segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O BARÃO DE SERRA BRANCA

                                                                         Indicar a fonte de foto/pintura acima.

A imagem [pintura] acima, segundo informações do professor santanense Rômulo Gomes, é a única existente do Barão de Serra Branca Felipe Neri de Carvalho e Silva [n. Santana do Matos, 2 de maio de 1829 - m. Caicó, 16 de junho de 1893]. Morreu acidentado quando retornava de viagem que fizera a Juazeiro do Norte, para visitar Padre Cícero Romão, nas proximidade de Caicó/RN.

Seus pais Antônio da Silva de Carvalho e Maria da Silva Veloso eram proprietários rurais em Santana do Matos e São Rafael. Há informações que Felipe Neri fora criado no campo, vindo a se tornar um grande proprietário de terras, explorando a pecuária. Casou-se com Belisária Lins Wanderley (de Carvalho e Silva). Aquele ilustre casal não sei ao cert se deixou descendentes. Belisária era assuense, tipo baixa, magra, falava pouco, simples. Era filha do Coronel Manuel Lins Wanderley (o título de coronel fora concedido pelo Senado da Câmara em razão de Wanderley ter reunido trezentos homens armados, para irem até a fronteira  do Rio Grande do Norte com o Ceará, combater o revolucionário Pinto Madeira que ameaçava invadir a cidade de Assu) e dona Maria Francisca da Trindade.

Belisária tornou-se Baronesa de Serra Branca por ser casada com Felipe Neri que fora agraciado com o título de Barão de Serra Branca, em razão de ter libertado com muita festa, os seus 54 escravos, em data de 25 de junho de 1885, dia do Padroeiro do Assu, São João Batista. Um banquete fora oferecido a todos os escravos, servido por ela, Belisária.. Não consta, portanto, o nome de Belisária Lins Wanderley de Carvalho e Silva, na nobiliarquia brasileira.

O titulo de Barão concedido a Felipe Neri se deu a 19 de agosto de 1888, quando a Princesa Isabel governava o Brasil.

Na fazenda do Barão existia uma senzala que fora destruída por agricultores sem terras que ali se apossaram.

Aquela propriedade atualmente pertence, salvo engano, ao Instituto de Reforma Agrária. Ainda existe um belo açude que fora construído pelos escravos, de iniciativa do Barão, além da casa sede do casal Belisária e Felipe Neri, entre outras edificações que estão se destruindo pelo abandono e pelo tempo.

Afinal, na cidade de Assu, no sobrado onde hoje funciona a Casa de Cultura, situado na praça Getúlio Vargas, 155, o Barão morou durante muito tempo com a sua esposa Belisária que veio a falecer na cidade de Natal. Ambos estão enterrados no Cemitério São João Batista de Assu.


Baronesa de Serra Branca Belizária Lins Wanderley de Carvalho e Silva.


                                                               

                                           Decreto que agraciou Felipe Néry de Carvalho e Silva Barão de Serra Branca.
                                                    Casa do Barão em Serra Branca 
                                           O açude da fazenda visto de dentro da casa do barão.
Postado por Fernando Caldas



F

6 comentários:

Anônimo disse...

Prezado Fernando Caldas,

Lamenta-se o estado de abandono da Fazenda Serra Branca. Já tentamos contato com INCRA e IPHAN, visando a possibilidade de restauração e instalação de museu naquele belíssimo conjunto arquitetônico, mas os ógãos que deveriam cuidar dessa parte esquecida da nossa história estão com nenhum interesse no diz respeito a preservação do nosso patrimônio. Seria interessante um contato breve, antes que tudo vá ao chão, junto a Prefeitura de São Rafael.

Anônimo disse...

Prezado Fernando,
Onde seria possível termos acesso a essas fotografias, para pudéssemos reproduzí-las e colocá-las em museus e ínstituto histórico do nosso estado? Saberia informar ainda se há pertences dos barões em alguma localidade, para que os mesmos pudessem ser doados a museus, ou então que ficassem na Fazenda Serra Branca para a instalação de um museu e um centro de estudos?

THALYSON BRENO disse...

em serra branca na casa do barão não tem mais nada, quer dizer oq resta e um rolo de fios que era do tear, eo tear ainda esta la dentro do salão que caiu o teto a uns dois anos,e os resto da leitera, que carregava a baronesa, so as madeiras mesmo, fui la esse final de ano tirei algumas fotos de dentro da casa e do que resta, e lamentavel.

Anônimo disse...

Thalyson, tudo bem? Por que você não posta essas fotos da casa grande da Fazenda Serra Branca na internet, ou melhor as fotos do estado de ruinas com que cuida o poder público do que deveria ser muito bem cuidado, pois com certeza esse casarão faz parte da história do RN.

Ivan Pinheiro Bezerra disse...

Thalyson, bom dia.

Lamento informar que a leiteira não existe mais na casa. Tive informações que uma pessoa do "INCRA" tinha levado. Acredito que tenha sido algum colecionador. Infelizmente.
Um abraço,
Ivan Pinheiro.

lincenciatura em Matemática IFRN-CM disse...

VALE SALIENTAR QUE O TITULO DO BARAO FOI COMPRADO POR 15 MIL CONTOS DE REIS, ja vii em posse de um amigo da baronesa, alguns moveis de quando ela morou no assu, tais como cristaaleira, oratorio, penteadeira etc. a sua casa no assu passou a pertencer a familia Dias e Caldas por muitos anos antes de ser a casa da cultura.

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