domingo, 3 de julho de 2011



Por João Lins Caldas

O lar que eu moro. O lar

Asas de colibri
Cheiro de rosas...
Mas se acordo não moro.
Consentirás que eu more:
Se contigo morar.



sábado, 2 de julho de 2011

LÍDERES? PROCURÊMO-LOS! ACHARÊMO-LOS?


Públio José  – jornalista
(publiojose@gmail.com)

Os líderes estão deixando a cena. Tornando, lamentavelmente, a cada dia, o campo da liderança mais pobre. E nós, que estávamos acostumados com a presença de lideranças fortes no contexto político, nos sentimos, na medida da passagem do tempo, cada vez mais carentes de pessoas com capacidade de liderar, de exercer influência, de apontar novos caminhos, novos rumos. A árida realidade atual está difícil de aceitar, principalmente para os que chegaram a alcançar o exercício de lideranças marcantes como Getúlio, Prestes, Juscelino, Lacerda – e, no plano local, com nomes como José Augusto, Dinarte e Aluísio. Com todo respeito àqueles que estão despontando no cenário político, buscando, logicamente, ocupar espaços antes desbravados por lideranças que se foram, o nosso sentimento é de orfandade. Afinal, onde estão as lideranças? Qual o motivo de tamanho sumiço?

Na verdade, o que se presume, é que a marca da liderança esteja sendo modificada em sua essência. Pois é interessante se notar que hoje em dia, com as facilidades advindas da enorme diversidade de fontes de informação, está realmente difícil catalogar alguém como líder. Antigamente, pouco se conhecia do dia a dia, da rotina, das deficiências das lideranças. Tudo era envolto em um desconhecimento quase absoluto a respeito da individualidade e dos aspectos negativos que constituíam a personalidade dos líderes. Chegava a haver até um certo mistério cercando essas pessoas, uma aura que atingia as raias da santidade e da devoção, principalmente da parte dos segmentos mais carentes. Em relação a Getúlio Vargas, por exemplo, havia, nascido no seio do grande público, um relacionamento praticamente de pai para filho. Não é à toa que Getúlio era tido com o “pai dos pobres”.

Hoje em dia, as coisas se passam de maneira diferente. Quando alguém mal ascende ao patamar da fama, com chances reais de ser encarado como uma nova liderança, os veículos de comunicação se encarregam, escarafunchando a sua vida, de mostrá-lo por inteiro perante a opinião pública, exibindo com mais ênfase os aspectos negativos de sua personalidade, desconstruindo, com isso, o doce encanto que as pessoas passaram a lhe cultivar. Além disso, outros fatos se encarregam de demonstrar que não somente a cobertura da mídia em torno das personalidades faz a diferença nos dias atuais. E um desses fatos, se não o principal, diz respeito à tomada de atitudes e à defesa de bandeiras. Pois, hoje em dia, raramente, se vê alguém numa posição de destaque defendendo alguma causa. As personalidades de hoje são mais famosas pelas frivolidades que consomem do que propriamente pelas idéias que professam.

Na rotina dos famosos, o culto ao corpo, os passatempos estéreis, as mudanças constantes nos relacionamentos amorosos, e outras atividades igualmente não edificantes – mas, lamentavelmente, em permanente holofote na mídia – se encarregam de fazer a fama ser vivida sem compromisso social e em permanente estado de alheamento com a realidade. No campo político pior ainda. A esperteza, a corrupção, a roubalheira, a falta de conteúdo ideológico fazem das pretensas lideranças políticas modelos negativos para se seguir e para se espelhar. E o que mais incomoda nelas é a falta de tomada de posições. Ficam, na maior parte do tempo, em cima do muro, esperando o melhor momento para se posicionar e recolher, com isso, um bom dote de vantagens. É tempo, portanto, de saudades (pelos que se foram) e de espera no futuro. Por sinal, será um bom negócio cultivar a esperança?

Postado por Fernando Caldas












































Por Lilian Palmieri

Sol e Mar!!
Enquanto o sol brilhar,
Não deixarei a esperança esmorecer...
Enquanto houver água no mar,
Não deixarei de acreditar...
No amor sem dor,
Na alegria de um sorriso,
Na doçura das crianças...
Sim, há esperança,
Enquanto o sol brilhar,
Não deixarei de acreditar na bondade do ser humano,
Enquanto houver água no mar,
Há esperança...
no mundo, na vida, na alegria,
na pessoas, no amor sem dor,
na cura absoluta...
Cura da dor, da tristeza, da desonestidade,
Da indiferença...
Enquanto o sol brilhar,
enquanto houver água no mar...
Eu vou acreditar!!!

Postado por Fernando Caldas

 
 
 
 
 
 
 
 
Por Cristina Costa
 
Amigo
é um Anjo que está sempre
ao nosso lado
mesmo que na distância.

É aquele
que compartilha
as nossas alegrias
e minimiza nossas tristezas.

Amigo
é aquele que se cala
nas horas certas,
e em silêncio nos diz tudo.

É aquele
que, nos aceita,
não pelo que temos,
mas pelo que somos!
Amigo verdadeiro é Anjo, é Paz, é Tudo.

CAUBY PEIXOTO NO TEATRO RIACHUELO

Cauby Peixoto - 60 Anos de Música - se apresenta no próximo dia 15 de julho às 21h no Teatro Riachuelo. O Show tem abertura de Camila Masiso.

Postado por Fernando Caldas


Itamar Augusto Cautiero Franco nasceu no dia 28/5/30, a bordo de um navio que fazia rota de Salvador ao Rio de Janeiro. O ex-presidente da república morreu neste sábado, aos 81 anos de idade. Itamar Franco foi diagnosticado com leucêmica em 21 de maio de 2011, mas seu estado de saúde se complicou no dia 27 de junho, quando contraiu uma pneumonia grave.

Lula Marques/Folha Imagem/ março de 1998

Segunda Feira Carnaubais será o Municipio do Projeto Minha Cidade


Segundo informações prestadas por Ludmilla Lacerda da equipe de produção de Inter TV Cabugi ao blog, segunda feira Carnaubais será a cidade veiculada no projeto Minha Cidade.

A agenda do municipio sofreu uma antecipação, estava previsto para o dia oito de julho uma sexta feira, mas uma revaliação de pauta dos produtores, colocaram nossa cidade para este dia 4 de Julho, segunda feira a partir do meio dia.

[Do Blog de Aluiziolacerda]

sexta-feira, 1 de julho de 2011


VERGONHA QUE NÃO TENHO DE SER NORDESTINA
Sheila Raposo - Jornalista
Cultivado entre os cascalhos do chão seco e as cercas de aveloz que se perdem no horizonte, cresceu, forte e robusto, o meu orgulho de pertencer a esse pedaço de terra chamado Nordeste.
Sou nordestina. Nasci e me criei no coração do Cariri paraibano, correndo de boi brabo, brincando com boneca de pano, comendo goiaba do pé e despertando com o primeiro canto do galo para, ainda com os olhos tapados de remela, desabar pro curral e esperar pacientemente, o vaqueiro encher o meu copo de leite, morninho e espumante, direto das tetas da vaca para o meu bucho.
Sou nordestina. Falo oxente, vôte e danou-se. Vige, credo, Jesus-Maria e José! Proseio com minha língua ligeira, que engole silabas e atropela a ortoépia das palavras. O meu falar é o mais fiel retrato. Os amigos acham até engraçado e dizem sempre que eu “saí do mato, mas o mato não saiu de mim”. Não saiu mesmo! E olhe: acho que não vai sair é nunca!
Sou nordestina. Lambo os beiços quando me deparo com uma mesa farta, atarracada de comida. Pirão, arroz-de-festa, galinha de capoeira, feijão de arranca com toucinho, buchada, carne de sol... E mais uma ruma de comida boa, daquela que, quando a gente termina de engolir, o suor já está pingando pelos quatro cantos. E depois ainda me sirvo de um bom pedaço de rapadura ou uma cumbuca de doce de mamão, que é pra adoçar a língua. E no outro dia, de manhãzinha, me esbaldo na coalhada, no cuscuz, na tapioca, no queijo de coalho, no bolo de mandioca, na tigela de umbuzada, na orêa de pau com café torrado em casa!
Sou nordestina. Choro quando escuto a voz de Luiz Gonzaga ecoar no teatro de minhas memórias. De suas músicas guardo as mais belas recordações. As paisagens, os bichos, os personagens, a fé e a indignação com que ele costurava as suas cantigas e que também são minhas. Também estavam (e estão) presentes em todos os meus momentos, pois foi em sua obra que se firmou a minha identidade cultural.
Sou nordestina. Me emociono quando assisto a uma procissão e observo aqueles rostos sofridos, curtidos de sol do meu povo. Tudo é belo neste ritual. A ladainha, o cheiro de incenso. Os pés descalços, o véu sobre a cabeça, o terço entre os dedos. O som dos sinos repicando na torre da igreja. A grandeza de uma fé que não se abala.
Sou nordestina. Gosto de me lascar numa farra boa, ao som do xote ou do baião. Sacolejo e me pergunto: pra quê mais instrumento nesse grupo além da sanfona, do triangulo e da zabumba? No máximo, um pandeiro ou uma rabeca. Mas dançar ao som desse trio é bom demais. E fico nesse rela-bucho até o dia amanhecer, sem ver o tempo passar e tampouco sentir os quartos se arriando, as canelas se tremelicando, o espinhaço se quebrando e os pés se queimando em brasa. Ô negócio bom!
Sou nordestina. Admiro e me emociono com a minha arte, com o improviso do poeta popular, com a beleza da banda de pífanos, com o colorido do pastoril, com a pegada forte do côco-de-roda, com a alegria da quadrilha junina. O artista nordestino é um herói, e nos cordéis do tempo se registra a sua história.
Sou nordestina. E não existe música mais bonita para meus ouvidos do que a tocada por São Pedro, quando ele se invoca e mete a mãozona nas zabumbas lá do céu, fazendo uma trovoada bonita que se alastra pelo Sertão, clareando o mundo e inundando de esperança o coração do matuto. A chuva é bendita.
Sou nordestina. Sou apaixonada pela minha terra, pela minha cultura, pelos meus costumes, pela minha arte, pela minha gente. Só não sou apaixonada por uma pequena parcela dessa mesma gente que se enche de poderes e promete resolver os problemas de seu povo, mentindo, enganando, ludibriando, apostando no analfabetismo de quem lhe pôs no poder, tirando proveito da seca e da miséria para continuar enchendo os próprios bolsos de dinheiro.
Mas, apesar de tudo, eu ainda sou nordestina, e tenho orgulho disso. Não me envergonho da minha história, não disfarço o meu sotaque, não escondo as minhas origens. Eu sou tudo o que escrevi, sou a dor e a alegria dessa terra. E tenho pena, muita pena, dos tantos nordestinos que vejo por aí, imitando chiados e fechando vogais, envergonhados de sua nordestinidade. Para eles, ofereço estas linhas.
Postado por Fernando Caldas

[Texto enviado por Mário Amorim]

quinta-feira, 30 de junho de 2011

SONHO ADORMECIDO

Tenho um sonho
constantemente
repetido
intensamente
sentido
inevitávelmente
adormecido
dolorosamente
perdido
permanentemente
esquecido?

E. Martins
24/06/2011

Filho de Ipanguaçuense é destaque no Taekwondo

Com apenas 15 anos de idade, o garoto Helisson Bruno, filho de Helio Albano da Base Física, já conquistou mais de 30 medalhas, conquistando vários títulos, entre eles Brasileiro, Copa America e Estadual. 

Ele foi selecionado entre os 12 melhores atletas do Rio Grande do Norte de Taekwondo, para disputar o campeonato Brasileiro na categoria juvenil,  nos dias 9 e 10 de julho em Rondônia. Quero aqui parabenizar o professor Fábio, pelo excelente trabalho no Taekwondo Assuense. Ipanguaçu do Bem deseja boa sorte a Helisson em nome de toda Ipanguaçu.

[Do Blog de Juscelino França]

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Paula Fernandes - Pra Você

UTILIDADE PÚBLICA

"A PLACA DO SEU CARRO MOSTRADA POR QUEM ESTÁ LHE ULTRAPASSANDO NO OUTRO CARRO - URGENTE, ASSALTO!

UM ALERTA PARA TODOS - NOVA FORMA DE ROUBO

A imaginação dos marginais não tem limites...

Esperam num estacionamento, e depois de você sair do carro, eles tiram sua placa, assim não tocam o alarme e ficam à espera de seu retorno.
Depois, seguem você, na ultrapassagem mostram a sua placa pela janela, como se ela tivesse caído do carro.
Talvez você fique um pouco espantado por ver a placa do seu carro ali na mão do passageiro do carro do lado mas, sem desconfiar e porque acha que ela caiu, resolve parar para recebê-la de volta e agradecer a quem tão "generosamente" deseja devolvê-la porque você nem reparou que tinha caído...

Parar é tudo o que eles querem que você faça e aí já é tarde
demais e terá sorte se não for violentamente tratado, raptado, ferido ou morto (que ironia: seria ótimo se fosse apenas um assalto).
Não pare, seja por que motivo for. Uma placa não é nada,
comparada com a sua integridade física.
Pense no que poderá acontecer antes de agir.
Os criminosos são espertos e podem ser extremamente violentos
quando querem conseguir alguma coisa.

Repasse essa mensagem para defesa de todos."

postado por Fernando Caldas











A manhã era clara, refulgente.
Uma manhã dourada. Tu passaste.
Abriu mais uma flor em cada haste.
Teve mais brilho o sol, fez-se mais quente.

E eu inundei-me dessa luz ardente.
Depois não sei mais nada. Olhei... Olhaste...
E nunca mais te vi... - Raro contraste! –
A madrugada transformou-se em poente.

Luz que nasceu e apenas cintilou!
Deixou-me triste assim que se apagou,
às vezes fecho os olhos; vejo-a ainda...

E há tanto sol dourando esses trigais!
Olhaste, olhei, fugiste... Ai, nunca mais,
nunca mais tive outra manhã tão linda.

Virgínia Vitorino [1895-1967]






A Lei Maria da Penha em Cordel.

terça-feira, 28 de junho de 2011

UMA POESIA DE FLORBELA ESPANCA




ORAÇÃO DE JOELHOS

Bendita seja a mãe que te gerou!
Bendito o leite que te fez crescer!
Bendito o berço aonde te embalou
A tua ama pra te adormecer!

Bendito seja o brilho do luar
Da noite em que nasceste tão suave,
Que deu essa candura ao teu olhar
E à tua voz esse gorjeio d’ave!

Benditos sejam todos que te amarem!
Os que em volta de ti ajoelharem
Numa grande paixão, fervente, louca!

E se mais, que eu, um dia te quiser
Alguém, bendita seja essa mulher!
Bendito seja o beijo dessa boca!

Postado por Fernando Caldas

segunda-feira, 27 de junho de 2011




Por Celina Marinho [Do Facebook de Themis Marinho]

Falar sobre Djalma Marinho, meu pai, é sempre uma emoção grandiosa que toma conta de mim. Cada dia que passa, sinto um privilégio imenso de ter convivido e conhecido tão de perto uma criatura única!
A história política brasileira foi marcada por esse homem sensível e corajoso. Não se pode negar sua passagem ímpar. Djalma, mesmo sendo g...rande, era simples e suas atitudes, em momentos tão delicados, mostravam que ele era um liberal democrata, que amava a justiça e acreditava em um parlamento forte.
Para mim, sua filha caçula, o momento mais marcante foi na ocasião da renúncia à presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados – que hoje tem seu nome -, quando citou a frase de Pedro Calderón de La Barca, dramaturgo espanhol, “ao rei tudo, menos a honra”, em discurso realizado ao plenário da Câmara relacionado ao pedido de licença para cassação do mandato do Deputado Márcio Moreira Alves. Logo após esse corajoso discurso, o líder do então MDB, Deputado Martins Rodrigues exclamou: “de pé, para aplaudir um homem!”, no que foi prontamente atendido pelas galerias da Câmara, entoando o Hino Nacional. Mesmo muito jovem, fui tomada por um sentimento de orgulho e felicidade com essa manifestação única, de tamanha comoção. Percebi, então, que meu pai – sim, esse era o meu pai! -, fazia a diferença na política do Brasil e sua perda continua, ainda, sendo sentida.
Como pai, ele foi a primeira pessoa que me falou sobre a força do perdão e olhar o próximo com compaixão. Ele dizia ser preciso respeitar as diferenças, lembrando que o homem é apenas um ser vulnerável. Cresci dentro desse contexto, o que me fez e faz sempre buscar ser uma pessoa melhor.
Márcio Marinho, meu irmão, se vivo estivesse diria: “ele é grande e nas suas mãos eu me seguro”.
Minha irmã Hebe sempre diz: “Meu pai era sábio, amoroso, amigo, presente, sempre com a palavra certa no momento que dela precisávamos. Valorizava a amizade, a fé e a crença em Deus e nas pessoas. Com a voz mansa falava com serenidade sobre a ética, amor, vida, igualdade e solidariedade. Nosso pai era humano e humanitário.”
Minha irmã Tânia costuma lembrar que, todas as vezes que nosso pai a visitava, ela sentia uma “enorme vontade de jogar um tapete vermelho com pétalas de rosa e depois se jogar em seus braços protetores”.
Valério, também meu irmão, diz: “falar sobre meu pai é como falar de um rio de águas azuis e transparentes, onde sempre procuramos dessedentar nosso sofrimento, buscando a proteção contra todos os males”.
Minha filha Daniela diz que seu avô era simplesmente “tudo para ela, pois agia como avô, herói, confidente, parceiro de peraltices e brincadeiras. Enfim, sua total referência de família e um amigo com quem sempre podia contar”. Ela afirma que sua convivência com ele, conquanto tenha sido breve, porque a morte do avô tenha ocorrido aos seus oito anos, foi de tal maneira tão especial que se tornou eterna, não havendo um dia sequer em todos esses anos que não o tenha lembrado com um enorme carinho no coração.
Ilce, sua neta e minha sobrinha, diz que “"embora não tenha convivido muito com vovô Djalma, já que morávamos em cidades diferentes, ele em Brasília e eu em Natal, tinha por ele um sentimento especial, misto de amor, admiração, carinho e respeito. Sua riqueza cultural me fascinava.
A nação brasileira reconhece que seus padrões morais e intelectuais eram elevados. Sua nobreza também refulgia na família. Ele foi um exemplo de esposo, pai e avô. Sua lembrança enternece-me o coração, reaviva a consciência de minha identidade familiar e impulsiona-me a honrar o privilégio de ser sua descendente."
Meu pai tinha um coração sempre aberto para nos acolher. Compreendia, como ninguém, a natureza humana e sua fragilidade, sempre com uma palavra para desculpar desvios ou ingratidões. Era, sem dúvida, um homem que se reinventava com os netos e tudo fazia para concretizar ou, ao menos, não destruir os sonhos daquela geração. Não fazia distinção para com seu amor. Quando em momentos de vitórias delas compartilhava, valorizando a todos indistintamente e naqueles de infortúnio procurava assumir a dor para suavizar a dos outros.
Este era o meu pai, Djalma Aranha Marinho.


Postado por Fernando Caldas



Por Cristina Costa

Sou tudo,
E ao mesmo tempo
Sou quase nada.
Desfaço-me e refaço-me.

Tenho sonhos
Maiores que eu.
Tenho medos, maiores que eu,
Mas menores que os meus sonhos.

Leio muito, escrevo muito,
Mas na verdade
Às vezes preciso de solidão,
Para me encontrar.

Sou mulher
Com coração de menina.
Amo, incondicionalmente.
Perco-me em abraços, sorrisos, beijos, poesias.

Tenho de verdade
apenas os meus sentimentos.
Ainda não sou
aquilo que sonhei ser.

Sinto tanta,
mas tanta saudade!
Até do que nunca tive.
Ás vezes até de mim.

Sou intensa, sou mãe,
Sou menina, sou mulher.
Sou tudo aquilo
que me disponho a fazer!

Falando de fé e de gratidão

Por *João Celso Neto

O poeta norte-rio-grandense Jorge Fernandes, em momento de bela inspiração, escreveu:

Deus lembrou-se de mim, lembrou-se
ungindo-me de bondade e de amor!
Martirizou-me pra tornar-me santo
E deu-me asas pra fugir da dor....”

O poeta não imaginava o quanto e a quantos iria descrever naquela pequena estrofe (consta ser um fragmento de um poema maior), inclusive a mim, que não o conheci. Os versos, possivelmente, foram escritos antes de meu nascimento.

Longe de mim querer me tornar santo (no meu livro de cabeceira, Orações de Poder IV, tem uma prece, “Oração de quem se sente envelhecer”, que diz: “Guardai-me razoavelmente “doce”; não quero ser um santo – é tão difícil conviver com alguns santos! –“), mas não posso nem devo negar que Deus continua me dando asas para escapar dos momentos menos felizes, estes, caminho que necessito trilhar na busca da evolução espiritual e remissão dos erros passados.

Dou a isso o nome de fé inabalável. Confiança total, entrega incondicional. Jamais esqueço daquela oração em que alguém reclama do Pai “poxa, sempre vi seus passos juntos aos meus,mas na hora em que mais necessitei, não vi seus passos”, e ouviu como resposta: “naquela hora, eu te carreguei nos braços”.

Outra coisa que aprendi é que devo agradecer pela graça divino desde o momento em que minha petição foi recebida. Está tramitando, e será provida na hora certa, quando me for mais útil, quando eu estiver pronto para usufruir do bem que pretendo alcançar, se é que eu tive méritos para tanto. Deus é que sabe se eu mereço, quando mereço, o quanto mereço.

Ainda daquele livro de preces, da “Oração universal”, extraio esta minha profissão de fé e reconhecimento: “Senhor, quero o que quereis, porque o quereis, como o quereis e quanto o quereis” (ah, como repete o Pai-Nosso com o “seja feita a Vossa vontade”). E acrescento “se o quiserdes e quando o quiserdes”.

Superei todas as minhas maiores agruras com a fé. Recuperei bens que pareciam perdidos e que tinham enorme importância para mim. Deus lembra-se de mim a cada dia, e eu não me esqueço nunca de procurar fazer tudo o que Seu filho Jesus nos ensinou.

[Artigo do seu blog Falando o que penso, escrito em 11.12.2010]

*João Celso Neto é poeta potiguar do Assu, advogado previdenciário em Brasília-DF. 

domingo, 26 de junho de 2011

Willy Gurgel é poeta glozador do Açu, colecionador das estórias e dos causos do povo açuense.

Hino do Sesquicentenário do Assu - 1995

BANDEIRA MUNICIPAL DE ASSU

Música : Franciso Elion Caldas Nobre ( Chico Elion)
Letra: Maria Aldenita de Sá Leitão Fonseca de Souza

Obrigado Assu pelas paisagens,
Pelos feitos heróicos de outrora,
Pelo verde que brota nas margens,
Do teu rio ao romper da aurora.
Ao terceiro milênio confiante,
Levarás em teus ombros a glória,
De ser pátria das letras vibrante,
Com o teu nome gravado na história.
O petróleo da terra jorrando,
O algodão lembra paz de oração,
Carnaúba poesia inspirando,
Terra de frutos para exportação.
As estrelas mais resplandecentes,
No teu céu brilham mais com fulgor,
São as rimas tão doces e ardentes,
Dos poetas falando de amor.
Nesta data brilhante e festiva,
Bem marcada no teu calendário,
Com teus filhos de voz sempre altiva,
Parabéns pelo SESQUICENTENÁRIO.
ASSU minha terra, meu berço,
Minha ODE, minha canção,
ASSU de todo um povo,
Um pedaço do meu coração.

Postado por Fernando Caldas

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...