Arcelino Costa Leitão, sem ser filho nato do Assu, recebeu da gente assuense todos louros de prestigio que um homem público deve merecer.
Chegou a cidade dos poetas através do senador João Câmara, sendo seu preposto comercial, dirigindo a antiga Cuka, empresa de capital estrangeiro compradora de algodão e outros produtos de interesse do empresário representante da multinacional do algodão e agave (Sisal).
Ficou conhecido e respeitado na cidade pelo prenome de " Seu Costa", solidificou conhecimento na região, enraizou amizades e depois da decadência da empresa, resolveu permanecer em Assu, criando seu próprio negócio, uma espécie de mercearia ampliada para o varejo consumidor da época.
A convite de alguns assuenses, entrou pra politica enfrentando a dinastia dos Amorins/Macedos/Montenegros, candidatou-se contra a fina flor da aristocracia, vencendo a eleição de prefeito pra Edgard Borges Montenegro.
"Seu Costa" ainda hoje, é visto como um dos maiores administradores da cidade de Assu, venceu preconceitos e discriminações, por conta de ter a pele escura, além de ser taxado de negro pelos os adversários, os mais radicais lhe chamavam de "Barrão".
Viveu maritalmente com D. Maria Olímpia ( Maroquinha), uma mulher de fibra longa, inteligente, hábil no trato com as pessoas, vindo a suceder " Seu Costa na Prefeitura".
O casal dominou politicamente o Assu por um bom tempo, viveu também o declinio do poder, sendo derrotado por João Batista Lacerda Montenegro, num resultado eleitoral, passivo de suspeição, sua derrota só veio acontecer com a abertura das última urna, por apenas 26 votos, estando seus aliados fazendo passeata antecipada, quando a surpresa da vitória adversária foi anunciada.
O blog publica algumas reminiscências presenciada por seu redator a respeito do saudoso Arcelino Costa Leitão, desportista abnegado, patrocinou o Centro Esportivo por muitos anos, dando ao time assuense o maior destaque futebolistico, celeiro de craques que engradeceram a história do futebol regional.
Foi "Seu Costa" uma figura irreverente na comunicação cotidiana com as pessoas simples do lugar.
Conta-se que certa vez uma mulata bem vestida, pisando macio e com timbre de voz falante, se dirigiu ao balconista dono da merceria sortida e assim perguntou: Seu Costa tem pasta?
O proprietário da venda no seu peculiar humor, sentindo o nivel da chiadeira da consumidora, respondeu: Tem bosta, nega besta! retrucando com chiadeira maior o que antes lhe fora perguntado.
Escrito por aluiziolacerda às 09h33
Postado por Fernando Caldas
Nenhum comentário:
Postar um comentário