quinta-feira, 21 de julho de 2011



HORAS

Por Virgínia Vitorino, poeta portuguesa [1895-1967]

Tem cada hora uma decifração.
As horas falam e têm gestos, côres,
Na hora da manhã - vê que esplendores! -
É diferente a sua vibração.


Repara bem na hora dos amores,
É um coração com outro coração,
Tem a hora maior palpitação.
Tem vida, movimentos e langores.


É cada hora um livro, e cada qual
da sua forma o lê: Ou bem ou mal.
- Horas que vão e que não voltam mais!


Para mim há só duas. Males... bens,,,
É a hora dourada em que tu vens,
e a hora dolorosa em que te vais.


Postado por Fernando Caldas

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