Ponte Ferroviária de Igapó [sobre o rio Potengi], Natal-RN, construída em 1916
A ponte vai transpor o rio para o trem de ferro passar carregando as mercadorias,
Passarão os carros de bois
Os automóveis lotados.
Os mendigos que vão dois a dois, os amplos chapéus de abas longas esburacados.
Mata a uma, mata a outra margem do rio.
Advinho os veados, as jacutingas engurujadas, pesadas de gordas,
E a irara, o lobo, o coelho, a raposa madraça sob as noites enjuriabadas.
O chão está toldado de verde.
A prata das águas carreia nas balsas
Líquens e algas, de par com peixes de escamas frias.
João Lins Caldas, poeta potiguar do Açu
A ponte vai transpor o rio para o trem de ferro passar carregando as mercadorias,
Passarão os carros de bois
Os automóveis lotados.
Os mendigos que vão dois a dois, os amplos chapéus de abas longas esburacados.
Mata a uma, mata a outra margem do rio.
Advinho os veados, as jacutingas engurujadas, pesadas de gordas,
E a irara, o lobo, o coelho, a raposa madraça sob as noites enjuriabadas.
O chão está toldado de verde.
A prata das águas carreia nas balsas
Líquens e algas, de par com peixes de escamas frias.
João Lins Caldas, poeta potiguar do Açu
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