segunda-feira, 22 de março de 2010

A VÁRZEA

Carnaubeiras, Vale do Assu.

Sob o fresco chapéu dos carnaubais frondosos
Alvíssimo lençol de fúlgidas areias,
Pesadas de conter os escombros das cheias,
É a várzea a se alastrar sob os pinhões viçosos.

Irmãs que são dos ramos buliçosos,
Sem flores conhecer e o dissabor alheias,
As raízes dos paús vão lhe rasgando as veias,
Com que, certo, alimenta os frutos saborosos.

Mãe das ervas de maio e dos feijões maduros,
Coberta de capim nas extensões cercadas,
Guarda troncos no seio e socavões profundos.

Tem, de longe, a cercá-la, entre os moitões escuros
Enorme, rude e bravo, as águas elevadas,
Meio a meio, a rasgá-la, um rio, os seios fundos.

JLCaldas

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