sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Repare,
que cuscuz com leite quente
é melhor que muita gente.
-Bráulio Bessa
Via-Láctea
XIII
“Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto…
E conversamos toda a noite, enquanto
A via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”
E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas”.
– Olavo Bilac, do poema ‘Via-Láctea – XIII (1888), no livro “Antologia: poesias”. São Paulo: Martin Claret, 2002. p. 37-55: Via-Láctea. (Coleção a obra-prima de cada autor).
Ouça o poema “Ora (direis) ouvir estrelas!” – ‘Via-Láctea – XIII (Olavo Bilac) recitado por Juca de Oliveira


quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Anos 60

A década de 60 representou, no início, a realização de projetos culturais e ideológicos alternativos lançados na década de 50.




Podemos dizer que a década de 60, seguramente, não foi uma, foram duas décadas.

A primeira, de 1960 a 1965, marcada por um sabor de inocência e até de lirismo nas manifestações sócio-culturais, e no àmbito da política é evidente o idealismo e o entusiasmo no espírito de luta do povo.

A segunda, de 1966 a 1968 (porque 1969 já apresenta o estado de espírito que definiria os anos 70), em um tom mais ácido, revela as experiências com drogas, a perda da inocência, a revolução sexual e os protestos juvenis contra a ameaça de endurecimento dos governos.

Com o sucesso do rock and roll, o maior símbolo desta década foi Elvis Presley e seu rebolado frenético, e um dos filmes mais marcantes dos anos 60 foi Bonequinha de Luxo o lançamento do pretinho básico, estrelado por Audrey Hepburn .

As moças abandonavam as saias rodadas, e atacavam de calças cigarretes, e a grande novidade na moda era a minisaia.

Os tecidos apresentavam muita variedade, com estampas e fibras variadas, houve a popularização das sintéticas, além de todas as naturais.

Numa época em que a ficção científica aparecia nos livros e filmes dos beatniks, e em que era preparada a primeira viagem a Lua, tentava-se introduzir na moda elementos de visão utópica e tecnológica. Essa moda influenciou os designer, principalmente os franceses, no desenvolvimento de peças de vestuário e acessórios com placas laminadas, e sintético prateado.

Os cortes eram retos, minisaias, botas brancas com uma visão futurista. As roupas eram psicodélicas ( inspiradas em elementos da art-noveau do oriente, do Egito antigo) ou geométrico ou romântico.

As roupas unisex  ganharam força, e as camisolas sem gola. A mulher ousou usar roupas tradicionalmente masculinas, como smoking, e a lingierie alcançou mudanças proporcionando mais conforto no uso de calcinhas e meia calça, tanto para usar com a mini saia, quanto para dançar twist.

A maquilagem foi focada ao público jovem, os olhos eram marcados e os batons bem clarinhos. As perucas estavam em moda, a preços baixos e em vários modelos e tonalidades.

Os Beatles influenciaram a moda masculina no início da década, com paletós sem colarinho e o cabelo franja. Em Londres surgiram o paletó cintado, gravatas largas e botinas.

A silhueta ajustada no corpo e a gola role tornou-se um clássico no guarda-roupa masculino.

A opção dos sapatos era grande, com variedade de saltos, mas o sapato de salto mais grosso. Nos primeiros anos da década de 60, as bolsas ainda eram em estilo carteira, recebendo motivos e padronagens decorativas em couro ou sintético.

Algumas destas foram confeccionadas em tecido como o tweed e o tartan. O bambu e o acrílico forma muito usados para a estrutura das bolsas.


A imagem pode conter: comida

terça-feira, 22 de agosto de 2017

André Madureira "Antigas imagens em Cartões Postais".
Cartão postal com vista tomada para a então rua 13 de Maio(atual Frei Miguelinho).
A imagem desse postal, circulado em agosto de 1905, tem data entre julho e agosto desse ano.
Em 29 de junho de 1905 a cidade ganha, através do gás acetileno, o novo sistema de iluminação pública. Um dos trechos escolhidos pra primeiro receber o benefício era o da rua 13 de Maio.
Nesse postal aparecem os postes do novo sistema de iluminação instalados há poucos dias na cidade.
Aqui, além do carimbo do dr. Alberto Roselli, alguém escreve:
"Enviarei selos do Congresso Pan-Americano
Existem também cartões postais. Vocês querem?
Vocês os desejam obliterados assim como os selos, ou não?"
Fotógrafo: Não informado
Ano: 1905
A BARONESA DE SERRA BRANCA
Um filme de: Paulo Sérgio Sá Leitão
Imagens: Rodolfo Allen, Roberto Meira e Bruno Andrade Fotografia: Roberto Meira
Barão: Alysson Santos
Baronesa; Josyanne Talita 
Barão criança: Fabio Filho
Baronesa criança: Pietra Fernandes
O amor, quando se revela,
Não se sabe revelar.
Sabe bem olhar p'ra ela,
Mas não lhe sabe falar.
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente...
Cala: parece esquecer...
Ah, mas se ela adivinhasse,
Se pudesse ouvir o olhar,
E se um olhar lhe bastasse
P'ra saber que a estão a amar!
Mas quem sente muito, cala;
Quem quer dizer quanto sente
Fica sem alma nem fala,
Fica só, inteiramente!
Mas se isto puder contar-lhe
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe
Porque lhe estou a falar...
"Fernando Pessoa"

segunda-feira, 21 de agosto de 2017



ROSA DE TODOS OS MESES
Por João Lins Caldas.
Há de janeiro a dezembro
Lindas rosas prediletas.
Eu delas sempre me lembro
- São as rosas dos poetas.
Para alguns são Violetas
Para muitos malmequeres...
Há brancas, morenas, pretas,
- Estas rosas são mulheres.
Quem desfolha uma roseira
Um rosal desfolharia...
Dessas rosas, se eu pudesse,
Uma branca apanharia.
Uma só, que a vida inteira
Uma só me bastaria...
Se, porém, essa morresse
Meu rosal acabaria.
(Linda Flor/Assu, 1911)

(Pintura da assuense Martha Wanderley Salem. Imagem da linha do tempo/Facebook de Dóris Wcarvalho).
Nenhum texto alternativo automático disponível.
Seminário História e Memória da Fotografia Potiguar 
Casas do alto do Belo Monte, foto de Bruno Bourgard, uma das preciosidades do acervo do Instituto Tavares de Lyra trazida a público pelo historiador Anderson Tavares
Teatro de Cultura Popular Chico Daniel
19 AGO 2017

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

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Que época para se estar vivo! Seus feitos incríveis chegaram à primeira página, Fernando! Seus amigos sabiam qua você era capaz de fazer algumas coisas impressionantes, mas isso alcança um novo patamar. O mundo não é *grande o bastante para matérias assim sobre a sua vida. Sua personalidade contagiante e alma incansável são uma inspiração para todos.
Lembre-se de COMPARTILHAR sua primeira página agora mesmo!

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

A imagem pode conter: flor e texto

DISCURSO DO PRÊMIO ECONOMISTA DO ANO 2016

DISCURSO ontem (10/08) em nome dos homenageados na solenidade do CORECON realizada na Assembleia Legislativa do RN. Grande abraço!

Joacir Rufino de Aquino
(Natal/RN, 10/08/2017)

Excelentíssimo Deputado Carlos Augusto Maia, propositor desta Sessão Solene, Ilmo presidente do CORECON/RN, Ricardo Valério, Deputada Larissa Rosado e demais Deputados, Magnífico Reitor da UERN, Dr. Pedro Fernandes, em nome do qual saúdo todos os presentes, bom dia!

É com grande orgulho que estou aqui para falar em nome dos meus colegas economistas Roberto Máximo, Sérgio Aragão, Vera Guedes, Joani Brito e Antônio de Lisboa Batista, tendo em vista a nossa alegria ao receber o PRÊMIO DESTAQUE ECONÔMICO DO ANO 2016 (nas modalidades Economista do Ano e Notáveis Conselheiros).

Eu e meus colegas laureados somos de lugares diversos da geografia estadual, mas temos alguns traços em comum que nos unem. O primeiro deles, refere-se a origem de nossa formação em Universidades públicas, destacando-se a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), dois grandes patrimônios da população potiguar.

Nesse aspecto em particular, entendendo a importância da educação superior gratuita e de qualidade para nossa formação profissional, fico indignado com os ataques injustos desferidos recentemente contra nossa UERN. Como escrevi em artigo publicado na imprensa estadual há poucos meses, a nossa Universidade deve ser encarada não como um custo monetário, mas, sim, como um valioso instrumento de desenvolvimento, compreensão, que, felizmente, parece ser compartilhada pela maioria dos parlamentares dessa casa.

O segundo traço que nos aproxima está associado a luta cotidiana de cada um de nós para enaltecer a profissão de Economista nos diferentes ramos de atividade que atuamos, seja na Docência e na pesquisa acadêmica, seja na gestão empresarial, seja no planejamento e consultoria de negócios, seja na administração governamental e outras áreas afins.

Um terceiro traço que nos liga é o sentimento de gratidão ao CORECON-RN e a todos os colegas de profissão espalhados nos vários recantos do território potiguar, que apoiaram os nossos nomes para o recebimento dessa honraria em reconhecimento pelo trabalho que temos desenvolvido.

Diga-se de passagem que o voto que recebemos no inovador processo democrático aberto pela atual gestão do CORECON/RN, é, acima de tudo, uma atitude de confiança. Isso porque somos conhecedores que existem outros profissionais filiados ao Conselho que também são dignos de honraria e, com justeza, serão devidamente lembrados no momento oportuno.

Finalmente, um quarto traço que nos aproxima – a mim, ao Roberto, ao Dr. Sergio, a Vera, a Joani e a meu ex-professor e estimado amigo Lisboa Batista, é a perspectiva do otimismo a partir do planejamento técnico de longo prazo.

Sabemos que o Brasil e o Rio Grande do Norte atravessam um período de crise e incerteza. Mesmo assim acreditamos que o nosso estado apresenta grandes potencialidades econômicas, que vão muito além da Grande Natal, que podem funcionar como trunfos para gerar riqueza, emprego e qualidade de vida para os habitantes do solo norte-rio-grandense. Tais potenciais, contudo, só poderão ser despertados com ações governamentais bem planejadas.
  
Para tanto, como ensinou o ilustre economista nordestino Celso Furtado, é preciso conhecimento crítico sobre a socioeconomia regional, algo que tem sido produzido anualmente por professores e estudantes nos Cursos de Economia de Assú, Mossoró, Natal e Pau dos Ferros, necessitando apenas ser melhor aproveitado pelos agentes do poder público (Prefeituras e governo estadual) para guiar sua ação de forma mais racional e eficiente.

Aliás, peço licença aos meus colegas para lembrar, que essa era uma das grandes bandeiras do meu saudoso Mestre Arivaldo Torreão Diniz e também da nossa querida professora/Economista Joseney Rodrigues de Queiroz Dantas, do Campus de Pau dos Ferros/UERN, os quais nos deixaram precocemente e dedicaram a maior parte de suas vidas ao estudo dos caminhos para superar o subdesenvolvimento regional sem nunca abdicarem do sonho da construção de um futuro melhor para o nosso povo.

Para concluir, gostaria de agradecer em meu nome e em nome dos demais homenageados, aos nossos familiares, aos amigos, aos nossos Mestres, ao CORECON-RN, aos nossos estudantes, aos colegas de trabalho e a todos os profissionais de Economia potiguares pelo apoio e consideração. Dedicamos esse Prêmio à Vcs.

Muito obrigado!!

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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

"Assu dará um salto no desenvolvimento científico, social e econômico", comenta Fábio Faria

Internet mais veloz chegará ao município com o projeto Infovia Potiguar
O deputado federal Fábio Faria (PSD) comemora o resultado da audiência no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, onde foram assegurados R$ 15 milhões para a implantação do projeto Infovia Potiguar no interior do Rio Grande do Norte, incluindo municípios como Assu. "A chegada de internet de alta velocidade vai melhorar a comunicação, o acesso à informação e ao conhecimento. Assu dará um salto no desenvolvimento científico, social e econômico", comenta.
Para Fábio Faria, o projeto trará um grande avanço principalmente para a educação no interior potiguar, pois vai modernizar e interligar instituições de ensino, beneficiando alunos, professores e pesquisadores. "Esta é uma iniciativa bastante oportuna diante de um futuro cada vez mais dominado pelas tecnologias de informação e comunicação", diz.
Para a rede ser efetivada, deve ser firmada uma parceria com uma das instituições de ensino de Assu, como a UERN, que ficará responsável pela operação e manutenção da rede local. A internet de alta velocidade chegará ao município por meio da infraestrutura já existente da Chesf, onde será instalada, nas linhas de transmissão, uma rede de fibra óptica. Está previsto o fornecimento de 100 gigabytes por segundo, o que representa mil vezes a velocidade máxima da rede móvel (4G).

domingo, 6 de agosto de 2017

Ritinha e Zeca dançando Curió do Bico Doce Gonzaga Blantez

 
Cartão postal com vista para a praça da Jangada, praia de Areia Preta.

Essa praça, inaugurada juntamente com o calçamento da avenida, o trampolim e a baloustrada, fez parte do projeto de urbanização ocorrido na praia de Areia Preta. Foi entregue à população em 4 de janeiro de 1956.

Essas pedras, em frente a praça da Jangada, foi palco de um triste acidente ocorrido no fim da tarde do dia 9 de agosto de 1965.

Nesse desastre, ocorrido com um avião da FAB, perderam a vida dois jovens oficiais aviadores, bastante ligados à sociedade.

Um dos mortos era o Capitão Adolfo Peixoto de Melo, casado com Srª Ana Madalena, filha do Vice-cônsul da Espanha em Natal.

O outro era o Tenente Carlos Schmidt Filho.

Dos três tripulantes da aeronave, apenas o Sargento José Otacilio Santana conseguiu salvar-se.

Em treinamento de rotina comandado pelo capitão Peixoto, o avião de instrução da FAB, um B-26 e de referência 5151, de repente sofreu pane nos motores. O capitão procura então fazer uma aterrissagem forçada em Ponta Negra, mas, verificando a impossibilidade de descer nessa praia, segue em direção a praia do Meio. Infelizmente a aeronave só consegue chegar até Areia Preta, bem defronte a praça da Jangada.

Minutos antes de cair próximo a essa grande quantidade de pedras, a Base Aérea acompanhou pelo rádio os gritos do Capitão Peixoto e do Tenente Schmidt, que pediam desesperadamente socorro à torre de controle.

O capitão Peixoto e o tenente Schmidt, comandantes dessa aeronave, pertenciam ao 5º Grupamento de Aviação e tinham sido recentemente premiados com o troféu de segurança de voo pelo Governo dos Estados Unidos.

Exatamente às 15:55 da tarde o capitão Peixoto avisou pelo rádio que o avião estava em pane. Sem explicar qual era o problema, informou que ia tentar um pouso de emergência na beira da praia de Areia Preta.

Dois minutos depois foi o primeiro a avisar dramaticamente: "Estamos prestes a concluir nosso último voo. Impossível o pouso. Tudo leva a crer que chegamos ao fim".

No minuto final o avião bateu contra a água, voltou novamente e em seguida desapareceu.

O único sobrevivente, o sargento José Santana, operador de voo, ao sentir o desastre iminente, abriu a porta do avião e jogou-se ao mar. Pouco depois era recolhido por pescadores que se encontravam nas proximidades.

Antes de seguir para o Cemitério do Alecrim, os corpos dos dois oficiais, encontrados entre as pedras na manhã do dia 12, foram velados em meio a grande multidão na capela da Base Aérea de Natal. Um guarda de oficiais e sargentos foi formada no local, enquanto aviões sobrevoavam a capela.

Hoje, um dos espectadores sobreviventes daquela época, o único que poderia narrar com precisão todo o ocorrido naquele fim de tarde, é o há muitos anos solitário e já nonagenário coqueiro da extinta praça da Jangada.

Fotógrafo: Jaeci Galvão
Ano: Por volta de 1960

PELO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA Se Guilherme de Almeida escreveu 'Raça', em 1925, uma obra literária “que tem como tema a gênese da na...