sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

SOBRE UM GRANDE POETA POTIGUAR

Meu caro leitor. Sei que o momento (virada do ano) é de alegria, de sonhos sonhados juntos para que venham melhores dias! Porém não só de alegria vive a humanidade. Diz o poeta de minha terra (Assu, Rio Grande do Norte) chamado João Lins Caldas 'que o bem que foi sempre bem não tem poesia'.

A vida é recheada de paz, alegria, esperança, conflito, desavença, tristeza, amargura, amores realizados, bem sucedidos, mas também de amores desfeitos, fracassados, não correspondidos.

O referenciado bardo desde sua juventude (ele nasceu em 1888 e morreu em 1967) amou ardorosamente, apesar de ter vivido uma vida solitária. Morreu aos 77 anos de idade apaixonado como sempre viveu. Pois bem, por não ter sido correspondido nos seus amores que foram muitos, escreveu na sua decepção amorosa, o belo poema modernista que diz com decepção, amargura, ternura e paixão:

Fiz-lhe ver aquilo que representava para a minha vida.
O que representava para o meu destino
Era a minha vida.
Era o meu destino.
Aos seus olhos porém nada que aquilo lhe representou.

E queimou a minha alma.
E queimou o meu destino.

O poeta referenciado acima (que o Brasil esqueceu) se não foi pioneiro, foi um dos primeiros poetas brasileiros a cantar (anonimamente) em versos brancos, emancipados de métricas, em 1917, muito antes da Semana de Arte Moderna, de 1922. Ele conviveu no Rio de Janeiro (1912-33), intimamente com grandes nomes da poesia nacional como Monteiro Lobato e Olavo Bilac, dentre outros. Não era a toa que ele, Caldas, sonhava em ganhar um Prêmio Nobel de Literatura.






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