quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

POESIA


Liberta-me
de ti, de mim, e deste amor!
Mas no fim, permanece em mim
porque sem ti já não sei viver
já não sei amar.

Queima as últimas esperanças,
destrói todas as ilusões.
Faz com que cada palavra tua
seja uma ferida profunda
e de cada cicatriz uma marca para a vida.

Faz-me arrepender deste sentimento
que tanto me fez sorrir
e apaga do meu pensamento
tudo aquilo que quis ser,
e nunca fui.

Chega de afagos nesta alma sofrida.
Chega de sentimentos
que provocam uma dor maior,
intolerável e faz-me odiar cada instante.

Chega de dores miudinhas
que magoam o meu coração.
Não fujo de nenhuma, pelo contrario,
volto atrás nos meus passos
para as sentir de novo.

Dores de amor,
elas deixam de ser as mesmas,
ganham uma nova cor, outra intensidade
mas não mudam nunca de lugar.

Algumas ganham o titulo de saudade,
outras ganham o nome de mágoas
Numas encontro o amor calado
e noutras ainda o desespero de tanto amar!

Vão perguntar porque guardo todas elas,
porque volto onde elas me feriram.
A resposta pode não ter lógica
mas é a única que tenho para dar,
porque...ainda te amo!

De: Cristina Costa

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