Poeira do céu é a segunda antologia póstuma do grande poeta potiguar João Lins Caldas editado pela EDUFRN, com organização, introdução e notas da professora de literatura Cássia de Fátima Matos dos Santos. Ao comparecer O lançamento no Museu Câmara Cascudo, em Natal, no última dia onze, recebi daquela professora um exemplar daquela coletânea com a seguinte dedicatória: "Para o Sr. Fernando Caldas, por sua incansável luta para fazer viva a poesia do nosso querido João Lins Caldas. Um abraço.
Nesta oportunidade quero agradecer aquela professora pela citação do meu nome que ela registra na sua apresentação, dizendo assim: (...) agradecemos ainda aos familiares do poeta, como Fernando Caldas, primo e admirador de João Lins, que também nos forneceu material para a pesquisa (...).
Aquela coletânea que, sem dúvida, engrandece as letras potiguares vamos encontrar belos sonetos, poema de diversos estilos e temas.
Num dia em que fui a verdade
E em que fui a beleza
E em que com os astros do céu fui todos os astros do céu,
Andava de braços dados
De um lado a verdade
De um lado a beleza
E ao lado comigo todos os astros do céu.
E esse outro:
Eu me acerquei do palácio que eram comigo o encanto e o prazer de todas as fadas.
Todas as rotas iluminadas
Todas as estradas iluminadas
Eu via comigo o rosto azul de todas as fadas.
Eu penetrei o palácio em que eram comigo todas as alegrias e todas as alvoradas.
Em que eram, comigo, as alvoradas comigo,
Em que eram comigo todas as estradas...
Eu habitei comigo o palácio azul das alvoradas e das fadas...
De todas as alvoradas
E das fadas
De todas as amadas...
Eu habitei todas as alvoradas e as amadas todas comigo...
Eu habitei todas as alvoradas,
Todas as amadas,
Todas as fadas...
Mas não habitei nunca em verdade comigo...
Não habitei nunca, em verdade, é verdade,
Nunca habitei comigo...
Eu estava só e só perpetuamente a minha soledade...
Eu via o céu azul, eu via o céu profundo de todas as alvoradas,
Eu via as estradas
Todas as fadas
Mas nenhuma das amadas, nenhuma das fadas estava mesmo comigo...
Eu estava só, na solidão azul de todas as estradas....
fernando.caldas@bol.com.br
Nesta oportunidade quero agradecer aquela professora pela citação do meu nome que ela registra na sua apresentação, dizendo assim: (...) agradecemos ainda aos familiares do poeta, como Fernando Caldas, primo e admirador de João Lins, que também nos forneceu material para a pesquisa (...).
Aquela coletânea que, sem dúvida, engrandece as letras potiguares vamos encontrar belos sonetos, poema de diversos estilos e temas.
Num dia em que fui a verdade
E em que fui a beleza
E em que com os astros do céu fui todos os astros do céu,
Andava de braços dados
De um lado a verdade
De um lado a beleza
E ao lado comigo todos os astros do céu.
E esse outro:
Eu me acerquei do palácio que eram comigo o encanto e o prazer de todas as fadas.
Todas as rotas iluminadas
Todas as estradas iluminadas
Eu via comigo o rosto azul de todas as fadas.
Eu penetrei o palácio em que eram comigo todas as alegrias e todas as alvoradas.
Em que eram, comigo, as alvoradas comigo,
Em que eram comigo todas as estradas...
Eu habitei comigo o palácio azul das alvoradas e das fadas...
De todas as alvoradas
E das fadas
De todas as amadas...
Eu habitei todas as alvoradas e as amadas todas comigo...
Eu habitei todas as alvoradas,
Todas as amadas,
Todas as fadas...
Mas não habitei nunca em verdade comigo...
Não habitei nunca, em verdade, é verdade,
Nunca habitei comigo...
Eu estava só e só perpetuamente a minha soledade...
Eu via o céu azul, eu via o céu profundo de todas as alvoradas,
Eu via as estradas
Todas as fadas
Mas nenhuma das amadas, nenhuma das fadas estava mesmo comigo...
Eu estava só, na solidão azul de todas as estradas....
fernando.caldas@bol.com.br