I
Mandei pintar aquarela
Pendurei o seu retrato,
Mesmo com este aparato.
Cancei de esperar por ela.
Rezei muito na capela
Para da fossa sair,
Mas, sem nada conseguir
Vaguei por todo lugar
Fui parar num nono andar
Vendo a cidade a luzir.
II
Eu estou muito sofrido
De mim tenha compaixão
Esqueça a palavra "não"
Ouça bem o meu pedido.
Um coração já transido
Mas que luta com ardor
Não quer se entregar à dor
E implora: "diga-me sim"
Pois um não será meu fim
Dê-me um pouquinho de amor.
Postado por Fernando Caldas
sábado, 9 de julho de 2011
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