quarta-feira, 22 de maio de 2013

Manoel Calixto cheio de graça

E quem não se lembra de Manoel Calixto Dantas, que era também chamado "Manoel do Lanche". Ele tinha um local (box) no Mercado Público de Assu. Na política, seguia fielmente João Batista Lacerda Montenegro que foi prefeito do Assu (1969-72), além de vereadora por duas legislaturas, pelo PMDB. Pois bem, Manuel Calixto, era natural de Carnaúba dos Dantas e assuense por opção e escolha, onde se fez poeta dos versos populares, retratando o cotidiano da cidade. Os fatos políticos local e estadual, ele não perdia a oportunidade para produzir uma quadrinha, uma sextilha  uma décima jocosa. Quando João Batista, salvo engano, candidatou-se a prefeito, ele saiu candidato a vereador (os poetas populares do Assu, sempre em épocas de eleições usavam o verso como marketing para satirizar os candidatos). Como não podia ser diferente, explorou a sua verve para fazer em forma de versos a sua propaganda política, conforme adiante:

Negue o soldado ao Tenente,
Negue esmola ao aleijado,
Negue ao faminto o bocado,
Negue ao Major a patente,
Negue ao seu filho a benção,
Negue o direito ao patrão,
Negue tudo, isto eu suporto
Só não me negue o seu voto
No dia da eleição.

Ou esta outra:

Falte uma noite a seresta,
Falte ao garoto inocente,
Falte o remédio ao doente,
Falte uma noite de festa.
Numa fase como esta,
Falte tudo ao seu irmão,
Falte a festa de São João,
Todas as faltas suporto
Só não me falte esse voto
No dia da eleição.

blogdofernandocaldas.blogspot.com

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