Manoel Rodrigues de Melo, poeta, escritor pendencese. Do livro "Chico Cabôclo e Outros Poemas, 1957.
Sob o formoso céu que te cobre e ilumina,
Vives como a cantar uma canção serena...
Desde o bosque ao jardim, do roçado á campina,
Deixas sempre exalar um cheiro que envenena!...
Minha terra! Meu ninho azul, onde a bonina,
Aberta ao rubro sol da tarde, incita pena...
Tenho n1alma e terei mirrada e bem franzina
Uma saudade atroz que maltrata e condena!
Minha terra! Meu berço amado eu te amo tanto,
Que se um dia o estilete agro da Dor vier
Matar-me, servirás de meu repouso santo.
És o templo bendito, onde aprendi primeiro,
Entre o aroma sutil do brando malmequer
A divina canção dolente do vaqueiro.
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sábado, 23 de janeiro de 2010
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