sexta-feira, 23 de agosto de 2013
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
HOMENAGEM
TERCEIRO...
Agosto, 22 é o seu dia,
Não poderíamos esquecer.
Tua expressão de alegria
Ostentada ao nos rever,
Norteava nossas mentes,
Inanimava até doentes,
Orgulhava o nosso viver.
Tu, meu amigo TERCEIRO,
Eras nosso avô, pai e irmão...
Reto, acolhedor, verdadeiro,
Caridoso, fervoroso cristão.
Excessivo na honestidade,
Inigualável em uma decisão...
Relembramos, com saudade,
O nosso viver e... Separação.
Não poderíamos esquecer.
Tua expressão de alegria
Ostentada ao nos rever,
Norteava nossas mentes,
Inanimava até doentes,
Orgulhava o nosso viver.
Tu, meu amigo TERCEIRO,
Eras nosso avô, pai e irmão...
Reto, acolhedor, verdadeiro,
Caridoso, fervoroso cristão.
Excessivo na honestidade,
Inigualável em uma decisão...
Relembramos, com saudade,
O nosso viver e... Separação.
Ivan Pinheiro.
Em tempo: A exemplo do poeta assuense Edivam Bezerra presto minha homenagem, através destes versos em forma de acróstico, ao grande amigo Terceiro na data do seu nascimento.
Postado por Ivan Pinheiro Bezerra
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Campus de Assu inicia atividades de Mestrado Profissional em Letras
O Campus Avançado Prefeito Walter de Sá Leitão (CAWSL) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) promoveu nesta terça-feira (20), a Aula Inaugural do Curso de Mestrado Profissional em Letras (PROFLETRAS). A solenidade aconteceu no Auditório do Campus.
Os
trabalhos foram coordenados pela Unidade Assu do Programa de
Mestrado Profissional em Letras (PROFLETRAS), em
conjunto com a Direção do Campus e a Chefia do
Departamento de Letras. Na oportunidade foi proferida conferência
pela Professora Doutora Marlucia Barros Lopes Cabral, campus da
UERN/Assu.
O primeiro dia de atividades em sala de
aula será nesta quinta-feira (22), das 7h30 às 12h40, com a
disciplina Elaboração de Projetos e Tecnologia Educacional,
ministrada pela Professora Doutora Risoleide
Rosa. A coordenação do Profletras no
Campus de Assu é da Professora Doutora Cássia de Fátima Matos dos
Santos.
O Programa de Mestrado Profissional em
Letras (Profletras) oferecido em rede nacional, é um curso de
pós-graduação stricto sensu que conta com a participação de
instituições de ensino superior públicas no âmbito do Sistema
Universidade Aberta do Brasil (UAB) e é coordenado pela Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O programa tem como objetivo a
formação de professores do ensino fundamental no ensino da língua
portuguesa em todo território nacional.
A
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) é uma das
instituições associadas. A UERN foi contemplada com 60 vagas
distribuídas da seguinte forma: 30 vagas para o Campus de Pau dos
Ferros; 20 vagas para o Campus Central, em Mossoró; e 10 vagas para
o Campus de Assu.
Os aprovados
e que integram a primeira turma do Profletras no Campus de Assu são:
Cleber Luiz de Sousa Lima, Maria Marcleide da Cunha, Ana Lígia
Ferreira Oliveira de Morais, Antônio Loureiro da Silva Neto,
Alvanira Leal Gondim, Poliana Carla da Silva Rocha, Maria de Jesus
Melo Lima, Ana Bartira da Silva Moura, Kelly Cristina da Silva,
Priscila do Vale Silva Medeiros.
Alderi Dantas
SAUDADES
ACRÓSTICO A UM AMIGO
A h! quanta saudade
N essa data lembro o aniversário teu
T antas alegrias, tanta caridade
O ra sei que alegras a Deus
N o lugar supremo onde os bons entram
I ncansavelmente os anjos lhes contemplam
O fuscando ao alto, acendendo os céus
T antos momentos e recordações
E ntre desafios e vitórias
R emarcando sempre nossos corações
C om sorrisos altos e histórias
E ntre muitos amigos, emoções
I mpetuoso rumavas as glórias
R estando a mim dizer em orações:
O brigado amigo, Vives nas memórias!
Poeta Edivam Bezerra
Postado por Ivan Pinheiro Bezerra
"54% OFF em Ingresso no CAMAROTE para o Show Agnaldo Timóteo Canta Roberto Carlos no Teatro Riachuelo (De R$ 140 por apenas R$ 64,90)"
- 54% OFF em Ingresso no CAMAROTE para o Show Agnaldo Timóteo Canta Roberto Carlos no Teatro Riachuelo (De R$ 140 por apenas R$ 64,90)
- Cupons Ilimitados
- Parcelamento em Até 12x
- No show, Agnaldo Timóteo vai cantar músicas de sua autoria e de artistas como: Moacir Franco, Ângela Maria, Nelson Ned, Nelson Gonçalves e também sucessos do Roberto Carlos.
- Agnaldo Timóteo iniciou sua carreira cantando em programas de calouro na rádio de Caratinga, Governador Valadares e Belo Horizonte. Mudou-se para o Rio de Janeiro, passando a trabalhar como motorista da cantora Ângela Maria. Enquanto isso, continuava sua carreira e aos poucos tornou-se conhecido nacionalmente pela sua voz. Ficou famoso ao gravar a canção Meu Grito, de Roberto Carlos. Depois disso vieram vários sucessos românticos, como Ave-Maria, Mamãe e Os Verdes Campos De Minha Terra. De lá para cá, gravou mais de 50 álbuns.
- Agnaldo apresentou-se no último dia 23 de Julho na Jornada Mundial da Juventude, que recebeu o Papa Francico, no Brasil. O cantor avalia que a apresentação foi o melhor momento de sua carreira e um dos mais especiais de sua vida. "Fiquei honrado e emocionado com o convite”.
Regulamento
- Use o seu cupom exclusivamente no dia 23 de agosto, 2013, às 21
- Válido exclusivamente para CAMAROTE (sentado)
- Retire o ingresso na bilheteria do Teatro Riachuelo, nos dias 22 e 23 de agosto de 2013, das 14h às 20h
- Retire seu ingresso na bilheteria, apresentando o cupom impresso, nominal, e o RG
- Abertura dos portões: 19h
- Classificação: 16 anos
Parceiro
Inaugurado em 9 de dezembro de 2010, em Natal, no Rio Grande
do Norte, o Teatro Riachuelo abriu suas cortinas pela iniciativa do
Grupo Guararapes e sob a direção do seu presidente Nevaldo Rocha, dentro
do complexo de compras e lazer Midway Mall, que também pertence ao
Grupo.
A estrutura, equipada para ser aplaudida de pé, conta com mecanismos cênicos de alto padrão, carimbando o novo espaço cultural como o maior do Nordeste. O empreendimento contou, em sua fase de construção, com a atuação de alguns dos melhores especialistas do País e foi projetado para se tornar referência no contexto nacional, acompanhando a visível modernização da região, que agora entra na rota dos grandes espetáculos em turnê pelo país. Os potiguares terão ao seu alcance um espaço versátil, que permite receber desde peças teatrais e apresentações de dança, até musicais e grandes shows internacionais.
A sala de espetáculos que comporta até 1.504 espectadores em seus diversos setores – platéia, camarotes, frisas e balcão nobre – pode, em outro formato, receber até 2.495 pessoas. Ao serem retiradas as poltronas, a platéia se transforma num grande salão, adaptável para servir de cenário a outros tipos de eventos, empresários ou artísticos. Suas dependências contam ainda com chapelaria, loja, bar, total acesso para pessoas portadores de necessidades especiais, duas salas de convenções com capacidade para 70 e 40 pessoas, além de ambientes para eventos menores e coquetéis.
A localização, dentro de um Shopping Center, garante ainda mais segurança e conforto ao público. Além da comodidade de estar próximo a lojas variadas, salas de cinema, livraria, cafés e um amplo estacionamento com 4.000 vagas, tem à sua frente, quatro dos melhores restaurantes da cidade. Desta forma, o Teatro Riachuelo completa o quadro de opções de entretenimento e serviços oferecidos pelo Midway Mall.
Shopping Midway Mall - Piso L3
Tirol - Natal - RN
Tel.: (00) 0000-0000
A estrutura, equipada para ser aplaudida de pé, conta com mecanismos cênicos de alto padrão, carimbando o novo espaço cultural como o maior do Nordeste. O empreendimento contou, em sua fase de construção, com a atuação de alguns dos melhores especialistas do País e foi projetado para se tornar referência no contexto nacional, acompanhando a visível modernização da região, que agora entra na rota dos grandes espetáculos em turnê pelo país. Os potiguares terão ao seu alcance um espaço versátil, que permite receber desde peças teatrais e apresentações de dança, até musicais e grandes shows internacionais.
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Teatro Riachuelo
Av. Bernardo Vieira, 3775Shopping Midway Mall - Piso L3
Tirol - Natal - RN
Tel.: (00) 0000-0000
roteção contra doenças são essenciais para os brasileiros com mais de 50 anos
Postado por:
Equipe Terceira Idade
| Em:
Vivendo com Saúde
Pesquisa revela o que a população considera fundamental para envelhecer com saúde e autonomia.
Ter imunidade contra doenças é prioridade para 34% dos brasileiros com mais de 50 anos, de acordo com pesquisa inédita realizada pelo Ibope. O levantamento, realizado em março de 2012, ouviu 2.002 pessoas, em todas as regiões País, com o objetivo de avaliar o que os brasileiros consideram fundamental para envelhecer de forma saudável e autônoma.
Defesa contra doenças
O processo de envelhecimento pode debilitar o sistema imunológico e para manter seu funcionamento adequado e evitar a ocorrência de doenças, uma alimentação balanceada e nutritiva é essencial. “Com o consumo regular de frutas, verduras, cereais e carnes magras, o corpo consegue grande parte dos nutrientes necessários para uma vida saudável. O uso de suplementos vitamínicos complementa a dieta e potencializa os nutrientes dos alimentos, reforçando o sistema imunológico”, explica a nutricionista Evie Mandelbaum.
Muitas pessoas consideram que uma boa alimentação está ligada à quantidade, quando, na verdade, a alimentação saudável está relacionada à escolha de alimentos nutricionalmente ricos e dentro da proporção correta dos grupos alimentares, o que dificilmente ocorre no dia a dia.
O bom funcionamento do sistema imunológico depende de uma alimentação rica em nutrientes como zinco, ferro, manganês, cobre e vitaminas A, C e E, que também podem ser obtidos por meio da suplementação, como a proporcionada por Centrum Select.
Sobre Centrum Select
Centrum Select é um suplemento vitamínico completo de A a Zinco que contém doses extras de micronutrientes antioxidantes: as vitaminas A, C e E, os minerais cobre, cromo, manganês, molibdênio e selênio e o bioativo luteína. Sua fórmula foi especialmente desenvolvida para atender às necessidades nutricionais das pessoas acima de 50 anos, potencializando o aproveitamento das vitaminas e minerais pelo organismo, protegendo as células dos danos causados pelos radicais livres.. Quando tomado regularmente, as vitaminas e minerais presentes em sua fórmula ajudam a suprir as prováveis deficiências nutricionais que a dieta ou outras condições biológicas podem originar. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis. Centrum Select o multivitamínico mais vendido do mundo para pessoas acima de 50 anos.
1931 – O GRANDE HIDROAVIÃO DO X EM NATAL
Publicado em por Rostand Medeiros
ESTA ERA A MAIOR AERONAVE EXISTENTE E ESTEVE EM NATAL PELA IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DESTA CIDADE PARA A AVIAÇÃO MUNDIAL
Autor – Rostand Medeiros
Claudius Dornier certamente é um dos mais ilustres engenheiros
aeronáuticos da história da aviação mundial, colocando seu sobrenome em
toda uma série de empresas e aeronaves construídas entre 1912 a 2002.É inegável para aqueles que estudam a história da aviação mundial que o nome de Dornier é muito associado com o chamado projeto X, o projeto de um enorme hidroavião e a maior aeronave do mundo da sua época.
Apesar dos nove anos de esforço, de ser uma impressionante maravilha aérea, infelizmente o DO-X foi sob muitos aspectos um grande fracasso. Mas isso não impediu que um dia este gigante dos ares houvesse amerissado nas calmas águas do Rio Potengi, na cidade de Natal, uma das mais importantes e estratégicas regiões para a aviação mundial no período inicial do seu desenvolvimento.
Esta é a sua história!
Um Grande Engeneiro
Nascido em Kempten, na Alemanha, em 14 de maio de 1884, Claude (ou Claudius) Honoré Desiré Dornier era filho de um francês, importador de vinhos, e de uma dona de casa alemã. Logo ficou claro a sua inteligência e capacidade, onde se percebeu o seu gosto pela ciência. Depois Dornier se destacou como um grande designer e empresário, mas igualmente como um verdadeiro acadêmico. Menos óbvio, mas igualmente importante, está na sua percepção política para conseguir sobreviver, mas também prosperar em uma Alemanha derrotada na Primeira Guerra Mundial, as restrições do Tratado de Versalhes, a má gestão predatória da era nazista e a segunda derrota alemã em 1945.
Dornier graduou-se em 1910, com distinção, na Technische Hochschule, de Munique, e foi contratado pela empresa fabricante de dirigíveis Zeppelin, onde sua experiência com estruturas metálicas foi inestimável.
Impressionado com o jovem, o conde Ferdinand Graf von Zeppelin autorizou que uma instalação especial, em Seemoos, as margens do Lago Konstanz, fosse utilizada por Dornier para o desenvolvimento de hidroaviões. Lá, em janeiro de 1915, Dornier construiu o Zeppelin-Lindau Rs 1, um hidroavião trimotor, com estrutura metálica, tendo 43 metros de envergadura e pesando 10.500 toneladas. Infelizmente este aparelho foi danificado antes que pudesse voar.
Dornier completou mais três grandes hidroaviões antes do final da Primeira Guerra. Nenhuma destes pássaros se tornaram aviões de combate, mas cada um deles aprimorou a fórmula clássica de grande parte das futuras aeronaves desenvolvidas por Dornier.
Após a derrota na guerra veio a proibição da Alemanha de construir aviões de grande porte.
Em 1919, Dornier transfere suas operações para Manzell, Suíça. Lá ele projetou o famoso hidroavião bimotor Dornier DO-J Wal (baleia), que voou pela primeira vez em 12 de novembro de 1922. Devido a outras restrições do pós guerra, Dornier foi forçado a se estabelecer na Itália, onde funda a empresa S.A.I. di Costruzioni Mecchaniche i Marina di Pisa, com a intenção de produzir comercialmente o Wal.
O hidroavião foi tão bem sucedida em termos de vendas que 320 unidades foram construídas, incluído as fabricadas sob licença pela Kawasaki no Japão, Aviolanda na Holanda, CASA na Espanha e em 1933, após os abrandamentos das restrições de fabricação de aeronaves, pela própria empresa Dornier Flugzeugwerke, com sede em Friedrichschafen, na Alemanha.
O Grande DO X
Em 1924, ainda quando Claudius Dornier se encontrava na Suíça, teve início os estudos que culminariam no hidroavião DO-X. Mais de 240 mil horas de trabalho vão ser gastas pelos próximos cinco anos para criar a maior aeronave de sua época. Para Walter J. Boyne, piloto e coronel reformado da United States Air Force, no seu trabalho intitulado “The Dornier DO-X: What Might Have Been” (2011), foi durante este período que Dornier perdeu o controle do projeto em termos de peso e arrasto.
Embora fosse um gênio na arte de estruturas leves, onde aprendeu mais ainda quando estava junto a Graf von Zeppelin, usando a sua famosa combinação de aço e duralumínio, Dornier parecia atacado por um complexo de “Art Deco aeronáutico”. Ele viu o DO-X não tanto como um hidroavião, mas como um verdadeiro “Palácio voador sobre os oceanos”, tendo o projeto se tornado estruturalmente complexo, excessivamente ornamentado e aeronauticamente complicado. Logo o DO-X recebia internamente três níveis. O mais alto foi dividido em cinco compartimentos para os 12 ou 14 tripulantes (formado pelos pilotos, navegadores, homens de rádio e engenheiros).
O segundo pavimento foi ricamente equipado para o luxo e requinte dos ricos passageiros e com área para transportar suas volumosas e pesadas bagagens. Neste pavimento o DO-X possuía quartos de dormir, quarto para fumantes, um bar, banheiros, uma cozinha, um elegante salão que também poderia ser convertido em uma área para receber berços de dormir durante os voos noturnos e uma sala de jantar. A terceira plataforma foi utilizada para o armazenamento de combustível, de lastro, de óleo e de equipamentos.
Conhecido na Alemanha como Flugschiff (navio voador), possuía uma envergadura de 48 metros, uma área de asa com 450 m² e havia sido projetado para transportar 66 passageiros em voos de longa distância, ou 100 passageiros em voos curtos. As asas eram tão largas que permitia a passagem de engenheiros por dentro delas, para que eles alcançassem os motores em voo através de escotilhas de acesso.
Dornier tinha alcançado seu objetivo de construir o maior avião do mundo, mas infelizmente, na medida que o peso e o arrasto aerodinâmico do DO-X cresciam, consequentemente diminuía a potência disponível pela quantidade dos motores inicialmente idealizada. Como resultado foram acrescentados mais e mais motores, chegando a um total de 12. Para piorar a situação o engenheiro Dornier não pode dispor dos motores que desejava. O novo monstro alado pesava vazio mais de 28 toneladas (o mesmo peso de um Boeing 737-100). Dornier tinha a esperança de adquirir 12 motores americanos mais potentes, mas teve que se contentar com doze motores radiais Siemens-Halske, de 525 cavalos de potência. Assim, desde o início, ele tinha um total de 6.300 cavalos de potência disponíveis, em vez de dos 7.680 cavalos de potência que ele havia planejado.
Apesar de tudo isso, em 12 de julho de 1929, aquele hidroavião nada convencional decolou do Lago Konstanz, realizando o primeiro dos seus 239 voos.
Logo tudo que se relacionava ao DO-X recebeu uma grande atenção da imprensa mundial. Em 21 de outubro de 1929, o DO-X fez um voo recorde com 169 pessoas a bordo. Por esta época já tinham sido realizados quase 35 horas de testes, estes revelaram que os motores Siemens eram inadequados. Para sorte de Dornier os americanos da fábrica Curtiss finalmente entregaram seus motores modelo “Conqueror” para serem instalados no DO-X.
Mesmo com os novos motores, ficou patente que o grande hidroavião alemão não havia alcançado as metas desejadas para velocidade e altitude. Mesmo assim foi lançada uma turnê internacional de vendas. Dornier selecionou para comandar o DO-X o Kapitänleutnant Frederick Christiansen, um ás da Primeira Guerra Mundial, detentor da medalha “Blue Max”, com treze vitórias oficiais e oito não confirmados no seu currículo de aviador de combate da marinha germânica.
O Grande “Raid” do DO X
Em 3 de novembro de 1930 o DO-X voou do Lago Konstanz para Amsterdã (Holanda), Southampton (Inglaterra), Bordeaux (França), Santander e Catalunha (Espanha) e Lisboa (Portugal).
Tudo correu bem até a chegada a Lisboa, quando ocorreu um grave dano. A lona do revestimento da asa esquerda, em contato com um tubo de escape quente, deu início a um incêndio que destruiu grande parte da asa e foram necessários seis semanas para finalizar os reparos. Os alemães passaram o natal e a chegada do novo ano de 1931 na capital portuguesa e este seria o primeiro de uma série de incidentes.
Quando a nave estava finalmente reparada ela partiu ás 8:30 da manhã de 31 de janeiro. Diante de uma multidão de lusos o DO-X percorreu durante dois minutos, com potência máxima dos motores, as águas do Rio Tejo e decolou. Transportava seis passageiros, treze tripulantes e 800 libras de mala postal, seguiu a uma atitude média de 200 metros, com o voo prosseguindo até as Ilhas Canárias, onde chegam depois de seis horas e meia de viagem.
Na sequência, houve graves danos na aeronave durante uma tentativa de decolagem, exigindo mais noventa dias de reparação. Durante este tempo foi imposto uma drástica redução de peso para melhorar a capacidade de decolagem, com todos os móveis pesados sendo jogados para fora e a equipe de voo sendo obrigada a se livrar de seus bens pessoais, até de suas navalhas. Além disso veio do Brasil um veterano piloto alemão chamado Rudolf Cramer von Clausbruch, que atuava na empresa aérea Sindicato Condor. Clausbruch sabia como aumentar o alcance de um hidroavião em travessias oceânicas. Ele voava rente as ondas do mar, não mais que 10 metros, utilizando o chamado efeito solo, situação onde a enorme asa do DO-X criava uma condição ideal.
As nove da manhã do dia 2 de maio de 1930, o grande hidroavião estava de novo no ar. Bordejaram a costa africana, Passaram pela colônia espanhola do Rio do Ouro (atual região do Saara Ocidental), por Dacar, então capital da África Ocidental Francesa (atual capital do Senegal), seguindo rumo sul em direção a ilha de Bubaque, no Arquipélago da Bijagós, na costa da então colônia portuguesa da Guiné (atual República da Guiné-Bissau). Neste local os aviadores alemães tiveram que esperar por mais quatro angustiantes semanas pelo tempo adequado, enquanto isso realizaram vários testes com a aeronave.
Com a confiança renovada na grande máquina alada, seguiram para Porto Praia, capital da então colônia portuguesa de Cabo Verde. Mas novamente ocorreram vários problemas devido ao peso, sendo abortadas várias decolagens. Finalmente no dia 4 de junho de 1931, sete meses depois de decolarem do Lago Konstanz, faltando seis minutos para uma da tarde, eles decolaram em direção ao Brasil.
Consta que se o combustível ficasse muito baixo nos tanques, o DO-X realizaria uma escala em Fernando de Noronha, na época uma colônia penal, e depois o destino seria Natal.
Na bela Ilha de Fernando de Noronha
Desde o final de 1922 que a tropical capital potiguar, com seus pouco mais de 40.000 habitantes, já estava até que bem acostumada com o movimento de aviões e hidroaviões. Além da passagem de vários aviadores famosos, em voos atentamente acompanhados pela mídia mundial, os chamados “raids”, já havia na cidade representações de importantes empresas aéreas francesas, alemãs e norte americanas.
Natal era um grande ponto de apoio para a aviação mundial, contando com dois pontos principais para onde as aeronaves convergiam. Os aviões pousavam no chamado Campo dos Franceses, em uma área denominada Parnamirim, que em 1927 era apenas uma fazenda de um rico comerciante imigrado de Portugal e que morava no centro de Natal, vizinho a igreja de Nossa Senhora do Rosário. Já os hidroaviões amerissavam no Rio Potengi, que banha a capital potiguar. Era neste rio que a grande nave alemã iria descer dos céus.
Enquanto o DO-X não chegava a Fernando de Noronha, várias informações eram transmitidas para a imprensa brasileira. Durante o voo sobre o Oceano Atlântico, seguindo viagem tranquilamente a baixa altitude, o hidroavião viu e passou a cerca de 50 metros do navio francês “Massilia” e no final da tarde foi vista por outra nave francesa, o “Lutetia”. Coincidentemente ambos os barcos eram da Compagnie de Navigation Sud-Atlantique, em rota para o Brasil.
Foi igualmente informado pela imprensa que o cargueiro inglês “SS Thereza” avistou a nave aérea a 10 graus de latitude norte e 22 de longitude oeste.
Ocorre que o voo do DO-X da Guiné a Fernando de Noronha demorou mais de treze horas, sendo a travessia realizada a uma velocidade média de 95 milhas (cerca de 153 km/h), obrigando a amerissagem em Noronha.
O hidroavião amerissou diante da Vila dos Remédios, depois da meia noite do dia 5 de junho, em uma noite sem lua cheia que facilitasse a visualização. A operação demonstrou a capacidade do comandante Frederick Christiansen e do conhecimento local que Rudolf Cramer von Clausbruch possuía como piloto do Sindicato Condor. A nave ficou ancorada na baía de Santo Antônio, próximo das ruinas do antigo forte dedicado ao mesmo santo e de uma casa construída em 1927 e utilizada no apoio aos aviadores franceses, conhecida até hoje como “Casa da Air France”.
Depois de revisarem os motores, reabastecerem o hidroavião com 5.400 litros de gasolina, houve uma pausa para o descanso. A manhã do dia 5 estava nublada, fazendo com que a tripulação aguardasse o tempo abrir. Finalmente, depois do meio dia, a tripulação do DO-X transmitiu nas ondas de rádio de 39 metros uma mensagem para a estação rádio do Sindicato Condor em Natal, eles estavam a caminho.
Enfim na Capital Potiguar
Em Natal, como era normal durante a passagem dos grandes “raids” e da chegada de algum hidroavião incomum nas águas do Potengi, a cidade parou esperando o DO-X. E o DO-X era tão somente o maior engenho aéreo do mundo no seu tempo.
Na sexta feira, 5 de junho de 1931, o comércio local fechou as portas ao meio dia, sirenes em fábricas e as que existiam nos cinemas “Royal” e “São Paulo”, tocaram informando a saída da aeronave de Fernando de Noronha e as ruas passaram a ficar bastante movimentadas.
A pequena, mas influente colônia alemã em Natal, se concentrou na sede da empresa Sindicato Condor, que estava embandeirada com flâmulas com as cores do Brasil e da Alemanha. Até o representante em Nova York da empresa Dornier Flugzeugwerke estava na capital potiguar. Havia em Natal jornalistas de periódicos do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Pernambuco.
Eram duas horas da tarde quando se ouviu o ronco da aeronave. Como sempre ocorria nestas ocasiões sinos repicaram, muita gente aplaudia, fogos de artifícios foram disparados e grande parte da população natalense estava as margens do Rio Potengi.
A aeronave surgiu primeiramente sobre o bairro de Petrópolis, depois evoluiu sobre a cidade durante dez minutos, ostentando as grandes letras negras de registro “D 1929”.
Segundo os jornais, para deleite da população natalense concentrada as margens do Rio Potengi, a nave realizou um voo a baixa altitude desde a foz do rio, seguindo em direção a antiga ponte de ferro sobre o Rio Potengi, sobrevoando-a enquanto perdia altitude para amerissar. Tocou tranquilamente a então limpa água do rio na altura da área de “Refoles”, onde existia a estação de rádio da Marinha do Brasil e os franceses tinham na época uma base de hidroaviões (hoje se encontram as instalações da Base Naval de Natal). A partir daí, lentamente, a nave deslizou sobre o calmo rio em direção a uma pesada e firme boia de atracação de 700 quilos de peso, colocada no meio do rio pela “Inspectoria do Porto de Natal”, próximo ao lugar denominado “Volta do Periquito”.
O DO-X trazia na popa uma grande bandeira tricolor preta, branca e vermelha. Era a antiga bandeira do Império Alemão, ainda adotada em cerimônias oficiais no exterior e que dois anos depois seria abolida para a utilização da famigerada bandeira nazista.
A 500 metros da boia seus motores, menos um deles, foram desligados e com extrema demonstração de perícia para o público presente, o grande hidroavião encostou no artefato de atracação sem problemas. Logo vários barcos encostaram trazendo autoridades, jornalistas e membros da colônia alemã.
Para surpresa de muitos natalenses, um dos tripulantes do DO-X que surgiu era o conhecido almirante português Gago Coutinho. Em 1922, por pouco este aviador luso não havia amerissado em Natal, junto com seu companheiro Sacadura Cabral. Os dois intrépidos portugueses realizaram naquele ano um voo épico que ligou Lisboa ao Rio de Janeiro em um simples hidroavião monomotor de fabricação inglesa. Logo o almirante Coutinho foi perguntado pelos repórteres o que achou de Natal, respondeu “-O que posso dizer, estou encantado”.
Coutinho não era o único não alemão a bordo. Avaliando o desempenho do DO-X para uma o possível compra pelo seu país, estava a bordo o major italiano Giacomo Brenta.
Enquanto uma guarnição da Força Pública tomava conta do hidroavião, o piloto do Sindicato Condor, Rudolf von Clausbruch, deixava o DO-X e partia para o Rio. Enquanto isso os aviadores europeus aproveitavam a hospitalidade da bucólica Natal. O comandante Frederick Christiansen, o almirante Gago Coutinho, o major Giacomo e outros dez tripulantes eram discretamente vistos em vários eventos e locais de Natal. Nunca estavam sozinhos, andavam sempre bem trajados e eram de uma fidalguia e de uma conduta pessoal verdadeiramente impecáveis.
Eles foram homenageados com um jantar na casa do rico comerciante de origem portuguesa Manoel Machado, onde o almirante português estava hospedado. Machado era o mesmo que doara o terreno para a construção do Campo dos Franceses.
No domingo, dia 7 de junho, a tarde, o comandante Christiansen e o 1º piloto Horst Merz, apreciadores do nobre esporte bretão e antigos peladeiros, foram assistir a uma partida de futebol no “Campo do Tyrol”, o que hoje chamamos de estádio Juvenal Lamartine.
Os aviadores estrangeiros estavam na tribuna de honra e presenciaram uma emocionante partida de nove gols que decretou a vitória do time do América F.C. sobre seu arquirrival ABC F.C., pelo placar de 5 a 4. A edição de terça feira, 9 de junho, do jornal natalense “A República”, comenta na terceira página que Christiansen e Merz ficaram extremamente impressionados com a qualidade do futebol apresentado e pela garra dos jogadores potiguares.
O 1ºpiloto Merz afirmou que “-Era impressionante uma pequena cidade possuir tão bons jogadores e com tanta qualidade”. Ao final os aviadores fizeram questão de cumprimentar cada um dos jogadores.
A Viagem Continua, mas um tripulante fica em Natal…
Passados alguns dias, como acontece em navios que visitam cidades, o DO-X foi aberto à visitação pública. Gago Coutinho esteve no Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte e na redação do jornal “A República”.
No dia 17 de junho, ás seis da manhã, foi a data marcada para a partida da grande aeronave, mas simplesmente, como já tinha acontecido antes, o pássaro não voou.
Depois de duas tentativas frustradas, com idas e vindas ao longo do Potengi, em meio a uma grande barulheira dos 12 motores do DO-X que acordou a sonolenta cidade, com o público natalense certamente achando aquilo tudo muito estranho e esquisito, o monstro alado foi levado para a região onde atualmente se encontra o prédio histórico da Rampa e o Iate Clube de Natal e colocado as margens do rio.
Na edição de 18 de junho de 1931, uma quinta feira, na primeira página está colocado que a causa do revés da decolagem do grande hidroavião foi a existência de prosaicas e pequeninas “ostras” incrustadas no fundo do casco do DO-X.
Provavelmente o que havia não eram ostras, mas cracas marinhas. Estes são crustáceos marinhos sésseis de vários gêneros, da ordem Thoracica, da classe Cirripedia, que quando adultos têm o exoesqueleto calcificado e composto por várias placas que definem uma forma cônica. As cracas escolhem normalmente rochas para viverem e se reproduzirem, mas podem fixar-se também a fundos de embarcações (onde causam estragos) ou a outros animais (por exemplo baleias). Mas sinceramente não sei o quanto estes animaizinhos poderiam impedir o gigantesco DO-X de decolar do Rio Potengi. Os jornais locais foram muito econômicos sobre este fato.
No jornal “Diário de Pernambuco”, edição de 18 de junho, página 2, o comandante Christiansen afirmou que “-Poderia decolar, mas achou conveniente fazer uma limpeza no casco”. Já o almirante Gago Coutinho, além de culpar os pequenos organismos marinhos, comentou que a falta de ventos e a “Pouca largura” do Rio Potengi, eram os vilões do problema. O comandante alemão decidiu testar novamente os motores do DO-X, realizando o que o jornal recifense classificou como um “passeio” ao longo do rio.
Em todo caso, no outro dia as cinco da manhã, o DO-X partiu de Natal para Salvador.
Não sei se por vergonha do que aconteceu no dia anterior, ou por pressa, mas pareceu aos natalenses que os aviadores da grande máquina decolaram com uma verdadeira velocidade de fugitivos, numa “Carreira igual daqueles que roubam” como se diz o dito popular. Pois simplesmente deixaram para trás um dos tripulantes.
Este fato inusitado está publicado na primeira página do jornal “A República”, edição de 19 de junho de 1931 e na página 3 do “Diário de Pernambuco”, do mesmo dia. O nome do pobre tripulante esquecido não foi mencionado, mas foi informado que logo ele seguiria pelas asas de um hidroavião do Sindicato Condor para Salvador.
É de se conjecturar onde este alemão estava para perder a hora da decolagem de sua aeronave e certamente o seu emprego. Vai ver que nos braços de alguma bela morena potiguar!
Em Outras Terras
O voo continuou para o Rio de Janeiro. O pouso na baía da Guanabara atraiu milhares de curiosos. Do Brasil, o hidroavião voou para os Estados Unidos, pousando em Nova York no dia 27 de agosto de 1931. Ali os motores Curtiss foram removidos e enviados para a revisão e a aeronave acabou ficando vários meses no atual aeroporto Fiorello La Guardia, onde se tornou uma atração turística.
O voo de regresso para a Alemanha partiu no dia 21 de maio de 1932, atravessando o Atlântico Norte e chegando a Berlim em 24 de maio, dessa vez sem maiores contratempos.
Infelizmente para a empresa Dornier Flugzeugwerke, os Estados Unidos estavam vivendo a chamada Grande Depressão, e não havia mercado com capacidade de absolver uma aeronave do tamanho do DO-X. O hidroavião passou para a empresa aérea Lufthansa, mas operou por pouco tempo.
Logo houve um pouso errado no sul da Alemanha e houve danos ao pássaro de metal. Reparado, o DO-X voltou para Berlin e passou a fazer parte do Deutsche Luftfahrt-Sammlung (museu da aviação) em Lehrter Bahnhof. Infelizmente, em novembro de 1943, o museu foi destruído por um pesado bombardeio da RAF e quase nada restou do DO-X.
Dornier fabricou mais dois hidroaviões Do-X, que foram vendidos ao italianos. Estes eram idênticos ao DO-X original, com exceção dos motores. O destino final dos dois aviões não é conhecido e provavelmente foram desmontados e sucateados silenciosamente. Um sucessor, o Do-XX, foi idealizado por Dornier, mas nunca avançou além do estágio de estudo de design.
Embora nunca tenha sido um sucesso comercial, o Dornier DO- X foi um pioneiro do seu tempo, que demonstrou o potencial de um serviço de transporte aéreo internacional de passageiros.
Fontes - http://culturaaeronautica.blogspot.com.br/2009/11/dornier-do-x-o-gigante-dos-anos-30.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Dornier_Do_X
O LIVRO DO FOTÓGRAFO JAECI GALVÃO
Publicado em por Rostand Medeiros
Para aqueles que gostam da história da capital potiguar (e creio que para grande parte da minha geração) certamente a maior referência quando se desejava conhecer como era Natal no passado, sempre foi contemplar o maravilhoso trabalho do fotógrafo Jaeci Galvão.
Não quero dizer que os trabalhos de Bruno Bougard, Manuel Dantas, João Alves de Melo e outros fotógrafos que clicaram a terra potiguar não merecem respeito e consideração. Longe disso. Apenas quero dizer que para mim, foi vendo o trabalho de Jaeci, que sonhei com uma Natal que não existe mais e não conheci.
O trabalho deste homem é de tal forma uma referência, que ao observarmos muitas das fotos antigas que ele realizou, contemplamos com maior nitidez a nossa história.
Agora o trabalho e a vida de Jaeci Galvão está em um maravilhoso livro, realizado pelo seu filho, o igualmente talentoso Fred Galvão. Intitulado “JAECI, O DIVINO DA FOTOGRAFIA”, a obra possui 278 páginas, com muitas fotos do trabalho de Jaeci Galvão junto a nossa sociedade, fotos históricas da cidade de Natal e instantâneos que mostram toda a vida de um homem que trabalhou buscando o melhor ângulo de uma cidade chamada Natal.
O lançamento de “JAECI, O DIVINO DA FOTOGRAFIA” ocorre nesta quarta feira, dia 21 de agosto de 2013, ás seis da noite, no tradicional Iate Clube de Natal. O valor do livro é de R$ 50,00.
Parabéns ao amigo Fred Galvão por “JAECI, O DIVINO DA FOTOGRAFIA”!
terça-feira, 20 de agosto de 2013
Documentário da UFRN traz história de Ponta Negra na voz de moradores
07/07/2013 13h04
- Atualizado em
08/07/2013 16h53
'Estrondo' foi produzido por alunos do curso de Rádio e TV da universidade.
Transformações do cartão-postal de Natal são relembradas no trabalho.
Felipe Gibson
Do G1 RN
Orientado pela professora Maria Ângela Pavan, o trabalho recebeu nota 10 da banca examinadora. As filmagens aconteceram entre março e abril deste ano. "A ideia surgiu pois sou nascido e criado em Ponta Negra, onde moro há 23 anos. Queria contar a história ouvindo a população, que nunca é ouvida sobre as intervenções urbanísticas feitas no bairro", explica Ygor Felipe.
Para reconstruir a vida do bairro nas últimas décadas, os estudantes ouviram moradores, pescadores e comerciantes, que acompanharam a transformação de uma região habitada por agricultores e pouco frequentada no lugar mais procurado pelos turistas que chegam à capital potiguar.
Ygor explica que em 50 anos o perfil da região mudou completamente. "Era um local isolado, onde só vinham veranistas na década de 1960. Quem morava na Vila de Ponta Negra [comunidade que fica no bairro] era agricultor na época de chuva, e quando não chovia, buscava a pesca para se manter", conta o estudante.
Antes pouco visitada, Ponta Negra se tornou cartão
postal da cidade (Foto: Reprodução/Documentário)
No documentário, moradores relembram a disputa pelas terras que estão
atualmente dentro da área da Barreira do Inferno, centro de lançamento
de foguetes da Força Aérea Brasileira (FAB) fundado em 1965. Os relatos
falam sobre a briga entre os agricultores de Ponta Negra e o empresário
Fernando Pedroza, irmão de Sílvio Pedroza, que foi prefeito de Natal e
governador do Rio Grande do Norte.postal da cidade (Foto: Reprodução/Documentário)
Estrondo narra ainda o processo de urbanização e o crescimento do turismo na região. Na praia, a atividade comercial cresceu com o tempo. "Quando os moradores perderam as terras, eles foram para a praia e até hoje vivem dela", conta Ygor. A retirada das barracas da beira da praia, a exploração comercial do Morro do Careca e a destruição do calçadão pelo avanço do mar também são lembrados.
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