quarta-feira, 7 de maio de 2014

Vigiando o casarão
Nas estacas dos currais.
Se já fostes bem cuidada
Casa grande abandonada
Por que ninguém te quer mais?
(Hélio Crisanto)

Pico do Cabugi - Fica localizado na cidade de Lajes-RN, Foto tirada durante o inverno - Belezas do Nosso Sertão -
E manda boi-

Vaqueiro Postou

UM PIONEIRO DO CONTO


Castelo de Trancoso - Portugal

HISTÓRIAS DE TRANCOSO

Djanira Silva (*)


Cresci ouvindo falar de Trancoso (**) e de seus ditos populares, ditos extraídos de contos rudimentares e que subsistiram na memória do povo, principalmente no Nordeste onde a expressão histórias de Trancoso equivale a histórias da carochinha.


Minha mãe costumava dizer: não conte o seu segredo a ninguém, você que é o dono não guardou não pode esperar que os outros guardem. Ou então, nunca peça perdão para quem merece castigo.



Há algum tempo, pesquisando sobre os fundamentos do conto na língua portuguesa, encontrei entre os precursores, o nome de Gonçalo Fernandes Trancoso, de quem infelizmente, pouco se conhece. Até as datas de nascimento e morte são presumidas.



Sabe-se que foi contemporâneo de Cervantes, Montaigne, Shakespeare, Erasmo e Camões, não podendo, no entanto equiparar-se a eles uma vez que foi mais testemunha do que participante. Era conhecido como um zeloso moralista, e praticante de uma supersticiosa religiosidade. Tendo por base a cultura popular, inseriu o conto português na grande corrente européia. Segundo Teófilo Braga foi no século XVI que o conto português recebeu a forma literária dada por Gonçalo Fernandes Trancoso.



Escreveu cerca de trinta e oito histórias e teve seus trabalhos reeditados, mesmo depois da sua morte, até o século XVIII. Possui um estilo agradável marcado pela tradição oral, embora Agostinho de Campos o defina como homem de poucas letras, pouco versado em cultura clássica e muito versado em temas de justiça e de tribunal. Autor de Contos e Histórias de Proveito e Exemplo teve a primeira parte publicada, possivelmente, em 1575 e a segunda, em 1596, depois de sua morte.



O primeiro dos seus contos é precedido por uma epígrafe onde se lê: Do que acontece a quem quebranta os mandamentos de seu pai e o proveito que vem de dar esmola e o dano que sucede aos ingratos.



Neste conto narra a história de um homem que, sabendo-se no fim da vida, chama seu único filho a quem diz: quero te dar alguns conselhos e espero que para teu próprio bem os sigas à risca:



Primeiro, não deves deixar a tua casa aqui na quinta, lugar seguro onde viveste até hoje. Não te mudes para a cidade. Lá há muita gente e muita maldade.



Segundo: nunca, nem mesmo se o Duque te pedir o presenteeis com o que quer que seja, porque se o fizeres ele há de pensar que dispões de muito e te considerará, daí por diante, foreiro tributário, isto é, aumentará os teus impostos.



Terceiro- Do mesmo jeito que não deves dar, também não peças nada a ninguém, e não intercedas por malfeitores que por seus crimes devam ser castigados.


E o último e quarto conselho, não contes os teus segredos a ninguém, pois se tu, o dono, não o guardaste, como irás querer que os outros o guardem? Cuida-te, principalmente, contra tua mulher porque quando tiver uma raiva será a primeira a contá-los a todo mundo. O rapaz escutou os conselhos e prometeu cumpri-los. Morto o pai, o jovem, por simples curiosidade, decidiu-se a fazer o contrário para ver o que aconteceria.


Mudou-se para a cidade e logo começou a dar esmolas e a ajudar os outros mesmo sem lhe pedirem. Deu de presente ao Duque dois valiosos potros e em troca recebeu um alvará que lhe garantia o direito de, em qualquer tempo, solicitar um favor por maior que fosse.



Tornou-se querido porque além de atender aos que lhe pediam, ainda oferecia ajuda espontaneamente. Em poucos anos não havia na cidade e nos arredores uma só pessoa a quem ainda não tivesse dado presentes ou feito algum favor. Tido por muito rico tornou-se o alvo dos mais variados pedidos. Já não tinha sossego.



Certo dia a polícia capturou um assassino e ladrão que andava pelos arredores da cidade matando e saqueando. Arrastado pelas ruas e praças foi levado ao pelourinho onde lhe seriam decepadas as mãos e logo em seguida, a cabeça.
Ao saber da notícia o rapaz foi à presença do Duque pedir perdão e liberdade para o condenado, uma vez que o alvará de que era possuidor lhe reconhecia este direito. O Duque relutou. Porém, diante do documento por ele mesmo escrito e assinado, teve que honrar a palavra dada, mandando, mesmo a contragosto, libertar o malfeitor. Rasgou o alvará e virou as costas ao jovem que, a partir daquele momento, passou a considerar seu pior inimigo.

O Duque possuía um falcão, ave rara, valiosa e agressiva que o acompanhava nas caçadas.

Um dia o pássaro voou do seu ombro para dentro da mata de onde não mais voltou. Feita uma devassa nos arredores não encontraram nem sinal do falcão fugitivo. O Duque mandou apregoar que perdoaria qualquer delito a quem o encontrasse e, a quem o encontrasse e o retivesse, daria a pena de morte. Por um acaso a ave fora parar na quinta do jovem, que dela se apossou, escondendo-a bem escondida.


Na hora do jantar disse a sua mulher: vou te contar um segredo, o pássaro que o Duque procura veio cair no nosso jardim. É uma ave de rapina que mata as outras, razão pela qual a abati, depenei, assei e trouxe para o nosso jantar. A mulher recusou-se a comer e passou a reclamar e insultar o marido. Tanto falou, que ele, irritado, derrubou-a com uma bofetada. Ao se levantar ela abriu a porta, correu para a rua aos brados de que o marido era um criminoso, havia matado a ave que pertencia ao Duque. Logo toda a cidade ficou sabendo e o homem foi preso e levado a julgamento. No tribunal não faltaram testemunhas que jurassem tê-lo visto matar, depenar, assar e comer a ave, a toda essa gente ele havia ajudado.


Foi condenado à morte e teve todos os bens confiscados. Surgiu, porém, um problema, não havia carrasco para executar a sentença, uma vez, que a maioria das pessoas, se recusava a fazer aquele tipo de trabalho. Foi oferecida uma valiosa recompensa. Logo se apresentou o malfeitor, o mesmo salvo do patíbulo pelo jovem e que disse ser um prazer executá-lo porque só assim se veria livre de uma presença que o lembrava sempre do favor recebido.


Já estava tudo pronto, para a execução, quando o capelão do ducado, a quem o jovem havia narrado a verdadeira história do aparecimento do falcão na sua quinta, contou tudo ao Duque mostrando-lhe que o jovem era vítima de uma injustiça.


Sabedor de que a ave estava viva e bem guardada e, diante do pedido do sacerdote, liberou o condenado porque queria justiça e não vingança.

Mandou que ele voltasse a morar na quinta e, por castigo, vivesse com a mulher até o fim dos seus dias.

***


(*) DJANIRA SILVA iniciou-se nas letras em Pesqueira, nos jornais
A Voz de Pesqueira e a Folha de Pesqueira. No Recife colaborou para o Diário de Pernambuco, Jornal do Comércio, Diário da Noite e Folha da Manhã. Tem inúmeros livros publicados, entre eles A Magia da Serra; Em Ponto Morto; Maldição do Serviço Doméstico; Olho do Girassol; Memória do Vento; Pecados de Areia, Do Quintal Para o Mundo, que lhe valeram mais de dez prêmios literários. Pertence à Academia de Artes e Letras de Pernambuco, Academia de Letras e Artes do Nordeste Brasileiro, Academia Recifense de Letras e U.B.E. - União Brasileira de Escritores. É sócia efetiva da AIP Associação de Imprensa de Pernambuco.

(**) Gonçalo Fernandes Trancoso. Nasceu em Trancoso/Portugal na segunda década do século XVI e faleceu em 1596. Professor de Humanidades, vivia em Lisboa quando a cidade foi assolada pela peste em 1569, tendo-lhe morrido a mulher, dois filhos e um neto. Escreveu Contos e Histórias de Proveito e Exemplo (1575). As suas histórias comungam em certa medida da tradição de Chaucer e Boccaccio. Um dos primeiros contistas portugueses. A sua obra teve grande sucesso, sofrendo múltiplas reimpressões até ao século XVIII.

A caminho do segundo turno

Pesquisa ISTOÉ/Sensus mostra pela primeira vez que eleição presidencial não deve ser revolvida em uma só votação, como apontavam enquetes até agora divulgadas. A oposição ganha votos e, se fosse hoje, a disputa seria entre Dilma Rousseff e Aécio Neves


http://www.istoe.com.br/
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Pesquisa ISTOÉ/Sensus mostra pela primeira vez, desde que começaram a ser divulgadas as enquetes eleitorais de 2014, que a sucessão da presidenta Dilma Rousseff deverá ser decidida apenas no segundo turno. No levantamento realizado com dois mil eleitores entre os dias 22 e 25 de abril, Dilma (PT) soma 35% das intenções de voto. É seguida pelo senador mineiro Aécio Neves (PSDB), com 23,7%, e pelo ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com 11%. Juntos, Aécio e Campos têm 34,7% dos votos, praticamente a mesma votação de Dilma (diferença de 0,3%). Como a pesquisa tem uma margem de erro de 2,2%, se a eleição fosse hoje o futuro presidente seria escolhido no segundo turno numa disputa entre Dilma e o tucano Aécio Neves. A mesma situação ocorre quando, diante do eleitor, é colocada uma lista mais ampla, incluindo os nomes de pré-candidatos nanicos como Levy Fidelix (PRTB) e Randolfe Rodrigues (Psol), por exemplo. Nesse caso, a presidenta fica com 34% das intenções de votos e os demais candidatos, 32,4%. Diferença de 1,6%. Um cenário que também permite concluir pela realização de segundo turno entre Dilma e Aécio. “A leitura completa da pesquisa indica que a presidenta terá muita dificuldade para reverter o quadro atual”, afirma Ricardo Guedes Ferreira Pinto, diretor do Sensus.
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O resultado da primeira pesquisa da série que será feita por ISTOÉ em parceria com o Sensus explica a tensão que passou a dominar o Palácio do Planalto e a cúpula do PT nas últimas semanas. Desde que assumiu o governo, em janeiro de 2011, todas as enquetes apontavam para uma confortável reeleição da presidenta ainda no primeiro turno. Agora, mais do que a concreta hipótese dos dois escrutínios, há uma ameaça à própria reeleição. A distância que separa Dilma de seus opositores nunca foi tão pequena. No levantamento ISTOÉ/Sensus realizado em 136 municípios de 24 Estados, menos de 7% dos votos distanciam Dilma de Aécio em um eventual segundo turno. Se a eleição fosse hoje, a presidenta teria 38,6% e o senador mineiro 31,9%, uma diferença de 6,7%. Se a disputa fosse com o ex-governador Eduardo Campos a situação de Dilma seria mais confortável: teria 39,1% contra 24,8%.
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“O que se percebe é que no último mês passou a ocorrer uma migração de votos da presidenta para candidatos da oposição. Antes, as pequenas quedas de Dilma aumentavam o índice de indecisos”, diz Guedes. Mais do que o crescimento das candidaturas de PSDB e PSB, dois outros fatores revelados na pesquisa ISTOÉ/Sensus têm tirado o sono dos aliados da presidenta. O primeiro é a alta taxa de rejeição. Hoje 42% dos eleitores afirmam que não votariam em Dilma de jeito nenhum. Eduardo Campos é rejeitado por 35,1% e Aécio Neves por 31,1%. “Como a presidenta é a mais conhecida dos eleitores, não é surpresa que tenha também um índice maior de rejeição, mas 42% é muita coisa”, analisa Guedes. “Não me recordo de nenhum caso de alguém que tenha conseguido se eleger chegando ao segundo turno com mais de 40% de rejeição. E o quadro atual não é favorável para a presidenta reverter esses números”, conclui.
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O outro elemento que assombra as lideranças do PT e a cúpula do governo refere-se à fidelidade partidária. Historicamente, o PT costuma assegurar, nas eleições majoritárias, uma média mínima entre 16% e 18% dos votos para seus candidatos, o que tem invariavelmente levado o partido ao segundo turno nas principais disputas. São os chamados votos petistas. Este ano, o levantamento ISTOÉ/Sensus aponta para sinais de fadiga no partido. De acordo com a pesquisa, apenas 9,6% do eleitorado declarou identificação com a legenda da estrela vermelha. Ainda é a legenda com maior empatia (o PSDB tem 5,1% e o PMDB, 2,3%), mas está longe das marcas que exibia em disputas anteriores. “Certamente a prisão dos envolvidos com o mensalão e principalmente as denúncias que pesam sobre a Petrobras são fatores determinantes para isso”, explica Guedes.
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Analistas políticos são unânimes ao afirmar que o bom desempenho eleitoral do PT em 2006 (quando o ex-presidente Lula foi reeleito) e em 2010 (quando Dilma venceu) pode ser atribuído, em boa parte, a uma arma poderosa: a melhora do poder aquisitivo do brasileiro desde que Lula e seus aliados chegaram ao Palácio do Planalto em 2003. Programas como o Bolsa Família, aliado a um momento de praticamente pleno emprego e ventos econômicos favoráveis, foram suficientes para se sobrepor à denúncia do mensalão, por exemplo. Agora, a pesquisa ISTOÉ/Sensus constata que a inflação vem implodindo esse capital político e gerando desconfiança entre os eleitores. Dos entrevistados, 65,9% disseram que hoje têm menos poder de compra do que há um ano e apenas 15% afirmam que podem consumir mais. Guedes explica que os anos seguidos de índices inflacionários superiores ao crescimento do PIB levam a uma corrosão no poder de compra. “Na prática, a diminuição do poder aquisitivo fez com que pessoas que deixaram a linha da pobreza acabassem voltando para ela, embora os números absolutos não revelem isso”, diz Guedes. Certa de que se não conseguir mudar esses números corre sério risco de não se reeleger, a presidenta Dilma aproveitou o pronunciamento feito em razão do Dia do Trabalho para anunciar um pacote de bondades que visa principalmente repor o poder aquisitivo perdido pelos brasileiros nos últimos anos (leia reportagem na pág. 48).
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A pesquisa ISTOÉ/Sensus também mostra uma inédita reprovação do governo e da forma como a presidenta Dilma conduz a administração federal. Dos eleitores, 66,1% avaliam o governo como regular ou negativo e 49,1% desaprovam o desempenho pessoal da presidenta. Metade dos eleitores (50,2%) acredita que o Brasil não está no rumo certo. Números como esses fazem com que o fisiologismo que norteia a política brasiliense se aflore de forma perversa e partidos aliados passem a flertar com a traição sem o menor constrangimento. Na segunda-feira 28, por exemplo, 20 dos 32 deputados do PR assinaram um documento pedindo a volta do ex-presidente Lula como candidato. Acreditam que Dilma não dará conta de virar o jogo e fazem esse movimento sem segredo. O líder do partido na Câmara, Bernardo Santana, pendurou em seu gabinete a foto oficial de Lula quando assumiu o governo em 2003. Os números negativos e a falta de perspectiva de dias melhores fazem com que também no PT o movimento Volta, Lula ganhe apoio. Na semana passada, a presidenta se pronunciou publicamente tentando conter a debandada: “Ninguém vai me separar de Lula, nem ele vai se separar de mim”, disse. “Sei da lealdade dele a mim e ele da minha lealdade a ele.”
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Na oposição, a expectativa é de que as próximas pesquisas confirmem a tendência de queda da presidenta. “O eleitor está cansado disso tudo que está aí e é natural que esses votos comecem a migrar para os candidatos que representam a mudança”, disse o senador Aécio Neves (PSDB-MG). O ex-governador Eduardo Campos (PSB) faz a mesma aposta. Segundo ele, “a migração de votos será ainda maior quando os candidatos da oposição se tornarem mais conhecidos”. De acordo com o diretor do Sensus, Ricardo Guedes, a pesquisa agora apresentada por ISTOÉ mostra que o eleitor ainda não assimilou a presença da ex-senadora Marina Silva (Rede) na chapa liderada por Campos. “Até agora, Marina transferiu para a aliança mais rejeição (ela tem 35,6%) do que votos”, afirma Guedes.
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"A PROPAGANDA ELEITORAL E O PAPEL DAS MÍDIAS SOCIAIS"

Programação Quinta Jurídica

 http://www.jfrn.jus.br/
TEMA: A PROPAGANDA ELEITORAL E O PAPEL DAS MÍDIAS SOCIAIS
DATA: 06 de junho de 2014
HORÁRIO: 19h
LOCAL: Auditório Ministro José Delgado (Justiça Federal RN)
INSCRIÇÕES: De 07/05 à 06/06
PALESTRANTES:
Luciana Christina Guimarães Lóssio
  • Ministra do Tribunal Superior Eleitoral
  • Advogada
  • Bacharel em Direito formada pelo Centro Universitário de Brasília - UniCeub, em 1999
  • Pós-graduada em Direito Processual Civil Lato Sensu, pelo Instituto Brasileiro de Direito Processual, 2003
  • Pós-graduada em Direito, Estado e Constituição Lato Sensu, pela Faculdade de Ciências Jurídica do Planalto Central em 2005-2006
  • Pós-graduada em Ordem Jurídica e Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, em 2007-2008
Marco Bruno Miranda Clementino
  • Mestre (UFRN, 2007) e Doutor (UFPE, 2013) em Direito
  • Juiz Federal no RN
  • Professor Adjunto da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Coordenador do Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET) em Natal
  • Diretor do Núcleo da Escola de Magistratura Federal no Rio Grande do Norte
Erick Wilson Pereira
  • Advogada Eleitoral
  • Especialista em Direito e Cidadania
  • Criminologia (1999)
  • Direito do Trabalho (2000) pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
  • Mestre em Direito Constitucional (2001) e Doutor em Direito do Estado (2009) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP
  • Professor Adjunto da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, onde leciona na graduação e pós-graduação desde seu ingresso mediante concurso público de provas e títulos

As inscrições devem ser confirmadas mediante a doação de 2kg de alimentos não perecíveis na recepção, no início do evento.

Felipão convoca Brasil para Copa sem surpresa e deixa Robinho fora

Felipão convoca Brasil para Copa sem surpresas e deixa Robinho fora

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Convocação da seleção brasileira para a Copa do Mundo21 fotos

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Felipão (dir.) brinca com Marco Polo del Nero durante anúncio dos 23 jogadores convocados para a Copa do Mundo Leia mais Julio Cesar Guimaraes/UOL
Estão definidos os 23 jogadores que terão a missão de, em casa, conquistar o sexto título mundial da seleção brasileira. O técnico Luiz Felipe Scolari divulgou nesta quarta-feira a lista de convocados para a Copa do Mundo. E a surpresa passou longe da relação, que manteve a base da Copa das Confederações com acréscimo de alguns nomes que ganharam a confiança de Felipão na reta final.
Antes mesmo da divulgação dos nomes, haviam poucas dúvidas sobre a convocação brasileira para a Copa. O goleiro Victor, o zagueiro Henrique e os meio-campistas Fernandinho e Hernanes ficaram com as vagas consideradas 'em aberto'. Nenhum dos casos pode ser considerado uma surpresa.
O discurso sobre a importância de jogadores experientes em Copas não cativou Felipão. Dos 23 convocados, 17 disputarão o torneio pela primeira vez.  Apenas o goleiro Julio Cesar, os laterais Daniel Alves e Maicon, o zagueiro Thiago Silva, o volante Ramires e o atacante Fred já participaram de um Mundial.
Felipão optou por deixar fora os veteranos 'medalhões' e praticamente encerrou o ciclo destes jogadores com a camisa da seleção brasileira. Ronaldinho Gaúcho, Kaká e Robinho, estrelas de convocações para outras Copas e que chegaram a ser testados pelo técnico em amistosos, verão o Mundial do Brasil pela televisão.
Outros dois nomes badalados do ciclo entre Copas também ficam fora da relação. Reserva na Copa das Confederações, Lucas não deslanchou no Paris Saint-Germain e já não havia sido convocado por Felipão nos últimos amistosos. Já Paulo Henrique Ganso, cuja ausência causou cobranças a Dunga no último Mundial, não foi lembrado pelo atual treinador em nenhum momento.
Nada menos que 16 atletas da nova 'Família Scolari' estiveram na conquista da Copa das Confederações em 2013. Os outros sete convocados conquistaram a confiança do treinador nos últimos amistosos preparatórios. Como Fernandinho, chamado apenas para o teste final contra a África do Sul, em março, e que ficou para a lista do Mundial. Nenhum atleta que não havia sido chamado anteriormente foi convocado.
"Que nós tenhamos um norte. Seguimos em direção ao que mais desejamos, que é conquistar o Mundial. Independentemente das escolhas que cada um podem ter, que os 23 possam ser muito bem recebidos. Tenho certeza que eles vão fazer o melhor possível para conseguir seus objetivos", disse Felipão.
Se Julio Cesar e Jefferson estavam confirmados, Victor ficou com a vaga de terceiro goleiro. Nas laterais, Maicon e Maxwell ganharam a disputa com Rafinha e Filipe Luis e se juntam aos 'intocáveis' Daniel Alves e Marcelo.
Titulares absolutos, os zagueiros Thiago Silva e David Luiz eram nomes certos na convocação, assim como o reserva imediato Dante. A quarta vaga da defesa ficou com o ex-palmeirense Henrique, que desbancou a concorrência de Marquinhos, Réver, Dedé e Miranda.
A briga mais acirrada estava no meio-campo. Paulinho, Oscar, Ramires e Willian já tinham convocação confirmada por Felipão e Luiz Gustavo estava praticamente garantido. Restavam duas vagas para cinco candidatos. E foram preenchidas por Fernandinho, que conquistou sua vaga com a boa atuação contra a África do Sul, e Hernanes. Lucas Leiva, Lucas e Jadson, chamados em outras oportunidades, ficaram pelo caminho.
Já o ataque não terá surpresas e será o mesmo que brilhou na Copa das Confederações. Fred, Neymar, Hulk, Bernard e Jô foram os chamados por Scolari para a função.
Além dos 23 nomes divulgados nesta quarta, Felipão terá que entregar à Fifa uma relação de sete jogadores que podem ser chamados para substituir algum lesionado até a Copa. O treinador, porém, não irá divulgar os relacionados.
A preparação da seleção brasileira para a Copa do Mundo terá início no dia 26 de maio, com a apresentação dos jogadores na Granja Comary, em Teresópolis (RJ). Nos primeiros dias os jogadores passarão por exames médicos e testes psicológicos. Os treinos começam para valer em 29 de maio. Antes do Mundial, os comandados de Felipão farão amistosos contra Panamá (3 de junho, em Goiânia) e Sérvia (6 de junho, em São Paulo).
País-sede, o Brasil abre a Copa do Mundo no dia 12 de junho, contra a Croácia, às 17h (horário de Brasília), no Itaquerão, em São Paulo. A seleção ainda terá como adversários na primeira fase o México (17 de junho, em Fortaleza) e Camarões (23 de junho, em Brasília).
Confira os 23 convocados do Brasil para a Copa do Mundo:
Goleiros
  • Julio Cesar
    Toronto FC (CAN)
  •  
  • Jefferson
    Botafogo
  •  
  • Victor
    Atlético-MG
Laterais
  • Daniel Alves
    Barcelona (ESP)
  •  
  • Marcelo
    Real Madrid (ESP)
  •  
  • Maicon
    Roma (ITA)
  •  
  • Maxwell
    Paris Saint-Germain (FRA)
Zagueiros
  • Thiago Silva
    Paris Saint-Germain (FRA)
  •  
  • David Luiz
    Chelsea (ING)
  •  
  • Dante
    Bayern de Munique (ALE)
  •  
  • Henrique
    Napoli (ITA)
Meio-campistas
  • Fernandinho
    Manchester City (ING)
  •  
  • Luiz Gustavo
    Wolfsburg (ALE)
  •  
  • Hernanes
    Inter de Milão (ITA)
  •  
  • Oscar
    Chelsea (ING)
  •  
  • Paulinho
    Tottenham (ING)
  •  
  • Ramires
    Chelsea (ING)
  •  
  • Willian
    Chelsea (ING)
Atacantes
  • Bernard
    Shakhtar Donetsk (UCR)
  •  
  • Fred
    Fluminense
  •  
  • Hulk
    Zenit (RUS)
  •  
  • Neymar
    Barcelona (ESP)
  •  
  • Atlético-MG
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PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...