sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021
De Lucílio Filho Barbalho Cici
Nos meus arquivos de futebol das antigas, tinha procurado e ainda não tinha encontrado, uma foto do Macapá, reconhecidamente o primeiro time de futebol do Assú a romper fronteiras. Eis que meu amigo e mestre Dedé de Chaguinha envia uma foto com o registro do Macapá de 1953. Uma verdadeira relíquia; Ele recebeu o presente de Manoel França, filho de Pedro Rodolfo.
Em Pé: Pedro Rodolfo, Irene (Madrinha do time), Cara Suja, Geraldo Dantas, Nelson Montenegro, Nequinho e Fernandes. De Joelhos: João, Tenente, Edgar Montenegro, Ednor, Edson Assis e Gutemberg(deitado).
BELLINI – Esta foto foi feita em Natal – no Palácio do Governo – em 1960. Por ocasião de um jogo amistoso do Vasco x ABC, no centro da foto encontra-se meu tio Antonio Soares de Araújo Filho à época Chefe da Casa Civil do Governador Dinarte Mariz. Graças ao pesquisador José Vanilson Julião, pude coletar algumas informações. O placar foi 6x2 para o time carioca. Um jogo promocional. A federação era presidida por Salatiel Silva. Antes do jogo principal houve uma premiação de remo. Quem tiver mais informações sobre a passagem dos jogadores em Natal, ficarei muito feliz [Wandyr Villar].
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021
Pesquisa sugere que substância presente no vinho pode inibir infecção por covid
Um estudo desenvolvido por pesquisadores da China Medical University, de Taiwan, e publicado pela American Journal of Cancer Research em dezembro sugere que o ácido tânico, muito presente no vinho, pode ajudar a reduzir a infecção por covid-19. Os estudiosos concluíram que o composto tem funções inibidoras duplas de bloqueio de serina proteases virais e celulares críticas para a infecção viral.
A pesquisa analisou a capacidade de seis compostos naturais de inibir a atividade enzimática do Sars-CoV-2 e identificou que o tanino é capaz de reduzir em até 90% essa atividade, controlando, então, sua carga viral.
Mesmo assim, ainda não é possível afirmar que tomar vinho ajuda a combater a covid-19, visto que o estudo ainda não é conclusivo. Verificado que o ácido tânico pode ter efeito sobre o vírus, a próxima fase é descobrir se alimentos ricos em tanino, como a uva, romã e caqui, podem mesmo ser usados para combater a doença.
Ainda foram realizados experimentos com catequina, kaempferol, quercetina, proantocianidina e resveratrol, todas substâncias comprovadamente ativas na supressão de infecções por tipos de coronavírus identificados antes da pandemia. Entre os compostos, somente o tanino apresentou resposta significativa especificamente para o Sars-CoV-2.
Uma nota divulgada pela Federação Espanhola de Enologia em abril do ano passado provocou polêmica. A entidade afirmou que “o consumo moderado de vinho, responsável, pode contribuir para uma melhor higiene da cavidade bucal e da faringe, esta última uma zona que abriga os vírus”.
A federação disse ainda que não havia risco de contaminação da bebida por covid-19 porque “a sobrevivência do vírus no vinho parece impossível”. O texto gerou notícias falsas que afirmavam que o vinho tinto combatia o novo coronavírus, o que ainda não é comprovado.
O presidente da Associação Brasileira de Enologia, André Gasperin, diz que o impacto positivo do consumo moderado do vinho no combate a doenças já é um tema recorrente há mais de duas décadas.
Gasperin alerta que, “como tudo na vida”, o excesso é prejudicial. O significado de “consumo moderado” varia e, segundo o especialista, depende, por exemplo, do peso de cada pessoa. Em média, aconselha-se a ingestão de uma taça ao dia.
Ainda é cedo
A biomédica e sommelier Caroline Dani, professora convidada no Programa de Pós-Graduação em Farmacologia e Terapêutica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), destaca que o trabalho é um “insight” para uma futura pesquisa experimental ou clínica.
“É uma pesquisa in vitro, ou seja, pegaram o vírus em laboratório e colocaram em contato com esses polifenóis isolados para verificar se eles impedem a entrada do vírus na célula. No futuro, é preciso que haja um estudo em seres humanos, para verificar se esta implicação viral pode amenizar sintomas ou a infecção”, explica.
Dani ressalta que ainda existem poucos estudos relacionando diretamente o consumo de vinho ou suco de uva à infecção por coronavírus, mas que diversas pesquisas mostram o benefício dos fenóis, que conferem cor roxa à uva, para a microbiota do intestino, que regulariza o sistema imune. “Ou seja, ficamos mais fortes para combater os vírus”, afirma.
CNN
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021
Um jovem encontra um senhor de idade e lhe pergunta:
domingo, 31 de janeiro de 2021
“Amor é fogo que arde sem se ver” – Camões
Amor é fogo que arde sem se ver
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
– Luís de Camões, no livro “Sonetos”.
Veja aqui o poema “Amor é fogo que arde sem se ver”, recitado durante o filme “Camões”, filme português, realizado por José Leitão de Barros, que relata a vida e os feitos do grande poeta Luís de Camões. Concorreu à primeira edição do Festival de cinema de Cannes em 1946.
sábado, 30 de janeiro de 2021
‘Peço silêncio’ – um precioso poema de Pablo Neruda
Por Revista Prosa Verso e Arte
https://www.revistaprosaversoearte.com/
A poesia de Pablo Neruda vem das forças da terra, uma presença única debruçada sobre o oceano de suas inquietações. E o quão é difícil eleger os versos mais belos de Pablo Neruda. Isso porque Neruda confunde-se com a própria poesia, ele é o poema em pessoa. Ele cantou o mar, a terra, o vento, a chuva, as estações, o amor despedaçado, ele cantou as estrelas e o infinito, as águas e os pássaros, a fruta e a flor. Cantou a alegria de viver e também a noite definitiva. A sua história está nos versos de: ‘Crepusculario’, ‘Veinte Poemas de Amor’ e ‘Una Canción Desesperada’, ‘Canto General’, ‘Estravagario’, ‘Cien Sonetos de Amor’, ‘Memorial de Isla Negra’ etc.
“Pido Silencio”, o poema que traduz os sentimentos mais profundos do poeta. Leia e ouça na voz do poeta:
PEÇO SILÊNCIO
AGORA me deixem tranquilo.
Agora se acostumem sem mim.
Eu vou cerrar os meus olhos.
Somente quero cinco coisas,
cinco raízes preferidas.
Uma é o amor sem fim.
A segunda é ver o outono.
Não posso ser sem que as folhas
voem e voltem à terra.
O terceiro é o grave inverno,
a chuva que amei, a carícia
de fogo no frio silvestre.
Em quarto lugar o verão
redondo como uma melancia.
A quinta coisa são teus olhos,
Matilde minha, bem-amada,
não quero dormir sem teus olhos,
não quero ser sem que me olhes:
eu mudo a primavera
para que me sigas olhando.
Amigos, isso é quanto quero.
É quase nada e quase tudo.
Agora se querem, podem ir.
Vivi tanto que um dia
terão de por força me esquecer,
apagando-me do quadro negro:
Meu coração foi interminável.
Porém, por que peço silêncio
não creiam que vou morrer:
passa comigo o contrário:
sucede que vou viver.
Sucede que sou e que sigo.
Não será, pois lá bem dentro
de mim crescerão cereais,
primeiro os grãos que rompem
a terra para ver a luz,
porém, a mãe-terra é escura:
e dentro de mim sou escuro:
sou como um poço em cujas águas
a noite deixa suas estrelas
e segue sozinha pelo campo.
Sucede que tanto vivi
que quero viver outro tanto.
Nunca me senti tão sonoro,
nunca tive tantos beijos.
Agora, como sempre, é cedo.
Voa a luz com suas abelhas.
Me deixem só com o dia.
Peço licença para nascer.
PIDO SILENCIO
AHORA me dejen tranquilo.
Ahora se acostumbren sin mí.
Yo voy a cerrar los ojos
Y sólo quiero cinco cosas,
cinco raices preferidas.
Una es el amor sin fin.
Lo segundo es ver el otoño.
No puedo ser sin que las hojas
vuelen y vuelvan a la tierra.
Lo tercero es el grave invierno,
la lluvia que amé, la caricia
del fuego en el frío silvestre.
En cuarto lugar el verano
redondo como una sandía.
La quinta cosa son tus ojos,
Matilde mía, bienamada,
no quiero dormir sin tus ojos,
no quiero ser sin que me mires:
yo cambio la primavera
por que tú me sigas mirando.
Amigos, eso es cuanto quiero.
Es casi nada y casi todo.
Ahora si quieren se vayan.
He vivido tanto que un día
tendrán que olvidarme por fuerza,
borrándome de la pizarra:
mi corazón fue interminable.
Pero porque pido silencio
no crean que voy a morirme:
me pasa todo lo contrario:
sucede que voy a vivirme.
Sucede que soy y que sigo.
No será, pues, sino que adentro
de mí crecerán cereales,
primero los granos que rompen
la tierra para ver la luz,
pero la madre tierra es oscura:
y dentro de mí soy oscuro:
soy como un pozo en cuyas aguas
la noche deja sus estrellas
y sigue sola por el campo.
Se trata de que tanto he vivido
que quiero vivir otro tanto.
Nunca me sentí tan sonoro,
nunca he tenido tantos besos.
Ahora, como siempre, es temprano.
Vuela la luz con sus abejas.
Déjenme solo con el día.
Pido permiso para nacer.
– Pablo Neruda, em “Presentes de um Poeta”. [tradução Thiago de Mello]. São Paulo: Vergara & Riba, 2001. {publicado no livro ‘Estravagario’ (1958), poema escrito em agosto de 1957}.
Ouça Neruda:
quinta-feira, 28 de janeiro de 2021
BAR DA MELADINHA, BECO DA LAMA, HISTORIA, NAZI
Esta é uma foto do Nazi do Bar da Meladinha
A foto acima mostra quem foi Nazi, uma tradicional figura do Beco da Lama. Ele foi o primeiro dono do Bar da Meladinha, antes chamado apenas de Bar do Nazi. O auto desta imagem história é o João Maria Alves, um dos importantes fotojornalistas do Rio Grande do Norte. Além disso, o evento registrado era a comemoração dos 30 anos do estabelecimento em 89.
Nazi está estampado nas ruas da Cidade Alta. Entretanto, eram poucos registros fotográficos de sua história na internet. Além disso, o seu bar é bastante comentado por conta da visita do compositor Pixinguinha.
Se você hoje bebe meladinha, agradeça este turco. Apesar de que já vi gente vendendo em Ponta Negra, mas não fica do mesmo jeito daquela do centro de Natal.
Como inventou a meladinha
Meladinha é uma bebida em que consiste primeiramente três ingredientes: cachaça, mel e limão e todos são misturados a partir de um graveto. Não, não pode ser colher, tem que ser com graveto (na verdade, algo parecido com uma viga de ferro).
Como surgiu esta invenção? Foi o turco Nazi, que possui diversos causos sobre o inventor da Meladinha. De acordo com relatos de blogs que narram a boêmia potiguar, o bar existe há mais de 60 anos e mudou para o Beco da Lama em 1968, já citado anteriormente.
Junto da Meladinha, a bebida vem com um caldo de feijão ou galinha. Reza a lenda que Pixinguinha visitou o local em 1969. Tanto que existe uma placa para comprovar este acontecimento, próximo do conhecido aviso “Proibido Cagar”.
João Gualberto descreveu o local de forma torpe
Em 1972, o jornalista João Gualberto escreveu ao Diário de Natal um guia de bares e outros lugares para curtir em Natal. O mesmo descreveu o Bar do Nazi assim:
Nazi morreu há 20 anos
Nasi morreu em 2001, vítima de uma parada cardíaca. Ele casou com Terezinha Fernandes Canan, de 73 anos. ALém disso, morava na rua Princesa Isabel, no Centro, e tinha um único filho, Nasi Adoniran Fernandes Canan. O corpo do turco foi enterrado no Cemitério Morada da Paz.
Após a sua morte, o bar passou para seu filho, mais conhecido como Adoniran (também falecido), que passou para uma outra pessoa. Hoje, o espaço, no entanto, é administrado por Neide. Apesar das mudanças, o pessoal do Beco da Lama sempre vai lembrar do criador da meladinha, desde os tradicionais blocos carnavalescos até o seu cotidiano.
Fonte. https://www.brechando.com/
TEATRO DE REVISTA - Este livro é uma obra monumental. O autor, consagrado como o crítico de cinema mais polêmico do Brasil, poderia ser chamado também de o crítico de cinema mais polímata do Brasil. Nascido em Natal, em 1923. Falecido no Rio, no ano 2000. "Viva o Rebolado" é uma célebre análise histórico social deste gênero do teatro. Indispensável em qualquer biblioteca. Me ocupei dele em meu livro "Salvyano Cavalcanti de Paiva", publicado em 2019, já esgotado [Wandyr Villar].
terça-feira, 26 de janeiro de 2021
Biografia de ACM “o dono da Bahia” vai virar filme
PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...
-
Um dos princípios que orientam as decisões que tratam de direito do consumidor é a força obrigatória dos contratos (derivada do conceito de ...
-
Uma Casa de Mercado Mercado Público (à direita) - Provavelmente anos vinte (a Praça foi construída em 1932) Pesquisando os alfarrábios da...