Durval era tipo baixo, voz rouca, bom de copo. Eu era ainda menino quando o conheci pelas ruas do Assu vendendo cabo de vassoura, espanador e outros utensílios domésticos que fabrica na sua casa. Certa vez, se dirigiu a casa do médico Ezequiel Fonseca Filho, seu cliente. Ao chegar na residência daquele clínico, declamou de improviso estes versos adiante transcritos:
Quem tiver cavilação
Se apodera de doente
Dizendo pra toda gente
Não tenho melhora, não.
Mande fazer meu caixão
Cavar minha sepultura
Me disse uma criatura
Foi dia da Conceição
- A medicina não cura
- A dor da separação.
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sexta-feira, 10 de abril de 2009
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