quinta-feira, 21 de abril de 2011

Seu Costa tem Pasta?



Arcelino Costa Leitão, sem ser filho nato do Assu, recebeu da gente assuense todos louros de prestigio que um homem público deve merecer.

Chegou a cidade dos poetas através do senador João Câmara, sendo seu preposto comercial, dirigindo a antiga Cuka, empresa de capital estrangeiro compradora de algodão e outros produtos de interesse do empresário representante da multinacional do algodão e agave (Sisal).

Ficou conhecido e respeitado na cidade pelo prenome de " Seu Costa", solidificou conhecimento na região, enraizou amizades e depois da decadência da empresa, resolveu permanecer em Assu, criando seu próprio negócio, uma espécie de mercearia ampliada para o varejo consumidor da época.

A convite de alguns assuenses, entrou pra politica enfrentando a dinastia dos Amorins/Macedos/Montenegros, candidatou-se contra a fina flor da aristocracia, vencendo a eleição de prefeito pra Edgard Borges Montenegro.

"Seu Costa" ainda hoje, é visto como um dos maiores administradores da cidade de Assu, venceu preconceitos e discriminações, por conta de ter a pele escura, além de ser taxado de negro pelos os adversários, os mais radicais lhe chamavam de "Barrão".
Viveu maritalmente com D. Maria Olímpia ( Maroquinha), uma mulher de fibra longa, inteligente, hábil no trato com as pessoas, vindo a suceder " Seu Costa na Prefeitura".

O casal dominou politicamente  o Assu por um bom tempo, viveu também o declinio do poder, sendo derrotado por João Batista Lacerda Montenegro, num resultado eleitoral, passivo de suspeição, sua derrota só veio acontecer com a abertura das última urna, por apenas 26 votos, estando seus aliados fazendo passeata antecipada, quando a surpresa da vitória adversária foi anunciada.

O blog publica algumas reminiscências presenciada por seu redator a respeito do saudoso Arcelino Costa Leitão, desportista abnegado, patrocinou o Centro Esportivo por muitos anos, dando ao time assuense o maior destaque futebolistico, celeiro de craques que engradeceram a história do futebol regional.

Foi "Seu Costa" uma figura irreverente na comunicação cotidiana com as pessoas simples do lugar.

Conta-se que certa vez uma mulata bem vestida, pisando macio e com timbre de voz falante, se dirigiu ao balconista dono da merceria sortida e assim perguntou: Seu Costa tem pasta?

O proprietário da venda no seu peculiar humor, sentindo o nivel da chiadeira da consumidora, respondeu: Tem bosta, nega besta! retrucando com chiadeira maior o que antes lhe fora perguntado.

Escrito por aluiziolacerda às 09h33


Postado por Fernando Caldas

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Que eu seja eternamente eterno louco e nunca deixe de sonhar na vida. (João Lins Caldas, pensador potiguar).