castigo.
Me dizem:
"Pertences à sombra".
Talvez, talvez,
porém na luz caminho.
Sou o homem
do pão e do peixe,
e não me encontrarão
entre os livros,
mas com as mulheres
e os homens:
eles me ensinaram o infinito

Pablo Neruda
Assim é Minha Vida

Meus deveres
caminham com meu canto.
Sou e não sou:
é esse meu destino.
Não sou,
se não acompanho as dores
dos que sofrem:
são dores minhas.
Porque não posso ser
sem ser de todos,
de todos os calados
e oprimidos.
Venho do povo
e canto para o povo.
Minha poesia
é cântico e castigo.
Me dizem:
"Pertences à sombra".
Talvez, talvez,
porém na luz caminho.
Sou o homem
do pão e do peixe,
e não me encontrarão
entre os livros,
mas com as mulheres
e os homens:
eles me ensinaram o infinito

Pablo Neruda
Carteiras antigas do IPI 
Rosimar - Página R
http://www.paginarsiteseblogs.blogspot.com.br/


Zelito Coringa no Papo de Calçada


Ginásio Pedro Amorim


O Ginásio Pedro Amorim pertencia a CNEG - Campanha Nacional de Educandários Gratuitos, que depois veio a ser CNEC. Na cidade de Assu fora instalado ainda no início de sessenta. Padre Hélio, salvo engano, foi seu primeiro diretor. Aquele educancário funcionou no Instituto Padre Ibiapina, no colégio Jk e onde hoje está assentado o Campus Avançado do Assu, da UERN. A carteira de estudante acima é uma relíquia (peça de museu), data de 1971. Era seu diretor naquele tempo (1971), dr. Noé Rogério da Costa e o presidente do Grêmio era o Sr. Francisco de Medeiros Dias (Chico Dias). Além de padre Hélio e Noé Rogério foram seus diretores, João Marcolino de Vasconcelos, Adonias Bezerra de Araújo, dentre outros que não me vem na memória. Fica, portanto, mais um registro que estava no esquecimento.

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sábado, 18 de maio de 2013



SÁBADO, 18 DE MAIO DE 2013

AGEZANDRO - O MUSICO




AGEZANDRO AGENOR DE ALCANIZ - conhecido como "Agesano", é Filho de Evilásio Augusto de Alcaniz e de Dona Fausta Ezequiel da Silva. Agezandro com 65 anos de idade desde quando nasceu no sítio Pau-do Jucá no município de Ipanguaçu. Casou-se com a boemia, por esta razão permanece solteiro. Descobriu e começou o gosto pela música ainda criança. Aos 13 anos já tocava cavaquinho na Rádio Rural de Natal onde morou algum tempo para depois retornar a Ipanguaçu.

Em Assu, foi em 1968 que recebeu seus maiores impulsos, já morando por lá, passou a fazer parte, como guitarrista, do grupo musical ‘The Teacher’ – também conhecido como ‘Os Professores’ comandado por Cristovão Dantas – “Seu Cristovão”.

Agezandro não tem emprego fixo (nunca teve) por esta razão também ainda não se aposentou. Porém, devido ao seu talento, “os chamados” constantes para tocar em barzinhos, farras de tudo que é jeito, sempre se manteve. O ganho é quase invisível. A bebida e o tira-gosto são testemunhas.

As cordas que são trocadas por ele relatam a reciprocidade de tão perfeito acompanhamento linear e de harmonia denunciada pelos sons. Roda de Samba, Banda Terço, Brilho do Som, Pinguins (de Caraubas) são algumas das famílias musicais em seu imenso campo de plantação de sons.

Agezandro permanece em Assu – terra que adotou como berço pátrio. Como companheiro de algumas dezenas de farras, posso afirmar que poucos profissionais no Estado possuem as habilidades deste violonista. Toca porque sabe - como sempre gosta de dizer as pessoas que o observam. Quase não canta. Apesar de possui um bom timbre de voz. Já me confidenciou que acompanha tudo, mas só costuma cantar as músicas que gosta... Por isso se limita a tocar. E, aproveitando a deixa sempre peço para ele dar uma “palhinha”... Uma delícia!

Agezandro e como a carnaubeira: insígnia desse povo pacato e acolhedor. Dificilmente encontramos um assuense que não conheça Agezandro e sua fama de bom tocador de violão. Agezandro é sinônimo de bar, de farra, de bordel, de boa música... De Assu. 

Sempre que me encontro com Agezandro ele lembra uma farra desmantelada que fizemos (eu, Sá, Wilton, Flávio e Agesandro) de Assu para Macau parando em tudo que era placa de Coca-Cola. Eu dirigia numa velocidade de aproximadamente 90 quilômetros quando, à altura da ponte entre o Alto do Rodrigues e Pendências, um pneu traseiro da Brasília (parece que o veículo era de Sá José) saltou... Só vi o vulto da roda passando pelo carro numa velocidade infernal. Depois de muita peleja consegui parar sem virar nem descer o barranco. Resultado: nunca encontramos o dito pneu. Tempos malucos.

Ao meu amigo Agezandro envio, deste espaço, o meu reconhecimento, a minha gratidão pelas vezes que precisei tomar emprestado seu talento para abrilhantar alguns momentos. Que Deus o proteja. Que lhe dê muita saúde para continuar                 no seio do Assu por muitos anos. Um forte abraço!

Fonte: Jornal O Rebuliço - 2007
Talvez não tenha vivido em mim mesmo, talvez tenha vivido a vida dos outros.

PABLO NERUDA
Talvez não tenha vivido em mim mesmo, talvez tenha vivido a vida dos outros.

De: Pablo Neruda Poemas da Alma

Quem não vê nos olhos não lê nas almas.

João Lins Caldas, pensador potiguar

PARABÉNS


Deste espaço parabenizamos aos assuenses José Bezerra da Silva - Zé Bezerra e José Wanderley de Sá Leitão - Zé Leitão - mestres da contabilidade no município do Assu, homenageados em Sessão solene na sexta feira na Assembleia Legislatura numa propositura do deputado George Soares.

Na solenidade Zé Leitão (com 93 anos de idade) foi representado pelo seu filho Caio de Sá Leitão. No seu pronunciamento o deputado George assim se expressou: "Como sou do meio contábil, fico feliz em registrar essa homenagem a esses dois ilustres conterrâneos. São pessoas íntegras de grande capacidade e que nesta sessão tiveram seu trabalho reconhecido"

Parabéns. Sucesso e que Deus ilumine a todos!  Estendemos os beneplácitos aos seus familiares.

CARTA DE ABRAHAM LINCOLN PARA O PROFESSOR DE SEU FILHO

“Caro professor, ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas por favor diga-lhe que, para cada vilão há um herói, para cada egoísta, há um líder dedicado.
Ensine-o, por favor, que para cada inimigo haverá também um amigo, ensine-o que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada.
Ensine-o a perder, mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso.
Faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros no céu, as flores no campo, os montes e os vales.
Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos.
Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.
Ensine-o a ouvir todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho. Ensine-o a rir quando estiver triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram.
Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão.
Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço. Deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.
Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens.
Eu sei que estou a pedir muito, mas veja o que pode fazer, caro professor.“

*Já li essa carta trilhões de vezes e ainda vou ler mais umas centenas de milhares de vezes.

Enviado por PS.

Quem não entende um olhar... tão pouco entenderá uma longa explicação!!

Mário Quintana
Quem não entende um olhar... tão pouco entenderá uma longa explicação!!

Mário Quintana


Foto de CC.

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