quinta-feira, 11 de novembro de 2010

JOÃO FONSECA E OTHONIEL MENEZES

João Fonseca (1920-1989) além de contador, foi funcionário público da Prefeitura Muncipal do Açu, sua terra natal. Na época da Segunda Grande Guerra trabalhou na Base de Parnamirim. Lembro-me dele pelos bares e botequins do Açu, acompanhado muitas vezes, do bardo açuense - que o Brasil consagrou - Renato Caldas, bem como João Marcolino de Vasconcelos - Lou, Walter de Sá Leitão, entre outras figuras do velho Açú. tomando uma "geladinha", claro.

Naquele base  de Parnamirim, na época da Segunda Grande Guerra, onde conheceu e conviveu na intimidade com o grande poeta natalense autor da famosa canção intitulada "Serenata do Pescador", também conhecida popularmente como "Praieira dos meus amores" que para muitos natalenses é considerado como o Hino da cidade do Natal. Othoniel como também João Fonseca, dava-se o gosto (além de produzir versos de qualidade) de produzir versos populares como quadrinhas, sextilhas, décimas de diversos temas. Pois bem, joão certo dia, escreveu:

Amor é ver mordedura
De aranha caranguejeira
Se não mata a criatura
Aleja pra vida inteira.

Tomando conhecimento da trovinha acima, que o seu colega João Fonseca escreveu, Othoniel respondeu posteriormente:

Diz Fonseca - a Terra inteira
Não, é tu Deus que governas
- É a aranha caranguejeira
Que a mulher tem entre as pernas.

E esta outra também de autoria de Othoniel. Vamos conferir:

A verdade que isto encerra
Nada tem de ímpia ou estranha
O sol, que domina a Terra
Tem a forma de uma aranha.

Postado por Fernando Caldas

Nenhum comentário:

Postar um comentário

EM DELÍRIO Por que é que nós vivemos tão distantes, Si estamos neste sonho todo incerto: - Eu ao teu lado em pulsações vibrantes, E tu, long...