quarta-feira, 5 de agosto de 2009

POESIA MATUTA

HOME

Home qui larga a muié,
Pra vivê c´uma sugeita;
Ou esse cabra num presta,
Ou antonse é coisa feita.

Home qui vévi sirrindo,
E diz qui nunca chorô;
Ou esse cão tá mintindo,
Ou pur outra nunca amô.

Home, qui deixa a muié,
In casa, e vai passiá...
O fim dele tem qui sê:
No sumitéro, ou hospitá.

Home qui anda inlordado,
Sem tê uma ocupação.
No mundo so pode sê:
Ou jogadô, ou ladrão.

O freguez da fala fina,
Qui num gosta de muié!
Vamo atraz qui essa péste!
Tem um defeito quarqué.

Renato Caldas

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