HELICARLA MORAIS, historiadora, pesquisadora, escritora e professora.
Helicarla Morais é jovem, bonita, saudável e inteligente. Isso já seria suficiente para destacá-la e, talvez, para realizá-la como pessoa. Mas ela preferiu valorizar o conhecimento, o saber. Graduou-se em História, concluiu o mestrado na mesma área e agora apresenta o seu projeto para o doutorado no
ofício que escolheu. Poderia, se quisesse, escolher como tema de suas pesquisas e estudos, qualquer sítio ou personagem da história do RN e do Brasil. Opções não lhe faltariam. Mas preferiu a sua terra. E decidiu que colocaria sob foco de seus estudos e investigações , ninguém menos que Nilo Pereira, o “menino de engenho” de Ceará-Mirim, escritor, jornalista, estilista primoroso, intelectual dedicado à sua “pátria afetiva”, Ceará-Mirim. Helicarla começou essa tarefa, com a sua monografia de conclusão do curso de graduação na UFRN: “Três rios dentro de um homem – Nilo Pereira em Imagens de Ceará-Mirim, 1920-1960”, obra publicada em convênio pela Editora da UFRN e Sebo Vermelho editora, em 2009. Um livro encantador, arrebatado, mas paradoxalmente contido pela metodologia e rigorismo histórico. Apesar de centrá-lo como objeto de investigação histórica, a autora nos oferece um belo trabalho de apreciação literária, enfocando uma das mais marcantes obras da chamada “Escola Literária de ceará-Mirim” , o livro “Imagens do Ceará-Mirim”, do pesquisado, onde se revela todo o aprumo literário e senso estético do memorialista Nilo Pereira. Insatisfeita com o que considerou visão fragmentária da obra do conterrâneo, Helicarla escolheu-o novamente como tema de sua dissertação de conclusão do mestrado, cujo título é “Viagem-memória de Nilo Pereira: do Ceará-Mirim ao Recife e do Recife ao Ceará-Mirim”, já impresso e em vias de lançamento pela EDUFRN. É fácil antecipar o tema de sua tese de doutorado.
Helicarla pesquisa, investiga, escreve e ensina nos domínios da história e memória, história e literatura, história intelectual e regionalismo, infatigável no seu labor. Sem se preocupar com a falta de recursos e apoio oficial da sua cidade, movida apenas pelo seu amor à profissão e ao desafio da investigação histórica, no afã de preservar a memória literária da sua aldeia. É por ela, e por outros como ela, que decidimos constituir a Academia Cearamirinense de Letras e Artes – para apoiá-los, incentivá-los, promovê-los. Para valorizar a nossa terra e conservar a merecida auto-estima dos cearamirinenses.
CEARÁ-MIRIM TEM JEITO!
PEDRO SIMÕES
Professor, Advogado e Escritor
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