quinta-feira, 6 de julho de 2017

Este pedreiro achou uma “tigela canibal” de mais de 500 anos no RN

Marcelo Sena de Oliveira, de 29 anos é pedreiro no município de Lagoa D’anta, há 125 quilômetros de Natal. Ele retirava areia de um terreno para a construção de sua casa, quando notou algo mais firme enterrado na areia. Sem saber do que se tratava, Marcelo bateu com sua pá para tentar encontrar o objeto, até ver algo com o aspecto de uma tigela.

 “Ela estava inteira, mas quando fui tirar ela se despedaçou. Deixei os pedaços lá porque porque eram muito miúdos”, contou Marcelo ao jornal Tribuna do Norte. Pela decoração do utensílio ele desconfiou que o artefato fosse indígena. “Mas como a gente mora no interior não conhecia ninguém que pudesse dizer que era mesmo. Aí, quando soube que a minha professora dava aula de educação indígena, dei para ela”, acrescentou.

Marcelo é formado em pedagogia, e sua professora de pós-graduação é a antropóloga Taís Cruz, que, ao receber apenas parte do objeto de presente do aluno, e comparar com as descrições de um livro do arqueólogo brasileiro, André Prous, logo teve a certeza de que aquele era um material produzido há mais de 500 anos.

Arqueóloga Taís Cruz com índios na Baía da Traição

“A forma das grandes vasilhas abertas nem sempre é muito regular, traduzindo muitas vezes um certo desleixo com a simetria dos volumes. Em compensação, a decoração, exclusivamente pintada, obedece normas estritas e foi realizada com muito esmero. A borda é reforçada do lado de fora, apresentando uma estreita faixa plana decorada com frisos de bastonetes verticais ou oblíquos compondo triângulos”, narra o livro. Só o fragmento da tigela pesa cerca de 10 quilos!

Aqui está parte do objeto encontrado

Toda a descrição confere exatamente com o artefato encontrado em Lagoa D’anta. Segundo Taís Cruz, essas tigelas eram artigos de rituais onde se comia as vísceras de guerreiros inimigos. “Ela não era uma vasilha simples, era usada para um ritual, por isso tem essa riqueza de detalhes”, acentuou.
Para a professora, essas peças tem a capacidade de contar pequenos capítulos de uma história que foi praticamente dizimada pelo colonizador. Dessa forma, é possível também revelar um pouco mais nossa própria identidade. “É uma peça única feita pelo povo único e que pode dizer muito de como aquele povo vivia”, disse Taís. A peça foi encontrada em 2012 e reconhecida somente em 2015.

Mas infelizmente existe uma ameaça






O estudante Marcelo Sena de Oliveira informou na época que caminhões retiravam areia do local. Ele que poderiam haver outras peças semelhantes completamente despedaçadas pela atividade dos carros. O presidente da Câmara de Natal foi informado da importância histórica do local, e disse que vai tentar evitar a exploração para a construção civil.

Um mês depois o achado da tigela chegou ao conhecimento de especialistas do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e da UFRN confirmaram que a área caracterizava-se como sítio arqueológico.

Fonte: Tribuna do Norte

De: https://curiozzzo.com
Cartões postais onde aparece a Fortaleza dos Reis Magos.
As duas imagens mostram a Fortaleza separadas em cerca de 40 anos.
- Em cima, na imagem mais antiga, a autoria é do fotógrafo mossoroense João de Miranda Galvão.
Foto feita em cerca de 1922.

- Em baixo, na imagem mais recente, é de autoria de Jaeci Galvão.
Foto feita no inicio dos anos 1960 após restauração da Fortaleza.
Foi nessa restauração que a edificação perdeu parte de seu frontão superior.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Fernando Caldas compartilhou um link.
1 h
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Da esquerda: Mariana e Diva (filhas), minha mãe Gelza, Meu pai Edmilson, minha mulher Eliane e essa figura editor deste blog chamado Fernando Caldas.
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"Quando entendes quem és e o que é, teu brilho se projeta, se irradia no universo e tudo ao seu redor se torna criativo e cheio de oportunidades."

domingo, 2 de julho de 2017

Omara Portuondo e Ibrahim Ferrer - Silencio

JOÃO CELSO FILHO, advogado, jornalista, professor, poeta, comerciante. Sempre destacava-se no que fazia. Escreveu peças para teatro e foi diretor do jornal "A Cidade". Era um apaixonado pela natureza. Faleceu na manhã de 14 de novembro de 1943.
Segue, abaixo, um soneto (DITOSOS) escrito por ele, em 2 de maio de 1915.

Hoje, na Casa do Cordel (palestra proferida pelo poeta assuense Ivan Pinheiro) no instante que eu declamava uma poesia do poeta Renato Caldas. Programação "Café Cordel", do poeta Abaeté. Natal.

sábado, 1 de julho de 2017

Lembrando Andière Abreu


Andière Abreu ou “Majó” como era habitualmente chamado, era meu amigo e conterrâneo. Poeta dos bons do Assu “onde a poesia eterna, mora”. A sua predileção para versejar era a glosa (décimas), porém escrevia sonetos classicamente metrificados.Bom de copo, de garfo e de prosa também. Eu tive o prazer de gozar da sua amizade e com ele tomar ‘umas e outras’, nos bares de Natal e Assu, nossa terra natal querida. Andière, "sonhou e amou ao compasso de muitas violas e sob inspiração de muitos sorrisos, imaginou a própria lua enamorada de suas farras e fanfarras." - E escreveu aquele bardo potiguar no seu romantismo, o soneto que adiante:

Não quero ver tristeza em teu rosto
Nem que alguém pense um dia magoá-la,
Que nem em sonhos sintas um desgosto
Para tê-la feliz quando abraçá-la.

Quero que te sintas bem ao teu gosto
Sempre sorridente quero encontrar-te
Que todo o teu ser viva bem disposto
Para em teu altar poder venerar-te

Eu te darei o mar, céu e uma estrela
Se for ainda pouco para tê-la
Dar-te-ei o sol com todo calor.

Tenho muita coisa para te dar,
Com pouco a exigir sem reclamar
Quero apenas ter só o seu amor.

E ainda com amor e paixão, implora o poeta nos versos (glosa) abaixo transcrito:

Eu estou muito sofrido
De mim tenha compaixão
Esqueça a palavra "não"
Ouça bem o meu pedido.
Um coração já transido
Mas que luta com ardor
Não quer se entregar à dor
E implora: "diga-me sim"
Pois um não será meu fim
Dê-me um pouquinho de amor.
Pena que Andère tombou ferido de morte numa manhã de 26 de junho último, aos 86 anos de idade,deixando a terra Norte-rio-grandense, deserdada da sua arte poética. E escreveu Andière os versos (glosa) premonitório, dizendo assim:

Vou deitado mas, ativo
Olhando bem pra vocês,
Já que só morro uma vez
Quero ouvir música ao vivo.
O momento é emotivo
Mas temos que superar
Cantem sim, quero escutar
Letras lindas de seresta,
Façam pra mim uma festa
Quando forem me enterrar.

Afinal, deixo aqui registrado a minha homenagem póstuma ao amigo Andière, nos versos conforme transcrevo:

"(..) Poeta imortal!
Tirou “a camisa da vida” e não morreu!
O seu corpo é que ficou no chão...
O espírito voou
Para alcançar
Um mundo diferente...
Nas estrelas ou nos astros."

Fernando Caldas

MANOEL CALIXTO CHEIO DE GRAÇA E quem não se lembra de Manoel Calixto Dantas também chamado de "Manoel do Lanche?" Era um dos nosso...