sábado, 9 de julho de 2011

GLOSAS DE ANDIÈRE ABREU

                I

Mandei pintar aquarela
Pendurei o seu retrato,
Mesmo com este aparato.
Cancei de esperar por ela.
Rezei muito na capela
Para da fossa sair,
Mas, sem nada conseguir
Vaguei por todo lugar
Fui parar num nono andar
Vendo a cidade a luzir.

                II

Eu estou muito sofrido
De mim tenha compaixão
Esqueça a palavra "não"
Ouça bem o meu pedido.
Um coração já transido
Mas que luta com ardor
Não quer se entregar à dor
E implora: "diga-me sim"
Pois um não será meu fim
Dê-me um pouquinho de amor.

Postado por Fernando Caldas

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O INTELIGENTE E O SABIDO

Há duas categorias de pessoas que, sobretudo no Rio Grande do Norte, merecem um debruçamento maior, uma atenção mais atenta, um enfoque mais...